quarta-feira, 2 de julho de 2014

Original Sin - 74 Capitulo

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Os três seguiram pra casa. Os outros ficaram lá, a festa ainda rolava alta. Nevava lá fora. Nicholas, com a ajuda de Selena, tirou o palitó que vestia e cobriu a filha. Selena se abraçou ao marido, dando a ele o pouco calor que tinha. Assim que chegaram em casa, se abrigaram. Nicholas foi direto pro banho, enquanto Selena tirava os sapatinhos e o vestido apertado de Rosalie, colocando a roupinha de dormir da filha. A menina não despertou. A lareira do quarto dos dois estava acesa, e o ambiente estava quentinho, ao contrario do frio radical lá fora. Selena se banhou, e voltou pra cama, Encontrando o marido deitado, esperando-a.

Nicholas: Venha aqui. – Chamou, vendo ela esticar as mãos pra lareira, na tentativa de aquecer os dedos.

Selena sorriu e caminhou até ele. Ela subiu nos pés da cama, e o marido observou a morena, com os cabelos soltos, a camisola branca de mangas até os pulsos, mas com um decote generoso engatinhar até ele, e sorriu. Quando estava por cima do marido, ela deixou o corpo cair sob o dele, que a acolheu nos braços. Selena beijou Nicholas docemente, e esse correspondeu aos beijos dela. Isso durou por minutos a fio. Porém, dessa vez o clima não esquentou.

Nicholas: Você... quer? – Ele perguntou com um olhar sugestivo, enquanto tirava o cabelo da mulher da frente do rosto da mesma.

Selena: Você quer? – Rebateu, perdida no verde dos olhos dele – Seja sincero. – Censurou, ao ver a cara dele.

Nicholas: Se você quiser. – Disse, dando-lhe a escolha.

Selena: Eu tô MORTA. – Disse, fazendo uma careta, e descansando o corpo no dele. Nicholas riu, beijando-lhe os cabelos. – Meus quadris doem, meus pés estão que não suporto. Você fica bravo? – Perguntou, erguendo o rosto pra ele.

Nicholas: Não, estou semelhante a você. – Selena sorriu, aliviada. Não sabia se teria pique pra Nicholas e toda sua... disposição. Receava despencar e dormir 3 dias seguidos. – Entretanto, nós temos amanhã. – Disse, e Selena tomou isso como um aviso.

Selena: Amanhã eu faço o que você desejar. – Nicholas ergueu a sobrancelha, mas não disse nada. Tomaria proveito disso depois. – Agora, eu só quero me abraçar a você e dormir. – Disse, manhosa, se abraçando ao peito dele.

Nicholas: Durma, meu amor. – Disse, sem deixar ela rolar pro outro lado da cama. Selena gostou da ideia de dormir no peito dele. Nicholas puxou o grosso cobertor e cobriu os dois, abraçando-se mais a ela em seguida. Selena o beijou uma ultima vez e assim adormeceram.

Quando Selena acordou na manhã seguinte, não estava mais sob o corpo do marido. Ainda sentia o perfume dele, mas era pelo travesseiro ao qual estava apoiada. Ela gemeu de frustração, queria que ele estivesse ali. Abriu os olhos, foi ai que a voz dele lhe chamou.

Nicholas: Eu estou aqui. – Disse, e Selena se virou pra poder olha-lo.

Maldição, como era bonito. Fazia ela ter vertigens só por olha-lo. Forte, sempre com a barba feita, os cabelos curtos, e aqueles olhos. Os braços. Aqueles braços nos quais ela se perdia de prazer. Nicholas sorria de canto pra ela, e ela se perguntou, se estava perdendo alguma coisa. Só por via das duvidas passou a mão nos cabelos lisos, que caíram em uma cascata loura pro lado, ajeitando-os, e se sentou, conferindo a camisola. Estava tudo nos conformes.

Selena: Bom dia. – Desejou, confusa, mas alegre. Reparou que Rosalie não estava em seu berço. – Onde está Rose? – Perguntou, se espreguiçando.

Nicholas: Bom Dia. – Respondeu, ainda sorrindo – Está com Demetria e Britt.

Selena: Ah. – Disse, mas ele ainda sorria, e ela não sabia porque.

Nicholas: Amor? – Selena assentiu – Eu achei uma coisa no seu guarda-roupas.

Selena: O que? – Perguntou, confusa.

Nicholas pegou algo que escondia atrás de si, e desdobrou. Era um cabide. Com duas peças vermelhas. Uma lingerie e uma camisola. Selena amaldiçoou Gregg dos pés a cabeça pelo presente.

Selena: Presente de Gregg. – Comentou, descobrindo as pernas pra se levantar, alerta.

Nicholas: Eu gostei. – Disse, se aproximando da cama.

Selena disparou em direção ao banheiro, correndo o mais rápido que podia. Diabo de quarto grande. Ela estava quase lá, quando ele a alcançou, abraçando-a pela cintura e trazendo-a de volta.

Selena: Eu NÃO vou vestir isso. – Avisou, balançando os pés no ar, se debatendo contra ele.

Nicholas: Você disse qualquer coisa. – Lembrou, sorrindo e carregando ela com facilidade.

Selena: Eu... o que? – Perguntou, atordoada. Não se lembrava de ter dito nada.

Nicholas: Ontem a noite, você me disse que hoje faria “tudo o que eu desejasse.” – Ele lembrou, e Selena fez uma careta – Pois bem, eu quero que você vista isso pra mim.

Selena: Pois eu desdisse. Não vou vestir e pronto. – Ela tentou correr de novo quando ele lhe pôs no chão, mas ele segurou ela firmemente.

Nicholas: Vamos, seja uma Jonas, cumpra sua palavra. – Incentivou, sorrindo.

Selena: Desde quando os Jonas cumprem o que dizem? – Perguntou, irônica, parando de se bater e erguendo o rosto pra ele. Nicholas pensou por um segundo.

Nicholas: Desde agora. – Selena voltou a se debater – Vamos, Selly. Você prometeu.

Selena: Você quer fazer amor? – Perguntou, se virando pra ele. Nicholas riu.

Nicholas: Quero. – Respondeu, sorrindo, pra ver o que ela faria. Adorava as reações tempestivas da esposa.

Selena: Pois então vamos fazer amor. – Disse, sorrindo, enquanto enlaçava os braços no pescoço dele e o puxava pra um beijo. Esse foi breve, porque Nicholas a interrompeu antes que perdesse o controle.

Nicholas: Sim, nós vamos. – Sussurrou contra os lábios dela. Então ela sentiu ele moldar o cabide em seu corpo – Mas antes, você vai vestir isso. – Selena suspirou – E não demore. Eu estou te desejando desde ontem a noite. – Disse e beijou o ombro dela.

Selena: Amor... – Ia protestar

Nicholas: Petit, ou você se veste, ou eu visto você. Das duas, uma. Escolha. – Disse, sorrindo, e se afastando dela, deixando-lhe com o conjunto vermelho.

Selena olhou a lingerie. Era humilhante. Era loucura. Pra Nicholas, era sensual.
Minutos se passaram, e nada de Selena. Nicholas ouviu o chuveiro se abrir e a agua cair por um tempo, e esperou ela fazer sua higiene. Mas já havia muito tempo desde que a agua parou. Ele já estava impaciente.

Nicholas: Selly, aconteceu alguma coisa? – Perguntou, olhando o dorsal da cama.

Selena: Não.

Nicholas: Se você tá pensando que se trancar ai vai adiantar, não se iluda. Eu arrombo a porta, sem problema nenhum.

Selena: Não será necessário. – Ele franziu o cenho, sorrindo – Escureça o quarto. – Pediu, e ele atendeu. Sabia do rubor que sempre a iluminava quando ele via seu corpo na claridade do dia. Ele fechou as cortinas cinzentas do quarto, que ganhou a aparência noturna. A chuva forte colaborava com isso. Acendeu apenas os abajures que ficavam dos lados da cama, pra dar um clima mais aconchegante. Adicionou mais lenha a lareira também.

Nicholas: Está pronto. Só falta você. – Avisou, se sentando de novo.

O que Nicholas não sabia era que Selena resolvera entrar na brincadeira. Ia usar o que tinha contra ele. Tomara banho, escovara os dentes, se perfumara. Vestira a maldita lingerie. Carregou a maquiagem nos olhos, e colocou um batom vermelho vinho na boca. A maquiagem era escura pra pele sem cor dela. Fez cachos generosos no cabelo, deixando-o com um ar mais sensual, mais selvagem. Se conferiu uma ultima vez, e sorriu pro que viu no espelho.

Selena: Feche os olhos. – Ordenou, e ele sorriu sozinho no quarto, fechando os olhos. Quando ouviu a voz dele anunciar sua cegueira, ela saiu do banheiro.

Realmente, ele estava com os olhos fechados, sentado com as costas na cabeceira da cama. Ela caminhou até os pés da cama, e ele sorriu quando o perfume dela anunciou que ela estava ali. As mãos dele estavam espalmadas em seu colo, e ele vestia uma calça abrigo e uma camisa de agasalho pretas. Lindo, pros seus 22 anos.

Selena: Pode abrir. – Anunciou, após abrir o hobbie que usava.

O corpo de Nicholas quase sofreu uma convulsão ao olha-la. Era mais, muito mais do que ele esperava. Demônios, aquela mulher ia mata-lo. Enquanto ele olhava, ela deixou o hobbie deslizar por seus braços, caindo no chão. A lingerie era um corpete vermelho, que só cobria até o umbigo. Era de alças, e tinha o decote em V. Super apertado, o que deixou os seios dela ainda mais atraentes pra ele. A calcinha era simples, também vermelha, mas pequena pras daquela época . As cintas ligas prendiam a pequena peça a meia-calça, também vermelha. Ela estava descalça. Usava luvas vermelhas, que iam até o cotovelo, parte da lingerie. E o rosto. Maldição, o que era aquele batom? Os cabelos caiam em cachos pelos ombros, os olhos, que eram de um azul gelo, ressaltados pela maquiagem preta. No começo Nicholas se incomodou com a falta de cor na pele dela. Mas agora ele a adorava. Entrava em contraste com tudo. E é claro, vê-la daquele jeito o colocou em erupção. Queimava, ardia.

Selena: Terminou o inventário? – Perguntou, com uma voz provocante, que eriçou a pele dele.

Nicholas: Não se provoca um homem assim, Selena. – Disse, sério, erguendo o rosto pra ela. Ela podia ver o desejo em cada pedaço do corpo do marido. Com a convivência, ela sabia que ele se enrijecia, que contraia quando a desejava. Agora o peito dele estava contraído sob a camisa, o que dava nela ganas de aperta-lo, de beija-lo, de senti-lo. Ela sabia que o tom de voz dele não era um aviso, mas sim uma justificativa pelo que estava por vir. Ela sabia que sofreria nas mãos dele até que seu desejo insaciável se curasse. Ela sabia que estava perdida. Mas quem se importava? Ela não. Não quando cada pedaço do seu corpo inflamava pelo toque dele.

Selena: Ora, foi você quem pediu. – Lembrou, fazendo-se de inocente – Então, o que achou? – Ela perguntou porque quis, já que o olhar dele respondia a resposta. Enquanto falava ela colocou uma perna sobre a cama, como se fosse se ajoelhar, mostrando ao olhar sedento dele a coxa torneada, sob a renda fina da meia calça. A boca de Nicholas estava seca. Ela o colocara tão rígido, só por estar daquele jeito, que chegava a doer.

Nicholas: Venha até aqui, e eu lhe mostrarei o que acho. – Chamou, quase como um desafio, já sem o sorriso no rosto, se ajoelhando na cama, e ansiando por ela.

Selena engatinhou vagarosamente até ele, como uma gata em puro deleite. Ela tinha os lábios intencionalmente entreabertos, e o encarava a todo momento. Nicholas tinha medo do que podia fazer com a mulher no estado em que estava.

Nicholas: Não faça. – Murmurou quando ela chegou até ele, ficando ainda na posição em que engatinhava, parada, com o rosto erguido, sorrido de canto pra ele. Selena não sabia se ele estava falando com ela ou consigo mesmo.

Selena: Você me quer, Nicholas? – Perguntou, com a voz baixa, excessivamente sedutora. Nicholas olhava a mulher transtornado, fascinado. Ele não respondeu. Queria ver do que ela era capaz, antes de perder totalmente o controle.


Ele viu a mulher por as mãos na barriga dele, e em seguida em seu peito, se ajoelhando perto a ele. Selena o encarou por um instante. Sabia que estava a beira do perigo. Sabia que podia se machucar. Mas ia provoca-lo até estar destruída.

Nicholas: O que você está fazendo, ma petit? – Perguntou, e ela riu, deslumbrante.

Selena: Nada. – Disse, se fazendo de inocente.

Então ela o beijou. Ela o beijou, mas não docemente. Era o beijo dele. Era violento. Era agressivo. Nicholas puxou ela pela cintura pra si, correspondendo-a a altura. Se eles iam jogar, como ela queria, seria o jogo dele, de qualquer forma. Se beijaram por minutos a fio, até que a mão de Selena, que até então estava em seus braços, desceu pro seu peito, até achar a aba da camisa. Nicholas desceu o beijo, com a mesma violência, pro pescoço dela, enquanto, com a mão livre, puxava os lacinhos da camisola. Até que ele sentiu a mão dela, que ele pensava estar procurando sua camisa, descer pra sua calça. O beijo que estava no pescoço morreu, e ele gemeu, apertando a cintura dela, quando ela tateou o membro dele com a mão dedicada, e o apertou, uma vez, duas, três. Em toda a sua extensão. Selena o provocou de todos os modos aos quais um homem podia ser provocado. Atiçou-lhe o membro, passeou com as unhas pelo peito e costas dele, o beijara, mordera. E o que fora mais apelativo pra ele: passou a gemer baixinho em seu ouvido, como se estivesse indefesa. Nicholas já estava duro feito pedra, e isso não ajudou.

Selena: Isso tudo é pra mim? – Perguntou no ouvido dele, sorrindo de canto, enquanto a mão lhe percorria a intimidade ativamente.

Nicholas: Maldição, mulher, você sabe que sim. – Murmurou em resposta, voltando a puxar os laços, só com muito mais urgência.

Foi a vez de Selena gemer, quando ele conseguiu abrir a camisola. Ele desceu com a boca diretamente pros seios da esposa, e mordeu, chupou, beijou-os, tanto quanto pode. Os mamilos dela já estavam doloridos, devido a excitação evidente, e ela precisava daquilo. Se inclinou pra trás, segurando-se no cabelo e ombro do marido. Tempos depois, Nicholas suspirou, se erguendo novamente.

Nicholas: Agora chega. – Murmurou, com desespero, e puxou ela contra si. Selena, com um pulinho, foi pro colo dele, enlaçando as pernas em sua cintura. Nicholas segurou ela com a mão forte pela parte interna da coxa, e a outra a mantinha pela cintura. Ele a beijou a boca novamente, e a jogou com tudo na deitada na cama, deitando-se por cima dela, fazendo-lhe uma deliciosa pressão com seu corpo. Os cabelos louros se esparramaram pelo travesseiro, e Selena gemeu, surpresa, mas adorou, é claro.

Só que agora ele estava por cima. O jogo dela havia acabado. E, aparentemente, ela estava perdida. Selena grunhiu, mordendo os lábios pra conter um grito, quando a mão forte de Nicholas encontrou a calcinha da lingerie, e após desviar-se do pano, encontrou-lhe a intimidade com a mão. Maldição, ela ia enlouquecer. Precisava tanto que ele fosse mais firme, ou então que a possuísse logo. Mas ele não o fazia. Ele o torturava.

Nicholas: E então, você gosta de brincar, ma petit? – Perguntou, perverso, torturando-a. Selena não respondeu. – Você gosta? – Perguntou.

Selena: Amor. – Disse, entrecortada. Mas não era a afirmação que ele queria.

Selena gemeu alto quando o primeiro dedo dele lhe invadiu a intimidade. Logo depois o segundo. E um terceiro. Ela se arqueou, com a sobrancelha franzida, e o marido se aproveitou disso pra se apossar dos seios dela novamente. Selena gemeu, torturada. Pra que diabos fora provocar o marido? Todo e cada pedaço do seu corpo queimava pelo toque dele. Então ele sentiu a carne dela se comprimir contra os impulsos de seus dedos, anunciando que ela estava perto de um orgasmo, e não aguentou. Soltou-lhe a cinta liga rapidamente, livrou-se do resto de roupa que os cobria, a invadiu bruscamente. Não foi um ato gentil. Ela gritou, em êxtase. Ele não esperou, nem precisava. Começou a se movimentar violentamente sobre ela, que gemeu, satisfeita. Nicholas gemeu com a invasão, sentindo o corpo começar a se satisfazer. Só que fora violento demais, de ambas as partes, dessa vez. Nicholas se movia com tanta força, que a cama dos dois balançava conforme ele a possuía. Selena gemia, gritava, mas não sabia se era de dor ou de prazer. Nicholas já era grande pra ela em seu estado normal. Alterado, e com essa força, chegava a machuca-la. Mas quem disse que ela não gostava da dor? Mordia o ombro dele, a orelha, o pescoço, que já estava vermelho. Arranhava-lhe a pele, pedia por ele. Nicholas puxou ela pra cima de si, caindo de costas na cama, com ela em seu colo.  Nessa posição ele tinha acesso aos seios dela, e mesmo com a visão embaçada, podia ver as expressões da esposa. A intensidade do ato não mudou com a mudança de posição. Selena tirou os cabelos da frente e se inclinou pra ele, procurando a boca dele pra sufocar os gritos. Nicholas a recebeu em um beijo molhado, apaixonado, sedento.

Nicholas: Tão linda. – Ela o ouviu murmurar, subindo com a mão por sua barriga, enquanto ela se apoiava na barriga dele pra se mover. Em seguida ele gemeu sufocado.

Então, com um baque, as pilastras da cama se partiram. O colchão caiu com baque barulhento no chão. Nicholas riu da expressão que Selena fez com isso. A cama ficou parecendo um ninho: o colchão dentro do molde da cama, porém, mais fundo, no chão. Selena riu, rouca, e ele se sentou, beijando-a novamente. Ela enlaçou as pernas na cintura dele, fazendo com que a penetração fosse ainda mais intensa, o que fez ela sentir uma pontada de dor. Mas não faria o marido parar. Não podia.

Selena: Nicholas. - Ele identificou seu nome dentre os gemidos dela, enquanto os dois se moviam agressivamente.

Nicholas: Sou eu. - Disse com a voz rouca, mordendo o rosto dele.

Selena: Ai! - Deixou escapar, mordendo os lábios em seguida.

Selena sentiu as mãos de Nicholas subirem por suas costas, até chegarem aos cabelos. Ela se surpreendeu, quando ele puxou a massa loura que pegou nas mãos, fazendo-a erguer o rosto.

Nicholas: Diga o meu nome. Diga de novo. Eu preciso ouvir. - Selena não respondeu. Os movimentos dos dois não haviam parado, e o prazer dela a cegava. - Diga, Annie.

Selena: Nicholas. - Obedeceu, fraca. Em seguida choramingou. Tinha medo de enlouquecer, perdida em tanto prazer.

Nicholas: Gema pra mim, meu amor. Me deixe te ouvir. - Ordenou, mordendo o ombro dela de leve.

Selena obedeceu, sem problema nenhum. Encostou a boca no ouvido dele e deixou os gemidos, grunhidos saírem livremente. Os gemidos dela o colocavam a beira da loucura. Os minutos se passaram, e os dois estavam cada vez mais próximos. E juntos, os dois perderam os sentidos, num orgasmo tão agressivo quanto a transa havia sido.

Selena: AH! - Gritou, e então se silenciou no peito dele.

Nicholas: Selena. - Gemeu, minutos depois, quando foi sua vez. Então se liberou gostosamente dentro dela, e havia perdido a visão, a audição, o tato. Havia perdido tudo.

Nicholas se deitou de costas na cama quebrada, e acolheu uma Selena ofegante em seu peito. Deus, como aquela sensação era boa. Os minutos se passaram, e os dois ofegavam, tentando prolongar ao máximo aquilo. Selena rolou de cima dele, sem querer pressiona-lo com seu peso, e deitou-se de lado ao seu lado, de costas pra ele. Os cabelos dela estavam esparramados ao seu redor.

Selena: Meu Deus. - Murmurou consigo mesma, olhando a madeira quebrada da cama.

Nicholas: Você conseguiu. - Disse, e sua voz voltara a ser risonha.

Selena: Consegui o que? - Perguntou, preguiçosa demais pra se virar pra ele.

Nicholas: Conseguiu quebrar a cama. - Disse, e se estourou em rir. Selena se virou pra ele, estapeando-o. Nicholas se encolheu, rindo. Por fim, ela riu também.

Selena: E agora? - Perguntou, se abraçando a ele.

Nicholas: Agora dormiremos no chão. - Brincou, e ela fez uma careta. Ela deitou a cabeça no ombro dele, o abraçando pela cintura, e ele beijou sua testa - Já que você realizou seu desejo de quebrar a pobre cama.

Selena: Nicholas, para! - Pediu, começando a se envergonhar.

Nicholas: Agora, o melhor. "Você gosta?" - Ele imitou a voz dela, e Selena arregalou os olhos - Não, o que foi aquele batom, Selena Marie? - Perguntou, sorrindo pra ela, que já estava rubra.

Selena: Eu estava guardando pra uma ocasião especial. - Disse, encolhida no abraço dele, toda pequenininha, vermelha de vergonha.

Joseph: Nicholas? - Chamou, batendo na porta

Nicholas: Oi? - Respondeu em voz alta, olhando o dorsel da cama.

Joseph: Aconteceu alguma coisa? Demetria disse que ouviu um barulho. - Questionou.

Nicholas: Ah, não foi nada. Selena resolveu quebrar a cama. - Brincou.

Selena: MENTIRA! Nicholas! - Gritou, batendo no marido. Ouviram o riso de Joseph no corredor, e então ele havia partido.

Nicholas: Eu te amo, destruidora de moveis. - Disse, encarando-a.

Selena: Eu também te amo, maldito mentiroso. - Sorriu, e o beijou.

Nada mais importava.

Nicholas: Eu machuquei você. – Constatou, ao vê-la saindo do banho, calmamente. Mas ele conhecia aquele corpo.

Selena: Doeu um pouquinho, sim. – Nicholas fez uma careta, não devia ter se deixado levar.

Nicholas: Você devia ter me feito parar. – Disse, com remorso.

Selena: Quem disse que eu queria? – Ela se enrolou na toalha, e saiu do box – Quero passar a vida toda sentindo dor. – Disse, rindo gostosamente. Selena estava bem. Ele riu também, e ela soltou um beijinho pra ele, deixando-o no banho e saindo do banheiro.

Selena se aprontou, e desceu, acompanhada do marido. Tomaram café juntos, e então ele, supostamente, foi trabalhar. Ela, como não tinha nada pra fazer, foi ver Rosalie.

Demetria: Annie, o que houve lá em cima? – Perguntou, quando a irmã apareceu na sala.

Selena: Nicholas quebrou a cama. – Disse, divertida, pegando uma almofada em cima de uma poltrona, e ia se sentar.

Nicholas: Ah, fui eu que quebrei? – Perguntou, debochado, de braços cruzados, aparecendo na porta atrás dela.

Selena: Sim, foi você! – Esbravejou, mas riu da cara do marido – E saia daqui! – Ela atirou a almofada nele, que desviou, rindo, e sumiu da porta.

Britt: Pelo visto, vocês estão bem. – Comentou, sem se conter.

Selena: Melhor impossível. – Ela colocou os cabelos atrás da orelha , tirando os fios louros de cima do colo, distraída.

Britt riu. Demetria arregalou os olhos. Suri olhou Selena com uma expressão confusa.

Demetria: Annie? – Disse, e parecia sem ação.

Selena: O que? – Perguntou, confusa.

Demetria: Er... – Ela mordeu o lábio, lutando contra um sorriso – Britt, por Deus, pare de rir! – Britt riu mais ainda.

Selena: O que há? – Perguntou, se irritando.

Demetria: Seu... pescoço. – Disse, e disfarçou o riso com um acesso de tosse.

Selena: O que...? – Ela abaixou o rosto. Não conseguia ver o pescoço, mas sim o colo.

E a boca de Nicholas estava ali, em várias partes. Chupões vermelhos, e até roxos apareciam na pele sem cor. Selena se levantou, havia um espelho na parede de fundo da sala. Parecia catapora, ou algo parecido. Ela passou a mão em uma mancha, que clareou, mas voltou a se escurecer. Se fosse reparar, seu lábios estavam inchados, e uma parte da maçã do rosto estava avermelhada. Ela tinha medo de quando tirasse a roupa, quantas marcas teria.

Selena: Deus do céu. – Constatou, fazendo uma analise geral de si mesma. Nessa hora a almofada que ela tinha jogado contra Nicholas voltou, e bateu com tudo em sua cabeça, antes de cair no chão. Ela olhou e viu o marido na porta novamente, vermelho de rir – CORRE, DESGRAÇADO! – Avisou, e Nicholas riu.

Mas quando ela pegou um livro grosso, de capa dura, e avançou em direção a ele, ele correu. Selena era louca. E ele amava isso nela. Demetria, Suri e Britt riram, quando Selena sumiu pelo corredor, correndo atrás dele com o livro. Nicholas estava terminando de descer as escadarias da mansão quando o livro acertou bem sua nuca. Ele caiu com tudo na grama.

Selena: Tá, já pode levantar. – Disse, parada na escadaria. Mas o marido continuou estatelado no chão – Nicholas, levanta!

Mas Nicholas não se mexeu. O pavor inundou Selena. O livro o acertou na nuca. E se ela o tivesse matado? Só em pensar nisso, seu pulmão se trancou, e ela hiperventilou. Correu até o marido, erguendo o rosto dele do chão.

Selena: Amor? – Chamou, sacudindo ele. Nada – Nicholas, por favor. – Chamou, passando a mão no rosto dele. Nada. – Amor, acorda. – Pediu, com os olhos se inundando. Ela ia gritar por socorro.

Nicholas: AAAAAAAAH! – Gritou, assustando ela. O coração de Selena disparou, quase fugindo do peito.

Selena: Que susto. – Murmurou, se abraçando a ele.

Nicholas: O que foi? – Perguntou, confuso, mas recebendo ela nos braços.

Selena: Eu pensei que tinha matado você. – Assumiu, com o rosto enterrado no peito dele.

Nicholas entendeu o medo da mulher, e viu que a brincadeira foi mal recebida. Ele beijou a testa dela, alisando suas costas.

Nicholas: Eu não vou a lugar algum. – Murmurou no ouvido dela – Não sem você. Eu prometo.

Selena: Te amo. – Ele conseguiu ouvir a voz dela, abafada pelo seu peito.

Nicholas: Eu também. E fique calma. Eu estou aqui. – Tranquilizou, alisando o cabelo dela. – E ficaram bonitas. As manchas. – Brincou, tranqüilizando-a.

Selena: O que? AH, SIM! – Ela se sentou, se separando dele – Olha isso! – Ela tirou os cabelos, mostrando o colo.

Nicholas: Uma graça. – Disse, prendendo o riso.

Selena: Pois não me deito mais com você. E providencie uma cama nova. – Avisou, brincando. Iria pra cama com ele ainda hoje, se houvesse condição.

Mas então ela viu ele começar a desabotoar o colete. Em seguida a camisa. Demônios, ele enlouqueceu? Selena se arrepiou ao ver a pele pálida do marido se revelar pela roupa, então ele a chamou.

Nicholas: Ei, taradinha. – Chamou, estralando os dedos na frente dela – Aqui. – Ele descobriu o ombro, e ela viu o que ele lhe amostrava.

Sua boca estava ali. Melhor, sua arcada dentária estava ali, em uma mordida clara. Não só uma, duas. O ombro dele, seu pescoço, estava enfeitado com mordidas dela. Selena arregalou os olhos.

Nicholas: E minhas costas devem estar em carne viva, pelos seus arranhões. Então sim, você vai se deitar comigo. – Selena riu da naturalidade da voz dele – Daqui a algumas horas. – Concluiu, fechando a roupa novamente – Agora venha aqui, petit. – Chamou após os botões terem sidos colocados no lugar. Selena engatinhou até o colo dele novamente, e o abraçou. – Eu te amo. – Disse, encarando ela, sorrindo de canto.

Selena: Eu sei. – Ele riu de leve e ela sorriu, mas em seguida fechou os olhos, vendo a aproximação dele. Nicholas observou a mulher. A pele fina, os olhos fechados, os lábios entreabertos, esperando pelo beijo dele. Ele segurou o rosto dela e a beijou apaixonadamente.

E não havia mais nada.


-

Algo atormentava Britt desde o nascimento da filha. Ela amava Johanna com toda a sua alma. Gregg também amava a menina. Entretanto, ela temia que ele escondesse a decepção por ter tido a filha mulher, pra não magoa-la. O observava atentamente, mas não tirava nada concreto.

Demetria: Eu acho que isso é neurose sua. Joseph dá a vida por Victoria, porque Gregg não daria? – Perguntou, claramente.

Demetria e Britt haviam se tornado bastante amigas, desde o parto conjunto que as duas tiveram. Toda a mansão Jonas dormia agora. O marceneiro veio a tarde, e trouxe uma cama nova pro quarto de Selena e Nicholas, muito mais luxuosa que a original. A casa estava no mais completo silêncio. Mas Britt não conseguiu dormir, então recorreu a Demetria, que era a quem tinha.

Britt: É claro. Joseph tem a Diego, Demi. – Disse, passando a mão nos cabelos – Ao menos se eu conseguisse engravidar novamente, ele podia se contentar.

Demetria: Ele já se queixou? – Perguntou, confusa.

Britt: Não. Ele ama Johanna. Mas, não sei. – Ela suspirou, passando as mãos nos cabelos.

Demetria: Pare com isso. É bobagem, Britt. Gregg baba por Johanna. Logo você engravidará novamente. – Disse, tranquilizando. Britt sorriu. Queria acreditar em Demetria – Agora vou voltar pra cama. Se Joseph acordar, e eu não estiver lá, ganho problemas. – Disse, se levantando.

Demetria foi pro seu quarto, e Britt ficou pensando, sozinha. Até que ouviu o choro fino de uma bebê. Não era Rosalie, ou Victoria. Era sua Johanna. Ela reconhecia seu choro. Sorriu de canto e subiu pra ver a filha, mas parou na porta do quarto. Gregg já estava lá, e ninava a menina veementemente. Ele cantarolava algo, e alisava os cabelos da pequena, que o observava, com os olhinhos cor de topázio, quase como os dele.

Gregg: Eu te quero, bela e pálida, como sonhei que você era. – Cantarolou, e a menina sorriu, sonolenta – Eu sinto você, Johanna. – Ele sorriu de canto, vendo a filha adormecer. A musica era lenta, calma. Britt nunca ouvira. Gregg estava compondo pra Johanna, dando ritmo ao que lhe vinha na cabeça. Era típico dele. – Minha pombinha, minha querida. – Ele beijou a testa da filha, já adormecida – Você não estava na cama, aconteceu alguma coisa? – Perguntou, agora era pra Britt, mesmo sem ter olhado ela.

(Pra quem quiser ouvir, a musica que o Gregg estava cantando é um trecho da musica Johanna (Reprise), da trilha sonora do filme Sweeney Todd – O barbeiro demoníaco da rua Fleet)

Britt: Não. Apenas estava sem sono, e fui conversar um pouco com Demetria. – Justificou, entrando no quarto. O quartinho de Johanna era amarelo clarinho, com bonecas, ursinhos.

Gregg: Veja como ela dorme. Parece um anjo. – Comentou, pondo a filha no berço.

Britt: Tem o sono leve, como você. – Comentou, abraçando-o pela barriga. Gregg sorriu, e a abraçou.

Gregg: Venha, vamos dormir. – Ele selou os lábios com os da esposa, que sorriu.

Britt sorriu, e foi com ele, tranqüila. Não tinha mais medo. Ela já tivera a certeza de que precisava. Dois meses se passaram. A cama não voltou a se quebrar. Em compensação a isso, a bancada da penteadeira despencou, e se Nicholas não tivesse amparado Selena, ela teria caído. Os dois riram com isso. Mas não estamos aqui pra falar de sexo. Britt não tinha mais duvidas em relação a Gregg. Trocara farpas e mais farpas com Selena, mas não passou disso. Rosalie estava aprendendo a falar, também. Demetria e Joseph, Gregg e Britt se amavam muito. Mas não tanto quanto Selena e Nicholas. O amor deles dois era intenso demais. Dava pra ver até pelo olhar. Era um tipo de amor que rasga a pele, e deixa o sangue fluir. A única coisa que atrapalhava eram as malditas cartas, que continuavam chegando.

Demetria: Está ficando bonito. – Comentou vendo o bordado que Selena fazia. Ela tinha um projeto. Um conjunto de toalhas, alvas. Na ponta inferior ela bordava um “S&N” preto,Selena e Nicholas, obviamente. – Eu ia te dizer pra você fazer umas toalhas de renda, pra mesas, só que com a mania que vocês ganharam agora de destruir os móveis, é melhor nem desperdiçar. – Britt riu, e Suri sorriu.

Selena: Ei! – Chamou, ruborizando um pouco – Foram acidentes.

Demetria: Sei. – Desacreditou, rindo, enquanto olhava Victoria, que olhava o teto do carrinho de bebê.

Selena: Além do mais, talvez eu precise bordar outras coisas. – Sorriu, e estava clara a felicidade por trás da frase.

Britt: O que, por exemplo? – Perguntou, antes de se controlar. Selena não se deu ao trabalho de responder com ignorância. Apenas sorriu.

Selena: Roupinhas de bebê, por exemplo. – Disse, sorridente.

Britt fez uma careta, e Demetria sorriu abertamente. Mais crianças, ótimo.

Demetria: Você? Digo, você está...? – Perguntou, com os olhos brilhando como os de quem presenciava um milagre. Mas se bem que era um milagre. Se não fosse por Rosalie, Selena seria considerada estéril.

Selena: Eu não sei, ainda, mas acho que sim! – Ela sorriu, radiante, puxando a linha preta do contorno final do “N” que bordava – Minhas regras não vieram nos últimos dois meses. – Disse, animada.

Suri: O que são regras? – Perguntou, erguendo o rosto do paninho que bordava.

Britt: É algo que acontece com a mulher, todos os meses. A menos que ela esteja grávida. – Era uma boa resposta. Mas Suri não aceitava respostas evasivas.

Suri: Algo do tipo...? – Perguntou, curiosa.

Selena: Tipo... – Ela fez uma careta, pensando – Bom, vamos lá. Todos os meses a mulher passa por um período, de 5 á 7 dias, onde ela... bom, ela sangra. – Disse, fazendo uma careta. Isso era algo que ela pretendia explicar a Rosalie. Mas dali a anos, quando se tornasse necessário.

Demetria: E ela vira o DEMÔNIO. – Disse, e Selena acompanhada por Britt, riu – Considera-se a pior semana de todos os meses da vida de uma mulher.

Suri: Isso não acontece comigo. – Ela ia perguntar por onde a mulher sangrava, quando Selena cortou

Selena: É porque você ainda é muito pequena. E vamos deixar isso pra lá. – Suri assentiu, pensativa, e voltou a bordar.

Demetria: Nicholas já sabe? – Perguntou, olhando a irmã.

Selena: Ainda não, eu quero ter certeza primeiro. – Ela puxou a linha novamente – Mas logo saberá. – Sorriu, apaixonada, e deu o ponto final no bordado.


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Creditos: Samilla Dias

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