segunda-feira, 30 de junho de 2014

Original Sin - 72 Capitulo

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Nicholas: Selena, o que houve? – Perguntou, entrando no quarto. Selena já tinha colocado Rosalie pra dormir, já havia tomado banho, e agora terminava de se aprontar pra dormir.

Selena: Nenhum. – Respondeu, sem vontade, terminando de pentear os cabelos.

Nicholas: Aconteceu alguma coisa? – Perguntou, olhando ela.

Selena: Já disse que não é nada. – Repetiu, cansada, enquanto puxava o cobertor grosso da cama, ajeitando-a pra dormir.

Nicholas: Ah, não? – Perguntou, vendo ela arrumar a cama dos dois – Então porque está assim? Calada, cabisbaixa, quieta, deprimida? – Ela não respondeu, apenas arrumou os travesseiros na cama. Nicholas suspirou, desamarrando o roupão. Já estava pronto pra dormir, também. Só vestira o roupão e fora tentar acalmar Gregg, que se negava a sair do lado de Johanna. Ele tirou o roupão e colocou na poltrona, do lado do hobbie branco dela. – Vamos lá. Sou seu marido. Você pode confiar em mim. – Selena soltou o travesseiro que segurava ao sentir as mãos quentes do marido tocando-lhe o ombro, descoberto pela alça da camisola de seda, confortando-a. – Qual o problema?

Selena: O problema. – Ela repetiu, rindo de leve, sem vontade – Meu problema é que eu estou com inveja. É, inveja é uma boa palavra. – Considerou, sorrindo, sem emoção.

Nicholas: Inveja? – Perguntou, confuso. Não via do que Selena podia ter inveja – Inveja de que? Me diga o que quer, e eu vou te darei. – Confortou, alisando os ombros dela.

Selena: Eu quero um filho, Nicholas. – Disse, libertando o que lhe consumia por dentro – Eu quero poder ter outro filho. Quero ter o filho homem do qual eu sei que você sente falta. Eu quero não ser estéril, Nicholas. – Se condenou, virando-se pro marido.

Nicholas: Não diga isso. – Pediu, acariciando a maçã do rosto dela. Selena fechou os olhos, sentindo a pele inflamar sob o toque dele – Você não é estéril. Rose é a prova viva disso. – Disse, acariciando lhe o rosto

Selena: Justamente. Só Rosalie. Nós transamos quase toda noite, Nicholas. Porque eu não engravido? Tem outra justificativa? – Perguntou, abrindo os olhos.

Nicholas: Eu tenho. – Ele sorriu, tranquilo.

Selena: Qual? – Perguntou, se distraindo.

Nicholas: Eu. – Disse, sorrindo.

Selena: Você o que? – Perguntou, confusa.

Nicholas: Eu tenho uma confissão a fazer. – Disse, se jogando de costas na cama, abrindo os braços. – Algo que eu nunca te disse. – Disse, se fazendo de sério.

Selena: O que seria? – Perguntou, se aproximando, ficando dentre os joelhos dele.

Nicholas: Sou eu. Eu só posso gerar filhos a cada lua cheia. – Com essa até Selena, que estava deprimida, riu – Não ria! – Pediu, mas ria também – Jogaram um feitiço em mim quando eu era bebê, ai é assim. Funciona o tempo todo, - Garantiu, erguendo a sobrancelha pro olhar dela – Mas filhos, só na lua cheia.

Selena: Jura? – Perguntou, ainda rindo.

Nicholas: O único problema é que nunca se sabe em que lua estamos, já que tem sempre uma camada generosa de nuvens em volta dela. O jeito é irmos tentando. – Insinuou, sorrindo.

Selena: Pode parar. – Ela ia sair, só que ele prendeu ela entre os joelhos – Nicholas! – Reclamou, se equilibrando.

Nicholas: O quê? – Perguntou, com o olhar fixado no corpo dela

Selena: Pára! – Ela se tapou com os braços.

Demônios, ele estava fazendo ela esquecer o assunto.

Nicholas: Eu sempre tive uma fantasia, sabia? – Comentou, erguendo o olhar pra ele. O verde dos olhos dele estava escurecido pelo desejo.

Selena: Qual? – Perguntou, provocando, se inclinando sobre o marido, se apoiando nos peitos dele. Nicholas segurou ela pela cintura, acariciando-a por cima da camisola.

Nicholas: Está as minhas ordens? – Perguntou, olhando-a, divertido.

Selena: Não. Estou curiosa. – Admitiu, olhando-o.

Nicholas: Pois então não digo. – Impôs, puxando um travesseiro e colocando debaixo da cabeça, tranqüilo.

Selena: Ora, vamos. – Pediu, sendo guiada pela curiosidade. Nicholas fingiu estar dormindo, ressonando – Estúpido. – Acusou. Ele abriu a boca, fingindo roncar – Que ódio. – Ela rosnou, batendo no peito dele que riu, se encolhendo, ainda de olhos fechados – Tudo bem. ESTOU AS SUAS ORDENS, NICHOLAS JONAS! – Gritou, vencida. Ele abriu os olhos.

Nicholas: A casa toda deve ter ouvido. – Observou, rindo gostosamente.

Selena: Culpa sua! – Resmungou, batendo nele novamente.

Nicholas: Eu quero... – Ele fez mistério. Selena suspirou, impaciente – Antes, uma coisa. – Ele se virou na cama, ainda com ela por cima de si, e ligou os abajures. O quarto dos dois estava completamente iluminado agora. Ele voltou a sua posição inicial. – Eu quero que você tire a roupa pra mim. Assim, com bastante claridade. Dessa vez eu não quero te despir, eu quero que você o faça. – Murmurou perto do ouvido dela, antes de morde-lhe a orelha de leve.

Selena: Tá falando sério? – Perguntou, tirando o cabelo louro de cima do rosto branco-palido, pra encarar ele.

Nicholas: Estou. – Ele negou com a cabeça – Desde o dia da cachoeira, eu fiquei com isso na cabeça. Cada vez que eu via você andando, eu pensava nisso. – Selena fez uma careta – Por favor. – Pediu com uma carinha irresistível.

Selena: Nicholas, eu acho que... – Interrompida.

Nicholas: Amor. – Interrompeu, chamando-a. Selena hesitou – Vai. – Insistiu, soltando a cintura dela.

Selena se ergueu novamente, pensativa. Bom, não havia nada nela que ele não havia visto. Ela respirou fundo, e ele lhe observou. Ela sorriu de canto ao ver a expectativa no olhar do marido. Fez sinal negativo com a cabeça, e pôs-se a desamarrar a parte da frente, do decote da camisola. Nicholas observou cada movimento dela, atentamente. Ela terminou de desamarrar, e olhou ele, que incentivou ela com o olhar. Por fim, ela suspirou e pegou a camisola pelas abas, despindo-a dela, ficando apenas de calcinha na frente dele. O sorriso de Nicholas morreu ao ver a mulher, semi-nua, na sua frente. Selena reparou como isso parecia ser difícil, mas não era, ela se sentia vestida. Ele era sua pele, ela pensou, sorrindo por dentro. Nicholas observou o corpo da mulher por instantes.
Ela era perfeita em seus mínimos detalhes. Os cabelos pretos caiam como uma cascata , sob a pele pálida. A barriga era definida, durinha. As curvas eram generosas, os seios eram fartos. Era linda.

Nicholas: Venha aqui. – Chamou ela de volta, oferecendo-lhe o colo. Selena sorriu, largando a camisola no chão. Ela se sentou em cima do quadril dele, com uma perna de cada lado, já notando sua forte excitação, e o encarou.

Selena: E o que você quer, agora? – Perguntou, acariciando o rosto dele.

Nicholas: Agora eu quero amar você. – Respondeu, beijando a palma da mão dela.

Selena se assustou quando Nicholas, bruscamente, se sentou, puxando-a. Ela só sentiu a mão dele puxando-lhe pelo quadril, consequentemente fazendo-a se pressionar fortemente contra a excitação dele, e ela gemeu com isso. O gemido dela morreu na boca dele, que assaltou a dela em um beijo violento, agressivo. O que os dois fizeram vocês já devem imaginar. Tempos depois, os dois ofegavam, cada um em um lado da cama, rindo, e olhando o dorsal, que estava bem iluminado. Como Selena, geralmente, demorava mais pra se recuperar, Nicholas desligou as luzes, e puxou ela pra debaixo do edredom.

Selena: Sobre a lua cheia. – Começou, após minutos de silêncio aconchegada no peito do marido, que lhe acariciava levemente o cabelo – Você é um grande mentiroso. – Acusou, mas se abraçou mais a ele.

Nicholas: Sim, eu sou. – Assumiu – Pelo menos descontraiu você. Não quero que se preocupe com isso. Ele virá, no momento certo. E se não vier, nós temos a nossa Rose. Ela é tudo que nós precisamos, Annie. – Tranquilizou

Selena: Eu te amo. – Murmurou, se abraçando mais a ele.

Nicholas: Eu sei. – Brincou, e ela riu de leve. Ele beijou a testa dela, e assim dormiram.

Bom. Com lua cheia, ou sem lua cheia, o segundo herdeiro de Selena e Nicholas não veio. Os meses se passaram, e nada. Selena havia resolvido deixar isso de lado, sabia que preocupava o marido, sabia que não adiantaria chorar. Cada vez que ela tocara no assunto, Nicholas brincou com ela, e levou ela pra cama, por fim. Bom, eles iam pra cama de qualquer modo, mas não era bom ficar torturando o amado com isso. Ela e Britt não se davam bem, mas não discutiram mais. Selena acreditava que Britt estava guardando silêncio não por respeito, mas por um tipo estranho de agradecimento por Selena ter lhe ajudado na hora da dor. Como naquela época, as mulheres de respeito tinham nomes compostos (Ex: Selena Marie, Demetria Lovato), as meninas receberam os nomes de Johanna Lindsey, e Victoria Caroline. Victoria era a alegria da vida de Joseph e Demetria. Gregg quase não desgrudava de Johanna. Só uma coisa atrapalhava os Jonas. Algo que Nicholas guardava pra si. Cartas que ele vinha recebendo, sem remetente, com ameaças a ele, Selena e Rosalie. Ele sabia quem era. Ele reconhecia aquela caligrafia porque já havia recebido dezenas de cartas assinadas por ela.
Selena não sabia, mas o marido havia mandado triplicar a segurança na mansão Jonas, desde que a primeira carta chegou. A remetente fez piada disso na carta seguinte. O aniversário do primeiro ano de Rosalie estava se aproximando, e Selena e Nicholas não abriram mão da festa. Ainda faltavam 3 meses pro dia, e os preparativos estavam a mil.

Selena: Eu quero uma grande fachada preta, na parede principal do espaço, com o nome dela em letras prateadas. Nada muito chamativo, mas que fique claro que o foco da festa é ela. – Rosa assentiu e continuou anotando

Era tarde. O tempo estava menos frio que o de costume. Selena estava sentada no colo de Nicholas, num banco que ficava embaixo de uma arvore, no jardim da mansão Jonas. Nicholas abraçava ela com os dois braços pela cintura, e ela dava instruções a Rosa, que anotava tudo atentamente. Rosalie estava em seu carrinho, brincando com sua bonequinha de pano. Era uma menina saudável pros seus 9 meses de vida.

Selena: No bufê, eu quero de tudo. Tudo que houver pra festas de crianças, é claro. Isso eu resolvo depois. As mesas, as toalhas serão duas pra cada mesa, uma rosa por baixo, e uma dourada clara por cima. O enfeite... – Ela pensou um instante – Os enfeites. Seria perfeito um R e um L prateados, enlaçados um no outro, prendendo uma rosa em botão, cor de rosa clarinho. Você sabe onde eu posso encontrar isso?

Rosa: Não faço idéia, senhora. Os aniversários de 1 ano, em geral, não são tão sofisticados quanto o da menina Rosalie será. Mas posso mandar alguém procurar, talvez encontremos. – Observou, pensativa.

Selena: Será difícil de encontrar. É uma pena, ficaria perfeito. – Lamentou.

Nicholas: Desenhe como você quer que fique, e eu mandarei fazer pra você. – Murmurou, divertido com a pele do pescoço dela.

Selena: Sério? – Perguntou, virando o rosto pro marido.

Nicholas: Se me der um beijo. – Impôs, erguendo o rosto pra ela.

Selena: Depois. – Brincou, empurrando o rosto dele, que riu, beijou a mão dela, e voltou-se ao seu pescoço. – Então, eu farei o desenho e mandarei a medida pra fazerem. Encomende as toalhas com um tecido flexível, pra que não fiquem tensas nas mesas, e as toalhas douradas devem ser um pouco menores, pra que seja visível as rosas debaixo... Nicholas! – Repreendeu, se arrepiando com um beijo chupado que recebera no pescoço. Nicholas riu.

Nicholas: O que? – Perguntou, maroto, beijando a marquinha que ficou.

Selena: Pare com isso. – Repreendeu dando um tapinha nas mãos dele que estavam em sua barriga.

Nicholas: Porque? – Questionou, como se isso não fosse obvio.

Selena: Porque si... – Ela fechou os olhos, estremecendo com outro beijo que recebeu – Rosa, pode ir agora. Depois eu lhe dou mais detalhes. – Rosa sorriu e saiu de perto, sumindo em direção a mansão – Qual o seu problema?

Nicholas: Você. – Murmurou no ouvido dela, que sorriu, fechando os olhos, sentindo o hálito quente do marido no seu ouvido – É convidativa demais pra mim. Chega a ser apelativo. – Selena sorriu, apaixonada, pro marido, e o beijou

Selena: Escute, você precisa parar com isso. – Reclamou, dando impulso pra se levantar.

Nicholas: Não! Fique. – Pediu com uma carinha irresistível – Eu paro, se é isso que quer.

Selena: Não é isso que eu quero, você sabe que não. – Ela acariciou o rosto dele, que sorriu – Mas é que não dá pra você me agarrar, me jogar no chão e me ter aqui, na luz do dia. – Explicou, obviamente.

Nicholas: Porque não? – Perguntou, animado com a idéia – Posso te possui aqui, veja, a grama é fofa. – Ele apontou pra a grama verdinha, e Selena riu gostosamente.

Selena: Nicholas! – Gritou, alarmada, quando ele deitou com ela no chão. Ele deixou o peso cair por cima da esposa, rindo, divertido. – Eu também te amo. – Respondeu, beijando-a docemente.

Nicholas segurou o rosto da esposa levemente, e se aprofundou no beijo. Selena via o céu cada vez que sentia a língua do marido invadir seus lábios, apossando-se de sua boca sedentamente, como se ela fosse o ar que ele respirasse. Ela não sabia, mas era como se fosse. Ela, inconscientemente pôs a mão em cima do pulso da mão que ele segurava o rosto dela, e se entregou a ele. O beijo durou até que Rose gritou, avisando que cansara de segurar vela.

Nicholas: Você é a minha vida, Selena. – Murmurou, de olhos fechados, com a testa colada na dela, ainda segurando seu rosto. A mão dela continuava em seu pulso.

Selena observou Nicholas por um instante. Ele era tudo o que ela podia pedir. Naquele instante ela se lembrou do medo que teve na noite que antecedeu o casamento. Medo da noite de núpcias. Medo da vida a dois. Medo daquele rosto que parecia ser a razão pra ela enxergar. Os dois se separaram quando Rosalie jogou a boneca de pano em cima dos dois, alertando-os.

Selena: Bonito, mocinha. – Repreendeu, se sentando, e pegando a filha no carrinho. Ela empurrou o carrinho com uma mão, fazendo-o recuar pra longe dos 3. Rosalie fez um biquinho.

Nicholas: Não briga com ela, Selly – Contestou, vendo o bico da filha.

Selena: Brigo sim. Não pode ficar jogando as coisas nas pessoas, é errado. – Repreendeu, mas deu um beijinho no cabelo louro da filha. A menina ficou encolhida no colo da mãe, envergonhada.


Nicholas: Ela brigou com você, meu amor? - Perguntou, olhando Rosalie. A menina ergueu o rostinho tristonho pro pai, e o encarou com os olhos verdes, intensos. – Brigou? – Ela aumentou o bico. – Mamãe chata, não é? – Sussurrou pra menina, que sorriu do tom de voz do pai.

Selena: Nicholas! – Chamou, se fazendo de indignada.

Nicholas: Vem aqui com o seu pai. – Chamou, se deitando de lado e chamando ela. Rosalie se esticou pra ir pro pai, e Selena deixou.

Selena olhou pra Nicholas quando a menina se esticou, e ele disse a ela, pelo olhar, que era pra deixar. Rosalie se esticou do colo da mãe, e caiu de boca na grama fofa, ficando deitada lá, olhando o pai, esperando que ele a carregasse. Ela usava um macacãozinho rosa claro, estava fofa ali, deitada de barriga. Selena ia carregar a ela, mas Nicholas negou com o rosto.

Nicholas: Vem, meu amor. – Incentivou, esticando a mão pra ela.

Rosalie olhou a mãe, e depois o pai, confusa. Estava esperando alguém carrega-la. Queria ir pro colo de Nicholas. Como ninguém fez nada, ela, inocente, fez impulso com os bracinhos, tentando chamar o pai. Com isso descobriu que podia se mexer. Ela fez novamente, e mais uma vez, e sorriu, engatinhando desajeitada pro pai. O coração de Nicholas se derreteu e se desmanchou em seu peito ao ver aquele bolinho rosa claro e lourinho vir engatinhando até ele. Ela caiu umas duas vezes, mas ele a incentivou, chamando-a com a mãe. Ela riu, animada, quando chegou ao alcance do pai. Ele pegou ela e se deitou de costas, colocando a filha deitada em cima de sua barriga, e encheu ela de beijos. Selena sentia a felicidade pulsar em cada pedaço do seu corpo. Felicidade essa que continuava lhe assustando. Mas ela espantou isso da cabeça e foi pra perto do marido, que acolheu ela no braço, fazendo-a se deitar junto a ele na grama. Daria uma bela pintura, a pintura que descreveria a felicidade, em seus mínimos detalhes.


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Creditos: Samilla Dias

domingo, 29 de junho de 2014

Original Sin - 71 Capitulo

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Os dias foram se passando, calmos e tortuosos, até que se tornaram meses. Não houveram mais brigas entre Selena e Britt, mas isso não impedia de ela trocarem farpas. Diego era o orgulho da vida de Joseph. Rosalie era uma menina saudável, feliz. A felicidade de Selena não podia ser maior. 

Britt: Minha barriga parece que vai explodir. – Se queixou, alisando a barriga, na sala de estar, certa noite. 

Gregg: Logo o motivo pela explosão estará aqui. – Consolou, abraçado a mulher, que sorriu e o beijou. 

Selena sorriu, abraçada a Nicholas. Gostava quando todos estavam em paz. Porém, a paz de Demetria estava demais. Selena sempre gostava de ouvir a tagarelice da irmã, lhe divertia. Mas hoje ela estava quieta. Não se abraçara, nem acariciara Joseph uma única vez. Estava respirando, calma, com o cenho entre - franzido, olhando a barriga. Selena encarou a irmã, esperando por algo. Até que com um suspiro forte, Demetria fechou os olhos. Em seguida olhou pra irmã, e não precisava ser dito mais nada.

Selena: Tire Joseph daqui. – Murmurou no ouvido do marido, antes de dar-lhe um beijo molhado ali. Nicholas sorriu.

Nicholas: Porque? – Perguntou, beijando o ombro dela.

Britt: Ai! – Gemeu, com o rosto franzido, segurando a barriga.

Selena: Não, por favor. – Pediu pra si mesma, olhando a loira.

Gregg: O que foi? – Perguntou imediatamente, preocupado.

Britt: Minha barriga. – Disse, estranhando a dor repentina – Tem algo errado. Está... – Ela perdeu a fala, tentando entender a dor.

Britt e Demetria: AI! – Demetria, sem conseguir mais se controlar, gemeu, fazendo coro com a loira.

Joseph: Demi? – Perguntou, alarmado.

Nicholas: Era isso? – Perguntou, olhando a mulher.

Selena: Era. – Ela respirou fundo – Puta merda, as duas de vez. – Se queixou, se levantando.

Uma coisa era certa. Ninguém dormiria na mansão Jonas, naquela noite. Rosa se apressou a chamar a parteira. Selena ficou meditando, se preparando psicologicamente pra dois partos. Nicholas riu disso.

Nicholas: Amor?

Selena: AAAAAAAAAAAAAAAAAAUUUM. – Respondeu, de olhos fechados.

Nicholas: Selly, aqui. – Ele estralou os dedos na frente dela.

Selena: Eu disse AAAAAAAAAAAAAAUUUM. – Respondeu, de olhos fechados.

Todos já haviam saído da sala, Joseph com Demetria e Gregg com Britt. Nicholas segurou o rosto dela com uma mão e a beijou, pegando-a de surpresa. A única coisa que ela sentiu foram os lábios dele oprimindo os seus, e a língua dele invadindo sua boca. Depois ela correspondeu o beijo, e não havia sensação no mundo que correspondesse. O beijo, como sempre, durou mais do que devia. Quando Selena viu, Nicholas estava puxando ela, aos beijos, pro seu colo. Ela, fêmea que era, enlaçou as pernas na cintura dele, permitindo o contato intimo dos dois. Até que ele, rindo, terminou o beijo.

Selena: O que...? – Perguntou, desapontada.

Nicholas: Tem dois partos a serem feitos, e eles precisam de você. – Ele beijou ela novamente – Boa sorte. – Desejou, com os lábios colados aos dela, sorrindo.

Selena: Vagabundo. – Murmurou, antes de empurrar ele, estapeando seu peito. Nicholas riu e mandou um beijinho pra ele.

Nicholas viu a mulher sair da sala, ajeitando o vestido e o cabelo. Quando chegou no segundo andar, estava complicado. Demetria estava deitada em um lado de uma cama de casal, do quarto de hospedes, e Gregg lutava pra colocar Britt no outro, sem conseguir.

Gregg: Britt, em nome de Deus! – Pediu, atordoado.

Britt: Isso dói! – Se queixou, já chorando, enquanto ele tentava deitar ela.

Selena: Me deixem ajudar. – Pediu, passando a frente dos dois. Selena puxou os travesseiros, fazendo apoio pra coluna de Britt. Gregg deitou a loira, e depois Selena tirou o travesseiro da coluna, deixando Britt só com uns travesseiros de apoio na cabeça e no ombro. Demetria tentava controlar sua respiração, calma, ao lado dela.

Selena: Já escolheram os nomes? – Perguntou, pegando panos brancos, alvos, limpos no armário.

Demetria: Será Victor, se for homem. – Disse, respirando pausadamente.

Britt: Carlie, se for homem. – Respondeu ao mesmo tempo.

Selena: E se for mulher? – Perguntou, distraída.

Joseph: Victória. – Respondeu, beijando a mão da esposa.

Britt: NÃO SERÁ MULHER. – Gritou, irritada, como se Selena tivesse acabado de praguejar o bebê.

Selena ergueu a sobrancelha, e dividiu as toalhas limpas. Estava indo buscar a bacia, pra por a agua fervendo, quando, ao passar ao lado de Gregg, ele murmurou no ouvido dela, sem que Britt percebesse.

Gregg: Será Johanna, se for uma menina. – Disse, sorrindo torto. Selena riu e seguiu em frente. Ainda havia muito trabalho a ser feito.

As horas foram se passando. Nicholas catou Rosalie, e ficou brincando com a filha. A parteira chegou, e despachou Gregg e Joseph do quarto. Demetria tinha a respiração controlada, respirava ritmadamente, já havia passado por aquilo, gritar e espernear não ajudava em nada.

Demetria: Obrigado. – Agradeceu quando Selena prendeu seus cabelos num nó apertado.

Selena: Disponha. – Brincou com a irmã, que riu de leve. Então se virou pra Britt – Posso? – Perguntou, cautelosa.

A loira hesitou, mas assentiu. Os cabelos haviam começado a lhe grudar na nuca, e isso estava lhe dando agonia. Selena pegou os fios sedosos, soltos, e os prendeu gentilmente. Britt agradeceu, tímida, antes de gemer novamente. 

Nicholas: Tó o bilu. – Ofereceu a Rosalie, que sorria. – Toma, meu amor. – Rosalie foi pra pegar a bonequinha, e ele tirou do caminho. A menina resmungou, batendo as mãos – Agora não quero mais te dar. – Brincou, com a boneca fora do alcance da lourinha, que fez um bico engraçado. – Você quer? – Rosalie estendeu a mãozinha, ansiosa, e Nicholas entregou a boneca, a qual a menina abraçou – Pronto, minha princesa. – Disse, beijando a testa da filha, que riu. 

Foi então que Nicholas ergueu o rosto. Gregg e Joseph olhavam ele com a cara fechada, sinal de irritação, raiva e incrédulos. Nicholas parou de sorrir e ficou quieto, em sinal de que pedia desculpas. O tempo foi passando. Nicholas brincava com Rosalie em silêncio, até que a madrugada e o frio fizeram a menina ficar sonolenta. Nicholas tirou-lhe a boneca, cobriu ela com uma mantinha que tinha trazido, e a ninou. Rosalie se aconchegou no peito do pai, segurando o colete dele com a mãozinha, e adormeceu. Joseph e Gregg estavam indóceis. Gregg principalmente. Lá em cima, a parteira fazia seu trabalho. Pra Demetria estava sendo mais fácil, já era seu segundo parto, ela já sabia como eram as dores, e qual o melhor modo de fazer força. Britt já estava coroando, e não conseguia fazer o bebê nascer.

Selena: Não há nada que se possa fazer por ela? – Murmurou pra Rosa, vendo Britt chorar, puxando fôlego pra fazer força novamente. Demetria gemia as vezes, gritava, mas estava conseguindo. 

Trabalho de parto era complicado naquela época. Não havia anestesia, nem conhecimento sobre isso. As mulheres tinham que se deitar, fazer força, e rezar pra que acabasse logo. Demetria e Britt haviam trocado de roupa, ficando com camisolas brancas, de algodão. Rosa explicou a Selena que estava sendo difícil pra Britt, porque ela não tinha passagem pro bebê, e não estava aplicando a força do modo certo. Foi ai que Selena teve uma idéia. 

Selena: Er. Britt? – Perguntou, se abaixando ao lado da loira.

Britt: O-oi? – Respondeu, com a voz entrecortada de choro e dor, sem se dar ao trabalho de ser antipática com Selena. 

Selena: Eu posso te ajudar em alguma coisa? – Perguntou, sem jeito. Britt negou com a cabeça, e mais duas grossas lagrimas desceram de seus olhos.

Britt: Tá doendo muito. – Gemeu, soluçando de dor.

Selena: Eu... – Ela hesitou, talvez não fosse uma boa idéia – Eu tenho uma idéia. Pode ajudar.

Britt: Por favor. – Foi o único que conseguiu pedir, fazendo força de novo.

Nessa hora, o bebê de Demetria nasceu. A Loira se relaxou na cama, chorando, soada, e principalmente cansada. Selena não viu qual era o sexo, Britt ainda estava agonizando. Joseph e Gregg se abraçaram lá embaixo, sem saber qual dos dois era o pai. Selena se levantou, pensando no que ia fazer. Se ajoelho na cama, a frente de Britt, e, pondo as mãos no topo de sua barriga, fez força pra baixo, como que se empurrando o bebê. A dor da loira foi lancinante, e ela gritou. Sob a dor, ela sentiu o bebê deslizar dentro de si. Selena tirou as mãos rapidamente, e olhou ela, como se pedisse desculpas.

Gregg: Pelo amor de Deus. – Murmurou, atordoado pelos gritos da esposa, passando as mãos no cabelo.

Joseph: Então foi o meu, ou a minha. – Concluiu. Já que Britt ainda gritava, Demetria já havia terminado. – NASCEU! – Gritou, se jogando no irmão.

Nicholas: Com menos barulho, se der. – Rosnou, ninando Rosalie.

Voltando ao segundo andar, a parteira cuidava do bebê de Demetria, enquanto Selena se debatia sobre como ajudar Britt.

Britt: Não. – Ela engasgou, soluçando em seu choro. Demetria agora olhava as duas, com uma expressão cansada e fraca, mas atordoada por não poder ajudar. – Está funcionando. – Concluiu, respirando fundo.

Selena: No três, então. – Disse, e a loira assentiu, se preparando. – Um. – Disse, pondo as mãos na barriga dela novamente. 

Britt: Dois. – Murmurou, e mais lágrimas caíram.

Selena e Britt: Três. – Disseram juntas, e agiram.

Selena puxou a barriga dela pra baixo novamente, dessa vez por mais tempo. A loira grunhiu, com a sensação de que estava sendo rasgada em dois, mas ignorou a dor, e pôs força pra baixo. Seu filho precisava nascer. 
A parteira olhou as duas, sondando se estavam fazendo algo errado, mas não viu nada que comprometesse. Não podia ajudar agora, o bebê de Demetria precisava de cuidados imediatos, e o trabalho ali só cabia a Britt. 

Selena: Quase. – Tranqüilizou, quando as duas cessaram. Britt assentiu. Sentia que estava pra acabar. – Vamos? – Perguntou, cautelosa. A loira suspirou. Estava pálida, tremia, já não agüentava a dor.

E elas foram novamente. Uma vez. Duas. Três. Quatro. E nada. Britt começou a acreditar que já não daria certo, que ela morreria. Era uma pena. Gregg merecia esse filho. Até que a dor piorou drasticamente, mesmo ela achando impossível.

Selena: Força! – Pediu, em voz alta.

Britt: Meu Deus. – Gemeu, já não suportando. Se fosse morrer, queria morrer logo, e acabar com esse tormento.

Então havia acabado. Selena amparou a criança nos braços e Britt caiu em um choro convulsivo, de alivio pela dor ter passado, pela felicidade de finalmente ser mãe. A parteira cortou o cordão umbilical, e tratou da placenta de Britt. A pequena Johanna gritou para o mundo, esperneou, saudável, pra vida. Gregg quase desfaleceu no andar debaixo. Agora tinha acabado. Ele era pai. 

Selena: Senhores pais e responsáveis. – Brincou, descendo as escadas, com duas trouxinhas rosas nas mãos.

Os olhos de Nicholas brilharam ao ver a mulher ali. Era a imagem da beleza feminina dominante. Porém, não houve muito tempo pra ele admirar, pois os irmãos logo avançaram pra esposa.

Joseph: Victoria. – Murmurou, com os olhos brilhando.

Gregg: Johanna. – Murmurou, no mesmo tom. 

Selena entregou as filhas aos respectivos pais. Não era difícil. Johanna tinha os cabelinhos finos, da cor de bronze. Podia se adivinhar a cor que seus olhos teriam, quando ela os abrisse. Já Victória tinha os cabelos castanhos, da cor dos de Joseph. Selena foi até o marido, e verificou a filha, que dormia calmamente. Nicholas reparou que ela estava excessivamente quieta.

Nicholas: Aconteceu alguma coisa? – Perguntou, acariciando o rosto dela.

Selena: Nada. – Ela suspirou – Eu... eu vou ajudar elas. Ainda precisam de mim. – Ela segurou o rosto dele e o beijou docemente, saindo dali em seguida. Nicholas observou ela tomar as bebês de volta, e voltar ao segundo andar.

Britt: Uma menina? – Perguntou, chocada, quando Rosa lhe confirmou.

Demetria: Sim. Duas meninas. – Disse, sorrindo. As duas já haviam tomado banho, e estavam esperando Selena voltar.
Britt: Mas. – Ela não encontrou palavras. Nem havia considerado a possibilidade de ter uma menina.

Nessa hora Selena entrou no quarto. Ela foi até a parteira, que pegou a primeira bebê e passou algo em seu nariz, provavelmente pra desobstruir. Era Victoria, que logo foi pros braços da mãe. Logo em seguida repetiu o procedimento com Johanna, entregando-a a Britt em seguida. Ela se surpreendeu. Esperava sentir asco, nojo, raiva da menina. Mas seu coração se encheu de felicidade ao segura-la. Aquele bebê era dela. Somente dela, e de Gregg. Era um alguém que nunca poderia deixa-la, abandona-la ou traí-la. Era sua filha. E nesse momento ela descobriu com o amor de mãe pelo filho podia ser forte, intenso. Britt fez uma careta. Não sabia como fazer aquilo. Tirou um seio da camisola leve, e deu a filha, que levemente pôs-se a mamar. Ela sorriu, terna, acariciando o cabelo da filha.

Britt: Selena? – Chamou, erguendo o rosto.

Selena: Oi? – Se virou, secando a mão.

Britt: Obrigada. Eu... eu não teria conseguido, sem a sua ajuda. – Agradeceu, tímida.

Selena: Disponha. – Sorriu, sem jeito. Britt voltou sua atenção a Johanna, e Selena se afogou novamente em seus pensamentos.





Comentem Gattonas


Creditos: Samilla Dias


sábado, 28 de junho de 2014

Original Sin - 70 Capitulo

| | Um comentário:






Henry apareceu na manhã seguinte, na mansão Jonas. Nicholas já havia saído. Henry avisou que estava voltando pra Europa, já que o período de férias que havia tirado estava por acabar.

Selena: Mas você só ficou 2 meses. – Se queixou, fazendo bico.

Henry: Para de reclamar, matraca. – Selena arregalou os olhos, e riu depois. Aquele era o seu irmão.

Demetria: Nos prometa que voltará. – Pediu, sorrindo de canto. Sentiria saudade de Henry.

Henry: Voltarei assim que puder. – Prometeu

Selena: O seu “assim que puder” é muito vago. – Assobiou, batendo pezinho no chão.

Henry: Cala a boca, mulher. – Ergueu a sobrancelha pra ela, que riu – E você. – Se virou pra Demetria, que arregalou os olhos – Você não é um coelho. – Lembrou, obviamente. Selena se estourou de rir. Demetria fez uma careta – Então, vamos calculando a quantidade de filhos, sim? – Disse, prendendo o riso.

Demetria: Pois vá logo, DAVID HENRY. – Reclamou, empurrando o irmão porta a fora. Não era preciso dizer que sentiria saudade.

Selena levou Henry até a carruagem, já que não fazia bem a Demetria descer a escadaria da mansão. A morena ficou em casa, fora olhar Diego.

Selena: Não demore a voltar. – Pediu, manhosa agora. Ter Henry longe era uma coisa que não lhe agradava.

Henry: Prometa que não vai morrer enquanto eu não estiver aqui. – Pediu, sorrindo pra ela.

Selena: Prometo. Eu espero você voltar. – Disse, metaforicamente. Henry riu e abraçou a irmã.

O abraço dos dois durou minutos. Por fim, Henry deu um beijinho na testa dela e partiu. Selena ficou olhando o caminho por onde ele fora, pensando em quando veria o irmão novamente. Se preocupava com ele, sozinho em outro continente, principalmente agora, sem a mulher. Estava pensando nisso quando viu alguém passar pelo jardim a sua frente, dando instruções a um empregado.

Selena: Gregg! – Chamou, sorrindo, enquanto se aproximava rapidamente. Gregg sorriu e dispensou o empregado, que obedeceu, e virou-se pra ela.

Gregg: Selly. – Respondeu, sorrindo abertamente.

Gregg ali, parado naquele jardim, sorrindo pra ela, parecia miragem. Por um instante ela esqueceu o que estava indo fazer, mas depois, com um tapa na testa, recuperou seu rumo. Ficara afastada de Gregg tempo demais, então, os reflexos com a beleza dele voltaram a afeta-la. Os dois começaram a caminhar, na direção contrária da mansão.

Selena: Gregg, me perdoe. – Desabafou, olhando-o.

Gregg: Por...? – Perguntou, surpreso.

Selena: Por Britt. Eu me descontrolei. Eu... – Ela respirou fundo – Me perdoe. Eu deveria ter saído de perto, ou então me controlado, mas eu... – Interrompida

Gregg: Ei, calma. – Ele tapou a boca dela com um dedo – Ela mereceu. – Disse, sorrindo torto. Selena se perguntou quem mereceu o que.

Selena: Quem? – Perguntou, aérea – Ah, sim. Claro que não! Não por ela, eu não me importo, mas pelo bebê de vocês dois. Eu não tinha o direito de agredir ela, sendo que ela está grávida de você.

Gregg: Eu ouvi tudo o que ela disse. Britt é uma mulher magnífica, incrível, mas tende a ser venenosa, quando quer. Não quero que tome a impressão errada dela, ela só tem ciúmes. Vamos esquecer esse assunto, estamos todos bem. Aliás, todos não. – Selena olhou ele – A propósito, na sua euforia, você me desceu a mão ontem. E doeu. – Avisou, puxando a gola da camisa e mostrando o pescoço vermelho. Gregg estava sem o terno, só com o colete e a camisa. Selena riu.

Selena: Pobre de você. – Comentou, rindo.

Gregg: Eu podia ter distendido o pescoço. – Acusou, franzindo o cenho.

Selena estava receosa, pensando que Gregg não ia querer mais proximidade com ela, por ela ter agredido Britt. Mas lá estava ele, com suas piadinhas novamente. Enquanto pensava nisso, ela viu uma rajada de vento vindo em sua direção, levantando as dezenas de folhas no chão. Ela sorriu e abriu os braços, fechando os olhos, bem quando o vento a alcançou. Era outono em Seattle, e haviam folhas por todos os cantos, folhas essas que dançaram em volta de Selena, suas cores de fundindo com o bege do vestido dela. "Parecia um anjo", pensou alguém, que não era Gregg. Alguém que os observava cautelosamente da mansão. Alguém de olhos da cor de limo, verdes, intensos.

Gregg: Sinto te desapontar, mas você não vai conseguir agarrar o vento. - Desiludiu, balançando a cabeça negativamente. Selena abriu os olhos assim que a rajada de vento cessou.

Selena: Do mesmo jeito que uma lesma, tal como você, não vai conseguir me alcançar. - Desafiou, dando um tapa no cabelo de Gregg, que ficou todo arrepiado, e saiu correndo. Ela correu por tempos, rindo, e não ouviu passos atrás de si. Mas, em um piscar de olhos, Gregg estava bem em sua frente, sorrindo, despreocupado.

Nicholas viu Selena correr, rindo. Gregg observou a morena, e depois disparou em direção a ela. Nicholas revirou os olhos, era típico de Gregg, se mostrar. Ele viu Selena frear, e virar pra outra direção, mas Gregg agarrou ela pelo abdome, ergueu-a do chão e girou com ela no ar, enquanto outra rajada de vento levantava as folhar. Selena ria como uma criança, deliciada com seu brinquedo. Nicholas sorriu. Amava aquilo na mulher.


Britt: Como você consegue? - Murmurou, atordoada, e então ele percebeu que ela estava ali. A loira gemeu, nauseada, e avançou em direção a Selena e Gregg. Mas um pulso forte a segurou, mantendo-a no lugar.

Nicholas: Confie. - Foi o unico que disse, encarando ela. Então ele olhou a mulher brincar com o irmão uma ultima vez, e virou-se, entrando em casa, despreocupado. Britt olhou a cena por mais instantes, viu Selena pegar um bolo de folhas no ar e jogar contra Gregg, que se esquivou, rindo. Resolveu sair dali, antes que acontecesse outro problema.


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Original Sin - 69 Capitulo

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O dia passou normal. Até o fim da tarde. Selena estava na sala de estar, conversando com Demetria, quando Britt chegou. Começou a alfinetar a morena, e as duas começaram a bater boca.

Britt: Ah, sim, seu marido te trai, e você vai pra cima do meu? – Perguntou, irritada.

Selena: Não é culpa minha. Você deixou ele atoa. Ele é homem. Tem suas vontades. – Provocou, sorrindo.

Demetria: Parem com isso. – Pediu, prevendo o que estava prestes a acontecer.

Selena: Ora, vamos, Britt. Gregg e eu terminamos há tempos. Eu amo meu marido. Esqueça isso. Leve... como se diz? – Ela pensou um pouco – Ah, sim. Leve na esportiva. – Sorriu.

Britt: Na esportiva. – Repetiu – Diga-me, Selena. E se a outra voltar? E se Nicholas se decidir apaixonado por ela de novo? E se ele largar você novamente, como já fez?

Nicholas estava entrando em casa, quando ouviu a pergunta de Britt. Ele parou no corredor, pra ouvir o que Selena responderia. Joseph parou também, e Gregg os seguiu.

Selena: Ele não o fará. – Garantiu, e já não sorria.

Britt: Quem te garante? E se ele mudar de idéia, Selena? Você virá pra Gregg novamente? – Perguntou, e era clara a ameaça por trás da pergunta.

Selena: ELE ME AMA! – Gritou, se levantando, exaltada. Britt já estava de pé.

Britt: Como você sabe? – Perguntou, irônica.

Selena: Eu sinto. Cada vez que ele me olha, cada vez que me toca. Ele me ama. – Nicholas sorriu de canto, olhando o chão, no corredor. Joseph sorriu, satisfeito. Gregg cutucou Nicholas com um pedacinho de madeira que tinha na mão, rindo baixo.

Britt: Ah, claro, você sente. Você sentia também, quando ele te deixou pra ficar com a prostituta? – Perguntou, fingindo-se de curiosa.

Demetria: Gente, por favor. – Pediu, nauseada. Joseph, ao perceber que a esposa estava no meio do bafafá, avançou pra tira-la de lá. Mas Nicholas não deixou.

Selena: Agora escute aqui, Britt. Ainda não calei a sua boca em respeito a Gregg, pelo filho dele que você carrega. – Gregg sorriu torto – Mas eu não vou admitir que você se meta no meu casamento. Eu amo meu marido. Ele me ama com a mesma intensidade. Se eu perdoei ele, você não é ninguém pra julga-lo. – Defendeu Nicholas, irritada.

Britt: Quem trai uma vez, trai sempre. – Afirmou, segura. Nicholas balançou a cabeça negativamente. Não queria que a semente da duvida ficasse plantada na cabeça da amada.

Selena: É por isso que você se preocupa com Gregg? – Selena riu, malévola – Não se meta mais na minha vida. Eu não tenho duvidas do amor que o meu marido sente por mim. – Gregg cutucou Nicholas de novo, rindo, pra tirar a concentração do irmão. Joseph riu também – Nós somos felizes. Eu, ele e a nossa filha. Você cuide do seu filho, e do seu marido, e me deixe em paz. – Finalizou.

Britt: A filha. – Debochou, rindo. Um rosnado baixo saiu da garganta de Selena. Demetria se levantou, alarmada. O rosto da irmã estava possesso de ódio – Você fala dessa menina com tanto orgulho, eu não compreendo.

Selena: Se eu tenho algum orgulho, é de ser mãe dela. – Rosnou, olhando a loira.

Britt: Em nome de Deus, Selena. Você tem é vergonha da menina, por ela ter nascido mulher. Diz que se orgulha, pra não assumir a realidade de que não foi capaz de dar um filho homem ao seu marido. – Ela revirou os olhos.

Rosalie. Era só o que Selena estava esperando. A próxima coisa que Joseph, Nicholas e Gregg ouviram foi o baque de algo caindo no chão, e o grito assustado de Demetria. Selena havia descido a mão na cara de Britt. A loira não deixou por baixo, partiu pra cima da loura. Em um segundo, Nicholas, Joseph e Gregg estavam lá. Joseph tirou a esposa gentilmente do caminho, e os três tentaram separar a briga. Não foi fácil. Gregg levou uma bela bolacha pelo pescoço, ao tentar puxar Britt. Por fim, Gregg puxou Britt com tudo pelo braço e Nicholas agarrou Selena pela cintura, erguendo-a do chão, e tirou ela da linha de alcance de Britt. Gregg prendeu Britt do outro lado da sala.

Joseph: AGORA PAREM, VOCÊS DUAS! – Rugiu, exaltado. Demetria estava da cor de papel. 

Selena: VOCÊ NUNCA MAIS SE OUSE A FALAR DESSE JEITO DA MINHA FILHA, OU EU JURO POR DEUS, NOSSO SENHOR, QUE EU CORTO A SUA LINGUA! – Gritou, tentando se soltar do aperto de Nicholas.

Britt: A VERDADE DÓI, NÃO É? – Rebateu, se debatendo contra o marido 

Nicholas: Selena, acabou. – Pediu, puxando o rosto dela pra si. A morena ofegava, e estava da cor de sangue.

Por fim, Selena tinha a boca partida. Britt tinha o nariz sangrando, o rosto inchado pelo primeiro tapa e três arranhões no pescoço, vermelho vivo. Nicholas levou Selena dali, e Gregg levou Britt. Joseph ficou acalmando Demetria. Pela primeira vez em tempos, os Jonas não jantaram juntos. Selena tomou banho em silêncio, se vestiu, depois foi ficar com a filha, que estava assustada pela gritaria que ouviu. Nicholas as observou por tempos, mas Selena não o encarou, continuou amamentando e acariciando a filha. Por fim, ele foi tomar banho. Rosalie dormiu. Selena ninou ela por mais um tempo, mas por fim colocou a filha no berço, não fazia bem deixar a menina dormir no colo. Quando entrou no banheiro Nicholas estava terminando de se vestir. Ela foi até o lavatório, abriu a agua, e estava lavando as mãos que sujou amamentando a filha quando a voz dele lhe alcançou.

Nicholas: Você está bem? – Perguntou, encostado na parede atrás dela, observando-a. Selena assentiu, enxaguando as mãos. – Selly, nós precisamos conversar.

Selena: Vai me repreender? – Perguntou, séria e tranquila, erguendo o olhar pra ele pelo espelho, enquanto apanhava a toalha pra secar as mãos.

Nicholas: Não, não vou. – Negou, olhando-a – Eu tive orgulho de você, hoje. – Ele viu a surpresa no olhar da mulher – Sim, eu tive. Eu ouvi tudo. Cada provocação dela. Eu ouvi as suas respostas. – Selena se virou pra ele, encarando-o – Eu ouvi quando ela falou sobre Rosalie. – Selena continuou olhando-o – Você é tempestiva. Era de se esperar. – Ele sorriu de canto – Saiba que eu não posso ter mais orgulho do que eu tenho pela minha filha. Não importa que ela seja mulher. Isso é melhor, é a minha menina. Eu amo ela do jeito que ela é. – Selena sorriu

Selena: E então...?

Nicholas: Eu quero falar sobre... – Ele procurou as palavras – Eu ouvi o que ela te disse sobre Samatha. – O sorriso de Selena morreu, trazendo de volta a expressão séria.

Selena: Olha, eu não quero falar disso, tudo bem? Eu acho que... – Interrompida por ele, que largou a toalha que tinha na mão em um canto e se aproximou dela.

Nicholas: Selly, eu não quero que você tenha duvidas do amor que eu sinto por você. – Disse, após pegar o rosto dela entre as duas mãos, fazendo-a encara-la – Samatha foi o maior erro que eu já cometi, o pior deles. Mas eu não tenho mais nenhum sentimento bom por ela. Eu amo você. Eu amo a nossa filha. Eu amo a família que eu e você construímos juntos. Eu não quero que por causa do que Britt lhe disse, você fique apreensiva, confusa, ou receosa. Se eu tenho alguma verdade na vida, é de que eu amo você. – Disse, olhando-a atentamente.

Selena: Eu sinto, aqui dentro, - Ela pegou a mão dele e pôs sobre seu seio, fazendo-o sentir o batimento ritmado do coração dela – A verdade, quando você diz que me ama. Não tenho duvidas em relação a isso. – Tranquilizou ele, sorrindo de canto.

Selena encarou o marido por um instante, sentindo o amor que sentia por ele correr em suas veias, como fogo. Ele segurou a nuca dela e a beijou apaixonadamente, e possessivamente, como sempre. Os beijo durou mais do que devia. Selena enlaçou os braços no pescoço dele, que puxou ela pela cintura, moldando o corpo dela ao seu. Os dois se acariciaram e se beijaram até que o ar falou. 

Selena: Estúpido. – Murmurou, recuperando a respiração.

Nicholas: Idiota. – Respondeu, no mesmo tom.

Selena: Venha, vamos dormir. – Chamou, levando-o a mão. Ele abraçou ela pelas costas, e deu um beijinho.

Nicholas: Vamos pra cama. – Corrigiu – Eu ainda quero fazer amor com você, antes de dormir. – Murmurou no ouvido dela, que se arrepiou, e riu em seguida.

Selena: Sim, vamos. – Respondeu, sorrindo, e deixando ele guia-la. Não havia o que temer.

Entretanto, a conversa não estava sendo tão calma entre outro casal, em outro cômodo da casa. 

Gregg: VOCÊ NÃO TINHA O DIREITO! – Rugiu, irritado.

Britt: ELA PROVOCOU! – Rebateu.

Gregg: Eu ouvi tudo, Britt. Desde a Samatha, até Rosalie. – Britt empalideceu – Você a provocou. 

Britt: E daí? Depois de tudo, eu ainda sou errada?

Gregg: Britt, você tem noção de que você poderia estar machucada agora? Tem noção de que o nosso filho poderia estar machucado? – Perguntou, sério, encarando ela.

Britt: Eu me descontrolei, Gregg, por Deus. – Murmurou, cansada.

Gregg: Se Selena não tivesse nos poupado, Deus sabe o que poderia ter acontecido. – Rosnou baixo, tentando se acalmar.

Britt odiava estar tão frágil no momento. Queria gritar com Gregg, dizer que queria que Selena fosse pro diabo que a carregasse, mas não conseguiu. Seus olhos se encheram de agua antes que ela pudesse controlar.

Gregg: Você... está chorando? – Perguntou, atordoado. Cada lagrima que Britt derramava era como uma gota de fogo caindo sob seus olhos. 

Britt: Não. – Fungou, com o rosto na direção oposta a dele, lutando loucamente contra as lágrimas, sem conseguir. Não queria parecer tão frágil, mas estava impossível.

Gregg: Britt. – Ele murmurou, sentando-se ao lado dela – Eu não quis ser grosso. Entenda o meu lado. Pensar que você e o nosso filho poderiam estar com problemas agora, por um motivo tão besta, me descontrola.

Britt: Eu tenho medo, Gregg. – Assumiu, desistindo de controlar as lágrimas, e encarando o marido – Eu, eu tenho medo de que ela dê em cima de você de novo. Que fiquem juntos. Que você se apaixone por ela. – Ela soluçou – Tenho medo que você nos abandone, Gregg. 

Gregg respirou fundo. Entendia os medos da mulher. Ele pensou um pouco, buscando as palavras certas, e começou.

Gregg: Britt, eu não vou deixar você, nunca. Nem você, nem ao nosso filho. Eu amo você mais que a minha vida. – Duas lágrimas grossas caíram dos olhos de Britt – Ei, não chore. O que eu tive com ela não tem a importância que você dá. Foi algo que aconteceu, e acabou. Eu nunca vou ter olhos pra ela como tenho pra você, do mesmo modo que ela nunca vai olhar pra mim como olha pra Nicholas. Ela ama ele. E eu te amo.

Britt se atirou no pescoço do marido, chorando, e não sabia porque chorava. Só sabia que as lágrimas caiam constantemente, e isso já estava irritando-a. 

Gregg: Britt, me prometa que não vai mais procurar briga com Selena. – Pediu, separando-se do abraço dela, tempos depois – Ela só partiu pra agressão porque você ofendeu, menosprezou Rosalie, que é o que ela mais ama. Me prometa que vai tentar se manter longe dela, se é o necessário. Mas, por favor, não crie outra cena como essa. – Pediu, encarando-a.

Britt: Eu prometo. – Disse, com a voz tremula – Ah, Gregg. – Ela soluçou, antes de abraça-lo novamente. E esse seria um assunto encerrado. Por enquanto.



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Creditos: Samilla Dias

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Original Sin - 68 Capitulo

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Selena: Ora, vamos! – Pediu, empurrando o marido pelo corredor.

Nicholas: Porque eu tenho que pedir desculpas pra ela? – Perguntou, incrédulo, sendo empurrado pela mulher.

Selena: Porque foi você que fez mal pra ela. Você deve isso a ela. – Rebateu, parando na frente do quarto de Suri. – Confio em você. – Ela selou os lábios com os dele levemente, e ele, embriagado pelo perfume da esposa, esqueceu do que estava se queixando.

Nicholas: Selly, não! – Chamou, mas era tarde.

Selena: Suri? – Perguntou, pondo o rosto no quarto da menina, após abrir a porta.

Suri: Oi? – Sorriu, se aproximando.

Selena: Nicholas quer falar com você. – Ela viu a surpresa no rostinho da menina ao ouvir isso, e se virou pro marido – Eu confio em você. – Ressaltou, empurrando ele pra dentro do quarto.

Selena fechou a porta e riu de leve, da cara de pânico que Nicholas fez ao ser empurrado pra dentro do quarto da menina. Ela se encostou na porta e esperou, ansiosa e contente. Os minutos passaram, e começou a ficar tedioso se manter de pé, sozinha, de cara com a parede no corredor. Foi quando Nicholas abriu a porta.

Nicholas: Ok, não deu certo. – Disse, selando os lábios com os dela e ia se afastando.

Selena: EI! – Ela segurou ele pelo braço, impedindo-o de partir. Ele suspirou, exasperado. – Porque não?

Suri: Ele me faz de cachorro durante esse tempo todo, depois diz que se arrependeu, se explica, pede desculpas e eu tenho que aceitar? – Perguntou, com uma carinha engraçada, de braços cruzados, parando na porta.

Nicholas: Como você consegue ser tão irritante? – Perguntou, incrédulo, olhando a irmã.

Suri: Acho que tá no sangue. – Rebateu, erguendo o rosto pra ele.


Selena: Epa, vocês dois. – Apartou – Suri, aceite as desculpas dele. – Pediu, olhando a menina.

Suri: Porque? – Perguntou, exasperada.

Selena: Porque ele é seu irmão. É isso que os irmãos fazem. Perdoam. – Explicou, ainda segurando o braço do marido.

Suri fez uma careta depois avaliou Nicholas com a sobrancelha erguida. Nicholas ergueu a sobrancelha pra ela também. Se Selena não achasse aquilo importante, seria engraçado. Por fim, a menina suspirou.

Suri: Tudo bem, está desculpado. – Ela ergueu a mão pra Nicholas

Nicholas: Ótimo. – Ele apertou a mão da menina, num sinal de paz.

Suri: Não se aperta a mão de uma mulher. – Repreendeu, pondo a mãozinha na cintura. Dessa vez Selena riu.

Nicholas: Que?

Selena: B... – Ela riu de novo – Beije a mão dela. – Instruiu, em voz baixa ao marido, que fez uma careta.

Suri estendeu a mão novamente, e Nicholas revirou os olhos. Ele se abaixou, segurou-a, e deu um beijinho de leve nas costas da mão da menina.

Suri: Melhorou. – Assentiu, se dando por satisfeita, com uma carinha fofa. Nicholas continuou olhando a menina. – Agora, com a licença de vocês dois, eu ainda não terminei de me arrumar. – Disse e saiu, fechando a porta do quarto, deixando N&S parados no corredor.

Nicholas: Você me sai com cada uma. – Resmungou, retomando seu caminho.

Selena: Eu amo você também. – Disse, rindo e se abraçando a cintura do marido, seguindo-o. Nicholas balançou a cabeça negativamente e depois sorriu, abraçando-a pelo ombro e beijando-lhe o cabelo.



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Creditos: Samilla Dias

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Original Sin - 67 Capitulo

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Selena e Nicholas estavam dormindo de madrugada, quando o barulho de algo batendo no chão com força ecoou pelo andar de baixo. Os dois acordaram, de sobressalto. Britt e Gregg, que dormiam de conchinha, também. Demetria e Joseph, que dormiam tranquilamente, idem. Suri, Théo e Diego também. Só Rosalie que nem se abalou, em seu sono calmo.

Selena: O que foi isso? – Perguntou, sonolenta.

Nicholas: Eu não sei. – Respondeu, rouco de sono, se sentando. Selena viu ele pegar o relógio no criado-mudo da cama, e olhar as horas. Ia dar 4 da manhã. – Como tudo aqui quem tem que resolver sou eu, vou logo olhar o que foi. – Resmungou, esfregando o rosto.

Selena: Eu não quero ficar sozinha! – Disse, segurando o braço do marido, se sentando na cama, cobrindo o busto com o lençol. Nicholas olhou ela e viu os dois olhos azuis da mulher assustados.

Nicholas: Venha comigo, então. – Chamou, sorrindo de canto. Ele se aproximou e segurou o rosto dela de leve e a beijou carinhosamente. Ela sorriu com isso.

Selena: Eu gostava dessa. – Reclamou, pegando o frangalho de sua camisola nos pés da cama. Estava inutilizada – Sabe, tirar sem rasgar não faz tão mal. – Disse, erguendo a sobrancelha pra ele. Nicholas riu gostosamente.

Nicholas: Rasgar é mais rápido, - Ele deu um selinho nela – Mais fácil, - Deu outro selinho – E mais divertido. – Concluiu, malicioso. Selena deu um tapa nele – Já me acostumei. – Debochou, tranquilo, enquanto vestia a calça.

Selena: Vou começar a rasgar suas roupas também, pra você ver como é divertido. – Ameaçou, e viu ele parar, analisando o que ela tinha dito. Nicholas se virou pra ela, erguendo a sobrancelha e sorrindo. Selena fez uma careta. – Esquece. – Ele riu e se levantou.

Nicholas vestiu sua camisa, e o roupão. Ele deu uma camisola nova, do guarda-roupas a Selena, que vestiu. Ela se levantou, vestiu o hobbie, e terminou de soltar o cabelo, que anteriormente tinha prendido, mas agora estava quase solto. Ela foi até o berço da filha, verificou a menina, depois deu a mão a Nicholas, seguindo-o. Encontraram os outros casais da casa no mesmo estado, no corredor, e assim todos seguiram pra ver o que era. Quando chegaram ao andar de baixo, ouviram o alvoroço vindo da cozinha. Com Nicholas abrindo o cortejo, foram ver o que era.

Joseph: Vamos lá, o que houve dessa vez? – Perguntou, olhando o estrago que ali estava.

Um armário tinha se desintegrado completamente. Haviam centenas de cacos de vidro no chão. O que era estranho, nunca nada havia quebrado na mansão Jonas. Os donos trocavam as peças assim que elas começavam a ranger, ou perder a beleza, para evitar maiores problemas.


Rosa: Eu não sei, senhor. Este armário não tinha um dano. – Explicou, e parecia confusa olhando a bagunça no chão. A empregada estava enrolada em um roupão, assim como todo mundo.

Gregg: Estranho. – Comentou, olhando a peça.

Nicholas se aproximou, após soltar a mão da esposa, pra olhar a peça quebrada. Ele passou pelos cacos de vidro, e ergueu uma taboa do armário caído no chão. Estava em perfeito estado. Ele procurou a parte quebrada, que fez a peça ruir, mas não encontrou. Tinha ciência dos irmãos e da mulher o observando, mas se havia quebrado, tinha que haver algum dano. Mas não havia. Nicholas olhou em um canto, perto dos vidros. Havia uma porção de parafusos, empilhados ali, em perfeito estado, como se alguém tivesse desparafusado a peça. Ao pensar nisso, algo veio a sua cabeça.
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FLASHBACK DE NICHOLAS
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Samatha: Você não veio ontem. – Se queixou, quando ele entrou no quarto.

Nicholas: Não consegui. Minha mãe tem o sono muito leve, todo e qualquer barulho a desperta. – Se justificou, se aproximando da loira.

Samatha: Pois um dia entrarei em sua casa de madrugada e desmontarei um móvel, fazendo-o ruir. E sua mãe engolirá a língua de susto. – Disse, caprichosa, e Nicholas riu, beijando-a em seguida.
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FIM DE
FLASHBACK
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Nicholas: Selly, porque você não vai checar Rosalie? – Perguntou, se levantando, ainda olhando os parafusos.

Selena: Eu verifiquei quando saímos, ela continua dormindo. Você sabe, ela não acorda fácil. – Justificou, confusa, olhando o marido.

Joseph: E então? – Perguntou, sobre o armário.

Nicholas: Devem ter sido cupins. – Mentiu, virando-se pros empregados. – Está tarde. Voltem pra suas camas. Rosa, amanhã faça uma lista do que foi quebrado e mande alguém ir a cidade, repor. Evitem circular por aqui até que esteja limpo, eu não quero ninguém ferido. – Rosa assentiu, aliviada. Estava morta de cansaço, e se fosse supervisionar a limpeza agora, emendaria com o dia. Estava surpresa também, Nicholas não costumava ser generoso. Mas obedeceu a ordem, e pouco a pouco todos foram voltando as suas camas.

Demetria: E se foi o rato que roeu o armário? – Perguntou, pensativa, olhando Britt.

Britt: Será? – Perguntou, alarmada, olhando pro chão.

Selena: Onde você vai? – Perguntou, olhando o marido sair do cômodo.

Nicholas: Olhar a Rose. – Respondeu, calmo.

Selena: NÃO! – Nicholas se virou pra ela, confuso – E se foi o rato, eu não quero ficar aqui. – Ela se agarrou a cintura do marido.

Nicholas: Petit, para com isso, não foi o rato. Ele já deve estar longe daqui. – Disse, se soltando da esposa, sorrindo da inocência dela e voltando ao seu caminho.

Selena se agarrou a cintura dele novamente e enlaçou as pernas na perna dele, de modo de que quando ele andava, levava ela junto. Todos riram, e ela se manteve firme. Nicholas subiu as escadas, rindo, e a mulher ainda estava agarrada a sua perna.

Nicholas: Selly. – Repreendeu, aos risos.

Selena: Não me larga não, eu tô com medo. – Disse agoniada agarrada na perna dele. Nicholas teve pena.

Nicholas: Venha. – Ele segurou as mãos dela, fazendo ela se erguer. Selena se abraçou a ele. – Ei, calma. – Ela encarou ele com os olhos azuis, amedrontados. Nicholas carregou ela, que riu, abraçando ele pelo pescoço.

Nicholas levou Selena de volta pro quarto. Rosalie dormia calmamente, do jeito que eles haviam deixado. Ele colocou a mulher de volta a cama e se deitou em seu lugar, se agasalhando. Estava fazendo bastante frio. Eles namoraram mais um pouco, mas logo Selena adormeceu. Já Nicholas não dormiu mais. Ficou deitado, observando a mulher dormir em seus braços, com o pensamento longe.


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Creditos: Samilla Dias

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Original Sin - 66 Capitulo (6.6)

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Quando a paz voltou a reinar, cada um foi pro seu canto. Selena tomou um banho relaxante, e se vestiu pra dormir. Nicholas entrou no banheiro, pra se banhar também. A noite, pra variar, estava fria.

Selena: Tenha sonhos felizes, meu amor. – Murmurou pra filha, após coloca-la, adormecida, em seu berço. Selena já havia lavado, penteado e amamentado Rosalie. Ela cobriu a filha, e alisou.

Nicholas: Eu terei. – Murmurou, brincalhão no ouvido dela. Selena pôs a mão na boca pra sufocar o grito de susto.

Selena: Estúpido! – Disse, prendendo o riso, e dando um tapinha nele que se encolheu. Selena olhou Rosalie uma ultima vez, e se afastou do berço da filha.

Nicholas viu a esposa atravessar o cômodo, tirando o hobbie que vestia. Ela o deixou, cuidadosamente, em uma poltrona. Depois a loura foi pra perto da penteadeira, tirando a pulseirinha prata que usava. Ela deixou a peça na penteadeira, e pegou um elástico, prendendo os cabelos em um longo rabo de cavalo. Foi então que ela encontrou o olhar, verde intenso dele, pelo espelho.

Selena: Aconteceu alguma coisa? – Perguntou, se virando pro marido, enquanto terminava de prender o cabelo.

Não ajudou. Como ela estava com os braços erguidos, seu corpo ficava marcado na camisola. Os seios fartos, a curvatura generosa, as pernas bem definidas. Só que ela não tinha a mínima noção disso.

Nicholas: Aconteceu. – Ele deu corda, prendendo o sorriso, enquanto voltava a secar a nuca com a toalha que tinha na mão.

Selena: O que? – Perguntou, confusa, ajeitando a camisola no lugar.

Nicholas: Minha mulher. – Continuou, e Selena sorriu.

Selena: O que tem ela? – Perguntou, erguendo a sobrancelha.

Nicholas: Me provocou muito hoje. Quase não me deixou sair de tarde. – Selena riu, e ele sorriu de canto.

Selena: Foi? – Nicholas assentiu, começando a se aproximar – E então?

Nicholas: E então que agora... – Ele viu ela recuar – Ela me paga. – Rosnou, jogando a toalha com força pro lado, brincando. Selena fingiu se assustar, prendendo o riso. - Sim, senhora. – Ameaçou, abrindo o feixe do punho da camisa branca, de linho, que usava. – Não corra. – Avisou, vendo a cara dela.

Foi como se ele ordenasse o contrário. Selena correu, passando rapidamente pelo marido, rindo. Nicholas foi atrás dela, que sentia o marido perto de si, enquanto se esquivava dele, correndo pelo quarto.

Selena: Pára! – Pediu, se escondendo atrás de uma poltrona. Ela ofegava pela corrida, e ria. Nicholas foi na direção dela, que foi pra oposta, deixando a poltrona de empecilho entre os dois.

Nicholas: Vem aqui. – Chamou, lançando a mão pra pegar ela. Selena se esquivou, e correu de novo.

Nicholas foi atrás da mulher, e dessa vez a agarrou. Selena caiu com tudo no chão, mas não se deu por vencida: levou ele junto. Ele puxou a perna dela, fazendo-a vir em direção a ele. A loura pegou a toalha dele, que estava no chão perto dos dois e jogou no rosto do marido, tapando-lhe a visão, e tentou fugir de novo. Quando ele tirou o pano do rosto viu a esposa distante dele, engatinhando rapidamente. Ele se levantou e foi atrás, ganhando dela pela velocidade. Selena, ao ver isso, se levantou depressa e correu. Só que a cama estava na frente. Ela, com um pulo, subiu na cama, querendo atravessa-la, mas Nicholas puxou ela pela perna, fazendo ela cair deitada, de bruços. Ela sentiu o marido se deitar sob ela, prendendo-a na cama. Havia perdido.

Nicholas: E agora? – Perguntou, vitorioso, antes de mordiscar o ombro dela, que se arrepiou - O que eu faço com você? - Perguntou metaforicamente, Selena riu quando ele lhe mordeu de novo.

Selena: Agora você me solta, e nós vamos dormir. – Disse, sapeca, com o rosto no colchão.

Nicholas: Jura? – Perguntou contra a pele dela. Ele se ergueu um pouco, virando ela de frente pra si, e observou a esposa por um instante.

Selena: Vamos dormir? – Perguntou, acariciando o rosto dele e sorrindo.

Nicholas: Umhum, vamos. – Assentiu falsamente, e, puxando ela pela nuca, se apossou de sua boca violentamente.

Ah, como ela adorava aquilo nele. Aquela brutalidade dele, sempre que tinha ganas sufocadas de ama-la. Ele a beijava com tanta paixão, que chegava a machuca-la. O corpo dela se ajustava quase que automaticamente ao dele. Ao tê-lo sob si, ela dobrou uma perna, acomodando-o a seu corpo. Durante o beijo ela sentiu a mão quente dele puxar-lhe a camisola, tocando-lhe a pele em seguida. Nicholas subiu a mão pela barriga da esposa, até lhe alcançar os seios. Selena arfou e se inclinou pra trás, inconscientemente ficando mais disponível a ele. Nicholas desceu os beijos pro pescoço dela, enquanto as duas mãos rasgavam-lhe calmamente a camisola, deixando-a apenas de calcinha em suas mãos. Ela gemeu ao sentir a boca dele lhe cobrir o seio, dando-lhe um beijo forte, chupado. Nicholas sorriu com isso. Os minutos se passaram, e a cama só faltava incendiar. Nicholas se deliciava na pele dela, quando sentiu algo diferente. Selena parecia se contorcer debaixo dele. Primeiro se perguntou se a machucava, mas percebeu que não. Não estava. Selena estava sentindo a potente excitação do marido sob seu ventre, e, involuntariamente se lançava sob ela. O corpo dela queria aquilo, e parecia pedir. Ela gemia, fraca, a cada contorcida que dava. Nicholas sorriu de canto, e segurou ela pela cintura, forçando-se fortemente seu quadril contra ela, fazendo com que as intimidades dos dois se pressionassem, sob a roupa. Selena mordeu os lábios fortemente, pra não gritar, soltando um gemido abafado ao sentir o que o marido fez. Que diabo, como ele conseguia ficar assim?

Nicholas: Você sente? – Murmurou perto do ouvido dela, vendo-a fragilizada. Selena não precisava responder. Ela assentiu levemente com a cabeça, exasperada. Nicholas resolveu provocar mais um pouco.

Selena: Não! – Grunhiu quando ele se forçou contra ela novamente. Era tão bom, que parecia surreal – Não faz. – Murmurou, segurando-se nas costas dele. Nicholas ainda estava completamente vestido.

Nicholas: Não? – Perguntou, dando um beijinho de leve na ponta da boca dela, fazendo-a ter ânsias por mais.

Selena: Porque você faz assim? – Perguntou, quase chorosa. Nicholas amou vê-la assim, tão submissa.

Nicholas: Porque você gosta. – Respondeu, possessivo, puxando o cabelo dela de leve pela raiz, só pra ela sentir a pressão.

Selena abriu os olhos, encarando-o no escuro. Nicholas olhou a mulher por um instante. Sentia tanto desejo por ela, que chegava a lhe machucar. Ele soltou o cabelo da mulher e se apossou de sua boca novamente. Havia pressa, agora. Os dois despiram ele com urgência. Quando, por fim, Nicholas se arremeteu a ela, Selena não conseguiu segurar: gritou de satisfação. Rosalie se remexeu no berço, mas os pais não viram. Nicholas não esperou Selena, e nem precisava, começou a movimentar-se agressiva e sedentamente. Os dois gemiam, e Selena soltava pequenos grunhidos as vezes. Se pudesse, passaria a vida toda assim. Tinha horas que a agressividade dele era tanta, que ela não sabia se o que sentia era dor ou prazer. E isso a enlouquecia. Tinha as unhas cravadas nas costas do marido, e mordia o ombro ou o pescoço dele, pra abafar os gritos que insistiam em vir. Quando os dois, por fim, se satisfizeram, o silêncio e a calma reinaram de novo, enquanto os dois ofegavam, contentes. Nicholas puxou os lençóis pra cima dos dois. Ficaram deitados de lado, só que um de frente pro outro. Ele reparou que ela estava quieta demais, enquanto passava os dedos levemente pelo dedo dele.

Nicholas: Eu machuquei você? – Perguntou, preocupado, pondo o cabelo dela pra trás da orelha da mesma.


Selena: Não, bobo. – Ela sorriu de canto. Se aquilo fosse se machucar, ela queria morrer sentindo dor. Ele sorriu de canto, aliviado.

Nicholas: O que você tem, então? – Selena balançou a cabeça negativamente. – Me diz, o que houve?

Selena: Eu estou com medo, Nicholas. – Admitiu, olhando o peito dele.

Nicholas: Medo de que? – Perguntou, confuso, acariciando o cabelo dela.

Selena: Medo dessa felicidade. Tenho medo de que algo aconteça, que algo nos estrague. – Ela suspirou – Eu fui forte uma vez, mais até do que eu acreditava ser capaz, eu suportei ficar longe de você. – Lembrou, e ele ouvia ela atentamente, enquanto lhe acariciava – Mas se acontecer alguma coisa, eu não vou aguentar. Não vou conseguir suportar perder tudo isso, vai doer demais. – Confessou, cabisbaixa.

Nicholas: Ei. – Ele ergueu o rosto dela pelo queixo – Você não precisa ter medo. Nada de ruim vai nos acontecer. Não precisa temer a nossa felicidade, petit. – Tranquilizou, acariciando lhe o rosto – Sabe porque? – Selena negou – Porque eu não vou a lugar algum.

Selena: Me promete. – Pediu, encarando ele

Nicholas: A não ser que você desista de mim, nós vamos estar juntos. Eu prometo. – Selena sorriu, e ele a beijou levemente. Ele se deitou de barriga pra cima e ela o abraçou, colocando a cabeça em seu peito, e assim dormiram.

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Creditos: Samilla Dias

Original Sin - 64 Capitulo (4.6)

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Britt: Então, você é Selena. – Disse, calma, se aproximando de Selena, que terminava de tricotar uma tiarinha rosa pra Rosalie, sentada na sala de estar.

Selena: Por suposto que sou. – Respondeu, erguendo o rosto.

Britt: Ouvi falar de você. – Comentou, virando a cabeça pro lado. O cabelo sedoso da loira acompanhou o movimento.

Selena se levantou. Se iria discutir com Britt, não queria estar sentada.

Selena: Eu também ouvi. Gregg me falou muito de você. – Alfinetou, sorrindo de canto, enquanto dava uma ultima laçada de linha na tiara pronta, terminando o bordado.

Britt: Ah, ele falou? – Perguntou, agora séria.

A vontade de Britt era de voar no pescoço de Selena, e só soltar quando ela não tivesse mais vida. Entretanto, não o faria. Sabia que teria problemas com Gregg se o fizesse. Selena era esposa de Nicholas. Ela não queria problemas com Gregg, não agora.

Demetria: Selly, você pegou a linha ros... – Ela parou na porta, ao ver Britt parada lá.

Selena: Sim, ele falou. – Ela tirou a agulha da tiara, colocando a peça da filha de lado.

Britt: Não se envergonha? – Rosnou, sem se controlar. Selena riu.

Selena: Eu deveria? – Perguntou, divertida, enrolando a linha no tubo.

Britt: Ele é irmão do seu marido. – Jogou, irritada.

Selena: Bom. – Ela colocou o tubo de lado, alisando o vestido – O que não se encontra em casa, se procura na rua. Nicholas nem sempre foi um bom marido. – Condenou, pensativa – Você esteve longe muito tempo. – Comentou, sorrindo de canto, enquanto colocava uma mecha preta atrás da orelha. Não prendera mais os cabelos desde que voltou pra Nicholas. Se o amado gostava solto, ficaria solto, caindo em uma cachoeira preta e lisa até o meio das costas.

Demetria: Selena! – Chamou, exasperada, ao ver a cara de fúria de Britt. – Venha, eu estou precisando de sua ajuda.

Selena: Com sua licença, Britt. – Sorriu, educadamente, e seguiu a irmã, deixando uma Britt se controlando pra não matar a loura.

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Demetria: Não deveria brigar com ela, Selly! – Repreendeu, em voz baixa, atordoada.

Selena tinha acabado de dar banho em Rosalie. A menina estava enrolada numa toalhinha rosa clara, com capuz. A loira levou a filha até o trocador, deitando-a ali, e pegando uma fralda.

Selena: Porque não? – Perguntou, calma, colocando a frauda na filha.

Demetria: Porque ela é a mulher do filho mais velho. – Disse, como se isso fosse obvio.

Selena: E eu sou a mulher do filho caçula. – Rebateu antes de rir, pegando o grampo que prendia a frauda de Rosalie. Era engraçado pensar em Nicholas como caçula, mais novo de algo.

Demetria: E eu, do filho do meio. – Analisou, pensativa.

Selena: E então? – Perguntou, pegando um vestidinho bege pra vestir a menina.

Demetria: Talvez você devesse dar um presente pra ela. – Considerou, sentando-se e alisando a barriga.

Selena: Eu? Porque? – Perguntou, indignada, após vestir a filha, encarando Demetria.

Demetria: Selena, entenda. – Começou – Além de ela ser a mulher do filho mais velho, e você sabe que isso sim importa. – Disse ao ver o olhar impaciente de Selena – Você sabe... – Disse, receosa.

Selena: Do que eu sei, Demetria Lovato? – A irmã parecia atordoada – Vamos, Demi, com vergonha de mim agora?

Demetria: Tudo bem. – Respirou fundo – Além de ela ser a irmã do filho mais velho, você... você não teve o filho homem. – Disse, esperando uma explosão de raiva da irmã. Mas Selena parecia pensativa.

Selena: E o que o fato de seu ser pouco fértil tem a ver com eu presentear ela, e Gregg ser o filho mais velho? – Perguntou, confusa – Não põe na boca, amor. – Pediu, tirando o brinquedinho que Rose tinha na boca.

Demetria: Tem que ela pode jogar isso contra você. Por você ter tido Rosalie antes do filho homem. Pode esnobar, provocar. – Selena franziu o cenho de leve.

Ah, isso não. Estava ai uma coisa que Selena não permitiria era que mexessem com Rosalie.

Selena: Então cortarei sua língua com uma tesoura, e furarei seus dois olhos, para que nunca mais se atreva a olhar pra minha filha. – Ameaçou, séria, enquanto carregava Rosalie, pegando uma escova pra pentear o cabelo da menina.

Demetria suspirou e balançou a cabeça negativamente. Nada de bom sairia dessa briga.

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Creditos: Samilla Dias


Original Sin - 65 Capitulo (5.6)

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Selena: Você voltou. – Murmurou, sorrindo, quando o marido entrou em casa, no anoitecer.

Nicholas: Eu prometi que voltaria. – Ele sorriu, se aproximando para beija-la. Selena enlaçou os braços no ombro do marido, beijando-o com paixão e saudade.

Entretanto, o beijo não durou tanto tempo quanto os dois desejavam.

Rosa: Senhora. – Chamou, tímida, após um gritinho de Rosalie separar N&S.

A menina estava linda. Usava um vestidinho rosa bebê, e sapatinhos brancos. Na cabeça, sob o cabelo louro impecável, a tiara que a mãe fez. Nicholas sorriu.

Nicholas: Coisa mais preciosa da vida do seu pai. – Chamou, sorrindo, e Rose estendeu os bracinhos pra ele, que a carregou.

Selena: Ela é a coisa mais preciosa da sua vida? – Perguntou, fingindo estar emburrada. Rosalie se abraçou ao pai, ciumenta.

Nicholas: É. – Confirmou, sorrindo.

Selena: Ah, obrigado pela parte que me toca. – Resmungou, e se virou de costas pra ele, cruzando os braços, rindo baixo da vaidade da filha. Nicholas riu e abraçou ela por trás, dando-lhe um beijo apertado no pescoço.

Nicholas: Ela é a coisa mais preciosa. E você é a minha vida. – Disse, sorrindo.

Tanto amor, que o corpo parecia ser pequeno pra aguentar. Era um tipo de amor que dava ganas de gritar. Que sufocava só em pensar em perder. Selena se virou pra ele, que puxou ela pela cintura com o braço livre, iniciando outro beijo. Ela se entregou nos braços do marido, apaixonada, feliz. Até que os dois receberam um tapa de Rosalie, que cansara de segurar vela.

Selena: Sempre. – Repreendeu, mas sorria enquanto acariciava a orelha. A menina observou a mãe, com os olhos verdes flamejando de uma alegria inocente, por ter os pais ali.

Nicholas: Venha, vamos jantar. – Chamou, rumando a sala de jantar.

Selena limpou o canto da boca, e ia seguindo o marido, quando algo lhe chamou atenção. A sensação de estar sendo observada. Ela se virou, e Britt estava no corredor atrás dela. Pelo visto, tinha presenciado toda a cena. A loira tinha um sorriso satisfeito no rosto. Acenou positivamente com a cabeça e seguiu seu rumo. Selena fez uma careta, mas foi atrás do marido. O jantar ocorreu normalmente, tranqüilo. A família toda estava na sala de estar, quando aconteceu.

Demetria: Está na hora de alguém ir pra cama. – Comentou, vendo a carinha sonolenta do filho. Joseph olhou Diego, e sorriu. – Já comeu, já está limpo, que tal dormir um pouqu... o que... – Ela olhou o chão por um momento, Selena olhou pra ela – UM RATO! – Berrou, derepente.

Foi o suficiente. Suri pulou pra cima do sofá. Demetria subiu na cadeira. Gregg engasgou no riso, com um gole de bebida. Selena se bateu com Britt ao tentar subir na cadeira, nas pressas. Conseguiu subir antes, mas, no susto, até ajudou a loira, dando a mão a ela e ajudando-a a subir, dividindo a poltrona com ela. Joseph riu, e tirou Diego do caminho. Nicholas fez o mesmo com Rosalie, com o rosto vermelho do riso. A menina observava a cena, confusa e alegre.

Selena, Britt, Demetria e Suri: MATA! – Pediram em coral, agoniadas, olhando o rato.

Mas os três homens não conseguiam se mexer, de tanto rir. Nicholas colocou Rosalie no carrinho de bebê, pondo a mão na barriga em seguida.

Demetria: JOSEPH, EM NOME DE DEUS, TIRA ISSO DAQUI! – Pediu, exasperada. Mas o marido não tinha condições.

Gregg foi até o rato. Era minúsculo, e branco. Parecia até que tinha tomado banho, ele observou, em seu riso. Era o primeiro rato que aparecia naquela mansão. Gregg pegou o animal pelo rabo, erguendo-o no ar. A gritaria piorou drasticamente.

Britt: GREGG, PÁRA! NÃO! – Gritou, se encolhendo, quando o marido se aproximou dela, rindo, com o rato no ar.


Selena: Nicholas! – Chamou, aflita, ao ver Gree se aproximar dela e de Britt com o animal na mão.

Nicholas sorriu. Era bom saber que era ele que Selena chamava quando tinha medo. Ele se aproximou dela, oferecendo-lhe a mão.

Nicholas: Vem, minha medrosa. – Chamou, rindo. Selena pulou no colo dele, com medo do rato, e ele a abraçou, afastando-a dali. Percebeu que ela estava fria, e tremia – Calma, meu amor. – Pediu, acariciando os cabelos dela.

Gregg, por fim, foi até a janela e soltou o rato. Britt partiu pra cima dele com uma almofada na mão, enquanto Joseph continuava rindo. Demetria se sentou, aliviada, respirando fundo.

Britt: MATO VOCÊ, DESGRAÇADO! - Ela jogou a almofada com tudo no marido que se esquivou, rindo.

Nicholas: Você não é nada sem mim. – Acusou, brincando enquanto ela se acalmava.

Selena: Meu herói. – Retribuiu, sorrindo, antes de beija-lo outra vez. Não havia calmante melhor que aquele.



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Creditos: Samilla Dias

Original Sin - 63 Capitulo (3.6)

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A noite foi estranha. Selena e Nicholas dormiram separados, cada um em seu lado da cama, para evitar maiores problemas. Os dois morriam de vontade de se tocar, de se amar novamente, mas foram com sede demais ao pote, então tiveram que se segurar.

Nicholas: Selly. – Avisou, quando sentiu a mão dela sob seu peito.

Selena: Me deixe só te abraçar. – Pediu, frustrada por não poder ir além.

Nicholas: Vem aqui. – Ele estendeu o braço pra ela, que amparou o rosto em seu ombro, abraçando-o pela cintura. Nicholas enlaçou a cintura dela com o braço livre, prendendo-a em um abraço carinhoso. – Eu amo você. – Disse, antes de beijar-lhe a testa.

Selena: Eu amo você, também. – Disse, imitando voz de bebê. O coração de Nicholas se derreteu enquanto ele ria, e mordia a pontinha do nariz dela.

Selena deu um leve beijo de boa noite nele, e os dois dormiram, enlaçados um no outro. No dia seguinte ela acordou bem melhor. Conseguia andar, mas sentar ainda era um pouco complicado. A páscoa se aproximava, e as crianças da casa só pensavam nisso.

Selena: Não consigo respirar. – Rosnou pra Demetria, que afrouxou o laço. Selena suspirou. Rosalie observava a mãe a tia, curiosa.

Théo: Sabe, daqui a alguns anos vai existir algo chamado sutiãs. Vai substituir o espartilho, e será bem mais confortável. Deixará a barriga livre. – Comentou, distraído.

Demetria: O que? THÉO! – O menino riu, e saiu correndo, fechando a porta.

Nicholas fora trabalhar, junto com os irmãos. Demetria terminou de laçar o vestido de Selena, que era cor de pêssego. A loira deixou os cabelos soltos, como o amado gostava. Se perfumou, e foi com Demetria esperar o marido voltar.

Selena: E se for um menino? – Perguntou, olhando a barriga de Demetria, que carregava Rosalie.

Demetria: Não sei ainda. Joseph sugeriu Victor, mas ainda não tenho certez...

As duas pararam na sacada do andar de cima, olhando a pessoa que estava parada no andar de baixo. Era uma mulher, uns centímetros mais baixa que Selena. Tinha os cabelos loiros, e os olhos da cor de chocolate. Vestia um vestido cor de azul claro, e seu cabelo era cacheado. Estava grávida, também. Só devia ter um mês, ou dois a menos que Demetria. Ela ergueu os olhos, e pareceu reconhecer Selena também, pelo olhar que lançou a loira. Seu olhar foi simpático para com Demetria, mas quando identificou Selena, seus olhos se endureceram. Britt.

Demetria: Você deve ser Britt, não é? – Perguntou, simpática, descendo as escadas.

Britt: Britt. – Corrigiu, calma, ainda olhando Selena.

Demetria: Sou Demetria María. – Se apresentou, sorrindo.

Britt cumprimentou Demetria simpaticamente, enquanto Selena descia as escadas. Não queria briga, aquela era a Britt de Gregg. Mas algo no olhar da loira despertou um sentimento novo em Selena. Não iria se rebaixar a ela.

Selena: Sou Selena. – Disse, ainda descendo a escadaria – Mulher de Nicholas. – Se intitulou, parando em frente a loira – É um prazer ter você em minha casa. – Alfinetou, sorrindo.

Britt encarou Selena por um instante, com faíscas saindo por seu olhar. A loura sorriu, ironicamente, divertida. Acreditava que passar tanto tempo com Nicholas tinha lhe ensinado a ser sarcástica.

Britt: E o meu Gregg, onde está? – Perguntou, dando ênfase ao “meu”. Selena não se importou.

Demetria: Er... está trabalhando. Voltará pro almoço. Venha, vou lhe levar ao quarto dele, pra que você possa descansar. – Disse, fazendo as honras da casa.

Britt encarou Selena uma ultima vez. A loura manteve o olhar da loira. Depois, sorriu pra Demetria, e acompanhou a ruiva. Selena olhou as duas subirem, com um sorriso de canto no rosto, depois foi ver Rosalie, que estava quieta por tempo demais pro seu próprio bem. Selena cuidou de Rosalie, e conversou com Demetria a manhã inteira. Na hora do almoço, após se aprontar, estava indo esperar Nicholas na sala, quando Gregg chegou em casa. Ela ia cumprimenta-lo, mas algo a fez retroceder.

Britt: Gregg. – Murmurou, disparando em direção ao marido, que entrava em casa.

Gregg: Bells. – Respondeu, quando a mulher se atirou no braço dele.

Selena viu Gregg rodopiar com Britt no ar, e em seguida beija-la sofregamente, com saudade, com paixão. Formavam um lindo casal. Selena voltou pro seu quarto, pra não interromper o momento. Depois, os Jonas almoçaram juntos. Finalmente toda a família estava ali.

Nicholas: Ela importunou você? – Perguntou, tranquilo, erguendo o queixo dela com a ponta do dedo.

Selena: Não. Eu sou a dona da casa, mesmo. – Provocou, dando de ombros e sorrindo.

Nicholas: Ah, você é? – Perguntou, sorrindo de volta, enquanto abraçava ela pela cintura.

Selena: Sim, eu sou. Não sabia? – Perguntou, divertida, enquanto colocava as mãos nos peitos dele.

Nicholas: Eu desconfiava. – Retribuiu, antes de beija-la.

Para Selena, não havia nada mais doce, mais desejável que os beijos do marido. Era algo que tirava todos os sentidos dela. Nicholas sempre foi possessivo com ela, e isso não mudou. Quando se beijavam, ele costumava pressionar ela contra seu corpo, prendendo-a pra si. Isso descontrolava Selena completamente.

Nicholas: Vamos parando. – Murmurou, sorrindo de lado e de olhos fechados, quando, após o termino do beijo, a esposa lhe beijou o pescoço.

Selena: Porque? – Murmurou contra a pele dele, enquanto o puxava mais pra dentro do quarto.

Nicholas: Porque sim. Eu preciso ir trabalhar. – Disse, sentindo os lábios dela lhe acariciarem.

Selena: Não precisa, não. – Disse, abrindo os primeiros botões do colete dele.

Nicholas: Petit. – Murmurou contra o pescoço dela, quando sentiu as mãos dela lhe entrarem por debaixo da camisa, acariciando-o lenta e excitantemente com as unhas.

Selena: Sim? – Perguntou, deliciada na pele clara do marido.

Nicholas: Não. – Ele tirou as mãos dela de si, antes que não pudesse mais.

Selena: Não me deseja? – Perguntou, desapontada e frustrada.

Nicholas: Tola. – Condenou, abraçando-a novamente. – Cada pedaço seu me excita. – Ele disse com o rosto ao lado do rosto dela, acariciando lhe a cintura – Meu maior desejo era lhe jogar nessa cama, e te possuir até não poder mais. – Ele viu a pele da mulher se arrepiar

Selena: Então porque não o faz? – Perguntou baixinho, presa ao peito dele, com as mãos em seus braços, por cima da camisa.

Nicholas: Porque você ainda não está completamente recuperada. Eu não quero te machucar ainda mais. Nós não queremos isso, não é? – Perguntou, paciente, erguendo o rosto dela pra si. Selena suspirou, vencida – Não faça assim. – Pediu, selando os lábios no bico que ela fazia – Pense... – Ele aproximou o rosto do dela, deixando sua boca a milímetros de seu ouvido – Nós ainda temos a noite inteira. – Selena estremeceu e sorriu, pela expectativa.

Selena: Eu estarei esperando. Não demore. – Ela acariciou o rosto dele.

Nicholas: Logo vou voltar. – Ele beijou a palma da mão dela – E amarei você de todas as maneiras, se ainda me quiser. – Ele sorriu, e Selena retribuiu o sorriso, apaixonada.

Nicholas beijou-a novamente, por minutos, e, após abotoar o colete novamente, se foi, deixando Selena sozinha, com o amor pulsando por cada veia que possuía.


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Creditos: Samilla Dias