sexta-feira, 29 de agosto de 2014

XXXVII - Amor Obscuro - HOT

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Um mês se passou e minha vida continua a mesma coisa: Ir pro trabalho, voltar para casa e encontrar com Nicholas. Essa última é a melhor parte do dia, já que no trabalho é sempre aquela rotina estressante. Não por causa de meu chefe, pois esse é uma benção, mas sim por causa de um tal assistente chato chamado Tony, que insiste em me assediar. Sempre saio pela tangente, mas confesso que ele está começando a me irritar profundamente. Chego em casa cansada de tanto fugir de seus olhares e sorrisos furtivos, sem contar suas conversas com duplo sentido. E tudo piorou mais depois que passei a almoçar a maioria dos dias, quando Claire não me acompanha, com o meu novo e secreto amigo Lincoln.
Secreto porque não tive coragem de contar a Nicholas sobre ele. Acho até estranho que ele não saiba. Ou sabe e não falou nada, mas por sua reação ultimamente, acredito que não saiba mesmo. Sei que não vai demorar muito até ele descobrir. Me sinto mal por esconder isso dele, mas sei que iremos brigar se eu contar. Coisa que eu não quero, estamos tão bem que estremeço só de pensar em brigar. E bem capaz dele colocar alguém atrás de mim só pra certificar que darei fim a amizade com Linc. Ele até insistiu para que Taylor me acompanhasse todos os dias ao trabalho, mas eu não aceitei. Foi uma grande briga, mas ele desistiu e aceitou meus argumentos, digamos, pouco convencionais mais muito convincentes.
Por mais estranho que pareça, eu não quero terminar a amizade com Linc. Ele é um cara legal, apesar de seu jeito enfadonho de empresário. No começo eu fiquei um pouco relutante em aceitar sua amizade, mas ele foi tão sincero com suas palavras e atos, que acabou conseguindo que aceitasse ser sua amiga. É um pouco estranho ter amizade com o ex de Elena, mesmo achando que ela não saiba de nada. Até porque ela não perderia essa oportunidade para arruinar meu relacionamento com Nicholas. Ainda me lembro quando ela nos encontrou em um restaurante à dois dias atrás, quando comemoramos um mês juntos. Ela até tentou disfarçar o seu desgosto na frente de Nicholas, mas a mim ela não me engana. Nicholas por sua vez não deu a mínima para ela e assim continuamos como sempre: As mil maravilhas.
Desde que voltamos é assim. Nos vemos todos os dias e dormimos juntos sempre, seja em meu apartamento ou no dele. Ele até me pediu para morar com ele, mas recusei na mesma hora. Não estamos prontos para isso ainda, mesmo que o amor que fazemos me faça repensar mil vezes essa recusa . Apesar do meu corpo implorar por um pouco mais de força da parte dele. Ultimamente não sei o que está havendo comigo, mas como sinto falta daquele Nicholas selvagem. Até do quarto vermelho eu estou com saudades. Ai, eu devo estar doida mesmo. Sei que ele está com medo de me machucar e entendo perfeitamente. Não quero ser injusta com ele, amo o jeito que fazemos amor, o jeito que nos entregamos ao outro e ele sempre me deixa enlouquecida a cada toque, mas estranhamente estou sentindo falta do Nicholas de antes.
Na verdade, quando voltamos eu pensei que tudo voltaria a ser o mesmo, claro que um pouquinho diferente, pois agora sei que ele me ama, mas com o mesmo sexo selvagem de antes. Não queria que ele mudasse tanto. Bem, nem tanto já que ele continua o mesmo controlador e obsessivo de sempre. Sem contar o seu costumeiro jeito de se estressar rapidamente com minha atitude a certar coisas. Mas onde eu pensei que não mudaria, acabou mudando. Nicholas agora não quer mais força, nem rapidez. Substituiu isso por leveza e muito carinho. Sinto que ele se segura ao máximo para não pegar pesado comigo quando eu praticamente imploro. Não que eu não goste de seus carinhos, mas que falta me faz aquela mão nervosa em meu bumbum. E cada vez que penso nisso me doí o coração. Depois de tudo que passamos, me sinto egoísta por estar pensando só no que eu quero, enquanto ele se preocupa ao máximo em não me machucar. Não quero ser injusta com ele ou coisa do tipo, mas... só quero que ele seja o Nicholas de sempre. Sem pressão ou medo de me machucar.
Hoje, uma rara tarde fria, em plena quarta feira de um verão da grande Seattle, infelizmente não terei Nicholas para me esquentar nesse friozinho gostoso. E parece que sem ele aqui tudo fica mais frio. Nicholas teve que viajar para Portland de manhã para resolver algumas pendências. Dormirá lá essa noite e amanhã irá para Nova York de lá mesmo. Ele até queria voltar essa noite para dormir o restinho da noite comigo e partir daqui para Nova York, mas eu o proibi. Não quero que viaje cansado durante a noite por um capricho. Claro que isso resultou em uma briga matinal, mas mesmo bufando ele concordou que seria imprudente de sua parte dirigir a noite, cansado depois de um dia maçante, como ele fala. Não tem nem um dia sem vê-lo e já estou morta de saudades do meu amor. Nos comunicamos o dia inteiro por e-mails, mas só de pensar que não o verei por quatro dias, me sinto incompleta.
Mas aqui estou eu, exausta e triste pela ausência de meu vício que é meu namorado, entrando em meu lindo New Beetle, com destino a Pike Place Market. Jogo minha bolsa no banco do carona e começo a dirigir pelo tráfego intenso do fim de toda tarde em Seattle.
Chego em casa meia hora depois, jogando os sapatos longe e deixando a bolsa em cima da mesinha de centro da sala. Desfaço o nó de meu cabelo, deixando-o cair em cascata em minhas costas e viro ao ver Demi sentada perto da bancada da cozinha conjugada com a sala.
– Cansada ? - Pergunta ao ver minha cara exausta.
– Um pouco. - Respondo depois de um suspiro sofrido. – O que você está comendo ? - Pergunto ao vê-la mastigando algo.
– Um sanduíche, quer ? - Ela estica o braço com algo em mãos, parecido com um tudo menos um sanduíche.
– Não, obrigada. - Sorrio e ela revira os olhos.
– Baby, hoje eu vou dormir na casa do Joseph, tem problema ?
– Não, porque teria ? - Franzo a testa em confusão.
– Não sei, ué. Nicholas vai vir pra cá hoje ?
– Não, ele teve que viajar. - Entorto a boca tristemente e ela me lança um sorriso terno.
– Hum.. então vou desmarcar com o Joseph. Não quero te deixar sozinha.
– De jeito nenhum. - Me aproximo dela e a abraço. – Vá curtir sua noite com seu noivo em cima de um bom sofá, que eu sei que vocês adoram. - Me afasto pra olhar para ela, que está totalmente vermelha e caio na gargalhada.
– Selly! Não tem graça. - Ela fecha a cara, tentando manter a pose de séria, mas logo me acompanha na gargalhada.
– Ai, nunca vou esquecer aquela cena. - Digo entre os risos
– Para de me atazanar com isso. Já se passou um mês, Selly. - Dá um tapinha em meu ombro e rio mais.
– Eu sei. Pra você ver o dano que me causou. - Brinco e ela mostra a língua.
– Sem graça.
– Ai que calunia, eu tenho muita graça tá. - Faço biquinho e agora é ela quem ri
– Boba! Te amo - Ela me abraça apertado e beija meu rosto.
– Também te amo..... Vou sentir sua falta. - Digo com um pesar no coração ao lembrar que daqui uns meses ela se casa.
– Eu também vou sentir a sua, Gomez. - Diz fracamente e sei que está se segurando para não chorar. Depois de um longo abraço, ela se afasta e sorri fracamente. – Bem, agora vou me arrumar. Tem um gatinho me esperando! - Pisca e sai em direção ao seu quarto.
Sorrio e balanço a cabeça. Em seguida, faço o mesmo que ela, só que para o meu quarto. Tiro a roupa assim que entro e sigo em direção ao banheiro. Entro no box e começo o meu banho, sentindo a água quentinha aquecer minha pele fria, do tempo lá fora. Sorrio ao lembrar das aventuras de Nicholas comigo nesse mesmo lugar em que estou agora.
Depois de um longo tempo, que julgo ter encolhido a pele de minha mão, saio do banho e me enrolo na toalha. Sigo para o closet e sorrio como um boba ao me deparar com um cueca boxer de Nicholas. Pego-a e a abraço junto ao meu peito, sentindo a tristeza me invadir. Nisso que dá dormir com ele todos os dias. Fiquei mal acostumada. Fico agarrada com a cueca por um longo tempo, depois a coloco na gaveta junto com minhas calcinhas e visto a shortinho que vejo pela frente. Pego uma blusinha qualquer e visto. Saio do closet secando meus cabelos com a toalha e paro em frente ao espelho do banheiro. Caio na gargalhada ao ver o resultado. Nunca reparei o quanto eu fico estranha com esses shortinhos. Tudo bem que não é a primeira vez que visto um, mas é a primeira vez que me vejo em um. Ah, que saber.. dane-se! O que importa é que me sinto confortável. Dou de ombros e continuo a secar meu cabelo inutilmente com a toalha.
– Selly, estou indo. - Ouço Demi gritar.
– Ta bom, tenha uma ótima noite. - Grito de volta e minutos depois ouço a porta da frente batendo com força. – É, agora é só eu e eu mesma. - Digo pra mim mesma em frente ao espelho.
Depois de lutar com a tolha e o cabelo, saio do quarto com o cabelo ainda molhado mesmo e sigo para cozinha. Me sinto triste, mas é uma tristeza de saudades. E quando estou assim, gosto de comer guloseimas para compensar. Abro a geladeira e vasculho o que tem. Graças a Deus, Demi abasteceu a geladeira esse mês, pois esqueci totalmente. Vejo um frasco de calda de chocolate, uma tigela cheia de morangos e decido fazer umas panquecas. Tem tempo que não como uma e com morango é tudo de bom. Pego os ingredientes e começo a fazê-las pacientemente.
Depois de fazer várias panquecas, pego a calda de chocolate na geladeira e a tigela com os morangos. Ligo a televisão na sala e sento na bancada, de modo que dê para ver. Começo a comer as panquecas, afundada em minha solidão enquanto zapeio os canais à procura de algo bom pra assistir. Depois de rodar todos os canais, desligo a televisão e resolvo ouvir música. Pego o Ipad que Nicholas esqueceu em cima da mesinha de centro e o conectado no som, voltando minha atenção para as panquecas assim que uma musica começa a tocar. Não contente com o tanto de doce que há nela, despejo mais calda por cima dos morangos até molha-las por completo. Agora sim está com uma excelente porcentagem de açúcar. Devoro as panquecas com vontade, sujando o rosto de chocolate, mas não me importo. Esta tão gostoso, que quero sentir o melado do chocolate misturado com os morangos em minha pele.
Levanto o olhar involuntariamente e paraliso ao ver, parado do outro lado da bancada, um homem de cabelos acobreados todos desgrenhados me olhando fixamente.
– Nicholas. - Falo com a boca cheia. – O que faz aqui ? - Pergunto depois de engolir um grande pedaço de panqueca. Meu susto é tanto que nem senti a dor em minha garganta com o tanto de massa que engoli.
Ele anda a passos largos até a mim, me puxa e toma meus lábios com fome, me beijando desesperadamente. Nossas línguas se enroscam perfeitamente, com o sabor do morango com chocolate e assim permanecemos até o ar se fazer ausente.
– Baby, está toda suja de chocolate. - Ele sorri, passando o polegar por minhas bochechas. – Não sabe mais comer civilizadamente, senhorita Gomez. - Brinca, arrancando risos de mim.
– Sei, mas assim tem mais sabor. - Digo petulante, fazendo bico e sorri. – Como você entrou aqui? O que faz aqui ? - Pergunto novamente.
– A porta estava aberta e o portão também. - Franze a testa para esse fato. – Os moradores desse prédio deveriam ter mais cuidado. - Resmunga. Reviro meus olhos e em seguida olho-o esperando sua resposta para a outra pergunta. – Não consegui me segurar e vim o mais rápido que pude. - Diz, olhando em meus olhos. – Ah baby... você me enfeitiçou mesmo. Não consigo mais pensar em dormir sem você ao meu lado. - Diz com os lábios encostados aos meus e me beija em seguida.
Pego seu rosto entre minhas mãos, um pouco sujas de chocolates, e olho-o nos olhos.
– Hum... estou deixando o senhor mal acostumado, senhor Jonas. - Brinco e ele ri. – Então você não vai para Nova York amanhã ? - Pergunto com as sobrancelhas arqueadas e ele bufa.
– Vou ter que ir. - Resmunga. – Mas isso fica para depois. Agora só quero saber de você, baby.
Ele volta a me beijar e sinto seus braços me envolverem pela cintura. Fecho meus olhos ao estremecer com o seu toque. Ai, como adoro essas mãos em minha pele. Ele desce suas mãos até meu bumbum e aperta com vontade, arrancando um gemido de mim. De repente ele para o beijo e abro meus olhos de imediato, encontrando os seus arregalados.
– O que foi ?- Pergunto.
Ele desce seu olhar e sigo a direção ao notar um sorriso sacana abrir em seus lábios.
– Caramba... Você fica tão sexy com esses shorts. - Sua voz rouca e sensual, reflete rapidamente em mim, agitando minha corrente sanguínea. Em um rápido movimento ele me pega pelos quadris e me coloca sentada na bancada, ficando entre minha pernas. Lambe lentamente o chocolate no canto de minha boca e fecho meus olhos para aproveitar essa deliciosa sensação. – Deliciosa... essa mistura de selly com morango e chocolate. - Sussurra em meu ouvido e morde o lóbulo de minha orelha em seguida. Gemo em resposta e pelo canto de olho vejo seu sorriso sacana.
Ele continua a me lamber, descendo sua língua pelo meu pescoço, arrepiando meus pêlos por onde passa. Chupa meu pescoço com avidez e jogo a cabeça para trás, dando-lhe facilidade, com minha respiração acelerada. Ele enfia as mãos por baixo de minha blusinha, indo direto para meus seios e aperta-os com vontade.
– Nicholas... - Gemo seu nome, ao senti suas mãos massagear meus seios.
– Isso, baby! Geme meu nome... ele fica tão agradável em sua boca. - Sussurra, enquanto sua boca continua a devorar meu pescoço e suas mãos os meus seios.
Ele tira uma mão e desce-a pela minha pele ardente, até alcançar minha coxa e aperta-a sensualmente. Em seguida sobe sua mão até a alça de minha blusa.
– Ah, baby! Que pele deliciosa.. não me canso nunca de beijá-la, de lambe-la. - Diz, enquanto escorrega uma alça de minha blusa pelo meu ombro, expondo um seio meu e rapidamente o abocanha.
Engasgo com o seu ataque repentino, fazendo-o rir contra meu mamilo endurecido. Apoio minhas mãos na bancada e arqueio meu corpo, dando-o facilidade. Ele repete o mesmo processo com a outra alça e se afasta um pouco para olha meus seios expostos. Um sorriso safado surge em seus lábios ao arrastar sua mão até a calda de chocolate. Em seguida leva uma mão até a tigela, arrastando-a até o lado da minha coxa e pega um morango. Olha para mim com um sorriso sugestivo e sem aviso prévio derrama a calda por meus seios, me lambuzando de chocolate e assim passa o morango por cima da calda em meu mamilo sucessivamente. Leva o morango até sua boca e o mordisca sensualmente, com seus olhos me fitando sem parar. Mordo meu lábio ao conter um gemido, enquanto sinto o meio de minhas pernas encharcar com essa cena fodidamente erótica. Nicholas devorando um morango com chocolate é a coisa mais excitante que tem no mundo. Aliás, tudo que ele faça fica excitante. Até uma passada de mão no cabelo é excitante com esse homem. Saio de meu devaneio ao sentir seus dedos lambuzados em meu lábio, libertando-o do cativeiro dos meus dentes.
– Não morda o lábio, baby! Deixa que eu faço isso. - Sussurra antes de mordê-lo e em seguida, passa sua língua com sabor de chocolate por cima de onde mordeu.
Escorrega sua boca até meus seios e os suga, lambendo o chocolate espalhado no mesmo. Continua com seu ataque implacável em meus seios, enquanto eu reviro meus olhos a cada toque de sua língua ao lamber meu mamilo. Agora eu sei porque eu não consigo mais dormir sem esse homem ao meu lado. Tudo com ele é demais, é delirante. Sua língua em meu corpo é a coisa mais gostosa que tem na vida. Quem eu estou querendo enganar, tudo com ele é gostoso. Depois de sugá-los com avidez por um longo tempo, sinto as mãos de Nicholas juntando meus seios e olho em sua direção, me deparando com seus olhos tempestuosos em mim. Lentamente ele leva os lábios até meus mamilos e os chupa sem quebrar o contado de nossos olhos.
– Como eu suspeitei.. deliciosa combinação. - Solta meus seios e desce suas mãos pela lateral do meu corpo até a encontrar meu short. Ele enfia os dedos por dentro do cós do short e o puxa bruscamente, arrancando um gritinho de surpresa. – Sem calcinha! - Diz surpreso ao olhar para meu sexo e um sorriso de satisfação surge em seus lábios, passado a surpresa. – Deite-se, baby. - Ordena com a mão espalmada em minha barriga e assim o faço.
Estremeço ao sentir o granito gelado da bancada em minhas costas nuas. Nicholas pega o frasco de calda e despeja por meu corpo inteiramente nu. Me sinto totalmente melada, mas muito excitada. Preciso desse homem dentro de mim urgentemente. Parecendo ler meus pensamentos, Nicholas sorri e sussurra.
– Calma, baby .. ou vou deixar você chegar lá. – Passa outro morango em meu corpo. – Abra a boca. – Faço o que me pede e ele coloca o morango em minha boca. Mordo com deleite, sugando provocativamente o chocolate que escorre em meus lábios. Vejo seus olhos escurecer mais e sorrio. Percebendo meu jogo ele desfere um tapinha em minha perna.
– Ai, baby. - Resmungo e sorrio em seguida.
Hum.. pelo visto hoje terei o que almejo dele há tempos. Nicholas está incontrolável! Em seguida ele passa mais morangos pelo meu corpo e se delicia. Pega outro e dessa vez, lentamente, o passa em meu sexo molhado. Gemo com esse ato e assim que come o morango, ele inclicar-se sobre mim, atacando meu corpo com sua boca faminta, lambendo cada milímetro do chocolate em minha pele, levando-me ao êxtase. Sussurro algo ininteligível, perdida em sensações. Desfruto dos movimentos de sua língua por um longo tempo, de olhos fechados.
Sinto sua boca descer e arfo de tesão ao sentir sua língua melada passar por meu clitóris. Abro meus olhos imediatamente para olhá-lo. A imagem de Nicholas com a cabeça enterrada entre minhas pernas me deixa mais louca. Gemo alto ao senti-lo sugar-me ruidosamente. Ele afasta sua cabeça para trás e me fita.
– Está tão molhada que não vai demorar a gozar. - Diz e vejo o brilho de minha excitação em seus lábios.
Merda, que coisa delícia essa visão. Ele despeja mais calda por meu sexo e volta ao seu ataque. Levanto meu torso da bancada e agarro a borda da mesma com força, apertando até meus dedos ficarem pálidos, cada vez que sua língua habilidosa rodeia meu clitóris. Movo meus quadris sem me dar conta, mas ele logo os agarra, parando os movimentos.
– Quieta. - Rosna e volta ao ataque.
Grito ao sentir seus dentes prender minha carne inchada e suga-lá assim que solta. Meus olhos rodeia a sala e, involuntariamente, para na porta de entrada, fazendo-me lembrar que não está trancada. Merda! Tomara que Demi não volte para casa hoje, muito menos tão cedo. Lembro de quando a flagrei com Joseph e rapidamente me apavoro ao cogitar a possibilidade de ser flagrada com Nicholas. Volto meu olhar para ele, que está devorando meu sexo e esqueço do medo. Dane-se se posso ser flagrada. É até excitante a ideia de ser pega nessas condições. Esqueço de tudo, quando Nicholas arreganha mais minhas pernas, apertando minhas coxas e devora cada vez mais meu sexo. Sem perceber, levo uma mão até seus cabelos, pressionando seu rosto mais em mim e reviro meus olhos ao ser invadida por ondas já conhecidas. Deito novamente as costas na bancada e deixo-me levar por seus movimentos por um tempo até que gozo esplendidamente em sua boca. Me perco no mar de sensações de meu delicioso orgasmo, ouvindo os barulhos de sucção que Nicholas faz ao sugar meu gozo.
Instantes depois volto em si e tento estabilizar minha respiração pesada, mas logo ela se corta ao senti-lo me penetrar lentamente, enterrando todo seu membro em mim. Olho-o rapidamente e vejo que está completamente nú. Quando foi que ele tirou a roupa que eu não vi? Esqueço minha pergunta interna ao senti-lo alcançar um ponto sensível dentro de mim. Suspiro com a plenitude que sinto com ele dentro de mim. Que sensação maravilhosa! Era disso que eu precisava. Ele começa a se mover lentamente, em seu ritmo habitual ultimamente, mas me recuso a fazer amor hoje. Enlaço minhas pernas em sua cintura, de modo que meus calcanhares ficam em sua bunda e empurro-o, para que ele se mova mais rápido. Rapidamente ele para e agarra meus pés.
– Não. - Repreende-me.
– Nicholas, por favor. - Choramingo – Mas rápido, baby!
– Não. - Nega mais uma vez e volta com seus movimentos lentos, me olhando nos olhos sem parar.
Ah, não! Hoje eu quero ele selvagem e vou ter. Levanto o torso da bancada, decidida e envolvo meus braços em seu pescoço.
– Por favor, baby. Mais rápido, mais forte... - Em resposta ele cerra os dentes e sei que está se segurando ao máximo para não cair em tentação. Ah, Jonas! Hoje eu venço você! Aproximo meu rosto do seu e colo nossas testas. – Hoje eu quero você selvagem. Quero que me foda com força. - Digo resignada, com os olhos grudados aos dele. Ele não diz nada e continua com seus movimentos lentos. – Baby, eu não vou quebrar. - Imploro mais uma vez.
Vejo-o agarrar a borda da bancada com força e fechar os olhos, com a mandíbula cerrada. Sei que está em uma batalha interna. Não queria pressioná-lo, mas sei que precisamos disso para voltarmos a ser como era antes. Depois de uns segundos, que pareceram a eternidade para mim, ele balança a cabeça e abre os olhos. Sorrio ao ver o velho Nicholas de volta refletido em suas pupilas dilatadas.
– Se é isso que você quer.... - Diz entre os dentes e aumenta o ritmo de suas estocadas.
Sorrio e apoio-me nele. Abro mais as minhas pernas para recebê-lo e assim ele me bombeia com mais violência. Era isso que queria. Como esperei por isso. Esfrego nossos narizes e com seus olhos cravados aos meus, ele toma minha boca em um beijo carnal. Somos o retrato perfeito da luxúria em cima dessa bancada. Assim que nossas bocas se afastam em busca de ar, gemo seu nome repetidamente, a cada vez que sinto-o mais fundo dentro de mim. Sinto o suor brotar em nossas testas e sei que ele está perto de sua libertação, assim como eu. Ele agarra minhas coxas com firmeza e aumenta suas estocadas cada vez mais, na busca incessante pelo prazer. Olho para onde estamos conectados e gemo. Cristo, como nossa ligação é perfeita. O modo que ele entra e sai de mim, me fodendo cada vez mais é extasiante. Volto a cravar meus olhos nos dele e depois de várias estocadas, encontramos nossa libertação, gozando ao mesmo tempo e gemendo coisas desconexas.
Depois de um momento inerte, aproveitando meu segundo orgasmo, caio de costas na bancada mais uma vez, com a respiração super pesada. Abro meus olhos lentamente e vejo Nicholas com seus olhos apertados, assim como sua mandíbula, aproveitando seu intenso orgasmo. Que lindo ele fica quando está gozando. Sorrio e jogo a cabeça para trás, satisfeita por ter quebrado essa barreira. Ao fundo ouço uma musica e lembro do Ipad ligado. Que musica é essa ? Tento decifrar, mas a voz de Nicholas irrompe minha missão.
– Você está bem, baby ? - Sinto a preocupação emanar de sua voz e olho-o na mesma hora.
– Melhor, impossível. - Sorrio e vejo-o a tensão de seus ombros se dissipar. Ele sorri tranquilamente e sai de dentro de mim devagarinho. Me sento e o abraço com meus braços e pernas – Você não me machucou, viu ?! - Sorrio e ele não diz nada.
– Eu te amo e não suportaria te machucar. Já te disse isso, mas você não entende. - Diz seriamente. Agarro seu rosto em minhas mãos, para que sinta a sinceridade em minhas palavras
– Hey, você não irá me machucar se fizer um pouquinho mais de força.. - Sorrio para quebrar o clima ruim que se instalou de repente. – Desfaz essa cara vai ? - Peço e começo a deixar uma trilha de beijos molhados de sua orelha até seu pescoço. – Não fica bravo, me amor - Volto a olhar para seu rosto e faço beiçinho.
– Não tem como ficar bravo com você, Selena. Você sempre vira o jogo a seu favor, sua feiticeira. - Diz brincalhão.
– Feiticeira? - Pergunto com meus olhos arregalados e ele ri.
Prende uma mecha de cabelo atrás da minha orelha para poder me olhar bem dentro dos olhos.
– Sim, feiticeira. Não consigo pensar direito quando estou longe de você e quando estou perto e pior ainda. Sinto que não tenho mais comando sobre você. Tudo o que eu falo, você faz exatamente ao contrário. Me toma como seu, de modo que não tenho mais voz ativa com você. - Sinto meu peito queimar com essa declaração.
Meu Deus, como Nicholas é bom com as palavras. Acho que estou igual a uma boba devido ao tamanho do sorriso em meus lábios. Acaricio ternamente eu rosto com minha mão.
– Acho que me apaixonei de novo agora. - Digo e ele levanta as sobrancelhas.
– Acha ? - Estreita os olhos para mim e rio.
– Não. Eu tenho total certeza. - Digo resignada e o beijo castamente nos lábios.
– Dança comigo uma música ? - Pede com os lábios pertinho dos meus.
– Nus ? - Assusto-me com seu pedido e ele ri.
– O que tem demais ? Estamos sozinhos não é ?
– Agora que você pergunta isso ? - Solto uma risada e ele me acompanha.
– Então, dança comigo ? - Sorrio em concordância. – Espere aqui. - Ordena e vai até onde está o Ipad.
Balanço os pés, feito uma colegial, enquanto vejo-o olhar brevemente para a tela. Um sorriso lento se abre em seu rosto ao selecionar uma música e logo I Put a Spell on You de Nina Simonecomeça a ressoar pelo recinto.
Ele coloca o Ipad de volta no lugar, se vira pra mim, expondo toda sua nudez frontal e caminha lentamente em minha direção. Uau! –Respira Selena! Vamos lá, é fácil.. inspira e expira- Meu subconsciente me aconselha, enquanto minha deusa interior está em chamas, correndo de um lado para o outro. Acho que vou desmaiar com essa visão celestial. Minha boca seca e respiro com dificuldade. Acabei de ter esse homem dentro de mim e pelo visto nunca vou me cansar de tê-lo novamente.
– I put a spell on you 'Cause you're mine - A voz rouca de Nicholas me tira do meu transe sexual.
Ele passa um braço em volta da minha cintura, me tirando de cima da bancada e levando-me até o meio da sala. Envolvo meus braços em seu pescoço e começamos a dançar no embalo da música, olhando nos olhos um do outro.

I put a spell on you
Eu coloquei um feitiço em você
'Cause you're mine
Por que voce é meu
– É isso que você fez comigo, baby. - Nicholas sussurra em minha boca.
– É o mesmo que você fez comigo, meu amor. - Sussurro fracamente.
Ele sorri e volta a cantar fundo com a música.

You better stop the things you do
É melhor você para de fazer o que voce faz
I ain't lyin'
Eu não minto,
No I ain't lyin'
Não, eu não minto

You know I can't stand it
Você sabe que eu não posso esperar
You're runnin' around
Você está correndo em volta
You know better daddy
Voce bem sabe
I can't stand it cause you put me down
Que eu nao posso esperar porque voce me derruba

I put a spell on you
Eu coloquei um feitiço em você
Because you're mine
Por que voce é meu
You're mine
Voce é meu

I love ya
Eu amo
I love you
Eu amo você
I love you
Eu amo você
I love you anyhow
Eu amo você de todas as formas
And I don't care
E eu não ligo
If you don't want me
Se você nao me quer
I'm yours right now
Porque eu sou sua agora

You hear me
Você ouviu
I put a spell on you
Eu coloquei um feitiço em você
Because you're mine
Por que voce é meu
Assim que acaba a música, já estamos quentes feito o inferno. Sem precedentes, Nicholas me inclina em direção ao chão e toma minha boca em um beijo profundo e amoroso. Ouço a música se repetir, mas esqueço desse detalhe ao sentir o tapete felpudo da sala em minhas costas. Só sinto o corpo quente e preguiçoso de Nicholas em cima do meu, incendiando-me a cada toque de suas mãos e assim nos perdemos amorosamente um no outro novamente, ao som de Nina Simone.




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Creditos Angel
 

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

XXXVI - Amor Obscuro

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Acordo com o despertador relatando as primeiras notícias de Seattle. Abro os olhos lentamente para me acostumar com a claridade e assim que os abro completamente, me deparo com os olhos cinzentos de Nicholas me fitando.
– Bom dia, baby. - Ele diz com sua voz rouca de sono.
– Bom dia, meu amor. - Sorrio e dou um selinho em seus lábios. – Dormiu bem? - Pergunto.
– Muito bem. - Diz, aproximando seu rosto do meu e me beija intensamente.
– Que bom. - Falo assim que nossas bocas se separam.
Ele sorri e desce beijinhos por meu pescoço, causando-me arrepios pelo corpo. Me deleito com essa sensação deliciosa que ele causa em meu corpo, mas logo algo me faz arregalar os olhos. Sobressalto na cama, levantando Nicholas junto comigo. 

– Que foi? - Pergunta assustado com minha reação.
– Olha a hora! - Falo alto, apontando para o visor do despertados. – Já são 7h00! - Saio da cama apressadamente e corro para o banheiro.
– O que tem isso ? - Pergunta vindo atrás de mim.
– O que tem é que irei chegar atrasada no trabalho se fizer o que eu acho que faríamos em cima daquela cama. - Digo e ele abre um sorrisinho torto, vem lentamente até a mim e me agarra pela cintura.
– Ah, baby! - Ele volta a beijar meu pescoço e suspiro. – Só mais uns minutinhos vai.. - Sussurra em meu ouvido e morde o lóbulo de minha orelha em seguida.
– Nicholas, para. - Digo fracamente. Ele continua sua tortura de beijos molhados entre minha orelha e o pescoço, me derretendo a cada beijo. – Nicholas.. - Tento repreendê-lo mas minha voz sai num fio de voz. Busco força de onde não sei e me afasto dele rapidamente. – Baby, eu também quero muito, mas não dá. - Digo firmemente.
Tiro minhas poucas roupas do corpo e entro no box, fechando-o atrás de mim. Nicholas me olha embasbacado e cruza os braços.
– Não irei tomar banho contigo ? - Pergunta, incrédulo. Sorrio e nego de cabeça.
– Não! Espera aí fora. Você aqui dentro é perigoso demais. - Digo e ele balança a cabeça em descrença, sorrindo em seguida.
– Bem, se eu não posso tomar banho contigo, irei assisti-la. - Diz, pegando uma cadeira que fica perto da pia e se senta em frente ao box.
Reviro meus olhos para sua insistência e assim que se dá conta de meu ato, estreita os olhos para mim. Sorrio e começo a tomar meu banho, sob os olhares intensos de Nicholas, que insiste em me ver. Tento ignorar sua presença, pois me deixa nervosa e excitada saber que ele ver cada movimento de meu corpo nu. Engulo em seco várias vezes, quando nossos olhos se encontram. Seu olhar me queima por inteiro e juto que se não tivesse compromisso, eu o agarraria com todas minhas forças e só nos separaríamos quando estivéssemos com falta de ar, pois pelo visto nunca vamos nos satisfazer um do outro.
Me ensaboou com vontade, afim de esquecer esses devaneios e assim que acabo o banho, desligo o chuveiro e abro a porta do box. Saio completamente nua e molhada, ando a procura de uma toalha, ignorando o olhar capaz de derreter as geleiras do Alasca, que Nicholas me lança. Assim que encontro a toalha, me enrolo lentamente nela, provocando e olhando diretamente para Nicholas.
– Eu sei o que você está fazendo, Selena. - Ele diz sem desviar o olhar do meu.
– Claro que sabe. Estou me enrolando em uma toalha, oras. - Digo inocentemente e engulo a gargalhada que se está prestes a sair.
Saio do banheiro, sigo até o closet e procuro por uma roupa com um pouco de pressa, pois não quero me atrasar. Jack é um ótimo chefe, mas não me sinto bem em fazer isso. Opto por uma saia lápis preta e uma blusinha rosa, já que hoje é segunda e todas as segundas e sextas, todos da empresa usam uma roupinha social.
Visto-me rapidamente ali mesmo e assim que viro para sair do closet, me assusto ao dar de cara com Nicholas.
– Ai que susto. - Digo, colocando a mão no peito.
Vejo-o ri de minha reação, enquanto calço os sapatos e fecho a cara. Volto para o quarto e penteio meus cabelos rapidamente. O relógio me alerta que tenho menos de meia hora pra chegar no trabalho. Percebendo minha pressa, Nicholas franze a testa assim que o beijo nos lábios.
– Não vai me esperar? - Pergunta.
– Baby, você ainda tem que tomar banho e eu estou atrasadérrima. Ainda tenho que passar em casa, esqueceu ?- Ele me olha e parece entender-me. – Preciso ir agora. - Digo e quando vou lhe dar outro beijo, ele me impede.
– Não vai comer nada ?- Pergunta, emburrado.
– Não tenho tempo. Comerei algo no serviço. - Digo, seguindo para a porta. – Tchau e até.. - Paro e olho para ele. – Sexta ?! - Digo e espero que diga algo.
Será que continuaremos como na época em que eu era sua submissa?! Como resposta ele franze o cenho e se aproxima de mim a passos largos. Pega meus rosto entre suas mãos e fita-me nos olhos.
– Até mais tarde! - Me beija com paixão e assim que para o beijo, volta a me olhar nos olhos. – Nos veremos todos os dias! Se pudesse olharia para você as 24 horas do dia, mas como sei que você não aceitaria largar seu emprego e vir trabalhar comigo, me contentarei em vê-la nas horas vagas. Vamos viver como todo casal normal. Você é minha namorada e não minha submissa, estamos entendidos? - Diz seriamente e concordo de cabeça. – Que bom. - Me beija novamente, por um longo tempo até que ficamos sem ar e nos separamos. – Tenha um bom dia de trabalho, baby. - Sorri e saio do quarto ainda atônita com seu beijo.
Assim que chego na sala, Taylor está a minha espera. Cumprimentamo-nos e assim que Gail aparece, dou-lhe um beijo de despedida e Taylor e eu partimos. Chego em meu prédio em menos de 5 minutos e corro para o mesmo. Entro dentro do apartamento como um vendaval, pego minha bolsa e as outras coisas que faltam e saio rapidamente, já que pelo visto Demi já deve ter saído para seu trabalho no jornal local.
Logo que entro no carro, Taylor corre pelas ruas de Seattle como um louco e em menos de 15 minutos estou em frente a SIP. Nicholas com certeza deve ter avisado-o que estou atrasada. Me despeço dele e entro no prédio, dando de cara com Claire na recepção.
– Selly, a mulher dos homens irresistíveis. - Ela se pronuncia assim que abro a boca para falar algo.
– Bom dia pra você também, Claire. - Digo, boquiaberta.
– Bom dia. - Diz após sua risada ao ver minha cara. –Depois você vai ter que me contar tudo hein, moçinha! - Me intima enquanto sigo para os elevadores.
Sorrio concordando e logo as portas do elevador se fecham. Chego em meu andar e sigo para minha mesa. Coloco minha bolsa em cima da mesma e ligo meu computador. Logo Tony se materializa em frente a minha mesa, com seu sorriso imenso, e com seu costumeiro brilho estranho no olhar . Não vejo sinceridade em suas ações. Ele sempre parece está escondendo algo.
– Bom dia, Selly. - Ele me cumprimenta.
– Bom dia, Tony. - Cumprimento-o sem entusiasmo.
– Curtiu muito o fim de semana ? - Arqueio uma sobrancelha para sua pergunta.
– Sim. - Digo evasivamente.
– Mais curtiu muito, muito ? Me fale mais sobre ? - Pede com uma curiosidade absurda a meu vê.
Suspiro levemente e, olhando para ele, abro um sorrisinho dissimulado. Apoio as duas mãos na mesa, me inclino um pouquinho para frente, tentando ser o mais gentil possível e com falso tom de desculpa, sibilo..
– Olha Tony, hoje é segunda e se você não se importa, eu muito trabalho a fazer. - Falo baixinho, em tom de conspiração.
Em resposta ele abre um sorrisinho amarelo e assente de cabeça.
– Tem razão! A propósito, Jack já está na sala dele. - Diz. Olho para a sala de Jack, o vejo sentado em sua cadeira e volto a olhar para Tony.
– Obrigada por avisar! - Sorrio em agradecimento.
Ele se vira e vai se afastando a passos largos, mas para de um súbito. Vejo-o virar de frente para mim e sorri.
– Selly, esqueci de dizer.. - Ele para e espero completar, achando que irá dizer algo sério. – Está muito bonita! - Diz e abro um sorrisinho amarelo.
– Obrigada novamente. - Digo no automático.
Ele, percebendo como fiquei desconcertada com sua ousadia, se vira e vai para seu posto. Espero até que suma de minhas vistas e suspiro aliviada. Só me faltava essa agora! Ouço o barulho do meu Blackberry e vejo que é um e-mail de Nicholas. Sorrio e abro-o.

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De: Nicholas Jonas
Assunto: Bom Dia.
27 de junho 08:10
Para: Selena Gomez

Cara Srta Gomez,
Espero que tenha chegado bem.
Tenha um bom dia de trabalho e pense em mim.

Nicholas Jonas
CEO, Jonas Enterprises Holdings, Inc.
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Hum.. que frio. Deve estar com raiva por não tê-lo esperado. Sorrio e respondo sua mensagem.
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De: Selena Gomez
Assunto: Bom Dia
27 de junho 08:13
Para: Nicholas Jonas
Caro Sr. Jonas,
Devo-lhe informar que cheguei em perfeito estado,
mas suspeito que o senhor já saiba disso.
Obrigada e espero que tenha um bom dia de trabalho também.
Pense em mim.
Te amo.

Selena Gomez.
Assistente de Jack Hyde, SIP
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Envio e espero sua resposta, mas ela não chega. Caio sentada em minha cadeira e logo Jack abre sua porta e aparece em meu campo de visão.
– Selly, que bom que já chegou. Venha até minha sala, por favor. - Pede e entra novamente em sua sala, deixando a porta aberta para mim. Entro em sua sala e assim começo meu trabalho.

{...}


Chega a hora do almoço e aqui estou eu arrumando minhas coisas para ir a lanchonete do outro lado da rua, quando ouço o barulhinho do e-mail avisando que há um novo. Abro e vejo que é de Nicholas.
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De: Nicholas Jonas
Assunto: Almoço.
27 de junho 12:00
Para: Selena Gomez

Gostaria de estar almoçando com minha amada namorada,
mas terei que aguentar uma reunião durante o almoço.
Não vejo a hora de vê-la novamente.
Espero que tenha um ótimo almoço. Estarei pensando em você. Te amo.
Até mais, baby.

Nicholas Jonas
CEO Totalmente Frustrado.,Jonas Enterprises Holdings, Inc.
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Sorrio como uma boba e respondo rapidamente.
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De: Selena Gomez
Assunto: Almoço
27 de junho 12:04
Para: Nicholas Jonas

Caro Sr. Totalmente Frustrado,
Também adoraria desfrutar de sua amável companhia durante o almoço.
Que pena que tenha que entrar em uma reunião.
Mas espero que saia tudo bem.
Te amo mais.

Selena Gomez.
Assistente de Jack Hyde, SIP.
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Envio, pego minha bolsa e sigo para a saída do prédio para comer algo na lanchonete. Hoje almoçarei sozinha, já que Claire almoçará com seu namorado para resolver a relação. Ela até me chamou para acompanhar, mas recusei logo de cara. Seria constrangedor almoçar com um casal que está tentando se resolver de uma vez. Paro na calçada olho a rua, enquanto espero o sinal fechar. Seattle está movimentada, com pessoas indo e vindo constantemente, perdidas em seus dilemas enquanto eu me sentindo super feliz. Enfim Nicholas e eu estamos bem, meu trabalho está tudo em ordem e espero que essa paz interior que sinto e vivo não termine nunca mais. Bem, nunca mais é só maneira de dizer né, já que ainda existe algumas pessoas que está em nosso caminho, mas prefiro deixar isso pra bem longe de nós, por enquanto.
Coloco o pé na faixa de pedestre assim que o sinal fecha, mas paro de imediato ao ouviu uma voz grossa me chamar atrás de mim. Viro de supetão, dando de cara com um homem alto, de meia idade e me fitando com seus olhos azuis celestes. Levanto as sobrancelhas, analisando  minuciosamente. Ele não me é estranho. Sei que já o vi em algum lugar, mas onde? Levanto meu olhar até a altura de seu rosto e o encontro sorrindo, talvez da minha cara ?
– Olá Selena, tudo bem com você ? - Pergunta com um sorriso genuíno. Estreito os olhos e seu sorriso se abre mais, ao perceber minha confusão.
– Você é ... - Deixo a pergunta no ar para que se apresente, mas ele permanece calado, para o meu total constrangimento. Os segundos passam e o silencio é ensurdecedor, com aquele estranho, não tão estranho assim, me olhando fixamente. Coço a cabeça e decido quebrar o silêncio. – Olha, desculpe a minha falta de educação, mas eu não sei quem é o senhor. O senhor me chama e fica me olhando com esses olhos grandes, sem falar nada. Cá entre nós é bem estranho né. E não costumo falar com estranhos. Então se me der licença continuarei meu caminho. - Digo num sopro só e viro para atravessar, mas paro ao ouvir um barulho estrondoso de buzina. 

Tudo acontece numa fração de segundos. Tento me mover ao ver o carro próximo, mas minhas pernas se fixam no mesmo lugar, endurecendo cada vez mais, meu olhos piscam ao ver os faróis do carro piscando. Fecho-os com o incômodo causado pela luz e prendo minha respiração, mas sinto braços fortes me envolverem abruptamente e me puxarem. Respiro fundo, abro meus olhos devagar e me dou conta de que estou deitada no chão, ao lado do tal estranho.
– Você está bem ? - Ele pergunta preocupado. Balanço a cabeça igual uma boneca, concordando de cabeça, pois não consigo formular uma palavra nesse exato momento de tão assustada que estou. – Você não me parece nada bem. - Diz mais preocupado ainda. Quem é ele ? E porque está tão preocupado ?
– É melhor chamar uma ambulância! - Exclama alguém. Olho na direção e noto a pequena multidão que se formou ao nosso redor.
– Venha. - Diz o estranho, fazendo-me olhar em sua direção. Surpreendo-me ao ver que ele já se levantou e está com a mão estendida pra mim. Tento mover meu braço para alcança-la, mas não consigo. – Você está bem mesmo? - Pergunta alarmado e mais uma vez concordo de cabeça. – Quer que eu chame a ambulância ? - Nego de cabeça e ele sorri, mas um sorriso preocupado. – Pegue. Eu não vou te machucar. - Diz com a mão esticada mais uma vez e dessa vez consigo me mover, alcançando-a.
Ele me ajuda a levantar e me endireito, passado o susto.
– Obrigada. - Assusto-me com minha voz fraca e ele abre um sorriso complacente. Pigarreio e tento falar mais uma vez. – Olha, nem sei como te agradecer por te me salvado. - Digo sem graça.
– Mas eu sei. Que tal almoçarmos ? - Pede sorridente. 

– Desculpe-me, mas quem é você ? - Pergunto novamente.
– Achei que fosse lembrar de mim. Assim você me magoa. - Diz com falsa tristeza, arrancando um sorriso de mim. – Bem, já que você não lembra de mim, vou me apresentar novamente. - Ele estica a mão para mim, sorrindo. – Prazer Lincoln Timber! - Estreito meus olhos. Lincoln Timber, já ouvi esse nome antes, assim como já vi esse homem. – Dançamos juntos no Baile Anual de Caridade na casa dos Jonas. - Diz e me recordo da noite do baile. Realmente dancei com ele. – Então, podemos almoçar ? - Pede.
Lembro-me rapidamente que ele é marido da Elena. Ou ex ? Sei lá. -Também é um cara que Nicholas não aprecia. - Diz meu subconsciente em alerta. Olho o cara com um sorriso amigável a minha frente e analiso-o. Que mal esse homem pode me fazer? Aliás ele acabou de salvar a minha vida. E também ele é muito amigo dos Jonas. Não tem nada demais em almoçar com ele. Seria até um agradecimento pelo seu gesto a poucos minutos atrás. Nicholas ás vezes é muito paranóico. -Ás vezes ?- Zomba meu subconsciente, fazendo-me sorrir. Ele tem razão.
– Ok. Um almoço, mas em agradecimento pelo senhor ter me ajudado e .. - Para e ele me olha. – Eu pago a conta. - Digo e ele nega de cabeça.
– De jeito nenhum que deixarei uma jovem pagar a conta. Que tipo de homem eu seria? - Diz sombreiro. – E, sem senhor por favor. Me chame de Linc ? - Pede.
– Bem, isso resolvemos depois pode ser? Estou morrendo de fome e.. - Pego meu celular dentro da bolsa para olhar a hora. – Só tenho meia hora de almoço. - Digo jogando o celular novamente na bolsa e assim atravessamos a rua, depois que o sinal fecha.
Assim que entramos na lanchonete, pedimos o prato do dia e sentamos na mesa perto da porta. Hoje terei que comer o prato do dia, pois é o que se faz rápido e não tenho muito tempo. Seria um pouco deselegante ser convidada para um almoço e comer sanduíche. Aliás eu não sei o que é pior: comer sanduíche ou comer o prato do dia com um homem tão elegante como o senhor Lincoln. Olhando-o vestido em seu terno de grife é até cômico vê-lo dentro de uma lanchonete para comer o prato do dia. Solto uma gargalhada com essa percepção e ele me olha desconfiado.
– Desculpa, mas é estranho ver um homem como o senhor em um lugar como esse. - Digo em referência a lanchonete e ele olha a sua volta.
– O que tem demais? - Pergunta visivelmente confuso.
– Um homem como o senhor não frequenta esses lugares. Deve ser acostumado a restaurantes importantes de toda Seattle. - Digo e ele sorri.
– É verdade. Boa percepção a sua. Mas gostei daqui. Você costuma a vir aqui sempre? - Pergunta.
– Sim, almoço aqui a maioria da vezes.
– Costuma a frequentar muitos lugares como esse também. - Pergunta.
– Não sou muito de sair. - Respondo e logo o garçom chega a nossa mesa com o prato do dia.
– Não, é ? Então, gosta mais de ficar em casa. - Diz assim que o garçom se afasta.
Concordo de cabeça e começo a comer. Ele faz o mesmo, sem tirar os olhos de cima de mim.
– Hum.. isso aqui é gostoso. - Diz depois da primeira garfada.
– É sim. - Sorrio e continuo a comer.
Comemos em silêncio total, mas com ele me fitando sem parar e perdido em seus pensamentos. Bebo meu suco de laranja assim que termino de comer e espero que ele acabe. Minutos depois ele acaba e me olha, pensativo. Olho mais uma vez a hora no celular e vejo que falta pouco para voltar ao trabalho.
– Hum.. está na minha hora. Se o senhor não se importa terei que voltar ao serviço. - Digo já me levantando.
– Sem problemas, Selena. - Diz sorridente e se levanta. Seguimos até o balcão e tiro minha carteira da bolsa para pagar a conta. – Nem pense nisso. - A voz de Linc me chama a atenção e noto o caixa lhe devolvendo um cartão. Fecho minha cara para isso. – Pronto! Vamos ? - Diz com um sorriso.
Começo a andar para a saída, com ele ao meu lado.
– Se não se importa, eu gostaria de ter pagado a conta. - Resmungo. Pelo canto do olho vejo que ele ri.
– Da proxima vez, que tal? - Pede brincalhão. Paro abruptamente.
– Não terá proxima vez. - Digo e seu sorriso se desmancha.
– Porque não? - Pergunta.
– Porque não te conheço direito. Almocei com o senhor hoje por educação e agradecimento. - Digo.
– Porque não para de me chamar de senhor? - Pergunta, me deixando atônita com sua pergunta descabida.
– Porque sim, ué. Não temos intimidade e é assim que se deve tratar alguém com uma certa idade, sem ofensas. - Digo e ele ri.
– Selena, eu gosto muito do jeito respeitoso que me trata, mas agradeceria se me chama-se só de Linc. Já dançamos juntos na festa, acabamos de almoçar juntos e eu salvei você de um atropelamento. Gostaria muito que fôssemos amigos, que tal? - Pergunta e franzo a testa no mesmo instante.
– E porque quer ser meu amigo? - Pergunto.
– Porque sim. Você é uma pessoa agradável. Gostei do nosso almoço e me sentiria lisonjeado de ser seu amigo. - Diz e olho-o com ceticismo. Porque um cara como ele quer ser meu amigo? Involuntariamente dou um passo para trás, me afastando dele. Ele parece perceber meu desconforto com essa conversa, pois arregala os olhos e quando vou dar mais um passo, sinto suas mãos me segurar. Arregalo meus olhos ao ver suas mãos em meus pulsos e olho para seus olhos. – Olha, não precisa ficar com medo de mim. Sei que tem motivos para desconfiar dos outros...
– Sabe ? Como sabe? - Interrompo-o abruptamente e ele me olha perdido.
– Me expressei mal, desculpe. Quis dizer que deve desconfiar dos outros, aliás um estranho te aborda de tal maneira na rua e pede para ser seu amigo é bem suspeito, né. - Sorri complacente, mas permaneço com meu semblante desconfiado. – Mas quero deixar claro que não quero te fazer mal. Aliás, eu sou amigo do Paul e ele tem muito apreço por você. Foi por suas palavras que me encantei por você, mesmo sem te conhecer. Não estou flertando com você, se é isso que está pensando. Você tem idade para ser minha filha. Só quero ser seu amigo. Não sou um homem de muitas amizades sinceras. - Diz, olhando profundamente nos meus olhos e estranhamente vejo a verdade neles.
– Olha, eu estou atrasada. Ok ? - Digo e assim ele solta minhas mãos.
– Tudo bem, não vou mais te atrasar. - Ele abre espaço para que eu passe. – Tenha um bom dia de trabalho, Selena. - Diz.
– O senhor também tenha um bom dia. - Digo e saio do estabelecimento.
Atravesso as ruas correndo e chego em minha mesa em menos de cinco minutos. Vejo que Jack ainda não chegou do almoço e sento em minha mesa. Que loucura foi esse almoço. E esse Lincoln, o que será que ele quer comigo? Ele parecia bem sincero ao dizer aquelas palavras, mas não posso confiar nele logo de cara. Vai que ele é como Mark e quer.. Não! Me recuso a pensar nisso. Balanço a cabeça para espairecer e bufo. Pego meu Blackberry e resolvo enviar um e-mail para Nicholas.
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De: Selena Gomez
Assunto: Reunião
27 de junho 13:00
Para: Nicholas Jonas

Espero que esteja dado tudo certo em sua reunião.
Um beijo de sua namorada que te ama muito.

Selena Gomez.
Assistente de Jack Hyde, SIP.
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Envio e espero a resposta, mas ela não chega. Jogo o celular na bolsa e caio de cabeça no trabalho.

{...}
Chega o fim do dia e já está na minha hora de ir para casa. Arrumo minhas coisas e saio com Jack ao meu lado. Andamos juntos até a entrada do prédio e paro para esperar um táxi. Hoje não vim com meu carro. Jack me oferece uma carona, mas recuso. Não acho que seria legal sair por aí pegando carona com o chefe. Ele insiste mas por fim parece entender minha recusa e desiste. Assim que ele segue para o seu carro, aparece um táxi e dou sinal. Entro, assim que ele para e logo o taxista da partida para a Pike Market. Chego em frente a meu prédio rapidamente, pago o taxista e saio do carro. Entro no prédio e sorrio tristemente ao lembrar que costumava esbarrar com Julian na entrada. Subo as escadas correndo e assim que entro em casa, paraliso ao ver uma cena lastimável.
Deixo minha bolsa cair no chão, chamando a atenção de Demi e Joseph, que estão nus, transando em cima do sofá. Viro o rosto e sei que devo está da cor de um tomate.
–Selly! - Ouço Demi gritar.
Em fração de segundos a sala se tornou um caos. Demi e Joseph correndo, nus, como dois loucos e topando um no outro. Abaixo-me e pego minha bolsa no chão.
– Desculpe-me, estou indo para o meu quarto. - Digo sem graça.
Coloco uma mão ao lado do rosto e começo a andar em direção ao meu quarto. Assim que fecho a porta atrás de mim, respiro aliviada. Ai que vergonha, meu Deus! Flagrar sua amiga transando com seu noivo não é uma sensação nada boa. Não há situação mais constrangedora. -Só a vez quem que o Taylor flagrou você e o Jonas!– Meu subconsciente sibila, para meu inferno total.
– Que vergonha, meu Deus. Que vergonha!- Grito e corro para meu banheiro.
Tiro a roupa do trabalho e me afundo em um banho gelado para espairecer a cabeça. Que dia mais doido. Será que ainda tem mais alguma coisa para acontecer comigo? Permaneço por um longo tempo embaixo da água, até que saio e me enrolo na toalha. Sigo para o closet e pego uma pijaminha. Visto-o e penteio meus cabelos molhados.
Saio do quarto lentamente e caminho em direção a sala. Passo meus olhos na sala e não há ninguém, está completamente vazia. Ufa! que bom. Não quero ver esses dois por um bom tempo, acho que não conseguiria. Viro meu rosto para a cozinha e paraliso. Sinto meu rosto esquentar e sei que ruborizei violentamente. Não sei quem está mais ruborizado: se sou eu, ou Demi e Joseph! Passo direto por eles e vou até a geladeira. Depois de fazer uma vistoria na mesma, pego alguns ingredientes para fazer um macarrão com queijo. 

{...}
Durante todo o tempo em que preparei o macarrão, nenhum dos dois falava nada. Estavam praticamente petrificados do outro lado da bancada. Apesar do silencio constrangedor eu consegui me manter calma e tranquila, por fora. Coloco os pratos sobre a bancada e assim nos servimos e comemos, calados como sempre. Logo que acabo de comer solto um bufo em frustração e resolvo que já é hora de acabar com esse péssimo clima.
– Vocês dois gostaram da comida? - Pergunto e pela expressões em seus rostos, eu os peguei de surpresa.
Demi afirma e abaixa a cabeça em seguida. Sinto uma pontada de culpa ao vê-la tão vulnerável. Raramente a vejo desse jeito e sinceramente não gosto quando isso acontece. Gosto mais da Demi tenaz. Joseph olha para nós duas e bufa, percebendo o estado de sua noiva.
– A comida está uma delicia, Selly. - Ele diz naturalmente e me olha fixamente.
Assinto de cabeça, segurando seu olhar com o meu, mas as imagens deles dois correndo igual a duas baratas tontas depois que os flagrei no sofá vem a minha mente e involuntariamente solto uma gargalhada de jogar a cabeça pra trás. Minutos se passam e eu continuo rindo, com a barriga doendo já. Quando me acalmo um pouco de minha histeria, olho par os dois a minha frente e vejo um sorriso nos lábios de Joseph, que logo se forma uma grande crise de riso. Acompanho-o e Demi fecha a cara, ao perceber do que estamos rindo.
– Não tem graça. - Resmunga.
– Se você olhar bem, tem sim. - Joseph diz em meio a sua crise de riso. – Ah, qual é gata! Selly é como se fosse uma irmã pra mim. Foi como se eu estivesse sendo pego no flagra pela Vanessa.
Ela reluta bastante, mas logo se junta a nós. Ouço a campainha tocar e estranho. Ué, o interfone não tocou?! Levanto e sigo pra atender a porta. Assim que abro, meu sorriso se congela ao ver o homem carrancudo a minha frente.
– Nicholas ? - Digo atônita com sua presença.
– É sou eu. - Diz com um falso sarcásmo em sua voz. Ele olha para dentro do apartamento ao ouvir as risas de Joseph. – Quem está aí ? - Pergunta com a testa franzida.
– Joseph e Demi, ué. - Sorrio e estico uma mão para alcança-lo. – Vem, entra. - Peço com um sorriso. Ele olha para minha mão, pensa por um instante, mas a pega e entra.
– Nicholas. - Joseph para de rir e pela primeira vez na vida vejo-o surpreso.
– Oi, Joseph. - Nicholas responde secamente. Mas o que há com ele hoje?
Joseph olha para mim e depois para Nicholas e assim sucessivamente. Demi dá um tapa em seu ombro e ele parece despertar d seu transe. Abre um sorriso lentamente ao entender o que Nicholas faz aqui.
– Então que dizer que o casal está de volta. - Zomba e Nicholas resmunga algo inaudível. – Ah, agora tá explicado porque a Selly não caiu aos meus pés mais cedo. Mas cá entre nós, eu sou bem melhor que o Nicholas, né ? Diz aí Selly, você que já viu os dois. - Gelo com o que Joseph acaba de dizer. Ferrou! Olho para Demi e ela parece está embasbacada.
– Do que ele está falando ?- Nicholas pergunta e posso ouvir o rangido dos seus dentes trincados.
– Ana me pegou pelado no meio da sala, quando chegou. Tinha que ver, mano. - Joseph ri ao se lembrar e sinto uma leve tontura ao me deparar com os olhos furiosos de Nicholas em cima de mim.
– Joseph! - Demi chama a atenção de Joseph e bate em seu ombro novamente, mas dessa vez com bastante força. – Isso é coisa que se diga!
– Ai! Isso dói. - Resmunga Joseph.
– Senta aí, Nicholas. Já jantou ?- Demi se pronuncia, na tentativa de cortar o assunto. e agradeço-a mentalmente por isso.
– Não jantei ainda. Obrigado, Demetria. - Ele diz sem tirar os olhos de mim e segue para sentar na banqueta.
Permaneço parada no mesmo local e vejo a cena mais bizarra de todos os tempos: Demi servindo Nicholas. Sem cerimonia, Nicholas começa a devorar a comida, e mastiga com mais força a cada olhada que me dá. Sento na banqueta ao seu lado, ficando de frente para Demi e Joseph. Continuo calada, enquanto Joseph volta ao assunto do flagra e conta tudo o que se passou para Nicholas. Dessa vez ele menciona Demi nua e respiro aliviada, sem me importar com a cara envergonhada de Demi.
Depois de horas de conversa, vejo que Nicholas relaxou um pouco e decido ir para meu quarto depois de soltar um bocejo. A cada passo que dou em direção ao meu quarto, sinto-me mais nervosa. Sei que em questão de segundos ele virá atrás de mim. Sigo para o banheiro e começo a escovar os dentes. Logo ouço o barulho dos seus sapatos ecoando pelo assoalho e sorrio. Eu sabia! Continuo a escovar os dentes, não me importando com o olhar vindo do homem encostado na soleira da porta.
– Gostou da comida? - Pergunto com a boca cheia de pasta. Ele assente de cabeça e me fita silenciosamente. – Fui eu quem fiz. - Digo, na tentativa de puxar conversa ele ouço seu suspiro.
– Eu sei. - Diz e franzo minha testa.
– Como sabe ? - Pergunto.
– Estava muito gostoso para ser a Demetria quem o fez. Ela não sabe cozinhar. - Diz e suspira novamente.
Abaixo o torso para lavar a boca e a escova. Quando levanto vejo Nicholas parado atrás de mim, pelo espelho à minha frente. Giro nos pés, ficando de frente para ele e envolvo meus braços em seu pescoço. Dou-lhe um beijo casto nos lábios, mas ele não corresponde.
– Ainda está bravo com o lance com o Joseph ? - Pergunto calmamente.
– Nem me fale disso. - Bufa exasperadamente. Sorrio de sua reação e ele franze a testa. – Não tem graça, Selena. - Resmunga.
– Baby, já passou. E também eu não flagrei só ele, Demi estava junto. - Digo e ele continua com sua carranca. Aproximo meu rosto do seu e deixo um selinho em seus lábios. – Você tinha que ver como eles reagiram. Corriam igual a duas baratas tontas. - Cochicho em seu ouvido e ouço seu risinho baixinho. – E a cara deles nem se fala. - Completo e o acompanho na risada.
– Certo. - Diz ao parar de rir e toma meu rosto em suas mãos. – Mas que isso não volte a acontecer, Selena. - Diz olhando nos meus olhos e sorrio em concordância.
Nicholas toma meus lábios em um beijo avassalador, me apertando contra si e quando me solta estou sem ar.
– Uau, que falta eu senti disso o dia inteiro. - Digo assim que recupero o fôlego.
– Eu também, baby! - Diz sorridente.
– Aliás, o que você faz aqui ? - Pergunto, dando um passo para trás para fitá-lo melhor.
– Você saiu antes Taylor ir te buscar, então resolvi vir buscar você. - Diz.
– Me buscar pra quê ? - Pergunto.
– Para irmos pra casa. - Diz e arregalo os olhos.
– Que casa ? - Falo e até assusta-me com o tom de minha voz um pouco alta.
– O Escala. - Ele franze a testa. Ai meu Deus, não é o que estou penso, né!?
– Ououou, pare por aí. Estou em minha casa, qual é o problema nisso? - Pergunto alarmada.
– Eu achei que você quisesse dormir comigo, Selena. - Rosna.
– E o que isso tem a ver ? - Digo perdida em suas palavras. – Nicholas, eu adoro dormir com você, mas eu tenho uma casa. Eu moro aqui com Demi e aqui estão as minhas coisas. Não posso dormir todos os dias no seu apartamento. - Digo calmamente para que entenda, mas pelo tamanho de seus olhos não está funcionando.
– QUÊ ? - Grita. – E aquela conversa de que iria dormir comigo todos os dia ? - Pergunta irritado.
– O quê ? Eu não me lembro de ter dito isso.
– Você prometeu que não iria me deixar ter pesadelos mais. - Diz, me olhando fixamente.
– Ah, nem comece Nicholas Jonas. Nem venha com seu joguinho sujo que não vou cair nisso. - Digo resignada.
– Você quem disse isso. - Diz com acidez na voz.
Fecho meus olhos e respiro fundo, conto até dez mentalmente. Quando sinto que estou mais calma, abro os olhos e me aproximo dele. Pego seu rosto com minhas mãos, mesmo ele relutando, e olho dentro de seus olhos.
– Nicholas, eu sei o que eu disse. E não vou mesmo deixar que tenha pesadelos novamente. - Ele franze a testa e sorrio de sua cara. Levo um dedo até o montinho que se formou entre suas sobrancelhas e acaricio de leve até que se desfaça. – Nós vamos dormir juntos, mas não necessariamente na sua casa. Você pode dormir na minha cama. Eu sei que você cabe nela. - Digo zombeteira e sua risada me contagia. – Mas, isso se você quiser.. - Faço beiçinho e como resposta ele estreita os olhos, mas vejo a diversão dançando em seu rosto.
Ele me abraça pela cintura e me levanta até ficar da sua atura. Em seguida morde meu beiçinho e me beija, um beijo cheio de calor e amor.
– Não me provoque, senhorita Gomez. - Diz assim que afasta um pouco nossos lábios.
– Longe de mim, senhor Jonas. - Digo com falsa inocência e sorrimos.
Ele me carrega de volta para o quarto e me deita na cama. Depois volta para o banheiro e demora um pouco. O que será que ele está fazendo? Assim que resolvo levantar da cama para ir atrás, ele aparece em meu campo de visão só de cueca boxer. A próxima da cama e se ajoelha na mesma, me olhando de cima. Lentamente ele deita em cima de mim, se encaixando entre minha pernas e devora meus lábios outra vez. Nossas línguas se enrolam uma na outra, nos possuímos nesse beijo devastador somente pela boca, que afastamos assim que o ar se faz ausenta.
– Hum, gostinho de menta. - Digo risonha e estreito os olhos acusatoriamente para ele.
– Usei sua escova de dente, se não se importa. - Responde brincalhão.

Lembro-me da primeira vez que usei sua escova de dente, quando ele me descobriu ao beijar-me no elevador do Escala. Ele volta a tomar meus lábios com os seus, continuando de onde parou, até que as roupas que me cobriam ficam no chão e assim nos perdemos um no outro em uma noite cheia de amor.


Desculpem Pela demora, to com problemas na minha conta. Espero que se normalize logo.


Brigado Divas Pelo Selinho.



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Creditos Angel