quarta-feira, 6 de agosto de 2014

XI - Amor Obscuro ------ Hot Hot

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Acordo com os raios de Sol entrando pela grande janela cristalina, com uma vista preciosa de Seattle. Olho no relógio e são 7:30 da manhã. Viro-me e vejo Nicholas deita ao meu lado, derivando em um sono tranquilo. Ele parece tão sereno enquanto dorme. Sorrio e admiro mais um pouco a bela preciosidade diante dos meus olhos até que meu estomago ronca de fome. Hum, bem que dizem que sexo dá fome. Levanto-me devagarinho para não acordá-lo, visto a mesma camisa de Nicholas e saio do quarto em direção a cozinha. Preciso comer algo urgente.
Ando pelo apartamento e noto que está um silêncio só. Chego na cozinha cristalina de Nicholas e procuro pelos utensílios. O que quero comer? Abro a geladeira pensativa e decido por uma bela fritada de presunto, queijo e ervas. Pego os ingredientes e coloco em cima da bancada. Coloco o café para fazer e pego as laranjas para fazer um delicioso suco. Começo a espremer as laranjas até encher a jarra de suco. Depois coloco o suco na geladeira para gelar até estar tudo pronto. Pego o bacon na geladeira e coloco-os para fritar.
Agora sim posso fazer a fritada sem pressa. Mas antes, um porquinho de musica para agitar. Sorrio e vou até a sala, pego meu BlackBerry dentro da bolsa, que estava perto da porta. Olho para a bolsa no chão e sorrio com os pensamentos voltados para ontem. Sacudo a cabeça para esquecer momentaneamente os acontecimentos. Volto para cozinha e vejo um aparelho de som com um adaptador portátil. Será que a Gail cozinha ouvindo musica ? Que estranho. Ligo o aparelho e conecto meu BlackBerry nele. Passo por uma enorme lista de musicas e opto por uma musica bem agitada. Aumento um pouco o som quando Crazy In Love da Beyoncé começa a tocar.
Me viro e saio dançando ao som da musica pela cozinha. Apago o fogo do bacon e os coloco em dois pratos. Voltando minha atenção para a fritada, coloco o azeite para aquecer em uma frigideira e refogo as cebolas. Em seguida tempero-a com sal e pimenta, acrescentando o presunto e as ervas. Mexo até quase secar e depois desligo o fogo. Me viro de costa para a porta, quebro os ovos, o queijo, o leite e o parmesão em uma tigela e começo a bater, dançando no ritmo da musica.
Quando a musica atinge o seu refão, coloco a tigela no colo e começo a rebolar, jogando os cabelos pros lados.
– Got me looking so crazy right now, your love's. Got me looking so crazy right now (in love). Got me looking so crazy right now, your touch. Got me looking so crazy right now (your touch). Got me hoping you'll page me right now, your kiss. Got me hoping you'll save me right now. Looking so crazy in love's, got me looking, got me looking so crazy in love! - Canto o refrão da musica, rebolando mais ainda.
Me viro para levar ao fogo a mistura quando levo o maior susto da minha vida. Quase deixo a tigela cair no chão quando noto que Nicholas está debruçado sobre a bancada e me fitando com divertimento pulsando em seus olhos. Olho-o paralisada. Ele está sem camisa, vestido só com a calça do seu pijama. Saio do meu transe e pigarreio.
– Bom dia garotão. - Ele levanta as sobrancelhas, em um ato de surpresa.
– Garotão ? - Ele pergunto incrédulo, achando graça. Dou de ombros.
– Não sabia que já estava acordado. - Digo, enquanto despejo o resto dos ingredientes na frigideira. – Aliás, achei que você iria trabalhar hoje garotão. - Levanto uma sobrancelha.
– Não, vou tirar o dia de folga hoje. - Ele diz. – Continue a dança. - Ele diz, com seu sorriso de garoto.
Dou de ombros, continuo a dançar. Viro-me para pegar o resto das louças que faltam e tenho uma brilhante ideia, quando a musica atinge seu refão novamente. Começo a rebolar sensualmente, jogando os cabelos no ritmo da musica, de costas para ele. Segura essa Jonas!
Abro o armário e pego dos copos ainda dançando, quando sinto o corpo de Nicholas atrás de mim. Sua ereção está roçando em meu traseiro e resolvo ser mais ousada ainda. Rebolo lentamente encostando mais meu traseiro nela e ouço-o gemer em meu ouvido. Ele envolve seus braços em minha cintura e morde o lóbulo de minha orelha. Ele desçe sua mão até o meio das minhas pernas e pragueja baixinho.
– Sem calçinha Selena. - Ele sussurra incrédulo.
– Ué você a rasgou, esqueceu ? - Digo sorrindo.
Ele começa a roçar sua mão pelo meu sexo e escorrega dois dedos para dentro de mim. Solto um gemido e mordo meu lábio com força.
– Não morda o lábio Selena. - Ele rosna em meu ouvido.
– Nicholas.. - Gemo baixinho enquanto seus dedos entram e saem lentamente de mim. Jogo a cabeça para o lado, dando-o passagem para meu pescoço.
– O que foi Selena ? - Ele sorri enquanto beija meu pescoço.
– A Fritada vai queimar. - Digo num assopro e seu sorriso de abre mais.
Ele curva-se um pouco para trás, estica o braço livre e apaga o fogo da fritada. Volta-se para mim novamente e seus dedos começam a se mover freneticamente, na batida da musica, dentro de mim, enquanto estimula meu clitóris com a palma da mão. Minha respiração começa a ficar mais irregular e sinto a familiar sensação de tremor passar pelo meu corpo. Meu interior todo se aperta e eu explodo em um orgasmo avassalador, gozando em seus dedos e gemendo seu nome. Ele retira os dedos de dentro de mim, leva-os ate a boca e chupa com delicadeza.
– Você tem um gosto delicioso Selena. - Ele sussura entre uma lambida e outra. Aproxima seus labios do meu ouvido e sussurra sensualmente – E é tão salgadinha. Adoro devorar você. - Ele morde o lóbulo da minha orelha.
Viro-me de frente para ele, atônita.
– Você é doido ? E se aparecesse alguém? Gail, por exemplo. - Pergunto incrédula e ele abre um sorrisinho arrogante.
– Não se preocupe, baby. Gail não trabalha hoje. - Ele diz.
– Geralmente as pessoas trabalha as segundas e não nos domingos. - Digo, confusa.
– Ela trabalhou ontem porque você estava aqui. Pedi que ela ficasse pela manhã, mas dei folga à ela o resto da tarde de ontem e hoje. - Ele diz simplesmente.
– Hum.. então estamos sozinhos ? - Pergunto.
– Não, Taylor está em seus aposentos. - Ele responde. – Agora será que dá pra você continuar a fazer o café da manhã e matar a minha fome mulher. - Ele diz e abre um sorriso malicioso. Resolvo ignorar o duplo sentido em sua frase.
– Hum, a fritada vai demorar mais uns 10 minutos e terei que esquentar o bacon, depois dessa sua travessura. - Digo com a mão na cintura e rimos.
– Ok, então vou até o escritório fazer umas ligações importantes. Quando ficar pronto me chame. - Assinto de cabeça e ele sai da cozinha. Respiro fundo e começo a refazer as coisas.
Depois de refazer tudo, desligo o fogo da fritada e coloco-a em dois pratos com o bacon. Vou até a geladeira, pego o suco e ponho em cima da bancada junto com o café. Paro por um instante e começo a pensar no que aconteceu a pouco tempo. Nicholas está sempre me devorando e provando meu gosto. -Como será o gosto dele?– Pergunto-me mentalmente. -Seja ousada!– Meu subconsciente gritou, me encorajando. -Precisamos prová-lo.– Diz minha deusa interior, que a essa altura está de quatro em sua cama e passando a língua por seus lábios. Sorrio maliciosamente e uma ideia me passa pela cabeça rapidamente.
Saio da cozinha e ando a procura de seu escritório, que acho rapidinho devido aos seus gritos histéricos. Abro a porta lentamente e vejo Nicholas sentado em sua poltrona atrás da mesa, de costa para porta, admirando a bela vista através da imensa janela a sua frente. Ele está ao telefone e está muito irritado, pois grita feito um louco. Entro e fecho a porta sem fazer barulho. Aproximo-me lentamente de sua mesa, abaixo-me, engatinho passando por entre as poltornas que ficam em frnete sua mesa e entro embaixo da mesa. Permaneço embaixo da mesa quietinha até que ele desliga o telefone e bufa raivoso.
Ele gira sua cadeira e para em frente a mesa, engatinho lentamente até o meio de suas pernas e ele arregala os olhos.
– Selena! - Ele diz assustado. Ajoelho no meio de suas pernas.
– Shhhhh.. - Coloco o dedo indicador na frente dos lábios, em um pedido de silencio.
Passo minha mão por cima de sua calça e noto sua ereção já crescente. Acaricio lentamente por cima de sua calça, olhando-o nos olhos. Ele sorri ao perceber minhas intenções. Levo minhas mãos até o elástico de sua calça e faço menção de puxá-la. Entendendo o recado ele levanta seu quadril e eu puxo sua calça até seus tornozelos. Sua ereção salta livre, levo minhas duas mãos até seu belo e enorme membro e o acaricio, segurando firme. Ele solta um suspiro estrangulado e eu continuo com os movimentos e nossos olhares permanecem conectados.
Aproveito-me disso, inclino meu tronco, levo minha boca até o seu membro, passo a língua levemente e chupo-o, com força. Seu olhar luxurioso queimando os meus. Contraio a boca e envolvo meus dentes, com os lábios. As mãos dele agarram os lados de sua cadeira. Ele geme alto, e isso me faz aumentar o ritmo. Movo minha boca mais para baixo, envolvendo-o completamente e sugando com força. Nicholas joga a cabeça para trás com um gemido gutural e sinto seu quadril se levantar. Descubro meus dentes, roçando meus dentes nele e ele urra. Passo a língua em sua ponta e desço outra vez.
– Oh Selena.. - Ele solta um gemido rouco. – Eu não quero gozar em sua boca. – Ele diz tentando se desvencilhar de minha boca.
Rapidamente agarro suas coxas e aumento a pressão, o empurro mais profundo em minha boca, pressionando meus lábios tão firmemente como posso, protegendo-o de meus dentes novamente e chupo firme. Logo sinto seu liquido jorrar por minha garganta, enquanto Nicholas solta um longo gemido gutural, de prazer, e eu engulo todo o seu gozo, deleitando-me com a sensação extraordinária da plenitude de ter seu gosto em minha boca. Dou mais uma lambida em seu membro, beijando-o em seguida. Olho para Nicholas e vejo-o recuperar o fôlego lentamente. Ele olha pra mim atônico e lhe dou um sorrisinho, enquanto sento-me em suas coxas, apoiando as mãos no encosto da cadeira, pois ele odeia ser tocado.
– Isso foi... Uau. – Ele agradece, ainda ofegante e atônito com o que eu acabei de fazer. – Quantas vezes já fez isso ? - Ele pergunta e me franze o cenho. Dou um sorrisinho e mordo o lábio em seguida. – Responda Selena! - Ele exige.
– Nenhuma. É minha primeira vez - Ele me fita incrédulo. – Talvez seja um dom. – Dou de ombros. Ele levanta as sobrancelhas e eu solto uma gargalhada da sua cara, jogando a cabeça para trás.
– Que som maravilhoso. – Ele sussurra. Volto meu olhar para ele, com a testa franzida.
– Qual ? - Pergunto confusa.
– Da sua gargalhada - Ele diz e me fita maravilhado com um sorriso nos lábios.
Aproximo meu rosto do seu e puxo seus lábios com os meus dentes, surpreendendo-o. Solto-os em seguida e sorrio.
– Seu gosto é uma delicia senhor Jonas. Mas... - Pauso, olho para ele brincalhona e ele sorri.
– Mas o que Selena ? - Ele pergunta.
– Eu só vim aqui te avisar que o café está na mesa, mas agora deve ter esfriado de novo. - Faço bico e coloco as duas mãos na cintura.
– Não faça bico para mim Selena. - Ele diz e de repente seu olhar muda, se tornando mais quente. Ele abre um sorriso lascivo e se levanta de repente, comigo em seu colo e me põe em cima de sua mesa. – A propósito, iremos comer mais tarde. - Ele diz com a voz rouca de desejo e já sinto minha intimidade se encharcar.
Ele passa uma mão atrás de mim, jogando as coisas de cima de sua mesa no chão, ele me deita de costa na mesa e abre bem as minhas pernas. Em um instante ele entra brutalmente dentro de mim me fazendo estremecer na hora.
– Você está tão molhadinha, Selena. Sempre pronta para mim. - Ele diz e abre um sorriso lascivo.
Nicholas entra em mim com mais força, sem dó nem piedade me alargando toda. Reviro meus olhos quando sinto suas hábeis mãos subirem por baixo da minha blusa e apertarem meus mamilos já endurecidos. Mordo meu lábio involuntariamente e ele me estoca com mais rapidez e precisão. Levanto meu tronco da mesa, levo minhas mãos até a sua nuca e o puxo mais pra mim, colando nos corpos. Ele geme mais em meu ouvido e me estoca mais e mais. Isso me enlouquece. Enfio meus dedos em seus cabelos e puxo-os com força quando sinto o meu interior se apertar mas resisto, quero senti-lo mais dentro de mim.
– Goze para mim, baby - Ele rosna em meu ouvido.
– Não. - Eu sussurro fracamente. Quero mais dele.
Ele me estoca com uma rapidez quase descomunal e não resisto mais. Sinto meu corpo estremecer e explodimos magnificamente em um orgasmo perfeito de encolher os dedos dos pés. Sinto-me entorpecida e permanecemos com os corpos colados, um sentido o prazer do outro. Minutos depois, Nicholas força seu corpo para frente, nos derrubando em cima da mesa. Ele cai em cima de mim, com a cabeça enterrada no meu pescoço.
Permanecemos assim até nossas respirações voltarem ao normal. Em seguida, ele sai de dentro de mim e desce sua cabeça até meus peitos e se aconchega em mim. Meus dedos encontram o caminho para seu cabelo sedoso e rebelde, acariciando-os lentamente.
– O que você está fazendo comigo Selena ?! - Ele sussurra, e sinto seu tom de voz assustado.
– Não sei, mas suponho que seja o mesmo que você está fazendo comigo. - Sussurro, enquanto continuo a fazer cafuné nele.
Ele levanta sua cabeça de um súbito e me fita com o semblante sério.
– Precisamos conversar. - Ele diz olhando nos meus olhos.
– Eu sei. - Digo no mesmo tom que o seu. Nos fitamos por um breve momento. Resolvo quebrar o clima que se instalou entre nós. – Mas... será que pode ser depois ? Estou morrendo de fome, garotão! - Digo brincalhona e sua feição muda, abrindo um lindo sorriso de garoto.
Ele assente com a cabeça, se levanta saindo de cima de mim e me estende a mão. Pego em sua mão e ele me puxa de cima de sua mesa e em seguida saímos de seu escritório, em direção a cozinha. Chegamos na cozinha e começamos a comer, tudo frio mesmo.
O silencio se instala novamente entre nós e Nicholas está com seu semblante sério novamente, perdido em pensamentos. Está totalmente frio. Nem parece o mesmo que estava naquele escritório alguns minutos atrás. Continuo a comer em silencio e me perco em pensamentos. Sei o que Nicholas quer conversar comigo. Sei que tem haver com aquele quarto que vi de noite. Sua expressão facial quando o perguntei se ele quer me incluir em sua pratica sexual ontem, dentro daquele quarto, responde todas minhas suspeitas internas.
– Isso está delicioso! Você cozinha muito bem. - A voz de Nicholas me tira de meus devaneios.
Continuo calada por um tempo até que resolvo ir direto ao ponto, ignorando seus elogios.
– Nicholas, o que você quer falar comigo ? - Pergunto de supetão.
Ele para seu garfo no ar diante de minha pergunta, e instantes depois refaz o caminho para sua boca e continua sua refeição, ignorando minha pergunta. Viro-me de frente para ele, à espera de uma resposta. Ele engole a comida e vira-se de frente para mim.
– Depois falamos disso Selena. - Ele rosna e me fita sério.
– Depois não, agora. - Exigo, encarando-o. Ele franze o cenho. Ignoro o medo crescente dentro de mim e continuo a encará-lo e ele bufa.
– Selena, a noite passada foi incrível. - Ele faz uma pausa e olha minha reação. Continuo o encarando e logo faço menção para que prossiga. – Foi o meu primeiro baunilha, e não pensei que fosse gostar tanto. - Ele diz assustado dessa vez. Olho-o interrogativamente. O que é baunilha? Entendendo minha confusão ele completa. – É assim que chamamos as relações sem apetrechos sexuais Selena. - Ele diz. Continuo a encará-lo, tem mais aí que eu sei. Ele se aproxima e me olha profundamente nos olhos. – Eu realmente gostei da noite passada Selena, mas não gosto desse tipo de sexo, nem sou dado à relações com flores e corações. Não me interessa as historias de amor. Eu não gosto de fazer amor, aliás nunca fiz. Eu gosto de foder, com força! - Ele diz dando ênfase nessa ultima parte. – Selena, como já lhe disse eu sou um dominador. Não era nem para estar te falando isso sem antes você assinar um contrato de confidencialidade. Mas como você já até viu a minha sala de jogos.. E sei que você não irá sair falando dos meus gostos peculiares. Esse é o meu mundo Selena! - Ele diz.
Ele me encara a espera de uma resposta, mas a única coisa que consigo é ficar muda e encará-lo. O que vou dizer ? Que estou louca para sair correndo e gritar feito uma louca ?! Porque isso é a única coisa que está se passando em minha cabeça agora. -Reaja Selena– Meu subconsciente grita comigo. Engulo em seco.
– E você quer me incluir nesse seu mundo. Quer que eu seja sua submissa ?! - Digo, no automático.
– Sim. - Ele responde.
– Nicholas.. - Eu coço a minha cabeça de nervoso, olhando para os lados. O que posso dizer a essa altura? Que fui violentada e espancada aos 13 anos e por isso tenho meus traumas?! De fazer sexo eu já superei ontem a noite, mas e de apanhar ?! Respiro fundo e volto a encará-lo. – Eu não posso fazer isso. Não consigo. É muito para mim. - Digo num assopro.
– Porque Selena ? - Ele pergunta curioso.
Fito-o por um momento, com meus pensamentos a mil. Não posso contar a ele do meu passado. Não quero que tenha nojo de mim, ou me odeie por não ter contado antes. Ou pior ainda, sentir pena de mim. Não quero a pena de ninguém, já fui humilhada o bastante para aguentar a pena de alguém, principalmente a pena de Nicholas Jonas.
– Porque não! Porque não gosto de apanhar e nem ser torturada. Não vejo prazer em sentir dor. - Resmungo.
– Não existe dor Selena. A dor é psicológica. - Ele rosna.
– Pra você e não pra mim! - Respondo petulante. Ele me olha furioso.
– Que vontade de te colocar nos meus joelhos agora e te disciplinar com uma belas palmadas, Selena. - Ele rosna.
Arregalo meus olhos diante de suas palavras e me inclino para trás, me afastando dele. Percebendo o meu pânico, ele me envolve em seus braços rapidamente, me trazendo para si e me olha nos olhos.
– Não quis te assustar, baby. - Ele diz com preocupação em seus olhos e isso me desarma.
– Nicholas, eu quero ir pra casa. - Digo e ele arregala os olhos.
– Mas ainda está cedo Selly. - Ele diz assustado. Sorrio e ele me olha confuso – O que foi ?
– É a primeira vez que você me chama de Selly. - Digo e ele abre um sorriso tímido. Como ele é lindo meu Deus! Quero tanto ele que isso chega a me assustar !
Ele leva um mão sua até minha bochecha e acaricia-a.
– Fica ? Pelo menos até a tarde ? - Ele pede e eu só o fito. – Vamos conversar pelo menos ? Quero muito fazer isso com você Selena. Você não sabe o quanto. Posso levá-la até minha sala de jogos e te mostrar o quão prazeroso pode ser. - Ele diz eu eu olho-o cética.
– Hum .. tenho algumas perguntas .. - Digo coçando a cabeça.
– Imaginei que teria. - Ele diz.
– Se eu aceitar essa sua relação, como vai ser ? - Pergunto curiosa. -Tá louca? Saia imediatamente daí Gomez!– Grita meu subconsciente.
– Se você aceitar, nós assinaremos um contrato com várias cláusulas aceitas por ambas as partes. Nesse contrato consta todas as coisas que podem ser feitas ou não, são normas que te beneficiam e me proporcionam prazer. Se cumprir essas normas para satisfazer-me te recompensarei. Se não, te castigarei até que você aprenda a me satisfazer. Constará também os limites rígidos de ambos. Enquanto estiver aqui, você terá o seu próprio quarto, poderá decorá-lo a seu gosto. - Ele diz.
– Um quarto para mim.. Por que não posso dormi com você ? - Pergunto confusa.
– Eu não durmo com ninguém, Selena! - Ele diz secamente.
– Mas já dormiu comigo uma vez. - Digo, lembrando da noite passada.
– Na verdade foram duas. - Ele diz. Duas ? Olho-o interrogativamente. – Na noite em que te busquei naquele Club. - Ele diz e sinto a acidez em sua voz. Ele até hoje não consegue disfarçar seu desagrado com a minha saída aquela noite.
– Você dormiu comigo ?! E eu só estava de lingerie no outro dia. - Sussurro.
– Sim Selena, eu dormi. É a minha cama, queria que eu dormisse aonde ? Você acordou de lingerie sim, mas quantas vezes vou ter que te falar que não fiz nada ? - Ele grita. Não respondo nada e ele completa. - Você tem sérios problemas com confiança viu ! - Ele diz exasperado.
– E você com controle! - Digo petulante. Ele cerra a mandíbula e me fuzila com os olhos. - Já procurou ajuda? Algum terapeuta? - Pergunto e ele me olha mais furioso ainda.
– Sim, Selena já procurei! E pago muito caro por isso - Ele rosna.
– Hum, sugiro que procure uma segunda opção então, porque esse não está sendo muito eficiente! - Digo, petulante. Ele só me fita mas dessa vez vejo um brilho diferente em seus olhos. Vejo divertimento neles.
– Não que seja da sua conta, mas ele já é minha segunda opção. - Ele diz.
– Hum, então é um caso perdido em, Jonas. - Digo com falsa tristeza mas logo sorrio.
– É o que eu sempre digo! - Ele diz com um olhar entristecido. Meu sorriso se desfaz imediatamente.
– Nicholas, eu estava brincando. - Digo e ele dá de ombros. – Tá mas voltando ao assunto, até quando dura o contrato ? - Digo, tentando minimizar a atmosfera de tensão que sucedeu ao nosso redor.
– Esse contrato tem um prazo de validade de até três meses. E dentro desses três meses, você como minha submissa no caso, terá que cumprir todas as minhas ordens até o fim. E se depois de três meses, ambas as partes estiverem de acordo podemos renovar o contrato. - Ele diz calmamente.
– E se dentro desses três meses eu quiser desistir, como vai ser ? - Pergunto mais curiosa ainda.
– Selena se dentro desses meses alguma das partes não estiver satisfeita, poderemos quebrar o contrato e cada um seguirá sua vida. Voce tem liberdade para quebrar o contrato quando quiser. Não se preocupe que não te processarei por isso. Esse contrato não tem valor nenhum, legalmente. É só para definir os parâmetros da nossa relação. Mas, lembre-se: uma vez quebrado o contrato, não iremos nos ver mais Selena. - Ele diz.
– Quantas já aceitaram essa sua proposta ? - Pergunto, e cada vez mais tenho curiosidade de saber tudo.
– Muitas. Oficialmente, já tive 20 submissas. - Ele diz, com o olhar distante perdido em pensamentos.
– Uau, é mais do que eu imaginei! - Digo e ele direciona seu olhar para mim rapidamente.
– E você renovou o contrato com alguma ? - Pergunto.
– Não. Eu me canso muito rápido. E algumas se apaixonaram, então quebrei o contrato na hora - Ele diz, dando de ombros. Levanto as sobrancelhas diante da sua frieza.
– Porque ? - Pergunto horrorizada.
– Porque todas entraram nesse mundo sabendo que não poderia se apaixonar. - Ele diz secamente.
– Hum.. - É só o que eu consigo dizer.
De repente ele me fita sério, e franze o cenho.
– Selena, se você assinar o contrato, tenha em mente que não poderá se apaixonar. Já disse e repito que não sou dado a flores e corações, até porque eu não tenho um. Então tenha consciência disso. Estamos entendido ? - Ele diz me olhando nos olhos. Balanço a cabeça em concordância.
– E se eu não aceitar ? - Minha curiosidade grita novamente.
– Aí cada um vai para o seu lado. - Ele diz secamente e seguro meus queixo mentalmente para ele não cair. – Esse é o único tipo de relação que eu quero Selena. - Ele completa.
– E você disse que não iria me deixar ir. - Digo, direcionando meu olhar para o nada, perdida nas lembranças do sexo que fizemos.
– E você disse que era minha. - Sua voz me tira dos meus devaneios e volto a olhar para ele.
– Pois é. - Digo, sem graça por ele lembrar do que eu disse. – Por que você não pode ter uma vida sexual normal como as outras pessoas ? - Penso alto e logo me arrependo.
– Por que essa é a única maneira que eu sei, Selena. - Ele diz e me fita fixamente. – Eu deveria deixar você ir, é o certo a se fazer. Mas não sei se consigo. - Ele diz, com seu olhar de garoto perdido. E eu tenho uma vaga lembrança.
– Então era disso que você estava falando lá na livraria ? - Pergunto e ele assente com a cabeça.
Ai Deus, o que fazer? Não custa nada tentar. Sinceramente, esse homem é o único que eu deixei que tocasse em mim intimamente. Ele me enlouquece e eu o quero como nunca quis algo na vida antes. É um desejo avassalador que tenho por ele. E quem sabe eu não me cure desse trauma. Preciso seguir a vida sem medo. Mas para isso preciso tentar. Respiro fundo e ao soltar uma lufada enorme de ar, as palavras saem de minha boca antes que eu perceba.
– Cadê o contrato ? - Pergunto e ambos olhamo-nos espantados...



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Creditos Angel


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