segunda-feira, 30 de junho de 2014

Original Sin - 72 Capitulo

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Nicholas: Selena, o que houve? – Perguntou, entrando no quarto. Selena já tinha colocado Rosalie pra dormir, já havia tomado banho, e agora terminava de se aprontar pra dormir.

Selena: Nenhum. – Respondeu, sem vontade, terminando de pentear os cabelos.

Nicholas: Aconteceu alguma coisa? – Perguntou, olhando ela.

Selena: Já disse que não é nada. – Repetiu, cansada, enquanto puxava o cobertor grosso da cama, ajeitando-a pra dormir.

Nicholas: Ah, não? – Perguntou, vendo ela arrumar a cama dos dois – Então porque está assim? Calada, cabisbaixa, quieta, deprimida? – Ela não respondeu, apenas arrumou os travesseiros na cama. Nicholas suspirou, desamarrando o roupão. Já estava pronto pra dormir, também. Só vestira o roupão e fora tentar acalmar Gregg, que se negava a sair do lado de Johanna. Ele tirou o roupão e colocou na poltrona, do lado do hobbie branco dela. – Vamos lá. Sou seu marido. Você pode confiar em mim. – Selena soltou o travesseiro que segurava ao sentir as mãos quentes do marido tocando-lhe o ombro, descoberto pela alça da camisola de seda, confortando-a. – Qual o problema?

Selena: O problema. – Ela repetiu, rindo de leve, sem vontade – Meu problema é que eu estou com inveja. É, inveja é uma boa palavra. – Considerou, sorrindo, sem emoção.

Nicholas: Inveja? – Perguntou, confuso. Não via do que Selena podia ter inveja – Inveja de que? Me diga o que quer, e eu vou te darei. – Confortou, alisando os ombros dela.

Selena: Eu quero um filho, Nicholas. – Disse, libertando o que lhe consumia por dentro – Eu quero poder ter outro filho. Quero ter o filho homem do qual eu sei que você sente falta. Eu quero não ser estéril, Nicholas. – Se condenou, virando-se pro marido.

Nicholas: Não diga isso. – Pediu, acariciando a maçã do rosto dela. Selena fechou os olhos, sentindo a pele inflamar sob o toque dele – Você não é estéril. Rose é a prova viva disso. – Disse, acariciando lhe o rosto

Selena: Justamente. Só Rosalie. Nós transamos quase toda noite, Nicholas. Porque eu não engravido? Tem outra justificativa? – Perguntou, abrindo os olhos.

Nicholas: Eu tenho. – Ele sorriu, tranquilo.

Selena: Qual? – Perguntou, se distraindo.

Nicholas: Eu. – Disse, sorrindo.

Selena: Você o que? – Perguntou, confusa.

Nicholas: Eu tenho uma confissão a fazer. – Disse, se jogando de costas na cama, abrindo os braços. – Algo que eu nunca te disse. – Disse, se fazendo de sério.

Selena: O que seria? – Perguntou, se aproximando, ficando dentre os joelhos dele.

Nicholas: Sou eu. Eu só posso gerar filhos a cada lua cheia. – Com essa até Selena, que estava deprimida, riu – Não ria! – Pediu, mas ria também – Jogaram um feitiço em mim quando eu era bebê, ai é assim. Funciona o tempo todo, - Garantiu, erguendo a sobrancelha pro olhar dela – Mas filhos, só na lua cheia.

Selena: Jura? – Perguntou, ainda rindo.

Nicholas: O único problema é que nunca se sabe em que lua estamos, já que tem sempre uma camada generosa de nuvens em volta dela. O jeito é irmos tentando. – Insinuou, sorrindo.

Selena: Pode parar. – Ela ia sair, só que ele prendeu ela entre os joelhos – Nicholas! – Reclamou, se equilibrando.

Nicholas: O quê? – Perguntou, com o olhar fixado no corpo dela

Selena: Pára! – Ela se tapou com os braços.

Demônios, ele estava fazendo ela esquecer o assunto.

Nicholas: Eu sempre tive uma fantasia, sabia? – Comentou, erguendo o olhar pra ele. O verde dos olhos dele estava escurecido pelo desejo.

Selena: Qual? – Perguntou, provocando, se inclinando sobre o marido, se apoiando nos peitos dele. Nicholas segurou ela pela cintura, acariciando-a por cima da camisola.

Nicholas: Está as minhas ordens? – Perguntou, olhando-a, divertido.

Selena: Não. Estou curiosa. – Admitiu, olhando-o.

Nicholas: Pois então não digo. – Impôs, puxando um travesseiro e colocando debaixo da cabeça, tranqüilo.

Selena: Ora, vamos. – Pediu, sendo guiada pela curiosidade. Nicholas fingiu estar dormindo, ressonando – Estúpido. – Acusou. Ele abriu a boca, fingindo roncar – Que ódio. – Ela rosnou, batendo no peito dele que riu, se encolhendo, ainda de olhos fechados – Tudo bem. ESTOU AS SUAS ORDENS, NICHOLAS JONAS! – Gritou, vencida. Ele abriu os olhos.

Nicholas: A casa toda deve ter ouvido. – Observou, rindo gostosamente.

Selena: Culpa sua! – Resmungou, batendo nele novamente.

Nicholas: Eu quero... – Ele fez mistério. Selena suspirou, impaciente – Antes, uma coisa. – Ele se virou na cama, ainda com ela por cima de si, e ligou os abajures. O quarto dos dois estava completamente iluminado agora. Ele voltou a sua posição inicial. – Eu quero que você tire a roupa pra mim. Assim, com bastante claridade. Dessa vez eu não quero te despir, eu quero que você o faça. – Murmurou perto do ouvido dela, antes de morde-lhe a orelha de leve.

Selena: Tá falando sério? – Perguntou, tirando o cabelo louro de cima do rosto branco-palido, pra encarar ele.

Nicholas: Estou. – Ele negou com a cabeça – Desde o dia da cachoeira, eu fiquei com isso na cabeça. Cada vez que eu via você andando, eu pensava nisso. – Selena fez uma careta – Por favor. – Pediu com uma carinha irresistível.

Selena: Nicholas, eu acho que... – Interrompida.

Nicholas: Amor. – Interrompeu, chamando-a. Selena hesitou – Vai. – Insistiu, soltando a cintura dela.

Selena se ergueu novamente, pensativa. Bom, não havia nada nela que ele não havia visto. Ela respirou fundo, e ele lhe observou. Ela sorriu de canto ao ver a expectativa no olhar do marido. Fez sinal negativo com a cabeça, e pôs-se a desamarrar a parte da frente, do decote da camisola. Nicholas observou cada movimento dela, atentamente. Ela terminou de desamarrar, e olhou ele, que incentivou ela com o olhar. Por fim, ela suspirou e pegou a camisola pelas abas, despindo-a dela, ficando apenas de calcinha na frente dele. O sorriso de Nicholas morreu ao ver a mulher, semi-nua, na sua frente. Selena reparou como isso parecia ser difícil, mas não era, ela se sentia vestida. Ele era sua pele, ela pensou, sorrindo por dentro. Nicholas observou o corpo da mulher por instantes.
Ela era perfeita em seus mínimos detalhes. Os cabelos pretos caiam como uma cascata , sob a pele pálida. A barriga era definida, durinha. As curvas eram generosas, os seios eram fartos. Era linda.

Nicholas: Venha aqui. – Chamou ela de volta, oferecendo-lhe o colo. Selena sorriu, largando a camisola no chão. Ela se sentou em cima do quadril dele, com uma perna de cada lado, já notando sua forte excitação, e o encarou.

Selena: E o que você quer, agora? – Perguntou, acariciando o rosto dele.

Nicholas: Agora eu quero amar você. – Respondeu, beijando a palma da mão dela.

Selena se assustou quando Nicholas, bruscamente, se sentou, puxando-a. Ela só sentiu a mão dele puxando-lhe pelo quadril, consequentemente fazendo-a se pressionar fortemente contra a excitação dele, e ela gemeu com isso. O gemido dela morreu na boca dele, que assaltou a dela em um beijo violento, agressivo. O que os dois fizeram vocês já devem imaginar. Tempos depois, os dois ofegavam, cada um em um lado da cama, rindo, e olhando o dorsal, que estava bem iluminado. Como Selena, geralmente, demorava mais pra se recuperar, Nicholas desligou as luzes, e puxou ela pra debaixo do edredom.

Selena: Sobre a lua cheia. – Começou, após minutos de silêncio aconchegada no peito do marido, que lhe acariciava levemente o cabelo – Você é um grande mentiroso. – Acusou, mas se abraçou mais a ele.

Nicholas: Sim, eu sou. – Assumiu – Pelo menos descontraiu você. Não quero que se preocupe com isso. Ele virá, no momento certo. E se não vier, nós temos a nossa Rose. Ela é tudo que nós precisamos, Annie. – Tranquilizou

Selena: Eu te amo. – Murmurou, se abraçando mais a ele.

Nicholas: Eu sei. – Brincou, e ela riu de leve. Ele beijou a testa dela, e assim dormiram.

Bom. Com lua cheia, ou sem lua cheia, o segundo herdeiro de Selena e Nicholas não veio. Os meses se passaram, e nada. Selena havia resolvido deixar isso de lado, sabia que preocupava o marido, sabia que não adiantaria chorar. Cada vez que ela tocara no assunto, Nicholas brincou com ela, e levou ela pra cama, por fim. Bom, eles iam pra cama de qualquer modo, mas não era bom ficar torturando o amado com isso. Ela e Britt não se davam bem, mas não discutiram mais. Selena acreditava que Britt estava guardando silêncio não por respeito, mas por um tipo estranho de agradecimento por Selena ter lhe ajudado na hora da dor. Como naquela época, as mulheres de respeito tinham nomes compostos (Ex: Selena Marie, Demetria Lovato), as meninas receberam os nomes de Johanna Lindsey, e Victoria Caroline. Victoria era a alegria da vida de Joseph e Demetria. Gregg quase não desgrudava de Johanna. Só uma coisa atrapalhava os Jonas. Algo que Nicholas guardava pra si. Cartas que ele vinha recebendo, sem remetente, com ameaças a ele, Selena e Rosalie. Ele sabia quem era. Ele reconhecia aquela caligrafia porque já havia recebido dezenas de cartas assinadas por ela.
Selena não sabia, mas o marido havia mandado triplicar a segurança na mansão Jonas, desde que a primeira carta chegou. A remetente fez piada disso na carta seguinte. O aniversário do primeiro ano de Rosalie estava se aproximando, e Selena e Nicholas não abriram mão da festa. Ainda faltavam 3 meses pro dia, e os preparativos estavam a mil.

Selena: Eu quero uma grande fachada preta, na parede principal do espaço, com o nome dela em letras prateadas. Nada muito chamativo, mas que fique claro que o foco da festa é ela. – Rosa assentiu e continuou anotando

Era tarde. O tempo estava menos frio que o de costume. Selena estava sentada no colo de Nicholas, num banco que ficava embaixo de uma arvore, no jardim da mansão Jonas. Nicholas abraçava ela com os dois braços pela cintura, e ela dava instruções a Rosa, que anotava tudo atentamente. Rosalie estava em seu carrinho, brincando com sua bonequinha de pano. Era uma menina saudável pros seus 9 meses de vida.

Selena: No bufê, eu quero de tudo. Tudo que houver pra festas de crianças, é claro. Isso eu resolvo depois. As mesas, as toalhas serão duas pra cada mesa, uma rosa por baixo, e uma dourada clara por cima. O enfeite... – Ela pensou um instante – Os enfeites. Seria perfeito um R e um L prateados, enlaçados um no outro, prendendo uma rosa em botão, cor de rosa clarinho. Você sabe onde eu posso encontrar isso?

Rosa: Não faço idéia, senhora. Os aniversários de 1 ano, em geral, não são tão sofisticados quanto o da menina Rosalie será. Mas posso mandar alguém procurar, talvez encontremos. – Observou, pensativa.

Selena: Será difícil de encontrar. É uma pena, ficaria perfeito. – Lamentou.

Nicholas: Desenhe como você quer que fique, e eu mandarei fazer pra você. – Murmurou, divertido com a pele do pescoço dela.

Selena: Sério? – Perguntou, virando o rosto pro marido.

Nicholas: Se me der um beijo. – Impôs, erguendo o rosto pra ela.

Selena: Depois. – Brincou, empurrando o rosto dele, que riu, beijou a mão dela, e voltou-se ao seu pescoço. – Então, eu farei o desenho e mandarei a medida pra fazerem. Encomende as toalhas com um tecido flexível, pra que não fiquem tensas nas mesas, e as toalhas douradas devem ser um pouco menores, pra que seja visível as rosas debaixo... Nicholas! – Repreendeu, se arrepiando com um beijo chupado que recebera no pescoço. Nicholas riu.

Nicholas: O que? – Perguntou, maroto, beijando a marquinha que ficou.

Selena: Pare com isso. – Repreendeu dando um tapinha nas mãos dele que estavam em sua barriga.

Nicholas: Porque? – Questionou, como se isso não fosse obvio.

Selena: Porque si... – Ela fechou os olhos, estremecendo com outro beijo que recebeu – Rosa, pode ir agora. Depois eu lhe dou mais detalhes. – Rosa sorriu e saiu de perto, sumindo em direção a mansão – Qual o seu problema?

Nicholas: Você. – Murmurou no ouvido dela, que sorriu, fechando os olhos, sentindo o hálito quente do marido no seu ouvido – É convidativa demais pra mim. Chega a ser apelativo. – Selena sorriu, apaixonada, pro marido, e o beijou

Selena: Escute, você precisa parar com isso. – Reclamou, dando impulso pra se levantar.

Nicholas: Não! Fique. – Pediu com uma carinha irresistível – Eu paro, se é isso que quer.

Selena: Não é isso que eu quero, você sabe que não. – Ela acariciou o rosto dele, que sorriu – Mas é que não dá pra você me agarrar, me jogar no chão e me ter aqui, na luz do dia. – Explicou, obviamente.

Nicholas: Porque não? – Perguntou, animado com a idéia – Posso te possui aqui, veja, a grama é fofa. – Ele apontou pra a grama verdinha, e Selena riu gostosamente.

Selena: Nicholas! – Gritou, alarmada, quando ele deitou com ela no chão. Ele deixou o peso cair por cima da esposa, rindo, divertido. – Eu também te amo. – Respondeu, beijando-a docemente.

Nicholas segurou o rosto da esposa levemente, e se aprofundou no beijo. Selena via o céu cada vez que sentia a língua do marido invadir seus lábios, apossando-se de sua boca sedentamente, como se ela fosse o ar que ele respirasse. Ela não sabia, mas era como se fosse. Ela, inconscientemente pôs a mão em cima do pulso da mão que ele segurava o rosto dela, e se entregou a ele. O beijo durou até que Rose gritou, avisando que cansara de segurar vela.

Nicholas: Você é a minha vida, Selena. – Murmurou, de olhos fechados, com a testa colada na dela, ainda segurando seu rosto. A mão dela continuava em seu pulso.

Selena observou Nicholas por um instante. Ele era tudo o que ela podia pedir. Naquele instante ela se lembrou do medo que teve na noite que antecedeu o casamento. Medo da noite de núpcias. Medo da vida a dois. Medo daquele rosto que parecia ser a razão pra ela enxergar. Os dois se separaram quando Rosalie jogou a boneca de pano em cima dos dois, alertando-os.

Selena: Bonito, mocinha. – Repreendeu, se sentando, e pegando a filha no carrinho. Ela empurrou o carrinho com uma mão, fazendo-o recuar pra longe dos 3. Rosalie fez um biquinho.

Nicholas: Não briga com ela, Selly – Contestou, vendo o bico da filha.

Selena: Brigo sim. Não pode ficar jogando as coisas nas pessoas, é errado. – Repreendeu, mas deu um beijinho no cabelo louro da filha. A menina ficou encolhida no colo da mãe, envergonhada.


Nicholas: Ela brigou com você, meu amor? - Perguntou, olhando Rosalie. A menina ergueu o rostinho tristonho pro pai, e o encarou com os olhos verdes, intensos. – Brigou? – Ela aumentou o bico. – Mamãe chata, não é? – Sussurrou pra menina, que sorriu do tom de voz do pai.

Selena: Nicholas! – Chamou, se fazendo de indignada.

Nicholas: Vem aqui com o seu pai. – Chamou, se deitando de lado e chamando ela. Rosalie se esticou pra ir pro pai, e Selena deixou.

Selena olhou pra Nicholas quando a menina se esticou, e ele disse a ela, pelo olhar, que era pra deixar. Rosalie se esticou do colo da mãe, e caiu de boca na grama fofa, ficando deitada lá, olhando o pai, esperando que ele a carregasse. Ela usava um macacãozinho rosa claro, estava fofa ali, deitada de barriga. Selena ia carregar a ela, mas Nicholas negou com o rosto.

Nicholas: Vem, meu amor. – Incentivou, esticando a mão pra ela.

Rosalie olhou a mãe, e depois o pai, confusa. Estava esperando alguém carrega-la. Queria ir pro colo de Nicholas. Como ninguém fez nada, ela, inocente, fez impulso com os bracinhos, tentando chamar o pai. Com isso descobriu que podia se mexer. Ela fez novamente, e mais uma vez, e sorriu, engatinhando desajeitada pro pai. O coração de Nicholas se derreteu e se desmanchou em seu peito ao ver aquele bolinho rosa claro e lourinho vir engatinhando até ele. Ela caiu umas duas vezes, mas ele a incentivou, chamando-a com a mãe. Ela riu, animada, quando chegou ao alcance do pai. Ele pegou ela e se deitou de costas, colocando a filha deitada em cima de sua barriga, e encheu ela de beijos. Selena sentia a felicidade pulsar em cada pedaço do seu corpo. Felicidade essa que continuava lhe assustando. Mas ela espantou isso da cabeça e foi pra perto do marido, que acolheu ela no braço, fazendo-a se deitar junto a ele na grama. Daria uma bela pintura, a pintura que descreveria a felicidade, em seus mínimos detalhes.


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Creditos: Samilla Dias

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