Demetria: SELENA! – Gritou, assustada, quando a irmã entrou em casa.
Britt: Meu Deus. – Exclamou, ao ver o estado da morena.
Selena estava em estado catastrófico. Seus lábios estavam roxos, vermelho-escuro, cor de sangue seco, coloridos pelo sangue de Nicholas. O vestido branco, bonito, estava todo manchado de sangue, rasgado. Haviam dois curativos: um em sua mão e outro no outro braço. O lado esquerdo de sua testa estava lavado em sangue, e o lado direito do pescoço escorria sangue seco até o colo, sumindo no decote, manchando o vestido. A boca dela estava partida, e os olhos inchados.
Demetria: Joseph! – Ela se apressou ao marido – O que houve?!
Joseph: Depois eu explico. Tenha calma. – Ele beijou a testa da esposa.
Demetria: Selly, você está bem?
Selena: Não. – Ela ergueu o
olhar pra irmã, suspirou e tomou as escadas, fraca, rumo ao seu quarto – Demetria,
escreva a Henry. Conte o que aconteceu. Peça que venha, o mais rápido possível.
– Pediu, com a voz rouca, e Demetria assentiu.
Selena foi ao seu quarto, e lá a dor lhe invadiu. Tudo ali lembrava ele. Ela olhou a cama, e se lembrou do riso travesso dele, rouco, quando os dois, em plena paixão, quebraram a cama antiga. Podia ver ele ali, perto do berço de Rosalie, ou parado na porta do banheiro, observando-a. Ela terminou de rasgar o resto do vestido, sem paciência pra isso. Estava perdido mesmo. Tomou um banho longo, e viu o sangue ir pro ralo junto com a agua. Pelo menos não tivera nenhum sangramento intimo, o que significava que se realmente estivesse grávida, não perdera o filho. Ela lavou os cabelos, o rosto. Pode sentir o longo corte por debaixo dos fios pretos, mas não deu atenção a ele, nem a dor que sentiu quando a espuma o tocou. Ela se enxaguou, se secou, e saiu do banheiro. Pegou o kit de primeiros socorros, e tirou as ataduras do braço. Poderia ter sido pior, ela pensou, vendo a queimadura do acido. Estava ferido, sim, mas muito menos do que o rosto de Samatha. Achava até que poderia se curar daquilo sem marcas, se se tratasse corretamente. Ela trocou o curativo do braço e da mão, fez novos e limpos. Passou uma pomada no corte da cabeça e da nuca, vestiu o espartilho e a calcinha, e assim ficou. Foi quando Demetria chegou.
Demetria: selly?
Selena: Entra. – Disse, sem vida. Demetria entrou no quarto.
Demetria: Eu trouxe isso pra você. – Ela mostrou um prato com algo que lembrava uma canja, uma sopa, Selena não sabia dizer. – Joseph me contou o que houve.
Selena: Não quero, obrigado. – Ela rejeitou, pegando um vestido no guarda-roupas – Eu estou voltando pro hospital. Quero ficar com ele.
Demetria: Selly, você teve um dia difícil. Se estiver mesmo grávida, pense no bebê. – Censurou, oferecendo novamente a sopa.
Selena foi ao seu quarto, e lá a dor lhe invadiu. Tudo ali lembrava ele. Ela olhou a cama, e se lembrou do riso travesso dele, rouco, quando os dois, em plena paixão, quebraram a cama antiga. Podia ver ele ali, perto do berço de Rosalie, ou parado na porta do banheiro, observando-a. Ela terminou de rasgar o resto do vestido, sem paciência pra isso. Estava perdido mesmo. Tomou um banho longo, e viu o sangue ir pro ralo junto com a agua. Pelo menos não tivera nenhum sangramento intimo, o que significava que se realmente estivesse grávida, não perdera o filho. Ela lavou os cabelos, o rosto. Pode sentir o longo corte por debaixo dos fios pretos, mas não deu atenção a ele, nem a dor que sentiu quando a espuma o tocou. Ela se enxaguou, se secou, e saiu do banheiro. Pegou o kit de primeiros socorros, e tirou as ataduras do braço. Poderia ter sido pior, ela pensou, vendo a queimadura do acido. Estava ferido, sim, mas muito menos do que o rosto de Samatha. Achava até que poderia se curar daquilo sem marcas, se se tratasse corretamente. Ela trocou o curativo do braço e da mão, fez novos e limpos. Passou uma pomada no corte da cabeça e da nuca, vestiu o espartilho e a calcinha, e assim ficou. Foi quando Demetria chegou.
Demetria: selly?
Selena: Entra. – Disse, sem vida. Demetria entrou no quarto.
Demetria: Eu trouxe isso pra você. – Ela mostrou um prato com algo que lembrava uma canja, uma sopa, Selena não sabia dizer. – Joseph me contou o que houve.
Selena: Não quero, obrigado. – Ela rejeitou, pegando um vestido no guarda-roupas – Eu estou voltando pro hospital. Quero ficar com ele.
Demetria: Selly, você teve um dia difícil. Se estiver mesmo grávida, pense no bebê. – Censurou, oferecendo novamente a sopa.
Selena: Não é necessário. Cuide
de Rosalie por mim. – Pediu, escovando o cabelo sem paciência.
Então Selena partiu. Seu vestido era simples, cinza. Era a cor que sua alma estava agora. Selena chegou sozinha ao hospital. Caminhou até o quarto do marido, mas não conseguiu se privar de ouvir a conversa que Gregg tinha com o médico, ambos dentro do quarto. Ela parou atrás da porta, e aguçou os ouvidos.
Médico: ... Mas tudo depende da reação dele nas próximas 48 horas. A bala atingiu em cheio órgãos vitais do sistema dele, e a reabilitação é complicada. Mas, como disse, tudo depende da reação dele. Nós estamos fazendo o que podemos.
Gregg: Tudo bem. – Ele respirou fundo – Com sua experiência profissional. Qual a sua opinião.
Médico: Sinceramente? – Gregg assentiu uma vez – É complexo demais. Segundo o que eu sei, ele não passa dessa noite. – Gregg passou a mão no cabelo, suspirando.
Selena recebeu aquilo como um murro no estomago. Ele não passa dessa noite. Ela ergueu o rosto, olhando o enorme relógio no final do corredor. A noite só estava começando.
Gregg: Selena? – Chamou, olhando a porta. A loura empurrou a porta com a mão, abrindo-a. A maxilar dela estava trancada em uma linha dura, e Gregg sabia do que ela tinha ouvido.
As horas se passaram, e Selena não saia do lado do marido. Seu desespero era tão grande que chegava a sufoca-la. A cada segundo que passava, ela pensava que poderia ser o ultimo. Até que uma voz a chamou.
Henry: Selly? – Chamou, batendo de leve na porta do quarto.
Selena: Henry! – Ela se levantou dos pés da cama e correu, em seu pranto, abraçando o irmão.
Henry já havia vindo sem saber do ocorrido. Fora visitar Selena, e soube do que acontecera, então foi direto pro hospital. Ele acolheu a irmã num abraço, deixando ela chorar o que podia. Depois, contou o estado de Nicholas, e voltou pro lado do marido. Henry se sentou numa cadeira no quarto, e Gregg se sentou perto dele. O choro de Selena não parava. Ela chorava em silêncio, com a mão segurando a do marido. Henry puxava assunto, tentando descontrair o ambiente. Gregg ajudava como podia.
Selena: Quando eu estava em casa,
na casa do nosso pai. Helena conversou comigo.
Henry: Conversou? – Perguntou, se distraindo. Não sabia disso.
Selena: Ela me disse pra fugir. – Duas grossas lágrimas caíram do olhar de Selena – Me disse pra ir embora, pra levar Rosalie. Me pediu por tudo pra não voltar pra ele. – Disse, olhando o marido.
Gregg: Mas, porque? – Perguntou, tomando a pergunta da boca de Henry.
Selena: Porque eu o amava demais. – Ela disse, apertando a mão do marido, e sua voz falhou no choro no fim da frase – Eu o amava mais que a mim mesma. Ela disse que eu ia me machucar. Que eu ia sofrer.
Henry: Olhe, pense pelo lado positivo. Não vai demorar a amanhecer. – Selena soluçou, pondo uma mão na boca. – Ele está resistindo. – Gregg olhou pra Henry, erguendo a sobrancelha. Nicholas ia de mal a pior. E ainda faltavam 4 horas pra amanhecer.
O médico apareceu minutos depois, pra verificar Nicholas. Fazia isso de 10 em 10 minutos. Dessa vez sua cara não foi muito boa. Ele chamou Gregg.
Médico: Tire ela de perto dele. – Murmurou pra Gregg, e o ruivo entendeu a mensagem.
Henry: Porque? – Perguntou, querendo ouvir o obvio. Seu coração estava apertado. Selena não sobreviveria a isso.
Médico: Os batimentos cardíacos estão parando. A pulsação está cada vez mais fraca, sem contar a febre, que não cede. – Ele respirou fundo, sendo mais claro – Ele está indo, sr. Gomez. Está morrendo, e não há nada que possamos fazer. – Ele olhou pro chão – Eu sinto muito.
Selena ouviu o “sinto muito” e se agarrou a Nicholas. Seu choro se desesperou ainda mais. O rosto da loura estava lavado em lágrimas.
Selena: Não me deixe. – Implorou, murmurando no ouvido dele. – Fique aqui. Cumpra sua promessa, meu amor. – Pediu, acariciando o rosto dele. Nicholas estava ficando frio.
Henry: Conversou? – Perguntou, se distraindo. Não sabia disso.
Selena: Ela me disse pra fugir. – Duas grossas lágrimas caíram do olhar de Selena – Me disse pra ir embora, pra levar Rosalie. Me pediu por tudo pra não voltar pra ele. – Disse, olhando o marido.
Gregg: Mas, porque? – Perguntou, tomando a pergunta da boca de Henry.
Selena: Porque eu o amava demais. – Ela disse, apertando a mão do marido, e sua voz falhou no choro no fim da frase – Eu o amava mais que a mim mesma. Ela disse que eu ia me machucar. Que eu ia sofrer.
Henry: Olhe, pense pelo lado positivo. Não vai demorar a amanhecer. – Selena soluçou, pondo uma mão na boca. – Ele está resistindo. – Gregg olhou pra Henry, erguendo a sobrancelha. Nicholas ia de mal a pior. E ainda faltavam 4 horas pra amanhecer.
O médico apareceu minutos depois, pra verificar Nicholas. Fazia isso de 10 em 10 minutos. Dessa vez sua cara não foi muito boa. Ele chamou Gregg.
Médico: Tire ela de perto dele. – Murmurou pra Gregg, e o ruivo entendeu a mensagem.
Henry: Porque? – Perguntou, querendo ouvir o obvio. Seu coração estava apertado. Selena não sobreviveria a isso.
Médico: Os batimentos cardíacos estão parando. A pulsação está cada vez mais fraca, sem contar a febre, que não cede. – Ele respirou fundo, sendo mais claro – Ele está indo, sr. Gomez. Está morrendo, e não há nada que possamos fazer. – Ele olhou pro chão – Eu sinto muito.
Selena ouviu o “sinto muito” e se agarrou a Nicholas. Seu choro se desesperou ainda mais. O rosto da loura estava lavado em lágrimas.
Selena: Não me deixe. – Implorou, murmurando no ouvido dele. – Fique aqui. Cumpra sua promessa, meu amor. – Pediu, acariciando o rosto dele. Nicholas estava ficando frio.
Henry: Selly, venha. – Ele pegou
o braço dela.
Selena: Não! – Ela se agarrou ao marido.
Henry: Não adianta, venha comigo. – Ele insistiu, puxando ela.
Selena não foi. Henry olhou o médico, e viu a alerta no olhar dele. Podia ser a qualquer momento. Henry se abaixou e pegou ela pela cintura, puxando-a a força de perto dele.
Selena: Não! – Ela se agarrou ao marido.
Henry: Não adianta, venha comigo. – Ele insistiu, puxando ela.
Selena não foi. Henry olhou o médico, e viu a alerta no olhar dele. Podia ser a qualquer momento. Henry se abaixou e pegou ela pela cintura, puxando-a a força de perto dele.
Selena: HENRY, NÃO! – Ela gritou
se debatendo – NICHOLAS! NÃO! ME LARGA, HENRY! – Henry arrastou ela pra fora do
quarto, ela gritava e chorava.
Quando Henry a colocou no chão, fora do quarto, ela virou-se instintivamente, e viu Nicholas suspirar fundo e ficar imóvel. Gregg puxou Selena nos braços fortes e tirou a loura do caminho, enquanto a equipe de médicos entrava rapidamente no quarto onde Nicholas estava. Henry tomou a irmã nos braços de novo, e a prendeu, impedindo-a de se soltar. Selena viu os médicos, após medirem a pulsação de Nicholas, começarem a tentar reanima-lo. Selena tremia dos pés a cabeça. Um médico pôs as mãos juntas no peito de Nicholas, e deu três empurrões fortes e rápidos. Quando parou, um segundo médico soprou ar pra dentro dos pulmões dele. Fizeram de novo, e mais uma vez.
Selena: Por favor. – Ela murmurou, em lágrimas, olhando o marido.
A mente de Nicholas estava escura, escura demais. Ele não sentia seu corpo. Sentia frio, e sentia dor. Até que perdeu a capacidade pra tudo. A escuridão o engoliu, e ele a aceitou de bom grado. Até que ouviu um gemido, que não vinha dele. “Por favor”, ela pedira. Então Selena passou pela escuridão como um raio de luz, e ele não ia desistir. Abraçou o frio e a dor novamente, obrigando seu coração a bater. Na quarta vez que os médicos fizeram o procedimento, Nicholas se moveu. Ele respirou fundo. E tossiu. Selena parou de se debater e sorriu, vendo os médicos se acalmarem. Ele voltou.
Médico: Então. – Ele tentou falar, mas Selena ainda estava lá.
Selena: Eu sou a mulher dele, que tal começar a falar na minha frente? – Perguntou, impaciente, e com o rosto lavado de lágrimas.
Médico: Tudo bem. Está vivo. – Selena sorriu – Mas não está bem. Nós entramos com remédios contra a febre. Agora é rezar pra que o quadro melhore. Se a febre ceder, podemos ter esperança.
Selena: Tudo bem. – Ela murmurou, com o pânico voltando ao seu peito. Ela tentou voltar ao quarto, mas Henry ainda a segurava – Que demônio, David Henry, me solte! – Exigiu, se debatendo. Henry riu e a soltou.
Selena correu de volta ao quarto, e pegou o rosto de Nicholas entre as mãos. Ele queimava de febre. Ela beijou-lhe os lábios levemente.
Quando Henry a colocou no chão, fora do quarto, ela virou-se instintivamente, e viu Nicholas suspirar fundo e ficar imóvel. Gregg puxou Selena nos braços fortes e tirou a loura do caminho, enquanto a equipe de médicos entrava rapidamente no quarto onde Nicholas estava. Henry tomou a irmã nos braços de novo, e a prendeu, impedindo-a de se soltar. Selena viu os médicos, após medirem a pulsação de Nicholas, começarem a tentar reanima-lo. Selena tremia dos pés a cabeça. Um médico pôs as mãos juntas no peito de Nicholas, e deu três empurrões fortes e rápidos. Quando parou, um segundo médico soprou ar pra dentro dos pulmões dele. Fizeram de novo, e mais uma vez.
Selena: Por favor. – Ela murmurou, em lágrimas, olhando o marido.
A mente de Nicholas estava escura, escura demais. Ele não sentia seu corpo. Sentia frio, e sentia dor. Até que perdeu a capacidade pra tudo. A escuridão o engoliu, e ele a aceitou de bom grado. Até que ouviu um gemido, que não vinha dele. “Por favor”, ela pedira. Então Selena passou pela escuridão como um raio de luz, e ele não ia desistir. Abraçou o frio e a dor novamente, obrigando seu coração a bater. Na quarta vez que os médicos fizeram o procedimento, Nicholas se moveu. Ele respirou fundo. E tossiu. Selena parou de se debater e sorriu, vendo os médicos se acalmarem. Ele voltou.
Médico: Então. – Ele tentou falar, mas Selena ainda estava lá.
Selena: Eu sou a mulher dele, que tal começar a falar na minha frente? – Perguntou, impaciente, e com o rosto lavado de lágrimas.
Médico: Tudo bem. Está vivo. – Selena sorriu – Mas não está bem. Nós entramos com remédios contra a febre. Agora é rezar pra que o quadro melhore. Se a febre ceder, podemos ter esperança.
Selena: Tudo bem. – Ela murmurou, com o pânico voltando ao seu peito. Ela tentou voltar ao quarto, mas Henry ainda a segurava – Que demônio, David Henry, me solte! – Exigiu, se debatendo. Henry riu e a soltou.
Selena correu de volta ao quarto, e pegou o rosto de Nicholas entre as mãos. Ele queimava de febre. Ela beijou-lhe os lábios levemente.
Médico: Posso fazer alguma coisa
pela senhora? – Perguntou, meio receioso. Selena explodia com muita facilidade.
Selena: Pode. – Disse, acariciando o rosto do marido – Não deixe que ele sinta dor. – Pediu, com a voz falhando pelo choro nervoso.
Selena: Pode. – Disse, acariciando o rosto do marido – Não deixe que ele sinta dor. – Pediu, com a voz falhando pelo choro nervoso.
O médico atendeu o pedido de Selena,
e acrescentou uma dose generosa de morfina na veia dele. Nicholas pareceu mais
tranqüilo, segundos depois de receber o remédio. Sua respiração se normalizou,
e ele voltou a serenidade mórbida em que se encontrava. Ele lutaria até o fim.
Henry: Selly, eu estou indo
comprar um café, você quer? – Perguntou, tempos depois.
O dia ameaçava amanhecer. Selena não desgrudara os olhos de Nicholas em momento algum. Havia parado de chorar a alguns minutos, agora apenas segurava a mão dele.
Selena: Não, obrigada. – Ela tocou na testa do marido, que soava. Henry ia saindo – Henry! – Chamou, de súbito.
Selena se lembrou de algo que Helena sempre fizera em Demetria, quando era pequena. A menina era frágil, e se machucava com tudo. Consequentemente, tinha febre frequentemente.
Selena: Eu quero uma bacia com agua fria, e toalhas. – Disse, decidida, erguendo o rosto pra ele.
Henry saiu do quarto, e foi atrás do que a irmã pediu. O médico não liberou, mesmo com a insistência do rapaz. Mas Selena estava irredutível.
Médico: Senhora Jonas, por favor... – Interrompido.
Selena: Que demônio, eu não quero ficar muito tempo longe dele. Mande entregarem no meu quarto o que eu pedi. Agora. – Disse, dura, com o maxilar trancado.
Médico: Eu não posso fazer isso. Me perdoe. – Ele negou, olhando-a.
Selena: Tem noção de com quem você está lidando? – Rosnou, irritada.
Médico: Tenho. – Respondeu, cauteloso.
Selena: Meu marido está queimandoem febre. O que eu puder fazer, eu vou fazer. E
acredite, não vai ser você que vai me impedir. – Ameaçou – Bonita sala, Doutor.
– Ela disse, se afastando da mesa dele, olhando ao redor da sala. Haviam vários
quadros na parede, várias peças de vidro – Eu vou voltar pro lado do meu
marido. Se em 5 minutos eu não tiver o que pedi, vou voltar, e vou quebrar essa
sala, canto por canto. – Ela andou impacientemente até a porta, e quando se
virou, viu a careta no rosto do médico, ele já estava pálido – Acredite, eu
cumpro uma promessa, quando faço uma.
O dia ameaçava amanhecer. Selena não desgrudara os olhos de Nicholas em momento algum. Havia parado de chorar a alguns minutos, agora apenas segurava a mão dele.
Selena: Não, obrigada. – Ela tocou na testa do marido, que soava. Henry ia saindo – Henry! – Chamou, de súbito.
Selena se lembrou de algo que Helena sempre fizera em Demetria, quando era pequena. A menina era frágil, e se machucava com tudo. Consequentemente, tinha febre frequentemente.
Selena: Eu quero uma bacia com agua fria, e toalhas. – Disse, decidida, erguendo o rosto pra ele.
Henry saiu do quarto, e foi atrás do que a irmã pediu. O médico não liberou, mesmo com a insistência do rapaz. Mas Selena estava irredutível.
Médico: Senhora Jonas, por favor... – Interrompido.
Selena: Que demônio, eu não quero ficar muito tempo longe dele. Mande entregarem no meu quarto o que eu pedi. Agora. – Disse, dura, com o maxilar trancado.
Médico: Eu não posso fazer isso. Me perdoe. – Ele negou, olhando-a.
Selena: Tem noção de com quem você está lidando? – Rosnou, irritada.
Médico: Tenho. – Respondeu, cauteloso.
Selena: Meu marido está queimando
Selena voltou pro lado de Nicholas,
e ele estava do mesmo jeito. Não demorou muito, uma enfermeira entrou no
quarto, trazendo a bacia com agua fria e toalhas brancas. Henry e Gregg se
estouraram de rir com isso. Selena sorriu, dobrou uma toalha e afundou ela na
agua, molhando-a. Torceu, e em seguida colocou na testa de Nicholas. Ele, mesmo
inconsciente, franziu o cenho pelo frio.
Selena: É pro seu bem, meu amor. – Murmurou pra ele, alisando-lhe o rosto. Aos poucos a sobrancelha dele foi se descontraindo, pelo toque dela – Você vai ficar bom, sim? Eu vou cuidar de você. – Disse no mesmo tom, beijando-lhe os lábios. Ela pegou o pano, agora morninho, e afundou na agua fria de novo.
Henry: Me lembro de quando eu era pequeno, e adoecia, você não me dava a mínima, Selena. Não cuidava de mim com essa devoção. – Brincou, e Gregg disfarçou o riso com um tossido. Selena explodia com tudo, e ele não sabia se podia rir.
Selena: Vá pro diabo que te carregue, David Henry. – Retrucou, colocando o pano molhado no pescoço do marido. Nicholas respirou fundo, e ela lhe alisou o rosto.
Henry: Sou seu irmão, seu sangue, você não devia me tratar assim, sabe? O que ele tem que eu não tenho? – Perguntou, e Gregg ergueu a sobrancelha. Selena travou, e olhou o irmão brevemente.
Selena: Eu não amava você tanto quanto eu amo ele. – Retrucou, mas sorria de canto.
Henry: O QUE? – Gritou, se levantando, se fazendo de indignado. Selena riu de leve.
Gregg: Henry, o barulho. – Respondeu, mordendo o lábio pra não rir.
Selena: É pro seu bem, meu amor. – Murmurou pra ele, alisando-lhe o rosto. Aos poucos a sobrancelha dele foi se descontraindo, pelo toque dela – Você vai ficar bom, sim? Eu vou cuidar de você. – Disse no mesmo tom, beijando-lhe os lábios. Ela pegou o pano, agora morninho, e afundou na agua fria de novo.
Henry: Me lembro de quando eu era pequeno, e adoecia, você não me dava a mínima, Selena. Não cuidava de mim com essa devoção. – Brincou, e Gregg disfarçou o riso com um tossido. Selena explodia com tudo, e ele não sabia se podia rir.
Selena: Vá pro diabo que te carregue, David Henry. – Retrucou, colocando o pano molhado no pescoço do marido. Nicholas respirou fundo, e ela lhe alisou o rosto.
Henry: Sou seu irmão, seu sangue, você não devia me tratar assim, sabe? O que ele tem que eu não tenho? – Perguntou, e Gregg ergueu a sobrancelha. Selena travou, e olhou o irmão brevemente.
Selena: Eu não amava você tanto quanto eu amo ele. – Retrucou, mas sorria de canto.
Henry: O QUE? – Gritou, se levantando, se fazendo de indignado. Selena riu de leve.
Gregg: Henry, o barulho. – Respondeu, mordendo o lábio pra não rir.
Henry: Isso é que é irmã. Tendo
uma assim você não precisa de mais nada. – Ele disse, olhando Selena – Rasgou
meu coração em dois, mulher ingrata. – Acusou, e Selena riu, divertida. Henry
era capaz de faze-la rir mesmo quando ela queria morrer.
Nicholas estava ouvindo a conversa. Ele queria reclamar com ela pela agua fria, queria dizer que também a amava, dizer que estava lutando. Mas sentia frio demais, e não conseguia falar, não conseguia abrir os olhos, talvez pela grande dose de morfina em seu sangue. Mas ouvir o riso dela foi como voltar a vida, quando já se considerava morto. E Selena jurava ter visto um sorriso fraco, de canto, no rosto dele, quando voltou a olha-lo. Selena fez aquilo durante horas a fio. Enfermeiras substituíam a agua morna por uma mais fresca de temposem tempos. Até
que a febre de Nicholas pareceu começar a desistir. Amanheceu, quando ela
considerou que estava bom, por enquanto. Ela suspirou, e beijou a testa dele,
antes de se levantar. Nicholas não sabia pra onde ela ia, não tinha ouvido
nada, então, antes de saber que podia, segurou a mão dela. Selena poderia até
não ter sentido, se não estivesse completamente alerta a ele. Mas ela estava.
Ela sentiu o aperto fraco, quase inútil dele, segurando sua mão.
Selena: Shiii, eu estou aqui. Não vou sair. – Ela beijou os lábios dele levemente e apertou a mão dele fracamente. Depois levou a bandeja pra longe dele.
Foi um dia difícil. Nicholas não tinha como comer, mas Selena insistiu em hidrata-lo o máximo que podia. No fim da tarde ela resolveu que devia ir em casa, ver Rosalie.
Nicholas estava ouvindo a conversa. Ele queria reclamar com ela pela agua fria, queria dizer que também a amava, dizer que estava lutando. Mas sentia frio demais, e não conseguia falar, não conseguia abrir os olhos, talvez pela grande dose de morfina em seu sangue. Mas ouvir o riso dela foi como voltar a vida, quando já se considerava morto. E Selena jurava ter visto um sorriso fraco, de canto, no rosto dele, quando voltou a olha-lo. Selena fez aquilo durante horas a fio. Enfermeiras substituíam a agua morna por uma mais fresca de tempos
Selena: Shiii, eu estou aqui. Não vou sair. – Ela beijou os lábios dele levemente e apertou a mão dele fracamente. Depois levou a bandeja pra longe dele.
Foi um dia difícil. Nicholas não tinha como comer, mas Selena insistiu em hidrata-lo o máximo que podia. No fim da tarde ela resolveu que devia ir em casa, ver Rosalie.
Selena: Meu amor? – Chamou,
alisando o rosto dele – Me escute, eu vou até a nossa casa. – Ela sentiu ele
apertar sua mão novamente – Eu preciso ver Rose. Mas em uma hora, no máximo, eu
estarei de volta. – Ela molhou um algodão no copo de soro que tinha na mão, e
levou aos lábios dele – Não vai dar tempo nem de você sentir minha falta. Eu te
amo, sim? – Ela se inclinou novamente, e lhe beijou os lábios.
Então ela se foi. Foi pra casa na carruagem em que Joseph viera. Chegou lá cansada. Longe de Nicholas, ela deixava seus medos transbordarem. Entrou em casa, e ia pro quarto, quando encontrou Britt na escada.
Britt: Como ele está? – Perguntou, meio sem jeito.
Selena: Bom, melhor que ontem a noite, está. Mas não está bem. – Disse cansada, olhando a loira.
Britt: Ah. – Disse, sem saber o que falar.
Então ela se foi. Foi pra casa na carruagem em que Joseph viera. Chegou lá cansada. Longe de Nicholas, ela deixava seus medos transbordarem. Entrou em casa, e ia pro quarto, quando encontrou Britt na escada.
Britt: Como ele está? – Perguntou, meio sem jeito.
Selena: Bom, melhor que ontem a noite, está. Mas não está bem. – Disse cansada, olhando a loira.
Britt: Ah. – Disse, sem saber o que falar.
Selena: Britt, eu quero que
saiba que desde o primeiro momento em que soubemos que você estava esperando
Johanna, eu e Gregg não nos tocamos mais. – Britt encarou a loura, observando-a
– O que tivemos não passou de um anestésico. Anestésico pra a distancia entre vocês
dois, e pros problemas do meu casamento. Nunca passou disso. Ele sempre amou
você.
Era a primeira vez que Selena e Britt conversavam sobre esse assunto sem brigas. Em voz baixa. Sem soltarem farpas.
Britt: Ele vai ficar bem. – Ela disse, e Selena entendeu o pedido de desculpas ali.
Selena: Eu sei que vai. Ele me prometeu. – Ela disse, mas tentava convencer a si mesma.
Então, ninguém sabia como, nem quem tomou a iniciativa, as duas estavam abraçadas. Selena caíra no choro de novo, e Britt tinha os olhos fechados, consolando-a. E a guerra havia acabado ali. As duas se apoiaram até que ouviram um choro fino.
Britt: Demi, o que foi? – Perguntou, ao se separar de Selena, que secava o rosto.
Demetria: Alguém precisa ter tomado um tiro pra vocês duas se acertarem, isso é tão absurdo! – Exclamou, em seu choro. Selena e Britt riram.
Era a primeira vez que Selena e Britt conversavam sobre esse assunto sem brigas. Em voz baixa. Sem soltarem farpas.
Britt: Ele vai ficar bem. – Ela disse, e Selena entendeu o pedido de desculpas ali.
Selena: Eu sei que vai. Ele me prometeu. – Ela disse, mas tentava convencer a si mesma.
Então, ninguém sabia como, nem quem tomou a iniciativa, as duas estavam abraçadas. Selena caíra no choro de novo, e Britt tinha os olhos fechados, consolando-a. E a guerra havia acabado ali. As duas se apoiaram até que ouviram um choro fino.
Britt: Demi, o que foi? – Perguntou, ao se separar de Selena, que secava o rosto.
Demetria: Alguém precisa ter tomado um tiro pra vocês duas se acertarem, isso é tão absurdo! – Exclamou, em seu choro. Selena e Britt riram.
Selena ficou com Rosalie meia
hora, e depois partiu. Ela chegou ao hospital, e foi ver o marido, de imediato.
Selena: Psiu. – Disse, perto do ouvido dele – Eu voltei. – Ela apertou a mão dele, e sentiu o aperto voltar. Sorriu com isso. – Não sei se eu já disse, mas eu amo você. – Murmurou antes de beija-lo levemente.
Selena: Psiu. – Disse, perto do ouvido dele – Eu voltei. – Ela apertou a mão dele, e sentiu o aperto voltar. Sorriu com isso. – Não sei se eu já disse, mas eu amo você. – Murmurou antes de beija-lo levemente.
Então ouviu a voz de Joseph
conversar ligeiramente com alguém do lado de fora. Selena beijou a mão de Nicholas
e foi ver o que era. Um oficial, policial, Selena não sabia, conversava com Joseph.
Queria que ele fosse reconhecer o corpo de Samatha. Joseph se recusava a ir,
afirmando de que se fora Gregg que recolhera o corpo, não havia precisão. Então
um sentimento invadiu o corpo de Selena. Era mais que ódio.
Selena: Eu vou. – Disse, dura, saindo do quarto do marido.
Joseph: O que? – Perguntou, incréDemio.
Selena: Eu vou reconhecer o corpo, e assino a papelada que for preciso. – Disse, calma.
Joseph relutou, mas Selena era mais teimosa que uma mula quando queria. Assim ela se despediu de Nicholas, sem dizer pra onde ia, e seguiu com o oficial pro necrotério da cidade. Lá ela preencheu um formulário ao chegar, e lhe deram um par de luvas descartáveis, pra se ela se batesse em algo, não comprometer. O oficial levou ela até uma sala, e lhe disse que tinha cinco minutos. Selena se aproximou do corpo, em cima de uma maca de metal. O vestido da morena estava desbotado em seu vermelho, pela agua do mar. Seu olho estava aberto, aindaem choque. Mas
não havia nem a vida nem a maliciosidade ali. Não havia nada. Selena viu o
corpo da morena, deformado, em carne viva, junto com o colo e o ombro dela. O
lado direito do rosto continuava intacto. Selena olhou a morena, com os cabelos
esparramados, sem vida, e havia nojo em seu rosto.
Selena: Eu vou. – Disse, dura, saindo do quarto do marido.
Joseph: O que? – Perguntou, incréDemio.
Selena: Eu vou reconhecer o corpo, e assino a papelada que for preciso. – Disse, calma.
Joseph relutou, mas Selena era mais teimosa que uma mula quando queria. Assim ela se despediu de Nicholas, sem dizer pra onde ia, e seguiu com o oficial pro necrotério da cidade. Lá ela preencheu um formulário ao chegar, e lhe deram um par de luvas descartáveis, pra se ela se batesse em algo, não comprometer. O oficial levou ela até uma sala, e lhe disse que tinha cinco minutos. Selena se aproximou do corpo, em cima de uma maca de metal. O vestido da morena estava desbotado em seu vermelho, pela agua do mar. Seu olho estava aberto, ainda
Selena: Olhos de cigana, obliqua
e dissimulada. – Disse, e ergueu a mão coberta pela luva, fechando o olho da
rival – Olhos que nunca mais vão afetar ninguém. – Disse, dura. Lançou um
ultimo olhar, o olhar de quem venceu, ao corpo da outra, e saiu da sala.
Selena assinou todo um relatório, afirmando estar em plenas condições, e reconhecendo o corpo. Em seguida voltou ao hospital. Estava cansada, seu corpo gritava por alivio. Mas ainda havia uma longa noite pela frente. Quando Selena voltou ao hospital, a febre de Nicholas estava começando a voltar. Ela repetiu o procedimento com a agua fria madrugada a dentro. Gregg lhe dera seu terno, e ela vestiu, abrigando-se contra o frio cortante que fazia ali.
Selena: Lhe dê mais morfina. – Disse, vendo a expressão atormentada no rosto do marido.
Médico: Senhora, não é recomendado seda-lo todo o tempo, no caso de que... – Interrompido.
Selena: Agora. – Disse, dura, passando a mão no cabelo do marido. Gregg se deliciava vendo as descorçoes da loura com o médico. O doutor, vendo que não adiantaria brigar, deu o que ela pedia. A expressão de Nicholas se tranquilizou a medida que sua dor ia embora.
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Creditos: Samilla Dias
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