– O que você quer, Nicholas? - Digo temerosa.
Viro-me de frente para ele, apoio minhas mãos na beirada da
bancada da pia para me sustentar em pé a aperto até os dedos ficarem brancos
quando vejo Nicholas se aproximar à passos rápidos e precisos. De repente me
vejo sem saída, tudo acontece muito rápido. Nicholas me imprensa contra a
bancada e toma meus lábios em um beijo possessivo e cheio de luxuria, que meu
belo corpo traidor aceita de bom grado. Rapidamente nossas línguas entram em
sincronia, como se uma precisasse da outra. E assim me dou conta do quanto
senti falta desse homem. Do toque dele, dos beijos selvagens, de tudo que se
resume à ele. De repente sinto suas mãos me levantar e me colocar sentada na
bancada, e assim se mete no meio de minhas pernas.
Ele desce seus beijos pelo meus pescoço e jogo a cabeça pra
trás, pra lhe dar mais facilidade. Sinto a umidade começar no meio de minhas
pernas e gemo ao senti-lo morder meu ombro por cima do tecido do vestido. Logo
ele tira o tecido do caminho, enquanto beija minha pele já ardente.
Involuntariamente levanto as mãos para tocar seus cabelos, como de costume, mas
sou impedida por suas mãos, que as tomam e prendem contra a bancada. Tento
soltar minhas mãos, mas ele as apertas e assim desisto. Novamente ele ataca
minha boca com seus lábios e suga minha língua com toda destreza do mundo.
Instantes depois ele separa nossas bocas ofegantes e respiramos com
dificuldades. Ele encosta sua testa na minha e fecho meus olhos, tentando
acalmar minha respiração. Volto a sã consciência imediatamente. Meus Deus o que
estou fazendo? Novamente estou caindo no charme dele.
– Selly... Eu... Eu mudei. - Diz com a respiração entrecortada.
Ah, como eu queria acreditar nisso! Abro meus olhos e fito-o nos olhos.
– Mudou mesmo ? - Pergunto entristecida e olho para minhas mãos.
Ele parece entender o recado e solta minhas mãos, se afastando
rapidamente. Ajeito meu vestido, observando-o. Sei que está nervoso, pois
começa a passar as mãos pelo cabelo e andar de uma lado paro o outro. De
repente ele para na minha frente e fixa o olhar em mim.
– Eu não gosto de ser tocado. É muito para mim! - Diz com a
testa franzida.
– Eu sei disso! Quantas vezes vou ter que te dizer que não vou
te tocar? - Pergunto com raiva por sua insegurança. – Sei que isso é sobre
algum trauma do passado. Vi pelas cicatrizes que tem no peito. Mas, pelo visto
você realmente não confia em minhas palavras. - Digo.
– Selly.. eu - Ele diz mas o interrompo.
– Não quero saber Nicholas. E quem você pensa que é pra entrar
aqui e me agarrar desse jeito? - Pergunto exasperada. Ele me olha fixamente,
penetrando seu olhar no meu.
– Você é minha, Selena. O que pensava que estava fazendo, se
esfregando com aquele babaca lá fora? - Rosna.
Olho-o pasma. Como ele tem coragem de falar um absurdo desses !?
– Não sou uma propriedade para ser sua, Nicholas. E eu faço o
que bem entender de minha vida! - Rosno. – Volte para suas submissas, que é o
que você gosta. - Ele levanta as sobrancelhas, em espanto e antes que ele fale
mais uma sandice, giro nos pés e sigo para a saída mas logo paro e viro-me para
ele. – À propósito, devolva minha câmera que ficou em sua casa e as chaves do
meu apartamento. - Completo e volto a fazer meu caminho da saída do banheiro.
Ando pela galeria a procura de Demi e logo avisto-a. Caminho em
disparada até ela, puxo-a pelo braço antes que fale algo e só paro quando
estamos fora do hotel.
– O que deu em você ? - Ela pergunta com as sobrancelhas
franzidas.
– Estou indo embora. Você fica ou vai ? - Pergunto impaciente.
Ela me fita por um longo tempo e assente de cabeça. Logo o
manobrista aparece com meu carro e assim partimos de volta pra Seattle.
Chegamos em casa depois de várias horas dirigindo. Assim que entramos no
apartamento tiro meus sapatos e jogo-os para o canto. Sem dar oportunidades de Demi
começar o interrogatório, vou para meu quarto e me jogo na cama com roupa e
tudo. Sem conseguir me controlar, começo a chorar ao lembrar do ocorrido do
banheiro. Sou uma fraca mesmo! Deixei me levar pelos seus toques novamente. Mas
ele estava tão... ele mesmo. Ao mesmo tempo que amo seu jeito dominador de ser,
tenho medo de me deixar levar novamente. Como eu queria que ele me amasse como
eu o amo, que me tomasse como sua e esquecesse toda essa merda que nos envolve.
Mas pelo visto continua o mesmo e não posso me dar ao luxo de cair em seus
braços novamente. Irei me destruir pouco a pouco e sei que destruiria ele
também. Ele é a minha ruína. Tenho que esquecê-lo. Fecho meus olhos e permaneço
assim até que o sono se apossa de mim.
***
Acordo com o Sol batendo em meus olhos e levanto da cama. Noto
que são 09h20min ao olhar no despertador. Vejo que estou com a roupa da noite
anterior, tiro-as e sigo para o banheiro. Tomo um banho e faço minha higiene
matinal. Depois coloco uma roupa confortável e saio do quarto.
Encontro Demi e Joseph ao beijos na cozinha e sinto uma pontada
por dentro. Eu queria ter esse relacionamento com o Nicholas. Suspiro resignada
a esquecer esse pensamento e assim eles me olham.
– Bom dia. - Dizem em uníssono, como sempre.
– Bom dia. - Respondo.
Pego alguns ingredientes na geladeira e começo a fazer panquecas
para o café da manhã.
– Selly, sábado que vem haverá uma festa para Joseph e eu, em
comemoração ao nosso noivado na casa dos Jonas e quero que você vá. - Olho por
um momento em duvida, mas assinto de cabeça e assim ela sorri, – Vou passar o
dia fora com o Joseph e talvez não volte hoje. - Diz e assinto de cabeça
novamente.
Permaneço em silêncio absoluto durante todo o café da manhã e
logo Demi e Joseph se vão. Bufo ao ver que estou sozinha no apartamento. Seja
bem vinda, amiga solidão! Resmungo
comigo mesma. Levanto e resolvo fazer uma faxina no apartamento todo.
Depois de suar bastante e ver que acabei a faxina, decido fazer
uma corrida. Não consigo parar, estou elétrica. Quero correr para não pensar.
Não quero e nem posso pensar. Sei que ele tomará meus pensamentos se me
permitir a isso. Tomo uma banho e coloco uma roupa apropriada para a ocasião.
Saio do apartamento e quando chego na rua, começo minha corrida.
Hoje, por fim estou sozinha, sem Julian para me acompanhar e aproveitando esse
fato corro mais que o necessário. Chego em casa ofegante e pálida. Cambaleio
até o banheiro e me jogo com tudo embaixo d'água. Sento no chão do box e
aproveito a agua gelada correr pelo meu corpo. Não tenho mais força para nada,
estou esgotada. Domingo de merda esse que eu tive hoje. Depois de um bom tempo
embaixo do chuveiro , saído e coloco um pijama.
Vou até a cozinha e como um congelado. Não estou afim de fazer
comida, ainda mais sendo só para mim. Depois de jantar solitária, volto para o
quarto e deito na cama. Pego meu celular e fico olhando para as fotos que há
nele até que o sono e o cansaço me vencem, e assim adormeço.
***
A semana toda passa lentamente e como sempre entediante. Todos
os dias se resumem a mesmice de sempre: Acordo cedo, corro com Julian todas as
manhãs, depois vou para o trabalho e volto para a casa. Enfim a sexta feira
chega e conto as horas para que o trabalho termine. Hoje irei de ir a um bar com
Demi e Julian, pois me recrutaram e não tive como dizer não diante da
inquisição Lovato. Joseph ficou de nos encontrar mais tarde, pois tem algo
importante a fazer antes disso. Ouço o barulho do despertador de meu computador
e vejo que já são 06h00 da noite. Me despeço de Jack e o resto do pessoal.
Encontro Claire na recepção à minha espera e por fim convido-a para se juntar a
noite no barzinho.
Entro no carro juntamente com Claire e assim seguimos até o
barzinho que Demi me indicou. Assim que entramos, percorro o local com meus
olhos e logo encontro Demi e Julian no balcão. Faço meu caminho até eles e
assim que me vêem, sorriem.
– Até que enfim chegou - Demi diz, me dando beijinhos na
bochecha.
– Chata. - Sorrio e me viro para Claire. – Gente, essa é Claire,
uma amiga do trabalho. Claire, esses são Demi e Julian. - Faço as apresentações
e assim eles se cumprimentam. Logo Demi e Claire se comunica com simpatia.
Sabia que iriam se amar, são parecidíssimas. Só falta a Vanessa pra completar o
trio. Olho para Julian e noto um sorriso diferente no seu rosto ao olhar
Claire.
– Então, Selly vai beber o que ? - Julian pergunta depois de um
tempo secando Claire com os olhos.
– Um tequila. - Digo.
– Duas. - Demi se pronuncia.
– Três. - Claire diz, por fim.
Julian arregala os olhos para nós três, arrancando gargalhadas
de todas nós.
– Ok. - Diz pasmo e faz o pedido.
Logo o barman coloca os copinhos de tequila, sal e limão no
balcão.
– Vem Selly e Claire, vamos fazer como manda o figurino. - Diz.
Julian abre espaço para nós e assim nos aproximamos do balcão.
Assim passamos sal na borda do copo, chupamos o limão e assim :
– Arriba, abajo, al centro y adentro. - Falamos em uníssono,
enquanto fazemos os movimentos e logo engolimos a bebida ardente.
Balanço a cabeça logo depois de engolir tudo e assim rimos. Demi
e Claire começam um papo sobre roupas, sapatos e namorados. Por fim hoje é Demi
quem irá escutar os lamentos de Claire. Começo um papo super animado com Julian
enquanto bebemos. Fico feliz por consegui conversar abertamente com alguém
diferente. Ele me pergunta sobre Nicholas e conto por alto o que houve entre
nós. Não diz nada a respeito e assim emendamos outros assuntos. As horas se
passam e nada de Joseph aparecer. Depois de tomar mais algumas tequilas, Demi
me puxa para cantar no karaokê que tem no bar. De começo reclamo um pouco mas
logo deixo me levar. Quero curtir a noite.
Aproximamos do mini palco e assim que Demi escolhe a musica, a
melodia de I Love Rock 'N' Roll de Britney Spears começa a tocar.
Começamos a cantar, rindo uma para a outra, enquanto Julian e
Claire batem palmas para nós. Logo o restante do bar olha para nós.
I saw him dancing there by the record machine
(Eu vi ele dançando ali perto da máquina de música)
I knew he must have been about seventeen
(Eu sabia que ele deveria ter uns dezessete)
The beat was going strong
(A batida estava ficando mais forte)
Playing my favorite song....
(Tocando minha música favorita...)
(Eu vi ele dançando ali perto da máquina de música)
I knew he must have been about seventeen
(Eu sabia que ele deveria ter uns dezessete)
The beat was going strong
(A batida estava ficando mais forte)
Playing my favorite song....
(Tocando minha música favorita...)
Quando a musica vai chegando perto do refrão, Demi vai se
soltando, fazendo performances sensuais na batida da musica e resolvo
acompanha-la, mesmo não sabendo sensualizar direito. Encostamos as costas e
rebolamos no embalo.
And I could tell it wouldn't be long
(E eu poderia dizer que não iria durar)
Until he was with me, yeay me!
(enquanto ele estivesse comigo, yeah comigo)
And I could tell it wouldn't be long
(E eu poderia dizer que não iria durar)
Until he was with me, yeah with me!
(enquanto ele estivesse comigo, yeah comigo)
(E eu poderia dizer que não iria durar)
Until he was with me, yeay me!
(enquanto ele estivesse comigo, yeah comigo)
And I could tell it wouldn't be long
(E eu poderia dizer que não iria durar)
Until he was with me, yeah with me!
(enquanto ele estivesse comigo, yeah comigo)
Levantamos
e começamos a cantar para a galera que se formou na beira do palco.
I love Rock 'N Roll
(Eu amo rock and roll)
So put another dime in the jukebox, baby
(Então bote outra moeda na máquina de música, baby)
I love Rock N' Roll
(Eu amo rock and roll)
So come and take your time and dance with me
(Então venha e passe seu tempo dançando comigo)
(Eu amo rock and roll)
So put another dime in the jukebox, baby
(Então bote outra moeda na máquina de música, baby)
I love Rock N' Roll
(Eu amo rock and roll)
So come and take your time and dance with me
(Então venha e passe seu tempo dançando comigo)
Sorrio enquanto o povo canta junto com a gente e paraliso ao ver
o olhar de Nicholas em minha direção. Meu coração bate forte e coloco o
microfone para o povo cante. Demi faz o mesmo sem perceber meu nervosismo. Ele
está sentado, ao lado de Joseph, num canto oposto ao nosso lado do bar. Porque Joseph
não nos avisou que já tinha chegado?! Há quanto tempo será que estão ali ? Pelo
visto deve ter sido a muito tempo, ao olhar pela garrafa de Bourbon que se
encontra em cima da mesa.
Demi chama minha atenção para continuarmos a musica e assim eu o
faço, sem deixar que perceba o motivo de minha distração. Ao fim da musica,
ouvimos aplausos e assovios. Descemos do palco e voltamos ao nosso lugar.
– Uau! Que divas do rock. - Julian diz e Demi joga os cabelos
para trás, arrancando gargalhadas de todos.
Eles voltam a conversar, mas não presto muito a atenção na
conversa. Estou nervosa com a presença de Nicholas. Olho para os lados a
procura dele, mas não consigo ver e assim percebo o porque não consegui vê-lo
antes. Está localizado em uma parte do bar, longe de nós. Demi chama minha
atenção e assim volto a conversar com eles, mas com o pensamento no outro lado
do bar. As horas se passam e cada vez mais fico nervosa, mas logo congelo com o
que vejo. Nicholas sobe ao palco e pega o microfone. Logo a melodia de She de Elvis Costello começa a tocar.
Logo a voz grossa e embargada pela bebida, de Nicholas começa a
ecoar pelo bar. Todos se viram para ele, enquanto seu olhar está cravado em
mim. Fico estática, sem mover um músculo até o fim da musica.
She maybe the face
I can't forget.
Ela pode ser o rosto que eu não posso esquecer.
A trace of pleasure or regret
Um traço de prazer ou arrependimento
Maybe my treasure or the price I have to pay.
Pode ser meu tesouro ou o preço que eu tenho que pagar.
She maybe the song that summer sings.
Ela pode ser a música que o verão canta.
May be the chill that autumn brings.
Pode ser o frio que o outono traz.
May be a hundred different things
Pode ser cem coisas diferentes
Within the measure of a day.
Dentro da medida de um dia.
Ela pode ser o rosto que eu não posso esquecer.
A trace of pleasure or regret
Um traço de prazer ou arrependimento
Maybe my treasure or the price I have to pay.
Pode ser meu tesouro ou o preço que eu tenho que pagar.
She maybe the song that summer sings.
Ela pode ser a música que o verão canta.
May be the chill that autumn brings.
Pode ser o frio que o outono traz.
May be a hundred different things
Pode ser cem coisas diferentes
Within the measure of a day.
Dentro da medida de um dia.
She may be the
beauty or the beast.
Ela pode ser a bela ou a fera.
May be the famine or the feast.
Pode ser a fome ou o banquete.
May turn each day into a heaven or a hell.
Pode transformar cada dia em um paraíso ou em um inferno.
She may be the mirror of my dreams.
Ela pode ser o espelho dos meus sonhos.
A smile reflected in a stream
Um sorriso refletido em um riacho
She may not be what she may seem
Ela pode não ser o que ela pode parecer
Inside her shell
Dentro da sua casca
Ela pode ser a bela ou a fera.
May be the famine or the feast.
Pode ser a fome ou o banquete.
May turn each day into a heaven or a hell.
Pode transformar cada dia em um paraíso ou em um inferno.
She may be the mirror of my dreams.
Ela pode ser o espelho dos meus sonhos.
A smile reflected in a stream
Um sorriso refletido em um riacho
She may not be what she may seem
Ela pode não ser o que ela pode parecer
Inside her shell
Dentro da sua casca
She who always
seems so happy in a crowd.
Ela, que sempre parece tão feliz no meio da multidão.
Whose eyes can be so private and so proud
Cujos olhos podem ser tão secretos e tão orgulhosos
No one's allowed to see them when they cry.
Ninguém pode vê-los quando eles choram.
She maybe the love that cannot hope to last
Ela pode ser o amor, que não pode esperar para durar
May come to me from shadows of the past.
Pode vir para a mim das sombras do passado.
That I'll remember till the day I die
Que eu vou me lembrar até o dia que eu morrer
Ela, que sempre parece tão feliz no meio da multidão.
Whose eyes can be so private and so proud
Cujos olhos podem ser tão secretos e tão orgulhosos
No one's allowed to see them when they cry.
Ninguém pode vê-los quando eles choram.
She maybe the love that cannot hope to last
Ela pode ser o amor, que não pode esperar para durar
May come to me from shadows of the past.
Pode vir para a mim das sombras do passado.
That I'll remember till the day I die
Que eu vou me lembrar até o dia que eu morrer
She maybe the reason I survive
Ela pode ser a razão pela qual sobrevivo
The why and wherefore I'm alive
O porquê e o motivo de eu estar vivo
The one I'll care for through the rough and ready years
A única que que eu vou cuidar prontamente ao longo dos anos durante as adversidades.
Me I'll take her laughter and her tears
Eu vou pegar as risadas e as lágrimas dela
And make them all my souvenirs
E farei delas todas as minhas lembranças
For where she goes I've got to be
Para onde ela for, eu tenho que estar
The meaning of my life is
O sentido da minha vida é
She, she, she
Ela, ela, ela
Ela pode ser a razão pela qual sobrevivo
The why and wherefore I'm alive
O porquê e o motivo de eu estar vivo
The one I'll care for through the rough and ready years
A única que que eu vou cuidar prontamente ao longo dos anos durante as adversidades.
Me I'll take her laughter and her tears
Eu vou pegar as risadas e as lágrimas dela
And make them all my souvenirs
E farei delas todas as minhas lembranças
For where she goes I've got to be
Para onde ela for, eu tenho que estar
The meaning of my life is
O sentido da minha vida é
She, she, she
Ela, ela, ela
Assim que a musica termina e assim ouve-se alguns aplausos. Nicholas
desce do palco e , cambaleando um pouco, se aproxima enquanto Joseph tenta
detê-lo.
– Seleeenaaa. - Chama ele, enrolando a língua. – Esssssssa é pra
você. - Diz e dá um sorriso selvagem e embriagado. – Minha menina! Sssssó
minhaaa. - Diz. O Nicholas bêbado é fofo e engraçado. Todos a minha volta olha
para nós e Joseph tenta puxar Nicholas para fora do bar, na tentativa de
levá-lo embora, mas é em vão. – Me deixaaa. - Resmunga com Joseph e faz beicinho.
Oh, que fofo.
– Nicholas, vamos embora. Vou te levar para casa agora. Não te
trouxe aqui para dar vexame. - Joseph diz serio para ele, que fecha a cara como
um menino mimado.
– Vai a merda, JJoseph. - Resmunga e se vira para mim. Puta
merda! Não vai rolar. Nicholas bêbado é o mesmo turrão de sempre.
– Deixa, Joseph. Eu levo ele pra casa. - Digo e Joseph assente
de cabeça. – Vem Nicholas, vamos para casa. - Me aproximo dele e ele abre um
sorriso de garoto que acaba de ganhar seu presente de natal.
Passo a mão envolta de sua cintura para ajudá-lo a andar, mas
ele é muito pesado, então Joseph segura-o do outro lado. Nos viramos para
saída, e assim caminhamos para a mesma, mas antes Nicholas se vira para Julian.
– Viu, ela é minha. - Diz sorridente e se volta para nós. Pelo
canto de olho vejo um sorriso nos lábios do Joseph.
Enfim consigo colocar Nicholas sentado no banco do meu carro,
com a ajuda Joseph.
– Selly, tudo bem para você mesmo? Se quiser acompanho vocês. -
Diz com a testa enrugada.
– Tudo bem, Joseph. Só liga para Taylor e pede que nos espere,
pois não sei o código do apartamento. - Digo.
Joseph me passa o código, que anoto no meu celular. Peço a ele
que leve Claire para casa, pois veio comigo e assim parto em direção ao Escala.
Assim que estaciono no Escala, saio do carro e ajudo Nicholas a sair. Cambaleio
com Nicholas a tiracolo até o elevador. Assim que entro no elevador, imprenso Nicholas
na parede para que ele fique em pé e com uma mão só digito o código. Volto para
ele e seguro-o até chegarmos a cobertura.
Assim que entro com Nicholas em seu apartamento, sinto um frio
percorrer meu corpo. A ultima vez que estive aqui foi lamentável. Trato de
esquecer esses pensamentos e caminho, com dificuldade ao carregar Nicholas
comigo, até seu quarto. Coloco-o sentado na cama assim que entramos no quarto e
ele começa a passar a mão em mim.
– Selly, como senti falta de você. - Diz arrastado e sorri
maliciosamente.
– Nicholas, deita. Deixa eu tirar sua roupa. - Digo e seu
sorriso se abre mais.
– Agora sim você está falando a minha língua, baby. - Tento
conter a risada, mas falho miseravelmente.
– Deita, vai. - Peço mais uma vez e assim ele o faz.
Tiro seus sapatos e meias. Depois tiro suas calças e blusa,
deixando-o só de boxer. Ele sobe mais na cama e me puxa junto.
– Vem, baby! Preciso de você. - Diz me agarrando mais, enquanto
tento me desvencilhar de suas mãos possessivas.
– Nicholas, não! Está tarde, você está bêbado e precisa dormir.
- Digo severamente.
Ele para, me olhando por um instante e fixa o olhar no meu.
– Eu não consigo, Selly. É mais forte do que eu. - Diz, abalado.
Franzo a testa em confusão. Do que ele está falando agora? Percebendo minha
confusão ele responde – Não consigo ser tocado por ninguém. - Ele está
retomando a conversa do banheiro. Tento falar algo, mas ele não deixa. – Me
lembra a época em que o cafetão da minha mãe biológica me espancava. - Pasmo ao
ouvir isso. Oh, não. Ele está se abrindo comigo! Sinto meu peito se comprimir
ao sentir a dor em sua voz e trato de prender o choro em minha garganta. – Doía
muito e ela não fazia nada. - Diz, com o olhar perdido em suas lembranças. Meu
couro cabeludo começa a pinicar. Não quero ouvir isso, não quero vê-lo desse
jeito.
– Nicholas, você não precisa... - Tento dizer mas ele me
interrompe bruscamente.
– Eu corria e me escondia para ele não me pegar, mas ele sempre
me achava. Ficava com mais raiva por eu ter corrido e me batia mais. E quando
não achava seu cinzeiro, apagava os cigarros em mim. - Diz com o semblante
corroído pela dor.
Meus lábios tremem pelo choro contido.
– Nicholas. - Chamo, mas ele parece não me ouvir. – Nicholas! -
Chamo dessa vez mais alto. Ele parece despertar de seu transe e volta seu olhar
para mim. – Eu... eu.. não sei o que dizer. - Digo atônita por sua revelação.
Encolho os ombros num pedido silencioso de desculpas e ele se
aproxima de mim novamente.
– Não precisa dizer nada. - Diz me olhando tristemente. – Só
estou explicando o porque não gosto de ser tocado. - Completa. Balanço a cabeça
em uma ato de compreensão.
– Dorme, baby. Está tarde. - Digo acariciando seu lindo rosto.
Viro-me para sair da cama, mas ele me segura pelo braço.
– Aonde você vai ? - Pergunta, alarmado.
– No banheiro. - Digo ternamente.
Ele me olha cético, com a testa franzida. Suspiro e volto para a
cama, me deitando ao seu lado e ele abre seu melhor sorriso de garoto. Deito de
lado e acaricio seus cabelos, observando seus poucos movimentos,
minuciosamente, e noto que já dormiu. Fito seu rosto tranquilo e relembro os últimos
momentos, com ele em cima de um palco, cantando aquela musica linda pra mim.
Sorrio coma lembranças. Só estando bêbado para Nicholas Jonas fazer isso! Mas
foi tão fofo. Logo as duvidas me tomam. E se ele mudou mesmo? Se ainda restar
uma chance para nós? Se ele me amar de verdade? Sorrio por um Nano segundo ao
pensar em como seria bom se isso acontecesse. Amo tanto ele que foi difícil passar
essa semana sem saber nada dele. Infernal, pior do que as outras, pois já
estava quase me conformando que ele não queria saber de mim. Mas depois daquela
exposição, com ele ali, me pegando daquele jeito que só ele sabe e que eu amo,
não tinha como ter uma semana boa, longe dele. Suspiro cansada e permaneço por
horas acariciando-o admirando-o.
– Durma bem, meu amor! - Sussurro e beijo sua testa.
Solto um bocejo e assim adormeço ao seu lado.
Comentários... :)
Creditos Angel
Creditos Angel
Ai meu deus que cap lindoooo
ResponderExcluirAdorei
Posta logo
Ai meu deus posta logo , tá perfeito
ResponderExcluirEspera ai ...
ResponderExcluirDeixa eu respirar terminei de ler a sua fanfic ontem e só hoje
pude comentar, mas enfim ... Que perfeição é essa?
Guria estou apaixonada.
Nicholas <3