terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

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(...)

Delta e Nick foram para um lado do parque deixando Enrique e eu sozinhos. Conversamos bastante entre um brinquedo e outro, apesar de ser amigo da Delta ele era bem simpático.


Apesar dessa vez Delta ter me tratado bem eu ainda era desconfiada com ela, aquela primeira impressão havia sido forte, e eu não podia deixar de pensar que Enrique poderia ser um plano dela.


–– Você e o Nick são muito amigos, não é? – ele perguntou-me na fila para comprar algodão-doce.


–– Sim, ele é como um irmão. – mentira. – E você e a Delta?


–– É amiga, mas não vejo como irmã. A algum tempo a gente já até ficou. – apenas dei um sorriso sem graça. – Você e o Nick não?


–– Claro que não. – me fingi de ofendida. Eu começava a ficar boa nessa coisa de mentir. – Por que acha isso?


–– Bem então ele é muito idiota, porque se você fosse minha amiga... – ele me olhou nos olhos e foi se aproximando, mas eu me afastei.


–– É nossa vez. – mudei de assunto.


(...)


Já era noite e o parque só começava a lotar ainda mais, Enrique e eu estávamos sentados em um banco conversando quando Nick e Delta chegaram.


–– Se divertiram? – Delta perguntou com segundas intenções.


–– Muito. – Enrique respondeu olhando para mim. – Não é Selly?


–– Sim. – respondi também. Sei o que parecia, mas nem me importei.


–– Vamos na Casa mal-assombrada antes de irmos embora. – Nick puxou Delta. – Vocês também.


–– Sim senhor. – eu brinquei, ele me lançou um olhar de repreensão.


Ficamos um bom tempo na fila pra comprar ingresso e entrar no brinquedo. Assim que entramos Delta grudou no braço do Nick. Os primeiros metros tinham uma pouca iluminação, mas depois tudo ficou escuro eu não conseguia ver um palmo na minha frente.

–– Nick... – ouvi Delta praticamente gritar. – Cadê você? Alguém?


Eu a chamei, mas ela não escutou. Comecei a caminhar beirando a parede. Era só um brinquedo, mas mesmo assim eu sentia medo. Não sei como, mas todos nos havíamos nos separado. Depois de caminhar mais um pouco me deparei com uma garota me encarando a meia luz do lugar.

–– Mamãe? – ela me encarou. Meu coração ia sair pela boca. – Mamãe é má. – lembrei de tudo que é filme de terror que eu já tinha visto em minha vida. Dei alguns passos para trás e comecei a correr, novamente a luz fraca desapareceu e tudo ficou escuro.


Eu já havia parado de correr quando esbarrei em alguém. Fiquei com medo que fosse alguma das ‘surpresas’ daquele lugar, mas não era, era apenas mais um visitante.

–– Desculpe.


–– Finalmente te achei Selly. – era Enrique, senti-me aliviada.


–– Ainda bem, acabei de pegar um susto. – ele sorriu.


–– Vamos achar a saída.


Fomos andando lado a lado. Senti alguém segurar minha mão e me puxar com forçar para algum lugar me colocando contra a parede.

–– Enrique? – arrisquei.



Creditos Danny
Sem Comentarios, Sem Fic ;)

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