quinta-feira, 10 de julho de 2014

Original Sin - 82 Capitulo

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Selena estava parada, na lareira da sala principal, de camisola, olhando o fogo. A noite e a chuva se rebelavam lá fora. Selena nunca gostou de tempestades, e esse parecia persegui-la. Toda a mansão havia ido ao jantar de Maite, convidados por Henry. Selena e Nicholas não foram porque Rosalie estava doente, chorava a todo momento, eles achavam que eram porque os dentes estam prestes a nascer. Assim, a mansão era só deles.

Nicholas: Uma flor pelos seus pensamentos. – Disse, aparecendo atrás dela e alisando seus ombros.

Selena: Eu soube que Henry escolheria Maite no primeiro dia, no hospital. – Disse, caminhando na sala – Fazem um bonito casal. – Comentou, alisando os braços, e se aproximando do piano – Papai vai dar problemas. – Comentou, passando os dedos pelas teclas do enorme piano da sala.

Eu nunca falei, mas na sala principal da mansão Jonas havia um piano, preto, lustrado, enorme. Ninguém nunca o tocava, mas ele permanecia conservado, como um novo. Selena tocou uma melodia tranqüila, tamborilando os dedos pelas teclas, e em seguida sorriu, se afastando.

Nicholas: Não gostei de Henry a inicio. Mas depois, com a convivência no hospital, ele é uma boa pessoa. – Disse, se aproximando.

Selena: Porque não gostava dele? – Perguntou, se encostando no piano, na parte contrária as teclas, e se abraçando, pra se proteger do frio. 

Nicholas: Ele veio, e plantou idéias libertinas na sua cabeça. Queria levar você. – Ele reprovou com o olhar, e Selena sorriu, enquanto o marido lhe abraçava pela cintura – Não foi gentil. – Ele sorriu, calmo.

Selena: Como se alguém pudesse me tirar de você. – Comentou, aceitando o abraço dele e segurando-lhe carinhosamente os braços.

Coloque a cabeça em meu travesseiro,
Eu sentarei ao seu lado na cama ♫

Nicholas: Ninguém pode. – Completou, observando-a.

Em seguida, ele a beijou. A única luz na sala era a da lareira. Selena enlaçou o pescoço dele com os braços, e ele a prensou entre ele e o piano. Se apossou da boca dela calmamente, a inicio. Mas sentir os lábios dela nos seus, uma velha chama se acendeu dentro dele. Saudade. Desejo. Selena arfou quando ele subiu a mão da cintura pra dentro de seus cabelos, e intensificou o beijo. O corpo dela arfou, prensado ao dele. Ele já estava curado agora. Havia constatado isso à tarde, quando foi lhe passar o creme. A própria marca já começava a sumir. Ela sentiu a mão de Nicholas começar a puxar-lhe a camisola, e após algum tempo, ele teve acesso a pele dela. Segurou-lhe a coxa firmemente, deixando-a lânguida, mantendo a perna dela elevada em sua cintura. Nicholas desceu os beijos pela parte frontal do pescoço dela, fazendo-a engolir em seco. 

Você não acha que está na hora
De dizermos algumas coisas que não foram ditas? ♫

Selena: Vamos pro quarto. – Chamou, ansiosa pelo que viria, acariciando os cabelos dele.

Nicholas: Não. – Ele balançou a cabeça negativamente, e ela o encarou, confusa. Ele sorriu pra ela, beijando-lhe o rosto – Aqui. – Disse, encarando-a, e ela ouviu a mão dele tocar a madeira do piano, em seguida, o sorriso travesso em seu rosto. Selena o encarou, fascinada, e sorriu de volta. Então Nicholas se apossou de sua boca, com um gemido derrotado, e nada mais no mundo fazia sentido.

Nicholas, com um impulso, fez Selena enlaçar as pernas em sua cintura. A loura arfou quando sua intimidade teve contato com a excitação dele, mesmo sob as roupas. Fazia tanto tempo, e agora faltava tão pouco. O piano era da altura da cintura de Nicholas. Ele não estava calmo, agora. As mãos do mesmo passavam furiosas pela pele dela, apertando, acariciando. Cada pedaço. Ela sorriu dentre o beijo ao sentir ele se livrar de sua roupa intima, e em seguida, da sua própria. Sua mente estava nublada. Seu mundo era ele. Ele terminou o beijo, e num movimento rápido, deitou ela no piano e puxou seu quadril pra si, fazendo-a escorregar um pouco na direção dele, e unindo o corpo dos dois agressivamente. Selena gritou pela surpresa, e pelo prazer indescritível que isso lhe causou. 

Nicholas: Deus. – Murmurou, abraçando-se a barriga dela. 

Nicholas ficou parado por um minuto, sentindo como ela o acolhia, como o envolvia, e arfando próximo a sua barriga.

Selena: Por favor. – Choramingou, inquieta.

Nicholas: Por favor o que? – Perguntou, brincando, e tentando respirar. Maldição, aquilo era tão bom, que sua vontade era ficar assim o resto da vida.

Selena: Nicholas. – Murmurou, choramingando, e puxando ele pela camisa, sem força. Mas Nicholas entendeu o recado e subiu no piano, deitando-se em cima dela. Selena gemeu de leve com a pressão que o corpo dele lhe fazia. 

Nicholas: Petit. – Respondeu, passando os lábios entreabertos pelos seios dela, cobertos pela camisola. Ele pretendia fazer isso com calma depois, mas agora não havia tempo.

Nicholas puxou Selena pelo rosto, enlaçando as mãos no cabelo dela, se apossou de sua boca, e em seguida pôs-se a se mover. Selena gemeu dentre o beijo com isso. As mãos dela o arranhavam as costas, acariciavam. A mão livre dele pegou a coxa dela, prensando-a a sua cintura. Ela enlaçou as pernas na cintura do marido enquanto ele bombeava nela, permitindo assim que fosse mais intimo. As vezes tinha a impressão de que ele chegava ao seu fundo, e ela se deleitava nisso. Nicholas mordeu o pescoço dela, o colo, os seios, sedento enquanto investia na esposa. Os empregados estavam no anexo da mansão, provavelmente dormindo, por isso não ouviram os gritos dos dois, que ecoavam pelos corredores da casa. Gritos, gemidos, grunhidos. O prazer parecia exalar pelas paredes. Havia pressa, também. Os dois soavam, apesar do frio cortante que fazia. Logo os dois alcançaram o orgasmo juntos, com um ultimo grito. Nicholas se derrubou sob ela, feliz, apaixonado, satisfeito, e ouviu o arfar da mulher, que sorria de leve. Ele fechou os olhos e se permitiu sentir aquela sensação maravilhosa, que se espalhava desde o seu baixo ventre pelo corpo todo. Selena ainda gemia as vezes, fraca, assustada pelo que Nicholas a fazia sentir, e feliz. Principalmente feliz.

Selena: Me beije. – Pediu em um gemido fraco, de olhos fechados.

Nicholas, a muito custo, ergueu o rosto e uniu os lábios aos da esposa, que sorriu. Minutos se passaram, e agora Selena tinha os olhos abertos, olhando o teto, sem pensar em nada, e acariciando as costas do marido com a ponta dos dedos. Ela só não sabia que isso causava arrepios no corpo dele, que voltava a ganhar vida.

Nicholas: Agora sim, vamos pro quarto. – Disse, tirando o cabelo da testa soada dela, e ela percebeu a malicia na voz dele.

Selena: De novo? – Perguntou, incrédula, mas adorando a idéia.

Nicholas: Agora você me escute aqui. – Disse, fazendo-a encara-lo – Nos próximos dois meses você está proibida de me negar qualquer coisa, o que quer que seja. – Selena riu – Então de novo, e novamente, e mais uma vez. – Decretou. 

Selena: Como quiser. – Disse, sorrindo, e mordendo o lábio instintivamente. Nicholas observou o gesto com fascínio.

Selena riu quando Nicholas se levantou do piano e puxou ela, carregando-a. Assim, os dois voltaram pro quarto. E se amaram mais uma vez. E novamente. E de novo. Porém, na mansão Gomez, o clima não era tão amoroso.

-

Henry produzira Maite, e estava linda em um vestido luxuoso, azul turquesa. Seu cabelo tinha um penteado solto, que tirava os fios do rosto, mas os deixava caindo livremente pelas costas. Henry chamara apenas os Jonas, que agora eram como sua família, já que se afeiçoara o suficiente por Gregg no hospital para considera-lo quase um irmão. Soube que Selena não viria, mas entendeu a irmã. Começou normalmente: Henry apresentou a noiva, que, educadamente, cumprimentou a todos. Ricardo tinha o maxilar absurdamente trancado. 

Henry: Mai, o que foi? – Perguntou, trazendo-a disfarçadamente a um canto da sala, vendo o rosto torturado da amada. 

Maite: Seu pai. – Murmurou, olhando pro chão. 

Henry respirou fundo, e mordeu a língua. Tinha que ter controle. Essa noite tinha que dar certo.

Joseph: Foi um... cliente, seu? – Perguntou, olhando o assoalho. A idéia de Ricardo ter ido pra cama com Maite não era nada digestiva.

Maite: Não! – Exclamou logo, erguendo o rosto dele com a mão, Henry a encarou e sorriu pelo toque gentil da pele dela – Não, não foi. Mas ele já me viu... lá. Várias vezes. Eu... – Ela respirou fundo – Henry, não é melhor irmos embora? Escute, eles já me conhecem. Você diz que não estou me sentindo bem. Nós voltamos pro hotel. Jantamos só nós dois. Vai ser melhor. – Convidou, aflita.

Henry: Claro que não, como sim? – Perguntou, sorrindo. – Venha.

O jantar foi servido. Maite ficou sem saber o que fazer, com tantos talheres. Não pensara nisso. Ela abriu o guardanapo no colo, como todos, mas se sentindo absurdamente idiota. Então viu o olhar de Henry no seu. Ele ergueu o talher que devia ser usado, mostrando a ela disfarçadamente. Maite sorriu, balançando a cabeça negativamente de leve, e o seguiu. Esse problema fora resolvido. Ela observava ele, e o copiava. Tudo estava bem. Por enquanto. 

-

Selena ria. Ela e Nicholas já haviam feito amor 6 vezes naquela noite, contando com a do piano. Todo seu corpo doía. Agora o marido estava deitado, de bruços, com o rosto no ombro dela, murmurando algo que ela não entendia. Estava rindo de feliz. As vezes a felicidade podia ser engraçada. 
.
Nunca é tarde para voltar àquele lugar,
De volta pelo caminho que nós estávamos ♫

Selena: Ei. – Chamou, olhando ele. Nicholas tinha o rosto afundado no travesseiro, tranqüilo, e ainda sorria.

Nicholas: Que? – Perguntou, tranqüilo, sentindo o sono chegar gostosamente. Não demoraria muito a amanhecer.

Ele sentiu Selena tocar-lhe as costas, e inclinar-se sobre ele. Em seguida a boca dela passou, entreaberta, pelas costas dele, e ele entendeu.

Selena: Eu quero de novo. – Disse, travessa, enquanto passava a boca pelas costas musculosas do marido. Podia traçar cada músculo com as mãos, se quisesse. 

Por que você não olha para mim
Até deixarmos de ser estranhos? ♫

Nicholas: Eu não estou conseguindo nem respirar, quanto mais. – Comentou, achando que ela brincava. 

Selena: Eu cuido de você. – Disse, subindo os beijos até a nuca dele, e sorriu, satisfeita, ao ver a pele do marido se arrepiar.

Nicholas: Selly? – Perguntou, virando o rosto, ao ouvir a malicia na voz dela. Ela estava falando sério.

Selena: Por favor? – Perguntou, no ouvido dele, e ele viu um cachinho dela cair em seus braços.

Às vezes é difícil de me amar,
Às vezes é difícil de te amar também ♫

Nicholas se virou de frente pra Selena, que sentou no colo dele, com uma perna de cada lado do seu corpo. Nicholas não tinha idéia de onde tiraria forças pra fazer isso, mas não se negaria a ela. Nunca. Selena o beijou, segurando seu rosto com as mãos, enquanto ele lhe abraçava pela cintura. Nicholas percebeu, ali, que ele nunca tinha deixado ela guiar a situação. Era sempre ele que começava, era sempre ele que a guiava. Selena enlaçou a mão nos cabelos do marido, enquanto, ao modo dela, o beijava. As línguas dos dois se acariciavam calmamente, carinhosamente. Até que ela deixou a boca dele, beijando-lhe o rosto, e Nicholas suspirou, frustrado. Ela beijou o rosto dele, a orelha, o pescoço, o ombro. Então, parou de beija-lo, e pousou a boca perto de sua orelha.

Eu sei que é difícil de acreditar
Que o amor pode nos salvar ♫

Selena: Olhe pra mim. – Pediu. Precisava disso e não sabia porque. Ele, que tinha os olhos fechados, sentindo ela, abriu os olhos e, após segurar-lhe o rosto a encarou.

O azul e o verde se encontraram, se chocando em uma combinação perfeita. Enquanto o encarava, Selena umedeceu os lábios e, com um breve impulso, fez ele se encaixar a ela. Nicholas já não sorria, enquanto encarava a esposa e se sentia deslizar, lentamente demais, pra dentro dela. O olhar de Selena hesitou, quase se fechando, em alguns pontos, enquanto ela sentia ele lhe preencher. Aquilo doeu, um pouco. Estava sensível demais. Nicholas sentiu as unhas dela se cravarem em seu ombro, mas ela insistiu, mantendo seu olhar, até o fim. Quando, por fim, estavam juntos, ela arfou, fechando os olhos por um momento. Nicholas acariciou o rosto dela, fascinado, e ela voltou a encara-lo. Se apoiou no ombro do mesmo, e se moveu uma vez, testando aquilo, aprendendo como se fazia. Nicholas apenas a observava, encantado, mesmo que seu corpo gritasse por mais. Logo ela pegou o jeito, e os dois se amavam com calma. Havia tempo. Havia todo tempo todo mundo. 

Selena: Me abrace. – Gemeu, exasperada, e Nicholas sorriu, pegando-a pela cintura e enlaçando os braços ao redor da mesma.

Seria tão mais fácil viver sem problemas
Então apenas me abrace, baby
Até deixarmos de ser estranhos ♫

Nicholas a beijou, e se empenhou em terminar o que ela havia começado. Ele era experiente, e conhecia cada gosto dela. Logo o grito final de Selena foi parar na garganta de Nicholas, que gemeu, se liberando dentro dela. Ele se deitou novamente, ofegando, sentindo aquela sensação maravilhosa, e vendo ela arfar por seu peito. 

Nicholas: Eu não sei se um dia vou conseguir me mover de novo. – Disse, com os olhos fechados. Mal tinha forças pra falar. 

Selena: Tenho fé em você, você consegue. – Disse, rouquinha, e riu. Nicholas sorriu, e sentiu ela selar os lábios com os dele, deixando-o. Ele ia reclamar, quando sentiu o lençol dos dois cobrir-lhe o peito, e ela voltar, dengosa, pro seu abraço. Assim adormeceram.

Selena e Nicholas acordaram na manha seguinte, abraçados, enlaçados. A morena sorriu pelo rosto sonolento dele.

Selena: Bom dia, amor. – Desejou, se esticando pra beija-lo. Seu corpo todo doeu com isso.

Nicholas: Bom dia, minha vida. – Respondeu, ainda dormindo.

Só depois ele veio perceber que não estava dormindo. Não havia sono em si. Nem força. Ele se espreguiçou, e isso lhe custou caro. Parecia que seu corpo não queria acordar.

Nicholas: Maldição. – Murmurou, tencionando os pés.

Selena: O que? – Perguntou, olhando o dorsal da cama.

Nicholas: Você me aleijou. – Disse, fraco. Selena riu.

Selena: Bem vindo ao meu mundo. – Disse, se apoiando no cotovelo, ficando do lado dele. O lençol dela ficou em sua cintura, e seus seios e barriga estavam expostos.

Nicholas: Que legal. – Comentou, tocando o colo dela, com um tom risonho.

Selena: O que...? – Ela olhou pra baixo – Nicholas! – Repreendeu, vendo as marcas que ficaram em sua pele.

Nicholas: Eu teria pena de você, caso tivesse força. Não deveria se por assim na minha frente. – Disse, atento aos seios dela.

Selena: Mas como você não tem forças nem pra falar, eu acredito que esteja fora de perigo. – Brincou, sorrindo.

Nicholas: É. – Ele disse, e desceu a mão do colo pro seio direito dela, tocando a pele branca possessivamente. – Mas eu posso me recuperar. – Disse, e sua voz já era muito mais firme. Ele sorriu, perverso, ao ver a incredulidade no olhar dela.

Selena: Nicholas Jonas, pelo amor de Deus, não comece. – Pediu, puxando o lençol e se cobrindo, e com MUITO esforço, se levantando. Nicholas riu.

Nicholas: Ei, não se machuque assim. – Pediu vendo a expressão de dor que ela fez quando se pôs de pé, e Selena hesitou.

Selena: Sete vezes. Seguidas. Eu não vou conseguir andar nunca mais. – Se lamentou, dando um passo. Ela parecia estar rasgada ao meio, perante a dor que sentiu.

Nicholas: Volte pra cá. Não vou fazer nada. Vamos descansar mais um pouco. – Pediu, e Selena, com a ajuda dele, voltou pro seu lado.

Com dor ou sem dor, os dois se amavam. Nicholas beijou Selena carinhosamente, e os dois adormeceram mais uma vez, pensando em que explicação dariam por não poderem aparecer em publico. Nicholas levou Selena pra banheira, horas depois. A vozinha animada de Rosalie ecoava pela casa. Ele aprontou o banho, e carregou ela até lá. O banho foi bastante relaxante, ele recuperou boa parte de suas forças. Selena continuava dolorida, mas não se importava. Seu pensamento estava longe.

Nicholas: O que houve? – Perguntou, passando a mão com uma pocinha de agua quente no ombro dela, dando-lhe um beijinho ali em seguida. Nicholas estava com as costas amparadas na banheira e Selena sentada dentre as pernas dele, com as costas em seu peito.

Selena: Estou imaginando como foi lá, com Henry. – Explicou, sorrindo pelo carinho.

Nicholas: Você quer ir até lá em baixo? – Perguntou, beijando-lhe a orelha.

Selena: Como se isso fosse possível. – Brincou, sorrindo. – Mas não há problema. Amanhã, se eu conseguir, eu saio e então pergunto a Demetria. Espero que tenha dado tudo certo.

Nicholas: Não. Se você quer sair, você vai sair. Seu desejo pra mim é uma obrigação. – Disse, acariciando lhe a barriga, e um breve flash lhe lembrou da criança ali dentro. Ele sorriu.

Selena: Como? – Perguntou, confusa, virando o rosto pra ele.

Nicholas: Você vai descobrir. – Disse, sorrindo, travesso, e selando-lhe os lábios. Selena assentiu e esperou, curiosa agora. Não imaginava um jeito de se locomover até a sala.

Mas, pelo visto, Nicholas imaginava. 

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Britt: Gente, que barulho é esse? – Perguntou, na sala de estar. Todos os Jonas esperavam o almoço ser servido. Todos menos dois.

Gregg: Que barulho? – Perguntou, aguçando os ouvidos.

Não foi preciso muito. Logo os gritos de Selena se tornaram claros. Joseph correu pra sala, sendo seguido pelos outros, mas logo parou e riu. Esperavam uma briga, mas a cena era cômica. Nicholas trazia o grande carrinho de bebê de Diego, que o menino já não usava, nos braços. O problema é que Selena estava dentro do carrinho, esbravejando com o marido. Gregg ficou vermelho de tanto rir.

Nicholas: Pronto. – Disse, colocando o carrinho no chão, quando terminou a escada. Selena fez impulso pra se levantar – Não se atreva a levantar daí. – Ameaçou, e a loura rosnou, furiosa.

Nicholas obrigou Selena a ficar no carrinho, e empurrou ela, que tinha a cara vermelha de raiva.

Rosa: O almoço... – Ela parou ao ver Selena no carrinho – O almoço está servido. – Continuou, e todos viram a vontade de rir reprimida no rosto da mulher.

Selena: Não tenho fome. – Avisou, alisando o vestido azul marinho que usava.

Nicholas: Vai querer que eu te dê na boca também? – Ofereceu, sorrindo pra ela, debochado. Selena rosnou.

Todos almoçaram em paz. Nicholas não deixou Selena sair do carrinho, e ela se negou a ficar na mesa com ele. Então ele a deixou na sala de estar, e foi com os outros. Selena tentou se levantar, mas sentiu dor com isso, então aceitou e ficou sentada, de cara fechada. Preferia ter ficado no quarto. Então seu olhar caiu no enorme piano negro que havia ali. Sua cabeça foi invadida por memórias, e ela sorriu, feliz. Logo todos se reuniram a ela, que fechou a cara pro marido de novo. Mas logo esqueceu disso, quando começaram a lhe contar sobre o jantar.

Gregg: Então, quando terminamos o café, já tarde, seu pai se pôs a fazer perguntas sobre ela, tipo, família, sobre seu passado. Henry pareceu não gostar.

Selena: Meu pai é um completo idiota, ele é. – Rosnou, imaginando a cena

Gregg: Mas a Maite não ficou por baixo, não muito. Disse à Ricardo que tudo o que era preciso saber sobre ela, Henry sabia. E que isso bastava. – Selena sorriu, imaginando a cara de Ricardo.

Nicholas: O que pra mim, foi bem feito. – Comentou, distraído, sentado atrás do carrinho da mulher, brincando com uma mecha do cabelo dela – Se eu fosse ele, não teria entregado Selena pra mim tão fácil. Um pai em sã consciência não me entregaria sua filha. – Disse, pensativo.

Selena: Ainda bem que você sabe. – Disse, virando a cabeça pra ele, com um sorriso irônico.

Nicholas: Calada. – Brincou, selando os lábios com os dela.

Gregg: Depois, já estávamos pra ir embora, e Henry ia levar Maite no hotel, ele chamou o pai numa sala. Deu pra ouvir os gritos dele da sala. Mas Ricardo não parecia muito preocupado, quando voltou. Parecia que fora uma conversa civilizada, o que sabemos que não foi.

Joseph: Mas Henry parecia mais tranqüilo, quando voltou. – Comentou, e Gregg assentiu.

Gregg se apoiou no piano, e ia falar, mas algo aconteceu. Uma das pernas do instrumento cedeu, e esse caiu de lado ficando com a metade caída no chão, e a outra suspensa nas outras duas pernas. 
Gregg era ágil, então, não caiu, apenas cambaleou. Selena tapou o rosto com a mão e Nicholas riu gostosamente.

Gregg: Que demônio, tudo nessa casa vai quebrar agora? – Rosnou, olhando a perna do piano.

Nicholas: Dependendo de mim, todos vão quebrar, um por um. – Comentou, e todos se perguntaram se perdiam alguma coisa. Mas Selena entendeu. Ela ergueu o rosto e lançou um olhar mortífero a ele, que riu, e a beijou em seguida.

9 meses depois...


Reta Final...... Falta 2 capítulos para o fim.


Alguém aii curti 50 tons de cinza?


Comentem Gattonas


Creditos: Samilla Dias

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