sexta-feira, 20 de junho de 2014

Original Sin - 54 Capitulo

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Nicholas: Tem que haver algum lugar, um ponto em que não tenhamos procurado. – Insistiu com os irmãos, num dia à tarde, no escritório dos Jonas.

Joseph: Onde, por exemplo? Nicholas, nós viramos Seattle de cabeça pra baixo. Ela não está aqui. – Disse, sério.

Nicholas: Está! – Insistiu, batendo com a mão na mesa – Joseph, você pode não acreditar, mas eu sinto Rosalie. Ela está por perto. Eu sei que está. A busca foi falha.

Gregg: Nós avisamos até a policia. Tem gente nossa nas fronteiras de Belltown, Madrona, Beacon Hill, Green Lakes. Até em Port Madison tem gente procurando. Se ela estiver lá, vão encontrar. – Tranquilizou.

Nicholas: Ela está aqui. – Insistiu. Era como se a presença de Selena fosse notável, como se ele pudesse farejar seu perfume – Eu vou... eu vou sair um pouco. Preciso espairecer. – Joseph e Gregg assentiram.

Nicholas caminhou até longe. Em sua cabeça, estavam Selena e Rosalie, sentadas na neve, fazendo o boneco de neve. Estiveram tão próximas, e agora poderiam estar em qualquer lugar. Selena estava calma, até que o telegrama chegou. Nicholas pensou nisso enquanto andava sem rumo. Existia uma possibilidade de ela ter partido. E se o telegrama fosse o irmão, avisando que vinha busca-la?
Mas, por outro lado, quem se atreveria a levar os dois? Entretanto, com a ajuda dele, a fuga seria muito mais fácil. Nicholas estava considerando isso, quando viu um rosto não tão familiar caminhar à uns 50 metros dele. Usava um terno preto, tinha cabelos pretos.

Nicholas: Henry. – Murmurou pra si mesmo. Era o primeiro rastro de Selena que tinha. Ela ainda está aqui, se motivou enquanto se apressava a alcançar o louro.

Nicholas: Henry! – Chamou, ao chegar numa proximidade considerável.

Henry se virou, respondendo intuitivamente ao seu nome. Nicholas não lembrava muito se duas expressões, mas eram parecidas com as de Selena. O cabelo era do mesmo louro. Henry se manteu calmo ao ver quem lhe chamara.

Henry: Nicholas. – Respondeu, sereno, parando de andar.

Nicholas: Em nome de Deus, onde ela está? – Perguntou, deixando o desespero transparecer em sua voz.

Henry: Ela quem? – Perguntou, calmo.

O pingo de esperança de Nicholas desmoronou. Era óbvio. Se Henry estivesse realmente com Selena, não lhe diria.

Nicholas: Por favor. – Implorou, e por um minuto Henry sentiu pena dele.

Henry: Eu não sei do que você está falando.

Nicholas: Selena. Onde está?

Henry: Por suposto que deveria estar com você. – Alfinetou.

Nicholas: Fui um idiota. Ela entendeu tudo errado. Eu não... – Ele hesitou – Não foi minha intenção magoá-la. Eu a amo. – Disse, inutilmente.

Henry: É tarde. – Respondeu, se afastando

Nicholas: Não! – Ele o segurou – Pelo menos, me diga. Rosalie. – Pronunciar o nome da filha o machucava – A minha Rose. Ela está bem? Estava resfriada antes de... – Ele não terminou a frase.

Henry: Fique tranqüilo. Ela vai ficar bem. – Encerrou, e com um ultimo olhar, se afastou.

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Gregg: Espera ai. – Se levantou, quando Nicholas lhe contou o que acontecera.

Joseph: Se ele sabe da Rosalie, ele está com a Selena. – Concluiu

Gregg: E se ele está com a Selena, ela ainda está aqui.

Achar Henry foi fácil como suspirar. Joseph colocou homens de guarda na frente da mansão Gomez. Qualquer movimento do moreno seria seguido.

Selena: Ele encontrou você?! – Perguntou, alarmada.

Henry: Na rua. Estava voltando pra casa, e me bati com ele.

Selena: E então?

Henry: Me perguntou de você. Pediu pra que voltasse pra casa. Perguntou de Rosalie. Está abatido, desesperado, selly.

Selena: Ele provocou isso. – Disse, amarga.

Henry: Ele disse que você entendeu tudo errado, e que não era intenção dele magoar você. – Selena riu.

Selena: De boas intenções o inferno está cheio. – Terminou o assunto, indo verificar a filha, que ressonava calmamente.

Henry: Sabe que não vou poder vir muito aqui, agora que estão atrás de mim. – Comentou, observando a irmã.

Selena: Eu sei. – Ela suspirou – Vou tentar dormir um pouco. Eu não sou a única pessoa que chora por aqui. – Ela sorriu, triste.

Henry: Não entendi. – Ele fez uma cara confusa.

Selena: Tem uma mulher, no andar de cima. Chora a madrugada inteira. Não tenho conseguido dormir direito. Não é nada escandaloso, eu só ouço os soluços, mas mesmo assim, me dá agonia. Acho que alguém bate nela, ou prende, não sei. – Deu os ombros, pensativa.

Selena só não sabia que a mulher que soluçava no andar de cima, chorava por ter lhe feito bem. Chorava por ter lhe devolvido o sobrinho.

Escobar: Como assim, ele terminou com você? – Perguntou, incrédulo e irritado, enquanto avançava pelo saguão do hotel.

Samatha: Terminou. Com todas as letras. Ia voltar pra mulher.

Escobar: Ela fugiu antes que ele voltasse. – Samatha ergueu uma sobrancelha, surpresa – Ele está destruindo Seattle por ela. E você, porque não voltou antes?

Samatha: Por Deus, Escobar. Eu estava em Londres. – Revirou os olhos.

Escobar: E agora, o que vai fazer?


XXXX: Serviço de quarto pro quarto da srta. Gomez, um café da manhã básico. – Disse ao atendente, que levou o pedido pra cozinha. Mas foi o suficiente. Os ouvidos de Samatha eram aguçados. Selena estava ali.



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Creditos: Samilla Dias



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