II - Amor Obscuro

Saio do meu transe, puxo minha mão lentamente e sorrio o meu sorriso de vendedora para o belo homem que vejo em minha frente. Preciso ficar indiferente, ou pelo menos aparentar indiferença né. -Até parece né, Gomez– resmunga meu inimigo numero um chamado subconsciente e mostro minha língua para ele internamente. Resolvo vestir a minha carapuça da indiferença com o Sr.Olhos Penetrantes e entro em modo profissional.

– Então senhor Jonas, o que o senhor deseja? Há alguma peça em especial que o senhor esteja querendo dá uma olhada? Um terno? Uma camisa social?- Olho ele da cabeça aos pés e noto que ele está vestido formalmente. -Com certeza é um coxinha na vida– Zomba meu subconsciente e dessa vez bato palminhas pra ele.

– Ah ele precisa de um smoking e vai experimentar um terno lindo que vi na entrada da loja. - Diz Vanessa, respondendo por ele. Ele faz cara feia pra ela, que não da à mínima revirando os olhos pra ele. Percebo que ela tem a mesma mania que eu e sorrio da coincidência.

– Está bem - Digo e olho-o novamente da cabeça aos pés. - Olha, tem um smoking que ficará perfeito no senhor, só um minutinho. - Digo e ele assente com a cabeça.

Viro-me e vou em direção aos smokings e pego um preto de seda brilhante. Giro nos pés e volto em direção a ele e mostro o smoking em minha mão com um sorriso convincente. Ele pega o smoking de minha mão, passas as mãos por ele analisando-o e me olha.

– Certo, vou levá-lo. - Ele diz, com os olhos fixos nos meus.

– Mas Nicholas, você precisa provar para ver se ficou bom mesmo. - Diz Vanessa.

– Não precisa, confio na capacidade e no bom gosto da senhorita Gomez. - Ele responde a Vanessa, sem tirar os olhos dos meus. Ruborizo na hora e resolvo quebrar nosso contato visual.

– E a senhorita pode me dizer qual a cor e aonde viu detalhadamente o terno? - Pergunto a Vanessa gentilmente.

– É um terno de linho, cor de cinza chumbo que está vestindo o manequim na vitrine da loja. -Ela diz.

– Ah só um instante que vou busca-lo pra vocês. - Sorrio e saio em busca do terno.

Ando a loja inteira rapidamente atrás do terno e não o vejo. Avisto a minha querida chefa fazendo a ronda pela loja e vou até a ela me informar se já o venderam.

– Marion, você sabe me dizer se o terno que estava na vitrine da loja já foi vendido? - Pergunto e ela me olha fixamente.

– Em primeiro lugar, não é Marion, e sim Dona Marion mocinha. Sou sua chefa e exijo respeito. - Ela me repreende e eu me assusto, pois ela nunca fez questão de ser chamada de dona. Acho que ela nota o meu susto e me da um sorrisinho sem graça e completa - Acho que vi a Caroline o vendendo agora a pouco. Por quê?

– Ah porque estou com um cliente e ele só quer esse terno. - Digo entristecida.

– Ah mais deve ter algo que ele deseje sem ser esse terno oras. É só você dar o seu jeitinho que é capaz dele comprar a loja inteira. - Ela diz debochadamente. Resolvo não ficar por baixo e respondo á altura.

– Nesse caso tenho que concordar com a senhora. - Digo dando ênfase no ''senhora''. – Fazer o que né se tenho habilidade de negociar muito bem né. - Completo e sorrio amplamente.

Vou me virando pra voltar e dar a triste noticia ao meu gastíssimo cliente e resolvo cutucar minha chefinha. Giro meus pés para encara-la novamente.

– Ah Dona Marion, a senhora já ouviu falar de um tal de Nicholas Jonas ? - Pergunto me fazendo de inocente, pois sei muito bem que ela sabe quem é.

Dizem as más línguas da loja que ele é um cliente assíduo da Newman Marcus, mas nunca o tinha visto aqui. Hoje tive a honra de conhecê-lo. Ou pesadelo né, já que não tenho o terno em mãos e apesar de ser sexy e apetitoso, o Senhor Jonas não me parece que sabe relevar as coisas numa boa.

– Nicholas Jonas? - Ela empalidece. - Porque está perguntando isso? - Ela se altera.

– Ah porque é ele o meu cliente, o que está querendo o terno sabe e estou perguntando por que talvez a senhora saiba como enrolá-lo com outra compra né. - Digo disfarçando meu sorriso triunfante ao ver seu pânico.

– Ai meu Deus, porque não disse antes ? Tem um único desse terno que ele quer lá no estoque. Vai logo e pegue ele antes que alguém chegue antes e o venda. Não podemos deixar Nicholas Jonas esperando. - Ela diz e me fita furiosa a me ver parada. – Corre SeSelly! - Ela diz nervosa.

Resolvo ignorar sua fúria e vou andando lentamente até o estoque e logo encontro o terno. Nossa essa Vanessa parece ter bom gosto mesmo, o terno é lindo. Também né deve custar o meu salário aqui. Não vou nem me dar ao trabalho de ver o preço.

Vinte minutos depois, chego a ala masculina da loja e ouço Nicholas praguejando. Resolvo dar uma olhadinha antes de encará-lo e vejo Vanessa o ignorando. Respiro fundo e resolvo encarar a fera.

– Desculpe a demora, mas é que o terno que a senhorita viu no manequim foi vendido minutos antes. - Digo me desculpando e ela faz bico. – Mas - Digo, tirando o terno que estava escondendo atrás de mim e ela saltita. - Consegui achar outro do mesmo. E esse é o ultimo que sorte vocês tem viu. – Digo sorrindo

– Sorte mesmo seria se a senhorita não demorasse tanto. - Resmunga Nicholas. Vanessa revira os olhos pra ele e eu não me deixo abater pelo seu comentário infeliz.

– Ah, mas pode deixar que vou recompensar a demora Sr. Jonas, estarei aqui para atendê-lo como o senhor desejar, pode ter a pSelly certeza que valerá a pena. - Digo o meu ''texto enrola clientes'' e dou meu melhor sorriso de atendente.

Ele me olha de cima a baixo e dar um sorriso de molhar a calcinha de qualquer uma. -¡Dios mío, me muero– Ronrona em espanhol a minha deusa interior e desmaia logo em seguida.

– Já que a senhorita está dizendo com tanta convicção, vou lhe dar um voto de confiança. - Ele se aproxima, olha dentro dos meus olhos e sussurra. - Espero não me decepcionar. - Ruborizo e sinto um tremores passar por meu corpo ao ouvir sua voz.

Passo as três horas seguintes, servindo ao Sr. Jonas como uma enorme rapidez e eficiência. -Um deus grego desse, quem não serviria né ?!– Zomba meu subconsciente e eu concordo com ele.

Estamos Vanessa e eu, esperando o Sr. Jonas sair da cabine com o bendito terno que ela escolheu para ele.

Essa é a ultima peça de roupa que ele deixou para provar, já que Vanessa está aflita, ou melhor, dizendo, enlouquecida para vê-lo no terno. E de todas as roupas que ele escolheu para levar, quero dizer, que eu lhe mostrei e ele aceitou todas depois de fazer várias perguntas sobre cada peça, acho que estava tentando me irritar, dando de cliente chato e indeciso.

Enfim ele caiu em si e notou o meu bom gosto pra roupa. Modestamente tenho que concordar, depois que passei um verão inteiro ajudando a Sra. Lovato, mãe de minha amiga Demi, no seu ateliê, desencadeei um bom gosto para a moda. E graças a esse bom gosto, minha comissão extra será gordinha esse mês. Ah Sr. Jonas, a-d-o-r-o clientes como o senhor.

Estou sorrindo com meus pensamentos maléficos quando ele sai da cabine. Paro de sorrir, meu queixo cai na hora e a única reação que tenho e comer com os olhos o belo monumento a minha frente. Mordo o lábio de nervoso, o olhando de baixo à cima e quando meus olhos alcançam os seus, percebo que ele está me fitando com os olhos em um cinza, da cor do terno. O silêncio se instalou no ambiente e só fitamos um ao outro. Mordo meu lábio com mais força e logo ele pigarreia. Vanessa, que estava de costas, se vira e dá pulinhos afirmando que também gostou do que viu.

– Ah você está um gato Nick, não é mesmo SeSelly? uauuuuuuu. - Ela imita um gato, eu não me contenho e caio na gargalhada. Olho para Nicholas e ele só sorri. – Responde Selly, meu irmão não está um gato? - Ela pergunta novamente, dando ênfase no irmão.

– É senhorita Gomez, como estou? - Ele pergunta, dando uma voltinha e eu tenho a visão total desse homem-E que homem viu– Se abana minha deusa interior, que a essa hora está toda ofegante. Olho nos olhos dele e ele estão com um sorriso de lado e os olhos fervendo de uma coisa que não identifico direito o que é. Será luxuria? Divertimento? Ou será que escutou minha deusa interior? Ruborizo com essa ultima pergunta interna e ele percebe, pois seu sorriso fica mais amplo. Vanessa me encara sorridente, então pigarreio e resolvo sair logo dessa saia justa.

– Sim, o senhor está um gato Sr. Jonas. Sua irmã tem toda razão. E bom gosto também. - Sorrio, e olho rapidamente para Vanessa, pois não consigo mais olhar para esse homem a minha frente que está se divertindo com minha saia justa.

– Ah, agora só falta uma gravata pra combinar. Terno novo, gravata nova. - Diz Nicholas.

– Com isso não precisa se preocupar maninho, já peguei uma linda que achei e vai ficar linda em você. - Ela puxa uma gravata de seda marrom que estava em cima do assento atrás dela.

Ela a entrega para Nicholas que a pega e olha minuciosamente, e então quando está prestes a coloca-la envolta do pescoço, resolvo interferir com meu gosto.

– Ah só um minutinho Sr Jonas. - Ele para o que está fazendo e me encara tranquilamente. Resolvo não me intimidar por sua aparência dominante, já me intrometi vou até o fim. – . é que eu tenho uma gravata aqui que eu tenho certeza que vai ficar linda com esse terno. E combinará com os seus olhos. - Digo sorrindo.

Ele continua parado, esperando minha reação.

Eu me viro e vou até onde ficam as gravatas da loja, vendo uma a uma rapidamente até que a acho: A Gravata. Sempre fui apaixonada com essa gravata, planejava dar de presente para um namorado, quando eu tivesse um né. E como ninguém nunca quis compra-la, vou tentar vende-la para ele. Não é meu namorado, e nunca será né, mas sei que ficará linda nele. Ainda mais com aqueles olhos cinza.

Volto para perto dele, deslizo meus dedos sobre a gravata de seda cinza em minhas mãos e a estico na frente dele. Ele sorri, então resolvo ser mais ousada. Aproximo-me mais e passo a gravata por seu pescoço e o puxo pra mais perto de mim com as pontas da gravata. Seu sorriso aumenta e pelo canto de olho vejo Vanessa bater palminhas.

– Posso? - Pergunto, me referindo ao ato de dar o nó na gravata.

Ele pensa por um instante e então acena positivamente com a cabeça. Aproximo-me e dou um perfeito nó na gravata, enquanto ele me fita fixamente. Mordo meu lábio e sinto-o suspirar. Acabo de dar o nó, ajeito-a e alisando-a junto à camisa branca em seu peitoral e sinto seu corpo enrijecer ao meu toque. Ele prende a respiração e quando olhos para seus olhos, eles estão arregalados, como se sentisse alguma dor. Logo recuo, dando dois passos para trás e deixo minhas mãos penderem uma de cada lado do meu corpo. Notando minha distancia, o vejo soltar a respiração num suspiro pesado.
Olho para o lado e me dou conta de que estamos sozinhos. Graças a Deus a irmã dele não estava mais aqui pra ver essa cena embaraçosa. Volto a olhar pra ele e noto que ele está me fitando incrédulo de algo.

– Desculpe. - Sussurro e é só isso que consegue sair de minha boca. -Cadê sua ousadia e alegria em SSelly Espaçosa Idiota Gomez– meu subconsciente grita comigo.

Ele continua a me olhar, só que dessa ver com um olhar glacial que chega a me doer a espinha. Vira-se e vai olhar as outras gravatas, me ignorando. Resolvo ficar muda. Que cara estranho, uma hora é só olhos e sorrisos maliciosos e de um minuto para o outro totalmente frio.

O silencio dura tempos, até que ele resolve quebrá-lo.

– Que gravatas a senhorita me indica? - Ele diz ainda sem me olhar.

Aproximo-me dele e começo a escolher as gravatas, e mesmo sem olhar pra ele, sei que ele agora está me fitando, já que sinto uma sensação estranha passar por todo meu corpo. Escolho três gravatas que sempre achei lindas e acho que combinará com aqueles olhos. Respiro fundo e me viro de frente para ele.

– Olha senhor Jonas eu lhe indico essas três gravatas de seda. - Levanto as gravatas até a altura de seus olhos. Uma verde água, outra azul celeste e uma preta.

Ele inclina a cabeça pro lado e me fita por um momento.

– E porque as três de seda? - Pergunta, acabando com o silencio perturbador que havia se instalado entre nós.

– Porque acho que ficará bem no senhor. Combinará com seus olhos. - Murmuro olhando nos seus olhos.

– E com qual cor de terno a senhorita me aconselha a combiná-las? - Ele pergunta prendendo meu olhar no seu.

– A preta, aconselho o senhor a usá-la com um terno claro, cinza por exemplo. A azul e a verde acho que combinará mais com ternos escuros, pois se sobressairá contrastando com a cor dos seus olhos. - Murmuro ainda com os olhos fixos nos seus.

– A senhorita gosta muito de seda? - Murmura.

– Das gravatas, sim. - Respondo rapidamente. Ele se aproxima de mim ainda olhando nos meus olhos e quase perco o fôlego.

– E dos meus olhos SeSelly ? - Ele diz meu nome pela primeira vez com a voz rouca e os olhos brilhando.

Mordo meus lábios e nesse momento Vanessa entra como um furacão e nos afastamos rapidamente. Ela diz algo a Nicholas que não sei bem o que é, já que só escuto as batidas do meu coração nos meus tímpanos nesse exato momento.

– Mas alguma coisa que o senhor deseja senhor Jonas? - Pergunto e ele só acena negativamente com a cabeça.

Viro-me para Vanessa.

– E a senhorita, deseja algo mais?- Digo e ela sorri.

– Não SeSelly, e pode me chamar de Nessa. Não sei por que mais gostei muito de você. - Ela diz me abraça e em seguida sussurra em meu ouvido – E meu irmão também viu. - Me dá um beijo na bochecha e se afasta.

Acompanho-os até o caixa, e quando vejo está sem um atendente. Olho rapidamente para minha chefa que logo percebe a falta de funcionário no caixa e faz cara feia. Resolvo então dar jeito á-lá-Selly, nessa saia justa. Direciono-me para trás do caixa e os atendo prontamente. Estou embalando as compras quando Vanessa começa a me perguntar sobre minha vida.

– Então Selly, vou te chamar assim tá bom?! - Balanço a cabeça em concordância. Ela sorri e continua. - Você trabalha até que horas aqui na Newman ?

– Até às sete da noite. - Respondo e percebo que Nicholas ouve nossa conversa atentamente.

– Hum, então que tal amanhã eu passar aqui pra te buscar e tomarmos algo hein? - Ela diz na expectativa.

– Ah hoje é meu ultimo dia aqui na Newman. E amanhã tenho compromisso já, mas obrigada pelo convite. - Digo e sorrio num pedido de desculpas.

– Hum, entendi. Vai sair com algum namorado? - Ruborizo com sua pergunta direta e noto Nicholas olhando bem interessado na minha resposta.

– Não, não é nenhum namorado. - Digo, olhando pras sacolas em que coloco as roupas.

– Mas tem algum? - Olho pra ela e vejo-a sorrindo descaradamente da minha face corada, que creio que a está altura da conversa está igual a um tomate.

– Não. - Digo num sopro, logo David vem a minha mente e quando dou por mim completo a frase – Não ainda. - Olho para Nicholas e noto que sua feição agora está carrancuda e com os olhos gélidos.

Levanto as sacolas para entregar a eles quando Nicholas, toma as sacolas da minha mão antes mesmo de eu falar algo e sai em disparada à saída. Vanessa me dar um sorriso se despedindo e sai logo em seguida. Eu hein, que homem mais estranho. Com certeza é bipolar, só pode viu.

*********

As horas se passam e já está começando a noite. Olho no relógio e noto que são sete da noite. Chegou a hora de dizer adeus a essa loja, cujo qual fui muito bem tratada, exceto pela minha chefe que é uma vaca gorda. Sorrio com o pensamento e me encaminho para o lugar onde os funcionários guardam seus pertences. Chego e vou direto a onde estão minhas coisas. Que estranho, sempre tem alguém aqui fofocando e agora está vazio. Bem que bom, pelo menos fico a vontade pra pensar no tremendo dia de hoje. Tinha que sair da Newman Marcus em grande estilo né, com um dia avassalador. Que homem é aquele gente, passei as 3 horas seguintes do trabalho pensando nele.

Pego todas minhas coisas e quando me viro, fico como uma estátua, tamanho o choque com o que vejo. Estão todas as meninas da loja parada diante de mim com chapéus de festinha e confetes. Minha chefa entra no recinto com uma cesta enorme na mão, seguida de mais três mocinhas: as duas primeiras empurrando um carrinho de doces e salgados respectivamente e a ultima empurrando um carrinho com um bolo. Meus olhos se enchem de lagrimas e minha chefa se aproxima. Entrega-me a cesta e me dar um abraço apertado. Sou pega de surpresa por esse gesto da parte dela, mas sinto a gentileza e sinceridade dela nesse abraço. Ela se afasta um pouco me olha de cima à baixo e sorrir, com lagrimas nos olhos.

– Obrigada Selena, por nos prestigiar com sua companhia entre nós. Confesso que peguei muito no seu pé né mocinha. - Ela leva as mãos no me rosto, acaricia e me olha com ternura. Dou um sorriso de concordância. – Mas quero que saiba que sempre gostei de você Selly. Você é uma menina muito doce e especial. E muito faladeira também né. - Ela diz e todas riram. – Sempre com uma respostinha na ponta da língua né, mas confesso adorava quando você vinha e batia de frente comigo. E me dava nos nervos também porque eu sempre perdia para os seus argumentos inteligentes. Mas agora estamos aqui olhando uma para a outra e sorrindo de nossas desavenças. E me vem à cabeça que não terei mais minha cabeça dura de língua afiada para debater comigo. - Ela pausa e faz bico. – Mas quero que saiba que te desejo tudo de bom nessa vida viu, pois apesar de pegar muito no seu pé e às vezes extrapolar com você, eu tenho você como uma filha minha e quero que tudo pra você de certo viu menina. E se não der, você pode correr pra mim que eu estarei sempre aqui para o que você precisar viu. - Ela segura meus rosto com as duas mãos e me dá um beijo terno na testa e em seguida olha nos meus olhos e completa. - Saiba que tenho um carinho enorme por você e desculpa qualquer coisa mocinha. Principalmente mais cedo, quando exigir que me chamasse de dona.

Limpo minhas lagrimas que a essa altura já lavou todo meu rosto e tomo fôlego para responder aquela demonstração enorme de carinho.

– Ah que nada Marion, também tenho um carinho enorme por você, apesar de nossas diferenças. Sei que tudo o que fez para mim aqui nessa loja foi pra me ajudar, até as suas exigências consigo compreender. Apesar de não ter gostado muito na hora né. - Sorrio e ela também do modo que falo.

Viro-me para todas a meninas e digo em voz alta

– Vou sentir muita falta de todas vocês viu. Das risadas, das fofocas, das discussões, de tudo. Vocês estão em meu coração para sempre. Amei o tempo em que passei aqui na Newman com vocês e sou muito grata a cada uma de vocês pelo carinho. Eu A-D-O-R-O vocês minhas meninas. - Digo entre lagrimas, jogo beijo para todas e me viro para Marion e completo. – E pode deixar que já passei por cima do seu ataque de pelanca mais cedo Marion. - Sorrio e ela me olha incrédula com o que falei.

– Olha a boca menina, RUM. - Ela faz cara feia, mas falha miseravelmente e em seguida cai na gargalhada junto com todas.

A ultima hora passou com todas comemorando minha despedida e resolvo que já está na hora de partir, David deve está mofando lá fora me esperando. Despeço-me de cada uma, pego minhas coisas e minha cesta e ando em direção à saída. Olho para trás dando a ultima olhada no lugar onde conheci varias pessoas legais e aperfeiçoei meu instinto para a moda.

Giro nos pés e volto a andar até que me deparo com um moreno, alto, dono de um corpo invejável de costas para mim. Ele se vira de frente e me dou conta de que é David me esperando, encostado no seu carro. Paro instantaneamente.

Realmente Demi tem razão, não sei como ainda não correspondi os sentimentos dele viu. David é um homem muito atraente, não como o Sr. Jonas. -Ai Gomez esquece esse homem impossível– Resmunga meu subconsciente. E tenho que concordar com ele. Quando que um homem daqueles iria se interessar por uma garota como eu. Com certeza ele prefere as mulheres mais experientes e não uma ''meia virgem'' como eu né. Mas pelo menos tenho David, um cara muito legal e lindo com seu jeito latino de ser, pele morena, cabelos pretos e dono de olhos verdes brilhantes muito atraentes, como o dono. Não sinto nada além de um carinho enorme por ele, mas quem sabe não aprendo a gostar dele?! Vou pelo menos tentar.
Saio do meu transe quando me dou conta de que ele está me fitando com um sorriso de desmaiar as deusas interiores de todas as latinas... Menos a minha. Ela é exigente demais, só desmaia por homens impossíveis. Sorrio com meu pensamento e me aproximo mais dele...



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Creditos Angel