sábado, 1 de fevereiro de 2014

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(...)

–– Vem Selly. – ele me ajudava a descer do carro.


Assim que desci fiquei estática, ele não podia ter me levado para aquele hospital. O hospital em que estávamos era simplesmente o melhor da cidade, eu não poderia pagar aquele hospital.


–– Nick eu não posso pagar esse hospital, me leva para um hospital publico.


–– Claro que não. Eu te trouxe aqui porque eu vou pagar. – ele fez cara de obvio.


–– Não posso aceitar.


–– Deixa de besteira, nós somos... – ele não continuou.


–– Amigos? – completei.


–– Acho que eu não devo mais ser isso para você.


–– Não devia. Mais mesmo depois de tudo eu te considero meu amigo ainda. – um sorriso se abriu no rosto dele.


–– Então não reclama. – ele me apoiou nele, me levando para dentro do hospital.


–– Mas Nick...


–– Nada de ‘mas’.


(...)


Eu estáva sentada em uma maca em um dos quartos, aquele hospital tinha um ambiente muito diferente dos hospitais públicos. Tudo estáva bem decorado e harmonioso.


O médico já havia me atendido, eu não havia quebrado o pé só havia tido uma torção grave no tornozelo, o que me deixaria andando de muletas por algumas semanas. Colocaram-me uma bota ortopédica já que não era o caso de fratura, agradeci mentalmente por não ter que usar um gesso. Nick e eu mentimos que eu havia caído e torcido o pé, o médico desconfiou um pouco mais não questionou.


–– Bem... – o médico entrou no quarto acompanhado por Nick. – Você não pode fazer muito esforço para não piorar isso, daqui umas três semanas deve estár recuperada.


–– Doutor pode me dar um atestádo? – Nick perguntou ao médico.


–– Claro, vou pegar um atestádo pra sua namorada. – minha face ficou rubra instantaneamente.


–– Na verdade ela é minha amiga. – Nick o corrigiu.


–– Ah desculpe. Eu vou buscar o atestádo. – ele saiu do quarto deixando-nos a sós.


Nick sentou-se na maca ao meu lado olhando-me intensamente, quando os olhos dele estávam sobre mim eu sentia como se uma descarga elétrica atravessasse todo o meu corpo, também sentia toda a minha pele queimar como brasa.


–– O que foi? – perguntei sem graça.


–– Tem certeza que não quer contar a verdade? – ele segurou minha mão.


–– Sim, é melhor assim. – abaixei a cabeça.


–– Se você quer assim. – senti os dedos dele acariciar a minha mão, aquilo me tirou o ar. – está se sentindo melhor?


–– Sim. Obrigada Nick, por tudo. – ele passou a mão no meu cabelo.


–– Aqui está o atestádo. – Nick deu um pulo pra longe de mim. – Eu atrapalhei?


–– Bem o atestádo está aqui. – ele entregou nas mãos do Nick. – Você já pode ir para casa.

–– Obrigada doutor. – Nick me ajudou a descer da maca e depois me entregou duas muletas daquelas curtas que apóia no cotovelo.


Consegui ir caminhando para o carro, mas meu tornozelo ainda doía mesmo imobilizado. Nick me levou para casa, assim que ele parou o carro metade da rua ficou olhando. Todos comentavam do carro, do Nick, o que estávamos fazendo juntos e porque eu estáva com a perna imobilizada. Simplesmente todos ali eram fofoqueiros.


Creditos Danny


Sem Cometarios, Sem Fic ;)

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