segunda-feira, 26 de maio de 2014

Original Sin - 19 Caitulo

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Mais dias foram passando. Mesmo com Gregg de volta, a vida de Selena era meio tediosa. Ela matava o tempo no chalé, andando com Seth, ensinando Suri, mas não era o suficiente.

Gregg: Qual o seu problema? - Perguntou ao ve-la rodando pela sala

Selena: Nada. - Disse, sem dar atenção

Gregg: Nada, Selena Gomez? - Perguntou, desconfiado

Selena: É, nada, Gregg Jonas . - Gregg riu

Gregg: Sulkin  .

Selena: Perdão? - Franziu a sombrancelha

Gregg: Gregg Jonas Sulkin  . - Selena ergueu a sobrancelha - Joseph Adan Jonas. Só Nicholas e Suri são Jerry Jonas . - Explicou simplesmente.

Selena: Ok, entendi. - Ela assentiu - Tédio!  - Ela se sentou, torcendo as mãos

Gregg: Tem algo que eu possa fazer pra ajudar? - Perguntou, observando-a

Selena: Na verdade, tem. - Gregg esperou - Eu não posso sair da fazenda, você sabe. - Gregg ia protestar, mas ela não deixou - Não vamos criar problemas. Gregg, vá a minha casa. Eu não trouxe nada meu pra cá, você podia pegar algumas coisas pra mim. - Pediu, com os olhinhos brilhando

Gregg: Eu vou. - Disse, sorrindo da expectativa dela

Selena: Sério? - Gregg assentiu - Eu vou fazer uma listinha, você vai procurar pela Helena. Ela vai saber o que é. Diga a ela que sinto saudades. - Sorriu - Obrigada! - Ela se atirou no pescoço dele, em um abraço de agradecimento.

Selena estava deslumbrada. Gregg realmente era um anjo, enviado pra clarear a escuridão em que ela vivia. Selena deu uma lista breve a Gregg, e ele partiu a cavalo. Ao chegar na mansão dos Gomez, procurou por Rosa. A mulher o atendeu, feliz da vida por finalmente ter noticias de Selena. Colocou as coisas que Selena pedira em um pacote enorme, que Gregg prendeu em Jake pra poder voltar. Selena esperava ansiosa em casa.

Gregg: Tem chumbo aqui dentro? - Perguntou entrando na sala, trazendo o enorme pacote nas mãos

Selena: Gregg! - Deu um gritinho de alegria, indo ajuda-lo

Os dois colocaram o pacote em cima do sofá, e ela o abraçou. O negócio foi tão intenso, que os dois avançaram pra um beijo. Os lábios estavam quase se tocando, quando os dois afastaram os rostos, com duas caretas. Quase.

Selena: Não. - Balançou a cabeça negativamente

Gregg: Definitivamente não. - Assentiu, sorrindo. Ele deu um beijo na testa dela, que voltou ao seu pacote, radiante.

O pacote continha livros, bordados inacabados, vestidos que Selena gostava, entre outras coisas. Ela desarrumou suas coisas, feliz da vida. Gregg fora trabalhar. Estava lendo um livro na sala, no fim da tarde, quando Gregg, Nicholas e Joseph entraram em casa, discutindo alto. Pela primeira vez Gregg parecia fazer juz aos irmãos. Estava alterado, e descutia o assunto com a maior agilidade.

Nicholas: ...Um incompetente! - Rosnou - Agora em quem a responsabilidade cai? - Perguntou metaforicamente, enquanto avançava pela sala.

Gregg: O prejuízo é muito grande. - Observou, a irritação em sua voz era evidente - Sem contar nos problemas que isso vai dar.

Joseph: De um modo ou de outro, os fornecedores estão esperando, cada um em seu ponto. Se extraviou uma remessa, porém, é preciso repor.

Gregg: REPOR? - Gritou, aparentemente tirando as palavras da boca de Nicholas - Não há tempo!... - E o som da voz de Gregg foi abafada pela porta do escritório que foi fechada.

É, tínhamos um problema.

Demetria: Selly, o que foi isso? - Perguntou descendo as escadas. Selena deu de ombros.


Demetria e Selena se encararam por um instante, depois ambas avançaram, silenciosa e rapidamente até a porta do escritório, encostando o ouvido na madeira.

Gregg: Quais os portos? - Perguntou, impaciente

Joseph: Madrid, Mônaco e Roma. - Respondeu, consultando os papéis

Gregg: Cada um vai pra um ponto, acalmar as coisas enquanto não conseguimos mandar outra remessa. Considerariam um desaforo se alguém fosse, além de nós. - Joseph assentiu - Então, fica assim: Eu vou a Madrid, você a Mônaco, Nicholas a Roma.

Mas Nicholas não estava prestando atenção. Estava olhando, com uma sobrancelha levantada e uma expressão divertida pra porta onde Selena e Demetria ouviam. Ele avançou pra porta. Pouco antes de abri-la, Demetria puxou Selena, que voltou as pressas pro sofá, e fingiu estar terminando de descer as escadas. Nicholas encarou Selena, que sorria, vitoriosa.

Então era isso. Três cargas a serem entregues se extraviaram. (Os Jonas exportam papel e café.) Ambos os três viajaram no dia seguinte, as pressas, pra tentar manter a ordem. Demetria foi pra casa do pai com Théo, mas Selena ficou pra cuidar de Suri, que estava gripada. Agora Suri dormia, e Selena estava guardando os vestidos que Gregg trouxera, quando puxou um que tinha um livro dentro, ambos embolorados. Deixou esses separados. Quando terminou, ficou pensando onde jogar aquilo. A primeira coisa que veio em sua cabeça foi o sótão. Era pra lá que iam as coisas empoeiradas, emboloradas. Considerou a idéia. Ela iria rápido, deixaria a caixa com o vestido e o livro lá, e voltaria. Nicholas nem notaria. Ela pegou a caixa entre as mãos, e avançou pela primeira vez pela escada pro terceiro andar.

Estava tudo escuro. Só havia a luz do dia, que entrava pelas frestas das janelas fechadas. Mas Selena não estava preocupada com isso. Conseguia ver muito bem. E a primeira coisa que viu foi o quadro de uma mulher, de tamanho real, vestida em um vestido vermelho . Do lado desse quadro havia outro, só de busto. Selena esperara tudo, menos isso. Ela largou a caixa no chão e avançou pelo cômodo. Parou em frente ao quadro de corpo todo. A mulher era clara, os cabelos eram cacheados, de um castanho médio, caindo até a coluna. Seus olhos eram pretos. Tinha um sorriso de Lindo. Era linda, Selena pensou sozinha. Ao seu lado, o rosto da mulher encarava ela, com um sorriso no olhar.

Selena: Deus do Céu. - Murmurou, avançando pelo enorme cômodo. As paredes eram cobertas de fotos da mulher. Havia um manequim num canto, com um vestido vermelho vivo.

Selena foi até uma das diversas prateleiras que havia ali, se sentindo dentro de uma ópera de terror. Haviam arquivos e mais arquivos. Ela puxou um, delicadamente. Era uma carta, antiga. Ela desdobrou com cuidado. Reconheceu a letra de Nicholas no papel desgastado.


Samatha,

Minha mãe tem criado problemas. Aliás, aqui tem sido problemas de manhã até a noite. Hoje a noiva de Gregg veio até aqui. Eles só vão se casar daqui a dois anos, porém, Gregg insistiu em vê-la, queria conhecer. Sinto sua falta. Penso em você a todo momento. Vou dar um jeito de escapar, e irei até você.
Eu te Amo.

Nicholas.

Selena olhava a carta como se aquilo lhe causasse nojo. Dobrou-a de novo, com menos cuidado do que quando desdobrou, e pôs no lugar. Pegou outra. Dessa vez a caligrafia era feminina.

Nicholas,

Está cada vez mais dificil escrever a você! Joseph é um inutil, está começando a criar caso. Ele é a favor da Selena. Você precisa resolver isso, rápido. Eu estou cansada de ficar escondida. I miss U.
Da sempre sua,

Samatha.

Selena ficou com aquilo na cabeça durante todo o dia. Cuidou de Suri com a cabeça distante. A noite, estranhou aquela cama enorme. Nunca dormira ali sem Nicholas ressonando ao seu lado. Tampouco dormiu muito. Passou a maior parte da noite olhando a chuva bater na janela. De manhã, acordou com os gritinhos de Suri, vindos do lado de fora. Se levantou de supetão, indo até a janela. Suri corria atrás de Seth pelo jardim da mansão.

Selena: SURI! - A menina não ouviu - Vai piorar. - Murmurou pra si mesma, pegando o hobbie.

Selena estava com uma camisola de seda longa, branca, e o hobbie era igual. Sabia que era errado sair assim, mas Suri ia piorar se continuasse no frio.

Selena: Ei, ei, ei! - Segurou a menina, que ia em disparada atrás do cavalo, que galopava na sua frente

Suri: Mas, Selly... - Começou a questionar

Selena: Sem "mas". Você tá doente, devia estar no seu quarto. Vai piorar, Suri. - Suri mordeu o lábio, como se pedisse desculpas. As duas começaram a caminhar até onde Seth tava.

Selena: Suri, você conheceu alguém chamado Samatha? - Perguntou, tentando passar despercebida

Suri: Conhecer não, mas esse nome me é familiar. - Ela tentou se lembrar, sem sucesso - Você conhece?

Selena: Eu não, mas o Nicholas parece conhecer. - Disse, amargurada - Eu fui levar um vestido mofado pro sótão, e tem... tem uma foto dela lá. - Resumiu

Mas antes que Suri pudesse responder, Seth relinchou, ficando em pé nas duas patas traseiras. Do nada, uma voz surgiu, fria e cortante.

Nicholas: Então você resolveu me desobedecer. - Disse, aparecendo na lateral de Selena e Suri. Selena empalideceu. Que diabo, ele não tava viajando?

Selena: A-Nicholas. - Murmurou, recuando

Nicholas: Não corra. - Advertiu, furioso.

Selena e Suri agiram juntas. As duas se viraram e dispararam correndo pra mansão. Ao chegar na escadaria, Selena pegou Suri pela cintura, erguendo-a do chão, e desatou a subir. Ao entrarem em casa, Selena olhou pra trás, e Nicholas não estava mais lá. Seu peito doia de medo, de terror. Subiu correndo com Suri, e entrou em seu quarto, fechando a porta e se escorando nela. Só o que houve foi o silêncio.

Suri: O que foi? - Perguntou, ofegando.

Nicholas: Eu disse que não adiantaria correr. - Advertiu, frio, encostado calmamente no guarda-roupas, como se estivesse lá o tempo todo.

Selena gritou de susto. Em seguida, puxou Suri e pôs pra fora do quarto.

Selena: Se tranque no seu quarto e só abra a porta pra mim. - Disse rapidamente, e fechou a porta do quarto, se virando pra Nicholas. Ele estava transformado. Respirava como um touro irritado, seus olhos eram ódio puro, e Selena sabia que não podia fugir.

Nicholas: Eu avisei a você, Selena. Faça tudo, menos ir até lá. PORQUE ME DESOBEDECEU? - Gritou, avançando pra ela, que recuou pra perto da cama

Selena: E-eu só fui levar... - Interrompida

Nicholas: ESPEROU QUE EU VIAJASSE PRA IR ATÉ LÁ! - Disse, agora próximo dela

Selena: Tudo isso era pra eu não ver a sua namorada, Nicholas? - Perguntou, se jogando a morte. - Teve um lado positivo, agora eu sei porque você me odeia.

Nicholas: Eu não matei a minha mãe. - Começou, transtornado - Eu amava a Samatha. - Ele disse, e o tom em sua voz não era de amor, chegava a ser adoração.

Selena: ENTÃO VÁ E FIQUE COM O CADAVER DELA! ME DEIXE EM PAZ! - Gritou, tomada pelo ciúme.

E então um golpe furioso lhe atingiu o rosto, e ela caiu no chão. Sentiu o gosto do sangue na boca. Mas antes que pudesse reagir, algo lhe atingiu as costas. Uma fivela, um cinto talvez. Parecia estar cortando sua pele em tiras. Ela ouvia o grunhido de Nicholas a cada golpe que recebia. Tinha experiência, gritar não adiantava nada. Então se entregou a dor, sem se queixar, apenas protegendo o rosto com os braços enquanto rezava pra o ódio de Nicholas parar. Após algum tempo, começou a rezar pra que a morte chegasse logo. As lágrimas queimavam seus olhos, até que tudo escureceu, e não houve mais nada. Em meio a sua dor, Selena pensou ter ouvido a voz furiosa de Nicholas, bem ao longe, dizer: "Você não queria, pois então, ficará aqui." E seu rosto se bateu no chão com força. Não sabia se era só o rosto, o resto de seu corpo já estava tomado pela dor, ela não podia distinguir. Perdeu a noção do tempo. Só sabia que estava deitada num chão frio, de barriga pra baixo, e que tinha dor. Dor demais. Quando conseguiu abrir os olhos, foi o retrato de Samatha, com o sorriso triunfal que viu. Ela não conseguia se levantar. Não conseguia gritar. As lágrimas desciam por seu rosto silenciosamente. Tinha sede, tinha fome, e tinha dor, acima de tudo dor. Ficou ali, imovel, olhando o rosto de Samatha, enquanto mais lágrimas queimavam seu rosto.


Comentem Gattonas.

Creditos: Samillas Dias

3 comentários:

  1. OMG!! Tadinha da selena.
    Poste logo!! Bjs

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  2. Ainw tadinha da Selly, pelo menos agora da pra entender algumas coisas. Ah seu lay ja ta pronto é só você baixar e instalar.
    Ah por favor posta mais!!

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