–– Sim. – ele olhou para Selena no outro sofá e lançou lhe aquele olhar sedutor combinado com o sorriso. – Vem cá. – ele bateu no sofá.
–– Vocês estão loucos. – Selena estava começando a achar Samantha uma tremenda louca.
–– Deixa de ser boba, Selly. – Samantha segurou no braço da amiga e a levou até o sofá onde Jack estava deitado. – Até parece que o Nick não ‘tá fazendo coisa pior.
–– Se o conheço, está fazendo a coisa pior. – ele sorriu segurando no pulso de Selly.
–– Eu vou pegar mais uma garrafa. – Samantha saiu cambaleando mais uma vez em direção ao escritório de Nick.
(...)
–– Voltei, queridos. – ela sacudia outra garrafa no ar. – Jack, faça as honras. – jogou a garrafa para Jack que a parou no ar, em seguida, a abriu e tomou um gole.
–– Sua vez. – ele praticamente fez com que Selena tomasse a bebida forçada. – Isso, toma tudo. – ele olhou para Samantha e sorriu. – Parabéns.
–– Pelo quê? – Selly quis saber tentando parar de beber o que Jack a forçava tomar.
–– Por nada. – ele sorriu. – Agora toma tudo.
–– Não... Eu não quero. – empurrou a garrafa da sua mão. Tentou ficar de pé, mas cambaleou e caiu, estava extremamente tonta, sentia-se extremamente mal. – Me solta, Jack.
–– Vamos, vou te levar para o seu quarto. – ele a segurou firme e, praticamente, arrastou-a escada acima.
–– SAMATHA! – ela gritou. – Não deixa ele me levar. – o teto começou a rodar. – Samantha... – e tudo ficou escuro.”
Acordei espantada, a luz do sol entrava pela minha janela. Eu tinha certeza que aquilo não era um simples sonho, era uma lembrança daquela noite.
Nesse momento, eu sentia como se alguém tivesse me jogado um balde de água fria, Samantha estava junto com ele em tudo aquilo, ela trouxe aquela bebida, ela me arrastou até ele. Como eu podia ser tão idiota? Eu sentia dificuldade de respirar, era difícil imaginar que uma das pessoas que eu gostava naquela cidade havia feito isso comigo.
Deitei-me novamente encarando a porta, na mesma posição da noite anterior. Isso era horrível, ficar presa ali naquele quarto sem nada melhor para fazer. Eu não entendia por que ele estava fazendo isso, seria uma espécie de castigo? Era difícil para eu entender a mente de Nick Jonas. Mais o que era mais difícil era entender a minha mente masoquista. Eu, definitivamente, estava tentando esquecer tudo que ele já havia me feito, e, nesse momento, eu só queria saber o motivo de eu estar ali trancada no meu quarto.
Vi uma sombra pela fresta da porta, virei-me de costas para a mesma rapidamente. Não sei o porquê, mas fiquei nervosa em ver o Nick.
–– Trouxe o seu café. – a voz melodiosa dele falou. Eu podia sentir o perfume dele encher as minhas narinas, assim que a porta foi fechada. Pouco a pouco, os passos dele foram se aproximando da minha cama, escutei-o colocar a bandeja em cima do criado-mudo, em seguida, senti-o se sentar na cama. – Você está se sentindo bem?
–– O que você acha? – eu disse com a voz fraca. Tinha um dia que eu estava ali e aquilo estava me deixando louca.
–– Isso é para o seu bem. – virei-me para ele, o rosto dele estava calmo, e o jeito que ele me olhava eu já não via desde o colegial.
–– Me prender aqui é para o meu bem...? – eu perguntei confusa. Ele não respondeu, ele inclinou o corpo sobre o meu, os lábios dele tocaram o meu suavemente. Às vezes, nós dávamos selinhos na frente da mídia, mas nada demais. Mas a forma que ele me beijava agora era uma mistura de carinho e amor, parecia o nosso primeiro beijo. Entreabri meus lábios permitindo que ele aprofundasse o nosso beijo. Os lábios dele abandonaram a minha boca e foram em direção o meu pescoço, dessa vez, eu não fugiria, cada parte de mim o queria. Mas, então, ele parou e sentou-se na posição anterior.
–– Nick, eu... Juro, eu não dormi com o Jack.
–– Eu sei. – ele disse simplesmente. Então, ele pegou um envelope em cima do criado-mudo e me entregou. Sentei-me, ficando próxima dele, peguei o envelope e o abri. Eu só entendi uma linha, e era a que mais importava.
“Positivo para dope.” Agora eu entendia o porquê da coleta de sangue.
–– Então, por que me deixou aqui trancada? – ele sorriu.
–– Porque fiquei com medo que você fugisse antes que o resultado chegasse. – ele acariciou os meus cabelos.
–– E se desse negativo? – perguntei receosa.
–– Eu teria que te matar. – ele disse sério, mas depois começou a sorrir. – Acho que eu não ia fazer nada com você, mas com ele... – vi um lampejo de raiva nos olhos dele. – Eu sabia que tinha algo errado, o jeito que você estava. É óbvio que não estava bêbada. E bem... Eu acho que, mesmo depois de tudo que eu já te fiz, você não faria isso comigo.
–– Eu não faria mesmo. – eu admiti. – Mas eu me lembrei de algo.
–– O quê?
–– Samantha, ela ajudou o Jack, eu tenho certeza. – vi-o ficar rígido. – Ela veio aqui naquele dia, disse que era o aniversário dela e me fez beber. Depois o Jack apareceu e os dois começaram a se beijar. Eu disse para pararem com aquilo, então ela me puxou... – essa parte era um branco para mim. – E depois trouxe uma bebida, o Jack me forçou a tomar, e depois disso, eu só lembro-me dele me arrastar para cima e eu gritar para ela me ajudar, mas ela não fez nada.
–– Mas por que ela faria isso? – ele parecia pensativo.
–– Eu também não sei. – eu suspirei. – Talvez ela seja secretamente apaixonada por você. – ele quase teve um ataque de risos. – É possível.
–– Eu nunca ficaria com ela. – Nick se deitou na cama se encostando nos travesseiros. – Ela não faz o meu tipo.
–– E quem faz?
–– Você. – encarei-o por alguns segundos, sem acreditar no que ele havia dito. – Quero aproveitar esse momento de paz para te pedir desculpas por tudo de ruim que eu já te fiz. Eu sei que não foram poucas coisas, mas eu me arrependo mesmo de todas. Eu vou entender, de verdade, se você não quiser mais olhar na minha cara, e vou até entender se você me achar o pior homem do mundo. – ele voltou a se sentar, dessa vez, me olhando profundamente. – Mas eu também quero que você saiba que daquela vez, depois do seu acidente, quando eu disse que te amava, eu não estava mentindo. E, mesmo depois de todo esse tempo, eu tentei te esquecer, mas eu não consegui, por isso eu havia virado aquela pessoa desprezível.
–– Nick, eu...
–– Espere, eu ainda não terminei. – ele segurou na minha mão. – Mas eu mudei a tempo, e eu quero te dizer pela última vez que eu te amo. – ele colocou a mão no bolso e puxou uma chave e a depositou na minha mão. – Eu não quero que você fique comigo por causa do trato que a gente fez e nem quero que fique por medo. – eu encarava a chave na minha mão enquanto ele falava. – Você pode ir... Se você quiser.
–– Obrigada. – eu apertei a chave em minha mão e fui em direção à porta, eu podia sentir os olhos dele seguirem meus movimentos.
(...)
Capitulos Finais
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Beijonas
Credittos Danny
Adorei o cap
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