– Atrapalho alguma coisa? - Nicholas pergunta com sua voz geladamente.
Sinto que meu coração quase para de bater por um minuto, ao ver
Imediatamente, esqueço de como se respira. Minhas pernas tremem de repente e
tento manter a calma. To ferrada! -Calma,
Selly. Está tudo bem, você não estava fazendo nada demais.– Meu
subconsciente tenta insistentemente me acalmar.
– Quem é ele? - A voz de Julian me tira do meus devaneios.
Abro a boca para responder, mas sou interrompida pela grossa voz
de Nicholas.
– Eu que pergunto, quem é você? - Ele direciona seu olhar frio
para Julian.
– Bem, eu estou aqui com a dona da casa e pelo que consta o
intruso aqui é você, então acho que quem deve explicação aqui é você!. - Julian
diz e fecha o cenho para Nicholas.
Nicholas fecha seus punhos e caminha lentamente em direção a
Julian. -Faça alguma coisa, Selena!- Grita meu subconsciente, me despertando de
meu transe. Rapidamente aproximo-me e paro no meio do dois.
– Julian, esse é meu.. - Paro e olho para Nicholas, que
automaticamente estreita os olhos para mim. Volto meu olhar para Julian e
respiro fundo. – Namorado. - Digo e ele olha para Nicholas, espantado. Ele
avalia Nicholas da cabeça as pés com desdém e se volta para mim.
– Hum.. que pena. Bem Selly, obrigado pelo dia maravilhoso e
pela sua doce companhia. Cuide bem das flores. - Diz e percebo que seguro o
buque ainda.
– Ah, mais uma vez obrigada. - Agradeço formalmente.
Ele sorri, se aproxima de mim na tentativa de beijar meu rosto,
mas é impedido por Nicholas , que me puxa pelo braço.
– Não encosta nela. - Nicholas rosna e entra na minha frente,
encarando Julian.
– Nicho.. - Sou brutalmente interrompida por Nicholas, que se
vira para mim carrancudo.
– Não começa. - Ele rosna.
– Hey, você não vai falar assim com ela. - Julian rosna,
fazendo-nos voltar a atenção para ele.
– Como é? - Nicholas pergunta friamente.
– É isso mesmo que você ouviu. - Julian diz e o encara.
De repente tudo acontece em câmera lenta. Fico estática ao ver
Julian cair, devido ao soco que Nicholas lhe desfere no nariz.
– Ai meu Deus! - Grito de susto, jogo as flores no balcão e
corro para ajudar Julian a se levantar. Nicholas parte para cima dele, mas me
coloco na frente de Julian, fazendo-o parar. – Nicholas, para! Por favor. -
Suplico e ele me olha gelidamente, mas se detém em ficar parado.
– Julian é melhor você ir. - Digo, com o olhar fixo no de
Nicholas.
– Mas Selly.. - Ele diz, mas o interrompo
– Por favor! - Digo.
Ele para ao meu lado e pelo canto de olho vejo-o me fitar
indignado.
– Tudo bem, mas se precisar de algo é só gritar. - Ele diz,
fuzilando Nicholas com os olhos.
Em seguida, acompanho-o até a porta e peço desculpa pelo ocorrido.
Ele me olha seriamente mas não diz nada. Fecho a porta e apoio minha testa na
mesma. Sinto os olhos de falcão de Nicholas em mim e bufo. Ai meu Deus, me
ajuda! Grito mentalmente. Viro-me para ele e me aproximo lentamente. Paro na
frente dele e o encaro, com medo do que possa acontecer.
– Eu vim lhe trazer isso. - Ele diz e levanta uma chave de
carro, que provavelmente deve ser o meu. Pego as chaves de sua mão e coloco em
cima da bancada. – Mas, como sempre você me surpreende. E você demorou a
chegar.- Diz com tom de reprimindo.
– Quê? Você já estava aqui? - Pergunto e ele não diz nada,
confirmando minha pergunta. – Mas como, se eu tranquei a porta? - Pergunto confusa.
– Tenho a cópia da suas chaves e resolvi entrar, como ninguém me
atendeu. Estava esperando por você e fui no banheiro, mas daí quando volto para
sala vejo você toda derretida com um filho da puta. Ainda por cima vestida com
uma micro roupa! -Ele rosna.
– Nicholas, eu posso.. - Digo e ele me interrompe
– Pegue suas coisas e vamos. - Diz, friamente sem pisca os
olhos.
– Para onde? - Pergunto confusa e com medo.
Ele levanta as sobrancelhas e inclina a cabeça para o lado, me
avaliando.
– Hoje é sexta. - Ele diz. Olho-o confusa por um momento até
entender o que ele quer dizer. Merda! Hoje é dia de quarto vermelho da dor. E
com certeza terá dor hoje! Tremo só pensar no que pode acontecer. Dou um passo
para trás e arregalo meus olhos.
– Nicholas, é melhor conversarmos primeiro. - Digo num fio de
voz.
– Eu não vou repetir mais uma vez. Pegue o que precisa e vamos.
- Diz e se senta na banqueta que se encontra ao lado da bancada.
Engulo em seco e vou para o quarto pegar alguns pertences. Pego
uma mala e coloco dentro a minha Nikon, meu MacBook, meu BlackBerry, meu ipod o
presente que comprei para Nicholas e várias roupas, uma bolsa e sapatos que
talvez precisarei. Volto para a sala e o encontro olhando as flores que ganhei
de Julian. Assim que me vê, levanta e se dirige até a porta sem dar uma
palavra. Sigo-o e assim fomos para o Escala, em completo silêncio. Nicholas
perdido em seus pensamentos maquiavélicos e eu com meu medo do que ele irá
fazer.
Assim que chegamos em seu apartamento, ele se vira para mim e me
fita por longos minutos e sinto-me incomodada com seu olhar.
– Você já sabe o que fazer. - Levanta a sobrancelha à espera a
minha resposta.
Assinto de cabeça e assim ele se vai, deixando-me sozinha na
sala vazia e silenciosa. Respiro fundo e subo para o segundo andar, em direção
ao quarto das submissas. Antes de entrar no quarto, vejo a porta de sua sala de
jogos aberta e sinto um calafrio repentino. Entro no quarto branco e impessoal
e sigo para o closet para guardar minha mala e assim que abro a porta sou
surpreendida com um turbilhão de roupas. Corro meu olhar por elas e noto que
são todas da Newman Marcus. Solto um suspiro e entorto a boca em reprovação.
Será que irei me acostumar com isso?! Volto para o quarto, tiro meus chinelos e
sigo para a sala de jogos.
Tiro minhas roupas e me coloco na posição de submissa, a qual
ele me ensinou. Tento acalmar minha respiração acelerada e espantar o medo.
Tento lembrar tudo o que ele me falou da primeira vez que estive nessa sala.
Devo me referir a ele como senhor, dar-lhe toda e completa autorização do meu
corpo e confiar plenamente nele. Será que consigo ser castigada fisicamente?
Respiro fundo e sacudo a cabeça, na tentativa de espantar meus medos novamente.
-Calma Selena! Não é mal nenhum em ser submissa por uma noite- Repito esse
mantra mentalmente. Sinto meus membros doerem com a demora de Nicholas e começo
a massagear minhas perna até que depois de um eternidade, Nicholas entra na
sala vestido só um jeans velho e surrado. Imediatamente abaixo minha cabeça,
ficando na posição completa de submissa. Ouço seus passos até que vejo seus pés
parados a minha frente. Ele me observa por longos minutos e pigarreia. Sinto
sua mão agarra meus cabelos e puxá-los, fazendo com que eu olhe para ele.
– Levante-se. - Rosna e assim eu o faço. Ele me encaminha até a
cama de dossel, tira sua calça liberando seu grande membro e se senta. – Também
já sabe o que fazer. - Diz com um sorriso nos lábios que obviamente não alcança
seus olhos.
Deito-me em sobre seus joelhos, com o quadril em seu colo e o
torso na cama. Ele alisa meu bumbum brutalmente e começa a desferir os tapas na
mesma. Cada um mais forte que o outro. Conto um a um e a cada tapa sinto um ardência
descomunal. Depois de desferir vinte tapas, ele passa dois dedos por minha
extensão molhada.
– Hum... toda molhadinha para mim. - Ele geme e se debruça sobre
minhas costas. – Mas hoje não serei bonzinho com você, baby. - Sussurra em meu
ouvido e sinto um frio passar por minha espinha. Ele enfia dois dedos em meus
sexo e mordo meu lábio, reprimindo um gemido. Em seguida, tira os dedos de mim
e desse um tapão em meu bumbum. – Levante-se. - Ordena e me levanto
rapidamente, mesmo com a dor em meu traseiro. – Fique de quatro na cama. -
Rosna e olho-o assustada. – Não ouviu? - Pergunta grosseiramente. Rapidamente
subo em cima da cama e fico de quarto. Logo ele sobe na cama e se posiciona atrás
de mim. – Segure firme na cabeceira. - Ordena e assim eu o faço.
Instantes depois ele entra bruscamente em mim, fazendo-me gritar
de dor. Começa a se movimentar fortemente e logo sinto-me confortável diante de
suas estocadas punitivas. Gemo a cada vez que ele entra e sai de mim. Ele puxa
meu cabelo, fazendo-me ficar de joelhos e passa um braço por minha cintura.
Leva suas mãos até meus seios e aperta-os com tanta força, me fazendo sentir
dor. Ele continua suas estocadas violenta enquanto rosna coisas em meu ouvido.
Logo sinto meu interior se contrair. Sei que estou perto de um orgasmo e fecho
meus olhos, para receber a tão gloriosa sensação, quando Nicholas para e se
retira de dentro de mim. Gemo em frustração e ouço seu risinho sádico.
– Você não vai gozar hoje. - Ele levanta da cama e para ao lado
da mesma. – Ajoelhe-se. - Ordena apontado para o chão a sua frente. Levanto-me
e me ajoelho a sua frente. – Mantenha as mão pra trás. - Ele aproxima-se mais,
com seu membro batendo em meu rosto. Ele leva uma mão em meu cabelo e puxa-o,
obrigando-me a olhar para ele. – Vou foder sua boquinha sábia, que agora está
caladinha e gozar até você engasgar. - Diz olhando em meus olhos.
Fixo meu olhar no seu e vejo um vulto de uma emoção além da sua
frieza, no fundo deles. Parece ser um misto de mágoa com raiva. Rapidamente ele
força a entrada de seu membro em minha boca e começa a foder minha boca, enfiando-o
até minha garganta quase fazendo-me engasgar. Continuo com o olhar preso no seu
a cada vez que ele entra mais em minha boca. – Não me desafie com esse olhar,
Selena. - Ele rosna e continuo a olhá-lo. – Abaixe o olhar! - Ele grita e entra
com mais violência em minha boca. Abaixo meu olhar, fixando-o no chão. Minutos
depois ele para com seus movimentos e sinto seu liquido encher minha boca. Ele
puxa mais meus cabelos até eu sentir dor, enquanto goza. Engulo tudo,
engasgando um pouco com o tanto que sai dele e logo ele solta meus cabelos, se
retirando de minha boca.
– Vá para o seu quarto. - Ordena depois que normaliza sua
respiração.
Levanto-me e saio da sala sem olhar para ele, seguindo direto
para o quarto. Assim que entro, me jogo de bruços na cima da cama e deixo as
lágrimas contidas caírem sem pudor. Porque ele tinha que me tratar como uma
vadia?! -Se liga Selena, você é uma submissa! - Meu subconsciente deboche de
meu estado. E pior que ele tem toda razão. Eu assinei aquele contrato. Sabia
que seria assim, e juro que tentei ser uma boa submissa. Não reclamei, nem
questionei nada. Mas porque me sinto tão mal? Enrolo-me no edredom e levo
minhas mãos até a boca para abafar meus soluços e assim continuo a chorar
incessantemente até cair no sono.
***
Acordo em um súbito e noto que ainda é noite, pelo céu escuro
que se estende através da janela de vidro. Viro-me de barriga para cima, mas
logo meu bumbum protesta, fazendo-me chiar de dor e volto a ficar de bruços.
Abraço o travesseiro e começo a pensar no que aconteceu naquela sala. Será que
consigo aguentar três meses ? Não estou suportando nem o primeiro dia, quem
dira três meses. Porque ainda estou aqui se não me sinto bem?! Porque deixo
esse homem fazer o que bem quer de mim? Porque não resisto a ele? Porque aceito
ficar nesse quarto branco, quando na verdade quero dormir com ele ? Porque meu
Deus, porque? Ai, são tantos porque em minha cabeça e só encontro uma resposta
para todos eles. Devo estar apaixonada por ele!
Só pode ser isso. Ele foi o único que eu consegui ter uma
relação sexual e é o único que deixo fazer o que bem quer de mim. Levo uma mão
na cabeça em desespero. Não pode ser meus Deus! Eu não posso estar apaixonada
por ele, não posso e nem devo. Ele deixou claro qual tipo de relação quer comigo
e eu aceitei, jurando não me apaixonar. Estou tão confusa! -Calma, Selena! Pense bem,
analise os fatos com calma e veja se está mesmo apaixonada por ele!–
Meu subconsciente me aconselha amigavelmente. Respiro fundo e decido segui suas
sábias palavras. Darei mas um tempo para verificar o que sinto por ele. Pronto,
é isso que vou fazer!
Passo a mão pelo meu rosto e olho a minha volta. Que quarto mais
monótono. Preciso dar um jeito nisso. Se vou ficar aqui, decorarei ele a meu
gosto. Mas isso deixarei para amanhã! Saio de meus planos quando ouço a porta
se abrir e sinto meu coração gelar. Continuo na mesma posição e logo sinto o
colchão afundar.
– Selly, está acordada ? - Ouço a voz de Nicholas sussurrar
perto do meu ouvido. Continuo calada e respiro o mínimo possível. Em seguida
escuto-o bufar. – Eu sei que você está acordada, Selena! - Ele diz. Reviro meus
olhos e seguro uma risada no fundo de minha garganta. – E não revire os olhos
para mim. - Diz e viro de um súbito para ele, batendo o bumbum no colchão e faço
careta de dor. – Ainda está doendo ? - Pergunta, preocupado. Balanço a cabeça
positivamente e ele bufa. – Vire-se. - Ordena e assim o faço. Em seguida ele
puxa o edredom e suspira, acho que seja devido a minha nudez total. –
Completamente nua, senhorita Gomez! - Ele diz baixinho e logo sinto passar algo
gelado em meu bumbum, aliviando a dor. Ele massageia com todo cuidado até que a
dor se dissipa. Gemo, me deleitando com a sensação e ouço sua risada. – Estava
doendo tanto assim ? - Pergunta e não respondo nada. – Porque não me chamou ? -
Ele me vira de barriga para cima e fito-o seus olhos preocupados. Dou de ombros
e viro meu olhar para janela. – Baby, porque não quer falar comigo? - Pergunta.
– Você não quis me ouvir antes, então para que quer ouvir agora?
- Digo ainda olhando para janela. Ele não diz nada e volto meu olhar para ele,
que está me observando mas seu olhar está distante.
– Eu estava com raiva, Selena! - Ele diz grosseiramente. Sinto a
raiva subir pelas minhas veias e sento na cama num sobressalto
– E isso lhe dá o direito fazer o que fez? Não custava nada você
me ouvir. - Grito e ele me estreita os olhos para mim.
– Não.Grite.Comigo! - Ele diz pausadamente.
Olho-o por um instante e bufo exasperada.
– Você nem me deu a chance de me defender. - Digo com lágrimas
brotando em meus olhos, mas pisco freneticamente os olhos na tentativa de
espanta-las. – E também tem a história da chave. Você não pode sair por aí,
fazendo cópias das chaves dos outros, Nicholas! - Repreendo-o e ele não diz
nada. – Ainda mais que eu não moro sozinha. Tem a Demi e com certeza ela não
irá gostar nada de esbarrar contigo do nada no meio da sala, ou no corredor, ou
no banheiro. - Falo como se estivesse conversando com uma criancinha, na
tentativa dele entender o que digo.
– Você disse que ia entender meu jeito! - Ele responde baixinho,
olhando para baixo.
– Ah nem venha com essa conversinha sua. Sei que você é o rei da
enrolação mas dessa vez não irá me enrolar. - Digo severamente. Ele levanta o
olhar para mim surpreso e abre um sorrisinho torto.
– Rei da enrolação? - Pergunta zombeteiro.
– É sim, rei da enrolação. - Solto uma risada, mas volto a ficar
séria. – E nem vem com seus métodos de distração, tentando mudar de assunto. -
Digo, tentando me manter séria. Ele balança a cabeça incrédulo e sorri. – Então,
vai me devolver as chaves? - Pergunto e ele fecha o sorriso.
– Depois do que eu vi hoje..... Não. - Diz seriamente. – E você
não está sendo uma boa submissa.. Durma, baby! - Ele dá um beijo em minha
testa, se levanta da cama e sai do quarto.
Olho para porta embasbacada com o que acaba de dizer. Rosno e
caio na cama novamente, afundando a cabeça nos travesseiros e puxando o edredom
até a cabeça. Coloco minha cabeça para fora do edredom e me perco em meus
pensamentos. Já que assinei aquele maldito papel, amanhã tentarei ser a
submissa perfeita para você, Jonas! Veremos até onde isso dará. Fico olhando
para o teto branco por horas até que minhas pálpebras pesam e volto a dormir.
***
Acordo com uma certa ardência em meu rosto e abro os olhos
lentamente. Fecho-os em seguida devido ao Sol que bate em meu rosto. Coço os
olhos e sento-me na cama. Levanto em seguida e sigo para o banheiro. Tomo um
banho para despertar e faço minha higiene matinal. Saio do banho e enrolo-me em
uma toalha. Pego outra e seco meus cabelos, seguindo para o quarto quando
encontro Nicholas entrar no memo.
– Bom dia. - Ele diz sorridente. Avalio-o da cabeça aos pés e
vejo como ele está sexy, vestido apenas com uma camiseta branca e uma calça
jeans escura. Seu cabelos molhados e desgrenhados dá um ar de pós foda. Isso me
lembra que não gozei na noite passada. Entorto a boca em reprovação e subo meu
olhar pelo seu corpo até encontrar um enorme sorriso em seus lábios e seus
olhos avaliando minha expressão.
– Bom dia. - Aproximo dele lentamente e dou-lhe um beijo em seu
rosto. – Feliz Aniversário, senhor Jonas. - Felicito-o e ele me olha surpreso.
Em seguida pega meu queixo com uma mão e me beija na boca, se afastando
rapidamente.
– Quero assim. - Diz com a testa franzida. Assinto de cabeça e
abre um sorriso de garoto. – Obrigado, baby! - Diz e me surpreende ao me dar um
abraço apertado.
Ele me afasta na distancia de um braço e fita, perdido em
pensamentos. Levanto as sobrancelhas, olhando-o interrogativamente. Ele sorri e
balança a cabeça em negativa. Me desvencilho de seus braços e vou até minha
mochila e pego um roupa para vestir. Ele observa meus movimentos atentamente e
se aproxima com uma lentidão proposital. Inclino-me sobre a cama para colocar
as roupas em cima da mesma quando sinto Nicholas me agarrar por trás, espalma
um mão em minha barriga e puxa-me para si, colando seu corpo no meu. Sinto sua
ereção crescente roçar em meu bumbum e seguro-me ao máximo para não gemer. Ele
sobre sua mão pelo meu corpo e para em meu pescoço, começa a esfregar seu nariz
no mesmo e mordo meu lábio fortemente para conter o gemido que insiste em sair.
– Ah baby, está tão cheirosa. - Ele sussurra em meu ouvido.
– Senhor Jonas, é melhor não. - Digo e me afasto dele, pegando
minhas roupas.
Ele me olha embasbacado e estreia os olhos em seguida.
– Está me negando? - Pergunta, grosseiramente. -Siiiiiiiiiiiiiiim!–
Grito mentalmente.
– Não, senhor. - Digo simplesmente e ele continua a me olhar
cético. Solto um suspiro e volto minha atenção para ele. – Não estou te
negando. Alias não tenho esse direito já que sou sua submissa, senhor. - Digo
friamente e volto minha atenção para as roupas.
– Então o que é ? - Pergunta.
– Só estou com fome, senhor. - Digo e dou de ombros.
Ele me olha por um instante mas logo cede. Sabia que ia
funcionar, já que ele é fissurando em alimentar as pessoas. Minhas táticas de
distração nunca falha.
– Te espero lá embaixo. - Ele diz depois de um século me olhando
e se encaminha para a porta.
Antes dele sair, puxo minha toalha deixando-a cair em meus pés.
Ele paralisa na porta e me fita intensamente. Viro de costa e começo a me
vestir , ignorando seus suspiros. Torço minha boca na tentativa de conter a
risada. Em seguida ouço a porta bater e me jogo na cama, não contendo mais a
risada. Acabo de me vestir e calço minhas sandálias. Deixo meus cabelos soltos
e cheios.
Desço e sigo para cozinha, onde encontro um Nicholas tranquilo
comendo seu café da manhã. Sento-me na banqueta ao seu lado e logo Gail aparece
em meu campo de visão.
– Bom dia, Sra Jones. - Cumprimento-a e ela sorri.
– Bom dia Srta Gomez. - Ela responde formalmente.
– Só Selly, por favor. - Digo sorrindo para ela. Ela devolve o
sorriso e assente de cabeça.
– O que deseja para o café, Selly ? - Pergunta.
– Só um iogurte grego natural com cereais, por favor. - Digo e
ela assente, saindo em seguida.
– Ué, não estava cheia de fome? - Nicholas pergunta emburrado.
Merda! Agora ele me pegou.
Olho para ele,abro um sorrisinho e bato os cílios inocentemente.
– Passou, senhor Jonas. - Digo.
Ele me olha com os olhos estreitos e dou de ombros. Assim que
abre a boca para falar algo, Gail reaparece me salvando, mesmo sem saber.
– Aqui, senhorita.. - Olho para ela com os olho estreitos em
reprovação e ela sorri. – quero dizer, Selly. - Completa.
– Obrigada. - Sorrio e ela se vai novamente.
Tomo meu iogurte em silencio, sob os olhares de Nicholas. Logo
Taylor aparece e nosso campo de visão, tomando toda atenção de Jonas.
– Bom dia, Sr Jonas . - Cumprimenta Nicholas.
– Bom dia, Taylor. - Nicholas responde.
– Bom dia, senhorita Gomez. - Ele me cumprimenta.
– Bom dia Taylor, e me chame só de Selly por favor. - Sorrio e
ele assente de cabeça, formalmente.
Ele se volta para Nicholas e os dois se comunica com o olhar.
Olho de um para o outro, tentando entender o que se passa, mas falho
miseravelmente. Instantes depois Nicholas bufa e se vira para mim.
– Baby, terei que resolver algo em meu escritório por um tempo.
- Assinto de cabeça e assim ele sai em direção ao seus escritório.
Acabo de tomar meu café e começo a conversar com Gail, assim que
ela aparece. Pergunto sobre sua vida, mas ela é bem reservada. Então começando
um papo sobre cozinha e assim nos entrosamos bem. Sinto-me conversando com
minha mãe. Apesar de minha mão não entender nada de cozinha, ela adora falar
sobre isso e inventar coisas. Uma vez Ray e eu quase morremos intoxicados com
uma de suas invenções. Sorrio com essa lembrança e Gail percebe, pois logo
pergunta do que estou rindo. Conto a ela essa história e logo ela me acompanha
na risada.
Depois de um longo papo com Gail na cozinha, volto para ''meu''
quarto branco e pulo na cama. Avalio-o atentamente e estremeço. Nossa, isso
parece até um quarto de hospício de luxo. Credo! Como alguém aceitou ficar aqui
por três meses sem decorá-lo ?! Bem, já que Nicholas estará ocupado, vou me
ocupar em decorar o quarto. Mesmo que talvez eu não fique aqui por muito tempo,
deixarei decorado para a próxima. Sinto-me triste com esse pensamento, mas
sacudo a cabeça para espantá-lo e não deixar me abater com ele. Pego minha
bolsa, jogo minha Nikon, minha carteira e meu celular dentro, e sigo para o
escritório de Nicholas. Bato na porta e ela abre sozinha. Encontro Nicholas
sentando em sua cadeira e com a cabeça apoiadas entre suas mãos, sobre a mesa.
– O que foi ? - Ele rosna e levanta a cabeça.
– Nossa que humor! - Digo comigo mesma e vejo-o abrir um sorriso
torto. – Posso, senhor? - Pergunto e ele assente. Caminho até sua mesa e paro
de frente para ele.
– Pretende sair? - Pergunta ao me avaliar.
– Sim. Tudo bem para você, senhor? - Pergunto diante de sua
carranca.
– Para com essa merda de ''senhor''. - Ele rosna – Vai aonde? -
Pergunta.
Merda! Não quero que ele saiba o que pretendo fazer.
– As compras, senhor. - Digo simplesmente.
– Que tipo de compras? - Ele inclina a cabeça para o lado e me
avalia minuciosamente. Tento esconder ao máximo meu nervosismo, mas falhopois
começo a mexer a perna, uma mania que denuncia quando estou mentindo. – Eu não
gosto de mentiras. Acho que isso já deixei bem claro pra você. - Diz friamente
e com a boca em uma linha rígida.
– Não estou mentindo, senhor. - Digo, mas minha voz sair um
pouco esganiçada e ele levanta uma sobrancelha. Pigarreio para tomar mais
coragem. – Se quiser pode mandar alguém me acompanhar. - Debocho e ele olha-me
duramente. Bufo e apoio minhas mãos na mesa. – É sério Nicholas. - Digo,
olhando em seus olhos.
– Você não faz o perfil de quem gosta de ir as compras, Selena.
- Diz, desconfiado.
– Eu sei, mas estou precisando de algumas coisas, senhor. -
Digo.
– Espero que não esteja mentindo para se encontrar com aquele
seu amigo. - Ele rosna.
– O quê? O Julian? - Pergunto num susto e solto uma gargalhada.
– Não acredito que toda essa sua desconfiança é por causa disso. Que bobagem,
senhor Jonas! - Digo entre risos.
– Ok, pode ir. Mas Taylor irá lhe acompanhar. - Coloco minhas
mãos na cintura e inclino a cabeça para o lado.
– Eu não esperava outra coisa de você, senhor Jonas. - Digo e
ele fecha a cara diante de meu sarcasmo.
Abro um sorriso angelical e bato os cílios inocentemente para
ele. Ele se levanta e caminha lentamente em minha direção, sem tirar os olhos
dos meus. Arregalo os olhos e acompanho seus movimentos, temendo o que ele irá
fazer. Ele para em minha frente e pega meu rosto em suas mãos, fitando meus
olhos profundamente.
– Você está com medo de mim?! - Pergunta com o semblante
horrorizado.
– Não, senhor. - Minto e sorrio para ele acreditar. – Imagina! -
Ele continua a me olhar cético.
Num impulso esqueço-me vagamente de minha função de submissa,
levo minhas mãos até sua nuca e puxo-o de encontro a mim, tomando seus lábios
em um beijo lento e sensual. Ele desce suas mãos pelo meu corpo e puxa-me mais
pra si, enquanto chupa minha língua com uma fome exagerada. Em seguida toma-me
em seus braços, me virando de costas para a mesa e me colocando sentada na
mesma. Separo nossas bocas em busca de ar e logo escorrego minha boca por seu
pescoço, sugando-o com destreza.
– Selly, preciso ter você agora! - Ele geme e se enfia no meio
de minhas pernas. Volta a tomar minha boca, mas somos interrompidos pelo
telefone que começa a tocar insistentemente. – Merda! - Nicholas pragueja e
ignora o toque.
Me inclino para trás, afastando dele e ele me olha raivoso.
– Não quero tirar um homem de bem do seus afazeres, senhor
Jonas. - Digo e ele bufa.
Ele caminha até o telefone, atendendo-o rispidamente. Coitada da
pessoa que estiver do outro lado. Pulo da mesa e vejo Taylor adentrar na sala.
Nicholas tampa o telefone, se virando para Taylor e dá-lhe a ordem de me
acompanhar aonde eu quiser ir. Assim, saio do escritório seguida por Taylor e
logo descemos para a garagem.
– Onde pretende ir? - Taylor pergunta ao entrarmos no carro.
– Em uma loja de materiais de construção. - Digo enquanto mexo
em minha bolsa.
Levanto o olhar para o retrovisor e encontro um Taylor assustado
e rio de sua expressão. Ele assente e logo para em frente a uma loja. Assim que
saímos do carro, o telefone dele toca e já sei até quem seja. Ele olha para mim
e sorri ao encontra o meu sorriso.
– Não diga aonde estamos, por favor. - Peço e ele me olha em
dúvida. – Não quero aborrecê-lo. - Digo na tentativa de convencê-lo.
– Mas Selly... É o meu trabalho. - Diz envergonhado e reviro meu
olhos.
Pego nas mãos dele e olho dentro de seus olhos.
– Por favor. Você sabe como ele é. - Digo, olhando-o
suplicantemente.
– Ele é um homem de bem, Selly. Só não vê isso! Dê-lhe uma
chance. - Ele pede. Olho-o calada e resolvo mudar de tática, pois não quero
falar de Nicholas com ele.
– Faz assim, diz que estamos fazendo compras no shopping. Não
estará mentindo. Bem, só a parte que estamos no shopping. - Digo e bato meus
cílios inocentemente.
Ele sorri, timidamente, de meu gesto e atende o telefone. Entro
na loja e começo a olhar as tintas. Logo um vendedor aparece e me apresenta
várias tintas, cada uma mais linda que a outra e aconselha-me como devo
usá-las. Depois de passar na loja de materiais de construção, Taylor e eu
saímos com várias coisas e seguimos para uma loja de decoração. Decido comprar
várias coisinhas e logo partimos para o shopping que fica ali perto eixando as
compras no carro. Vejo uma lojinha de fotografia, entro e peço ao atendente
para revelar as fotos de minha Nikon o mais rápido que puder. Ele avisa que
demorará uma hora para ficar tudo pronto e assim decido dar uma volta pelo
shopping com Taylor. Paro na praça de alimentação e decido comer uma coisinha.
– O que vai querer, Taylor? - Pergunto para ele, entrando em uma
lanchonete.
– Nada, senhorita ... - Ele para ao ver meu olhar e sorri
envergonhado. –Selly. - Diz.
– Ah qual é Taylor, está calor e você está andando horas atrás
de mim. Precisa de algo para se refrescar. - Sorrio e peço dois sucos ao
balconista. – Qual sabor ? - Pergunto-o ele ele balança a cabeça em descrença.
– Laranja. - Diz, envergonhado.
Sorrio de sua postura, pois é tão engraçado ver um homem de seu
porte envergonhado por uma coisa boba.
– Então um suco de laranja e outro de morango, por favor. - Digo
e o balconista sai para preparar os sucos.
Nesse meio tempo, começo a perguntar sobre a vida de Taylor e
ele se enrijece na hora, respondendo-me evasivamente. Hum, ele e Gail são tão
reservados! Mudo de assunto e começo a falar coisas sobre o cotidiano com ele e
apesar dele só me escutar, me sinto livre. Sinto como se fosse eu mesma novamente
e não aquela que Nicholas quer que eu seja. Logo o rapaz volta com os sucos na
mão e nos entrega. Pago pelos sucos, apesar de Taylor insistir em pagar, mas
sou mais rapida. Ele me olha em reprovação e reviro meus olhos, sorrindo para
ele.
Voltamos a andar pelo shopping e paro em frente uma vitrine,
encantada com o vestido que está na mesma. Entro e peço para dar uma olhada
nele. Sorrio ao ver que cabe em mim direitinho e peço a opinião de Taylor, que
apesar de ficar meio tenso com isso, aprova. Compro o vestido e assim saímos da
loja, voltando para a lojinha de fotografias. Esperamos mais dez minutinhos e
assim o moço me entrega as fotos da viagem.
Voltamos para o Escala e assim que chegamos ao hall do
apartamento de Nicholas, peço a Taylor que espere um pouco na porta. Entro
sorrateiramente, à procura de Nicholas mas não vejo rastros dele. Volto para a
porta e abro espaço para Taylor passar com as coisas, colocando-as no ''meu''
quarto. Depois de colocar tudo no quarto, agradeço a Taylor que sai em seguida.
Coloco as mãos na cintura e solto um suspiro, olhando para as coisas.
– Mão na massa! - Digo para mim mesma e troco de roupa,
colocando um shortinho, uma blusinha e amarro meus cabelos, fazendo um coque.
Ligo meu iPod em um volume agradável e começo a trabalhar.
Espalho o plástico que comprei por todo o chão do quarto. Pego o adesivo de
parede que comprei e colo na parede branca ao lado da porta.
Dou um passo para trás para ver como ficou. Bato palminhas
sorrindo e dou pulinhos. Ficou lindo! Assim que olhei esse adesivo, achei uma gracinha.
Simplesmente fofo! Viro-me e pego as fotos que revelei e colo-as na parede,
acima da cabeceira da cama, formando um mural de recordações com fotos da
viagem, várias em que estou com Demi, com Zac, Nicholas e até algumas com
Joseph, que nem lembrava que tinha tirado. Afasto da parede e sorriso
satisfeita com o resultado.
Desço da cama e sigo para parede ao lado da grande janela.
Coloco a escadinha que comprei, pego a tinta em um tom de salmão e o rolo, subo
na escada e começo a pintar a parede. Começo a dançar quando Glad
You Came do The
Wanted começa
a tocar e continuo a pintar, rebolando ao ritmo da musica.
Acabo de pintar a parede e me viro para descer. Grito de susto,
me desequilibrando em seguida, ao encontrar Nicholas encostado na porta aberta,
me observando. Coloco a mão na frente ao ver que vou bater com a cara no chão e
sinto meu pulso doer com impacto.
– Selly! - Ouço Nicholas gritar e levanto meu olhar para ele,
vendo-o correr até a mim. – Você está bem? - Pergunta preocupado e me ajuda a
levantar. Sento-me do chão e balanço a cabeça em afirmativa. – Que susto. - Ele
diz e solta um suspiro. Levanta-se e desliga o iPod e se volta para mim, mas
eleva seu olhar para a parede. Ele gira nos pés, observando cada detalhe nas paredes.
– O.. Que... Você... Fez? - Balbucia as palavras, espantando e se vira para
mim, esperando uma resposta.
Minha nossa! Será que ele odiou tanto assim!?
– O senhor disse que eu podia decorá-lo como quisesse.. - Digo e
dou de ombros.
Ele franze a testa e olho para o chão, estalando meus dedos em
um ato de nervoso. Ouço seus passos se aproximar de mim e sinto um frio na
barriga. Ele se baixa, leva sua mão até meu queixo e ergue minha cabeça,
fazendo-me olhar para ele. Vejo que está com a testa franzida e desvio meu
olhar.
– Olha para mim, Selena. - Ele diz e assim o faço. – Porque está
tão estranha? - Pergunta, para meu espanto.
– Estranha como, senhor? - Pergunto confusa.
– Me chamando de senhor a toda hora. Você não é assim. - Diz.
– Mas é assim que você gosta e é assim que está no contrato. -
Digo friamente. Ele fecha os olhos e acho que está contando mentalmente para
não me bater, pela expressão em seu rosto. Abre os olhos e me olha
profundamente.
– Para de me chamar assim. Por mais que eu goste que me chame
assim e me sinta excitado pra caralho, é estranho. Como se você fosse um
personagem. - Diz consternado. -Mas
é claro, pois estou interpretando e não sendo eu mesma, porra!- Grito mentalmente.
– Como o senhor quiser. - Digo e ele estreita os olhos para mim.
Ignoro sua expressão e levanto do chão e me volto para a parede. – Gostou,
senhor? - Pergunto.
– Já disse para parar. - Ele rosna e me seguro para não rir.
Viro-me para ele.
– Parar com o que senhor? - Pergunto com falsa inocência.
– Vejo que alguém está precisando de disciplina. - Diz me
olhando sombriamente.
Abaixo minha cabeça e olho para meus pés.
– Como o senhor desejar. - Digo baixinho.
– Caramba, Selly! Que inferno. - Ele grita. – Olha para mim! -
Exige e assim o faço.
– Para! - Diz sério.
– Não entendo você, Nicholas! Estou sendo o que você quer e você
não gosta. Quando sou eu mesma você reclama, fica com raiva, querendo me
castigar. - Cuspo as palavras em cima dele. Ele arregala os olhos e me fita em
silencio.
– Se arrume para ir à comemoração. - Diz, depois de um século e
sai do quarto, batendo a porta com força.
Estremeço e solto a respiração que nem sabia que estava
prendendo. Ainda tem esse jantar. Senhor, me ajude para aguentar a noite...
Comentários... :)
Creditos Angel
Creditos Angel
Ameeei ! Pode postar mais. Se vquiser !
ResponderExcluirCaramba estou simplesmente viciada... posta mais!
ResponderExcluirAii sua linda, adoro quando posta varios capitulos em um dia ❤️❤️❤️❤️ Posta logo que eu to curiosa
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