terça-feira, 19 de agosto de 2014

XXIII - Amor Obscuro

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– Nicholas... o que você quer aqui ? - Digo, com os olhos arregalados.
Desço meu olhar pelo seu corpo e noto que ele está com as mãos para trás.
– Posso? - Ele diz, me olhando com seus olhos cheios de alguma coisa que não identifico muito bem. Dou alguns passos para trás, abrindo passagem para ele, que adentra o quarto fechando a porta com os pés. Vira-se e tranca a porta. – Acho que temos muito o que conversar, Senhorita Gomez. - Ele diz ainda de costas.
– Sobre? - Digo, tentando parecer o mais calma possível. Ele se vira de frente para mim e me fita momentaneamente, com seus olhos insondáveis.
– Sobre muita coisa. - Ele diz friamente.
– Feche seus olhos e não abra até que eu mande. - Ele ordena. Êxito e ele levanta as sobrancelhas, em surpresa, mas logo estreita os olhos para mim, em reprovação. Bufo e faço o que me pede. Ou melhor, o que ordena! Ouço seus passos se aproximarem e sinto minha respiração acelerar. – Dê-me suas mãos. - Ouço sua voz mais próxima e estendo minhas mãos para ele. Ele me conduz e me coloca sentada em algo que identifico como a mesa. – Abra os olhos. - Ele ordena e assim que eu abro, vejo-o com a mão estendida, balançando quatro gravatas de seda à minha frente. – Lembra delas? - Pergunta. Olho-as minuciosamente reconheço-as logo. São as quatro gravatas que vendi para ele, na época em que trabalhava na Newman Marcus. Balanço a cabeça positivamente e ele sorri. – Deite-se. - Ordena.
– Mas Nicholas.. - Eu tento dizer mas logo ele me interrompe.
– Deite-se, Selena! - Ele diz, autoritário. Deito-me de costa na mesa aos olhares atentos de Nicholas. Ele se aproxima e puxa minha toalha, deixando-me completamente nua. – Assim está melhor. - Ele abre um sorrisinho arrogante. Me sinto tão exposta! Institivamente levo minhas mãos até meus seios, tapando-os. – Não! - Diz e desfere dois tapas em minhas mãos. – Você lembra o que me disse ao vender cada uma dessas gravatas para mim, Selena? - Pergunta friamente.
– Sim. - Digo. Estranhamente eu me lembro mesmo. Aquele dia é inesquecível!
– Então me diga novamente o que disse. - Ele diz e levanta a gravata preta á altura de meus olhos.
– A gravata preta é para combinar com terno claro. - Digo, simplesmente. Ele encaminha até um de meus tornozelos, segura-o e envolve-o com a gravata preta, apertando bem a gravata envolta dele, dando um nó forte e amarrando a outra ponta na perna da mesa.
– E essa aqui? - Pergunta, levantando a gravata verde água.
– Essa é para combinar com ternos escuros. - Digo, num fio de voz. Ele encaminha até o outro tornozelo e faz o mesmo procedimento anterior com a gravata verde.
Em seguida ele caminha até a outra extremidade da mesa.
– E essa? - Pergunta, olhando diretamente nos meus olhos e mostrando a gravata azul.
– A mesma coisa que anterior. - Digo num sopro de voz. E assim ele amarra um pulso meus, atando-o á mesa.
– E essa aqui, você se lembra dela? - Pergunta com um sorrisinho nos lábios ao amostrar a gravata cinza. Balanço a cabeça positivamente e logo ele amarra meu outro pulso e atando-o a mesma. – Bom saber que não esqueceu nada daquele dia! - Ele diz, com um sorriso de satisfação nos lábios. Em seguida ele percorre a mesa com os olhos e anda até parar de frente para minha intimidade.
Estou completamente nua e exposta para ele, que está observando minha intimidade atentamente. Vejo a luxúria pulsar em seus olhos e agora essa ideia de que ele está assim por mim, me deixa muito excitada. Em seguida ele tira algo do bolso e anda até a cabeceira da mesa.
– Nicholas, o que você vai fazer? - Pergunto, ao ver uma venda em suas mãos.
– Shhh, acho que você já viu demais. - Ele diz e coloca a venda em meus olhos.
Em seguida sinto roçar sua barba por fazer em meu rosto e morder o lóbulo de minha orelha, que instantaneamente reflete em meu sexo. Ele desce com sua língua pelo meu pescoço e logo sinto o meio das minhas pernas se encharcar. De repente ouço seus passos, ecoando pelo piso ao ouvir uma batida na porta. Não acredito que ele vai abrir a porta comigo nesse estado. Ouço a porta se abrir e logo se fechar. Hum, será que era Demi? Ai meu Deus. Sou tirada de meus devaneios ao ouvi seus passos mais próximos e um barulho desconhecido. De repente o silêncio se instala pelo cômodo, deixando minha aflição ao nível máximo. Minutos depois a melodia de Sex on Fire de Kings of Leon*rompe o silêncio ensurdecedor instalado antes.
Sinto meu corpo inebriar de uma sensação já conhecida e sei que ele está me observando, pois sinto a sensação, que sempre sinto quando me olha, passar pelo meu corpo. Minha respiração está super acelerada e sinto meu coração bater mais forte ao ouvir os passos se aproximarem. Ouço o tilintar de gelo em algo de metal. Será um balde de gelo?
– Não se mexa! - Diz, autoritário e em seguida derrama um liquido entre meus seios, chupando-o em seguida cada gota, sem deixar que caia nada, com seus lábios frios. Arfo de tesão, soltando um gemido baixo em seguida. – Hum, bem que dizem que o rum daqui é uma delicia. - Diz.
Em seguida, derrama mais liquido, que agora sei que é rum, pela minha barriga e lambe-o, distribuindo beijos molhado pelo meu corpo, em seguida. Esse simples gesto reflete perfeitamente nas minhas entranhas e eu não me contenho mais em ficar parada. Começo a me contorcer ao seu toque, mas logo sinto sua mão pesada estalar em minha pele quente. Resmungo em reprovação.
– Eu disse para não se mexer. - Ele murmura gelidamente em meu ouvido, fazendo-me congelar diante do seu tom de voz. – Boa menina. - Ele diz e volta para o que estava fazendo. Em seguida ele começa a passar suas mãos pelo meu corpo com uma habilidade incrível de me enlouquecer. Ele desce uma mão sua até meu sexo e começa a massagear meu clitóris lentamente. Solto um gemido e me contorço, involuntariamente. – Acho que alguém está precisando de disciplina. - Ele rosna.
– Nicholas.... - Suplico por algo que a essa altura não faço ideia do que seja.
– Shhh. Calada! - Ele diz e introduz um dedo em meu sexo, fazendo-me ofegar mais.
Sua outra mão alcança um dos meus seios, segurando-o com fervor e meu mamilo enrijece ao seu toque. Logo sua boca toma meu outro seio, sugando meu mamilo com força, me levando a um lugar completamente extasiante. Gemo coisas incoerentes, enquanto seu dedo entra e sai com maestria em meu sexo sedento. Ele morde meu mamilo com força e gemo pelo seu nome como uma súplica. Logo sinto um sensação muito bem conhecida atingir meu corpo e meu interior se apertar ao redor de seu dedo. Nicholas tira seu dedo de dentro de mim e para com seus movimentos, fazendo-me gemer em frustração.
– Frustrante não é? Assim como você, quando me desobedece. - Ele murmura.
– Nicholas! - Resmungo.
– Shhh.. - Ouço seus passos se aproximarem e logo ouço sua sedutora voz ecoar em meus ouvidos. – Calma, baby. Ainda temos um longo caminho a percorrer, já que só irei lhe comer e permitir que goze quando eu ouvir o que eu quero dessa sua boquinha inteligente.
– Nicholas, por favor. - Choramingo.
Sua voz se cala e só ouço a musica ecoar pelo recinto novamente. Começo a prestar atenção na letra e meu corpo novamente esquenta diante da obscenidade da mesma. Sou tirada de meu transe ao sentir um liquido em meu sexo, seguido dos lábios gelados de Nicholas, fazendo-me engasgar com o susto. Minha respiração se acelera e meu corpo volta a se contorcer de prazer. Sua hábil língua entra em ação, dando voltas e voltas ao redor do meu clitóris. Grito ao sentí-lo morder meu clitóris. Ele volta a sua tortura implacável de lambidas e chupadas, fazendo-me sentir aquela sensação de novo. Mordo meus lábios á espera da sensação prazerosa do orgasmo, mas ao perceber que estou quase lá, ele para novamente.
– Nicholas! - Grito com ele e ouço sua risada em resposta.
– Está nervosinha, senhorita Gomez? - Ele pergunta, com um tom de deboche em sua voz. Não respondo e tento acalmar minha respiração que está ofegante. Espero meu corpo se estabilizar, mas sinto-me cansada. Quero logo sentir o orgasmo me atravessar em cheio. – Isso é por você me desafiar toda vez. - Ele diz.
– Nicholas, eu não sei aonde você que chegar, mas pare por favor. - Choramingo. Em resposta, sinto sua língua gelada passar pelo meu pescoço. Ele dá um chupão no mesmo e logo sinto meu corpo se aquecer mais, pela terceira vez. – Por favor.. - Sussurro.
– Shh, não fala nada, baby. - Ele diz e sinto algo bem gelado encostar em meu sexo, e solto um gritinho de um súbito.
Em seguida ele sobe pela pele quente do meu corpo e noto que é uma pedrinha de gelo. Logo seus lábios tomam os meus em um beijo faminto, forçando a entrada de sua língua em minha boca, pedindo passagem, que dou de bom grato. Ele chupa minha língua com uma fome descomunal e nessa hora percebo que sou capaz de gozar com um simples beijo dele. O gosto de rum de sua boca é inebriante. Sinto meu corpo todo molhado devido a pedrinha que se derreteu com facilidade em minha pele fervente. Em seguida ele afasta seus lábios dos meus e logo sinto-o colocar outra pedrinha de gelo em cada um de meus mamilos que se enrijecem ao sentir o toque gelado. O derretimento é quase que instantâneo. Arfo com a sensação prazerosa de quente e gelado e gemo em súplica ao sentir os lábios em meus mamilos, sugando-os avidamente. Ele introduz o dedo gelado novamente em meu sexo.
– Caramba! Nicholas, por favor.. - Suplico.
– O que você que Selena? - Ouço sua voz colada em meu ouvido.
– Quero que me deixe gozar.. - Suplico insistentemente.
– Quer mesmo? - Ele pergunta e cada vez mais seu dedo entra mais fundo em mim.
– Muito. - Digo, num sopro.
– Vai continuar me desafiando futuramente? - Ele pergunta. O quê? Está me torturando por causa disso, o filho da mãe! – Responde Selena! - Ordena e enfia mais seu dedo. Sinto a sensação de prazer se aproximar e mordo meus lábios, me contorcendo mais e mais. Ele para de movimentar os dedos, para o meu desgosto.
 – Não ouvi sua resposta ainda. - Ele diz, friamente.
– Nicholas.. - Suplico mais e puxo meus braços, tentando me libertar dessa tortura, mas é em vão.
– Não é essa reposta que quero ouvir, baby! - Ele diz, calmamente e continua com sua punição torturante.
– Não. - Sussurro.
– Não o que? - Pergunta com debocha em sua voz.
– Não irei mais lhe desafiar. - Sussurro, sem raciocinar direito.
– Será bem mais obediente? - Ele pergunta em meu ouvido.
– Sim, farei o que você quiser, mas agora me deixe gozar, por favor. - Suplico num fio de voz, me sentindo exausta dessa sua tortura.
– Boa menina! - Ele diz e volta a mexer seus dedos com mais precisão.
Eu suspiro, e todos os músculos profundos na minha barriga se apertam. Logo sinto o tão bem vindo orgasmo me atravessar com um raio em uma noite tempestiva. Minha deusa interior está fazendo a dança dos sete véus e meu subconsciente está em transe. Ainda sinto os tremores do meu orgasmo, enquanto Nicholas continua com seus dedos habilidosos. Em seguida ele tira seus dedos e lambe toda minha intimidade, sugando cada gotinha de meu gozo, proporcionando-me outro orgasmo. Estou voltando para a terra quando sinto Nicholas me penetrar lentamente até está todo dentro de mim. Ele debruça-se sobre mim e tira a venda de meus olhos. Pisco até adaptar-me a claridade da luz e logo me deparo dois olhos cinza maravilhosos, me fitando com lascívia.
– Agora vou lhe comer duramente para que aprenda de uma vez! - Ele diz com um sorrisinho sádico nos lábios.
Sinto-me desconfortável, devido as gravatas que me prendem a mesa. Meus membros já estão ficando dormente.
– Nicholas, solte-me, por favor. - Peço.
– Não! - Ele rosna, olhando em meu olhos.
– Não irei tocar em você. - Choramingo.
– Eu sei. - Diz, simplesmente. Olho-o confusa. Hum?! – Esse será seu castigo por ser tão atrevida. Não irá se mover enquanto eu lhe foder. - Completa, respondendo minha pergunta interna.
Em seguida ele começa a se movimentar rápido e com uma força brutal, sem tirar os olhos do meu. Mordo meu lábio e seus olhos mudam, ficando mais tempestivos se é que isso é possível á essa altura. Ele me fode mais e mais, atingindo um ponto especifico dentro de mim. Estou no limite, respirando pesadamente ao sentir outro orgasmo se formando em minhas entranhas. Ele continua a me estocar com mais rapidez e precisão, e sinto que ele também está chegando em seu limite, mas não para.
– Vamos baby, goze comigo. – E suas palavras são minha perdição. Juntos alcançamos nossa libertação e ele desaba sobre mim.
Minutos depois ele estica seus braços e desata as gravatas libertando minhas mãos, deitando sobre mim novamente. Permanecemos em silêncio, tentando normalizar nossas respirações. Levo minhas mãos até seus cabelos e rapidamente ele se levanta. Olho-o confusa. O que fiz para que rejeite meu toque em seu cabelo? Nunca rejeitou! Em seguida ele desliga o ipod, que continuava a tocar a mesma musica, liberta meus pés e fica em pé ao lado da mesa.
– Levante-se. - Ele diz.
– Quê? Porquê? - Pergunto atônita.
– Levante-se, Selena! Ainda não terminei com você. - Ele diz impaciente. Levanto-me lentamente, cambaleando um pouco. – Vire-se de costas! - Ele diz e assim eu o faço. – Apoie suas mãos na mesa! - Ele ordena. Ponho minhas mãos na mesa e inclino um pouco meu torso para frente, devido ao cansaço, empinando meu traseiro em sua direção.
Assim que o faço, ele se aproxima, encostando sua ereção em minha entrada e me penetrando devagar, numa lentidão exagerada. Fecho meus olhos, sentindo meus braços enfraquecer um pouco. Ele leva suas mão até meus seios, os apertando com destreza e começa a se mover mais, me penetrando cada mais fundo, com o seu ritmo próprio me levando a loucura. Começamos a gemer coisas incoerentes, um para o outro, a cada movimento dele e causando mais uma sensação deliciosa em mim. Não demoro a alcançar o orgasmo nessa posição e ele alcança junto comigo ao mesmo tempo em que aperta meus mamilos fortemente, duplicando meu orgasmo. Sinto minhas pernas trêmulas cederem, mas sou amparada pelas mãos dele que me seguram pela cintura.
Nicholas se retira de dentro de mim e me pega em seus braços, me levando pra cama, colocando-me delicadamente deitada de barriga pra cima.
– Você está se sentindo bem, baby? - Pergunta preocupado.
Assinto de cabeça e fecho meus olhos, tentando estabilizar minha respiração. Sinto-me exausta e degastada de todas as maneira. Abro meus olhos e me deparo com os de Nicholas que continua a me ficar com preocupação.
– Eu estou bem. - Digo e ele me olha cético por um momento. De repente sua expressão muda, ficando mais dura.
– Então levante-se e vamos tomar banho. - Diz e segue para o banheiro, mas logo para na porta e me lança um olhar intimidador. Bufo e levanto da cama, seguindo-o. Merda! Pelo visto, seu humor de cão não irá melhorar nem tão cedo. -Quem mandou provocar onça com palito de dente, Gomez!– Zomba meu subconsciente.
Entro no box primeiro que ele e me jogo embaixo da água quente, que cai sobre meu corpo levando consigo o cheiro de sexo e relaxando meus músculos doloridos. Pego o sabonete e começo a passar pelo meu corpo e assim Nicholas entra no box, tomando o sabonete de minhas mão e me ensaboando lentamente, acariciando minha pele. Jogo minha cabeça para trás, encostando-se no azulejo da parede, aproveitando a sensação que suas mãos causa em mim. Em seguida sinto seus lábios molhados descerem por meu pescoço e permaneço na mesma posição. Ele sobe com os lábios até minha o relha e morde o lóbulo da mesma.
– Não consigo me saciar de você. - Ele sussurra em meu ouvido, fazendo minha excitação se aflorar novamente. Volto meu olhar para ele, que está com seus olhos em um cinza chumbo, e entendo perfeitamente o que isso significa. Não sei se aguentarei, mas não consigo resistir. Me tornei submissa à seu toque! Ele se aproxima, me encurralando na parede e, como aprendiz de feiticeira, envolvo minhas pernas em sua cintura e assim partimos para o terceiro round.

{...}
Assim que volto para o quarto, me jogo com tudo em cima da cama, me enrolando nos lençóis. Aproveito que Nicholas continua no banho e fecho meus olhos à procura da inconsciência.
– Levante dessa cama e se arrume, Selena. Eles já devem estar nos esperando lá embaixo, pois temos a noite toda pra nos divertir e dançar pela cidade. - Ele diz, friamente.
– O quê? Como assim? - Levanto minha cabeça de um subido e fito-o com os olhos arregalados. – Eu não vou sair para dançar. Estou exausta. - Digo, firmemente.
– Porque não? Só gosta de dançar na companhia de seus amiguinhos? - Ele rosna, enquanto se seca com a toalha. Olho-o embasbacada. Oque? O cara pirou de vez, só pode! – Pelas fotos que eu vi, não me parecia nem um pouco cansada nas noites em que saiu. - Ele resmunga.
– Hã? - Olho para ele, atônita. – Pelo amor de Deus, Nicholas! Até quando vai ficar com essa raivinha besta? - Digo, exasperada.
– Não estou com raiva. - Ele diz e franze o cenho.
– Ah não? É birra então?! - Pergunto.
– Nem birra! E você, porque não quer sair a noite comigo? - Ele pergunta, me olhando sério. – Há algum problema com minha companhia? - Pergunta e sinto o ressentimento em sua voz.
– Ah geralmente não sou eu que recusa companhia aqui! - Digo, em referencia ao baile e ele levanta as sobrancelhas em surpresa. Acho que percebeu onde que chegar!
– Eu não recusei sua companhia naquela merda de baile. E se me lembro bem, corri atrás de você a noite toda. - Ele diz, me encarando. – Agora responda! Porque não gosta de minha companhia? - Olho diretamente em seus olho e noto a tristeza lá no fundo. Solto um suspiro exasperado.
– Nicholas, não é que eu não goste da sua companhia. - Digo, um pouco magoada por ele pensar assim.
– É o que então? - Pergunta.
– Sente aqui. - Digo, batendo no colchão e ele o faz, sentando em minha frente. Levo minha mão em seu rosto, acariciando-o com ternura e ele inclina seu rosto para receber meu toque.
– Eu adoro sua companhia. - Ele solta a respiração, que nem sabia que estava prendendo, e me olha com ternura. – Eu só estou cansada. O senhor me deu uma canseira hoje viu. - Digo e ele abre um sorrisinho de lado. Sinto meu coração se encher de uma emoção diferente e de um súbito me sento em seu colo, montando nele e entrelaçando minhas mãos em sua nuca, ficando cara a cara com ele. – Estava com saudades. - Digo, olhando em seus olhos e seu sorriso se amplia.
– Eu também senti. - Ele diz e me dá um beijo casto. Encosta sua testa na minha e esfrega nossos narizes. – Você me deixa louco, sabia? - Pergunta, olhando em meu olhos. Abro um sorriso.
– Sei, pois é o mesmo efeito que você causa em mim. - Digo e mordo seu lábio inferior, puxando-o com meus dentes e soltando-os em seguida. Ele sorri e me da um selinho.
– Deite-se. Você precisa descansar, baby. - Ele diz.
– Ué, não vamos mais sair? - Pergunto confusa. Ele inclina a cabeça para o lado.
– Você não está cansada?! - Pergunta confuso.
– Um pouco. Mas posso descansar depois. Prefiro aproveitar uma noite barbadiana com um gatinho, sabe. - Digo, sorrindo. Ele levanta as sobrancelhas em surpresa.
– Gatinho ? - Pergunta com divertimento em seus olhos. Solto uma gargalhada de jogar a cabeça para trás.
– Mandei mal né?! - Digo entre risos e ele assente de cabeça. – Desculpa, mas é que não sei do que te chamar. - Digo dando de ombros e continuo a rir. Ele me fita por um momento e em seguida me puxa mais para si, me envolvendo com seus braços.
– O que você acha de namorado? - Ele pergunta com um sorrisinho de canto e no mesmo instante paro de rir.
– Namorado? - Pergunto, com os olhos arregalados e instantaneamente seu sorriso some.
– Sim. Não gostou? - Pergunta, entristecido. Nossa que mudança de humor brusca!
– Não é isso! É que ... - Paro e fito-o por um instante. O que dizer?
– É que o que, Selena?! - Pergunta, aflito.
– Não sei... - Coço a cabeça. – Você disse que não namora. - Digo a primeira coisa que vem em minha cabeça.
– E daí? - Franze o cenho.
– E daí que ... - Coço a cabeça novamente, nervosa.
– Fala, Selena! - Ele praticamente grita.
– Sei lá. O combinado é não misturar as coisas. Você quer uma submissa e não uma namorada. - Digo sem pensar e me arrependo na hora em que vejo seu semblante.
– Você não gostou? - Pergunta, com o semblante em tristeza pura.
– Não, não é isso. Eu adorei. - Digo e sorrio. Ele franze a testa, me olhando confuso. – É que não quero confundir as coisas e acabar saindo machucada. Te conheço Nicholas, você está inseguro de algo e está pedindo isso. - Digo num sopro só, demonstrando todos os meus medos.
Abaixo meu olhar e fecho meu olhos em seguida, á espera de sua resposta. Minutos se passam e ele não fala nada. Sei que seus olhos estão grudados em mim, pois sinto aquela sensação. Abro meu olhos, levantando meu olhar para ele e noto que seu olhar está em mim, mas está perdido nos seus pensamentos. Ele pega meu rosto entre suas mãos e olha nos meus olhos e parece que vê o fundo de minha alma.
– Não irei te machucar, Selena. - Ele diz seriamente e me abraça apertado. – Se algum dia eu te machucar, não sei o que faria. - Diz e solta um suspiro sofrido. – Vamos nos apresentar como namorados para os outros. Não posso te apresentar como minha submissa. E sem querer acabamos envolvendo família nisso. - Ele pede, com um tom de voz sofrido.
– Tudo bem. - Concordo com ele.
Aconchego-me mais em seu abraço, colocando minhas mãos em seus cabelos, resistindo a insistente vontade de tocá-lo. De repente ele se afasta e pega meu rosto entre suas mãos, me analisando com o semblante ainda sério. Puxo-o para mim, tomando sua boca em um beijo avassalador, entrelaçando nossas línguas que dançam perfeitamente em sintonia. Ele solta meu rosto e leva suas mãos até minhas costas, descendo-as por entre o lençol que me cobre e logo me afasto.
– É melhor pararmos por aqui e irmos nos arrumar, já que temos uma noite para curtir. - Digo com um sorriso cúmplice e ele retribui o mesmo sorriso.
– Também acho. - Ele diz em tom conspiratório e damos risadas.
Somos interrompidos por uma batida insistente na porta. Nicholas levanta e se enrola na toalha, indo abrir a porta em seguida.
– Ache as roupas mano. E não demora. Zac, Demi e eu estaremos lá embaixo, esperando por vocês. - Ouço a voz de Joseph.
– Ta bom. - Nicholas responde e fecha a porta. – Vamos, baby! Temos pouco tempo. - Ele diz quando volta, virando-se para mim e começa a se vestir. Suspiro e levanto-me, enrolada no lençol. Pego a roupa que Demi tinha separado para mim na noite anterior e ando em direção ao banheiro. – Aonde pensa que vai? - Nicholas pergunta assim que chego na porta do banheiro.
– Vou me vestir. - Digo.
– Pode se vestir aqui. - Ele diz. Abro um sorrisinho malicioso e nego com a cabeça, estalando minha língua em negativa.
Entro no banheiro e tranco a porta. Visto a roupa que Demi reservou e fez questão que eu vestisse. Seco meus cabelos, deixando-os caírem em cascadas de cachos por minhas costas e sigo para o espelho. Coloco meus brincos e passo uma maquiagem bem caprichada.
Olho-me no espelho e fico embasbacada. Nossa, nem parece eu mesma! Estou uma gata! Sorrio satisfeita e volto para o quarto. Nicholas está de costas e parece estar abotoando a blusa xadrez de linho que o veste, deixando-o terrivelmente sexy. Minha deusa interior se espreguiça de sua rede e se abana em seguida. Assim que se vira de frente para mim, seus olhos percorrem minuciosamente meu corpo e vejo um sorrisinho malicioso brota em seus lábios. De repente seu meio sorriso se desfaz, dando lugar a uma carranca.

– Este vestido está muito curto. - Ele diz com acidez na voz.

– E daí ? - Pergunto.
– E daí que vão ficar olhando. - Ele resmunga.
– E daí?! Vou estar com meu namorado mesmo. - Dou de ombro e instantaneamente seu sorriso de menino se abre. Pego minha bolsa e viro-me para ele. – Vamos ? - Pergunto com um sorriso.
– É, vamos ver o que a Little England tem a nos oferecer. - Ele diz sorridente e assim saímos do quarto.

{...}
– Até que enfim! - Demi resmunga, ao nos aproximar mas logo para ao me fitar. – Uau, que gata. - Demi diz e assovia, chamando a atenção de todos ao redor. – Eu sabia que você ia ficar linda. - Ela completa.

– Obrigada! - Digo e sorrio sem graça. – Você também está uma gata, amiga. - Digo, analisando sua roupa
– Caramba! Realmente está uma gata, Gomez! - Zac diz, me olhando de cima até embaixo.
Sei que está me olhando assim para provocar Nicholas. Ele adora essas brincadeira. Mal sabe ele que Nicholas não sabe brincar! Desvio meu olhar para Nicholas, que está com o cenho franzido e o maxilar cerrado em um ato de raiva. Acho que ele vai voar no pescoço do Zac. Aperto sua mão com força, chamando a atenção de seu olhar para mim. Dou um sorrio cúmplice e ele parece relaxar.
– Está querendo ser assassinado hoje ainda né, Zac. - Joseph diz, chamando a nossa atenção para ele.
– Porque? - Zac pergunta.
– Vi a hora do Nicholas partir para cima de você. - Joseph diz e ri.
Nicholas olha sério para Joseph, que parece nem ligar. Zac começa a rir e olho-o confusa. Porque ele está rindo? Só pode ser louco! -Ele é um Lovato, esqueceu?- Zomba meu subconsciente e sorrio.
– Ah qual é.. Nicholas já deve ter percebido que gosto da Selly como irmão e mais nada! - Zac dá de ombros sob o olhar cético de Nicholas.
– Vamos então ? - Demi se pronuncia e assim o fizemos..


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Creditos Angel


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