domingo, 26 de janeiro de 2014

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Durante a noite toda vez que eu fechava os olhos a imagem daquele Nick transtornado de raiva me vinha à mente, eu tremia só de imaginar o que poderia ter acontecido se minha mãe não tivesse chegado. Será que ele seria capaz de me forçar daquela maneira? Esse pensamento me fez tremer. Mesmo depois do que aconteceu eu não o odiava, que maldito amar é esse em meu coração que mesmo depois de tudo não me
deixa odiá-lo? Só posso ser masoquista mesmo.

No dia seguinte eu evitei Nick o dia inteiro, eu não queria nem mesmo olhar para ele. Isolei-me o máximo possível, na hora do lanche fui para a diretoria e fingi que precisava falar com a diretoria. Se eu fosse para os fundos da escola ele com certeza saberia que eu estáva lá, afinal aquele era o nosso lugar.

–– Selena... – Nick finalmente me encontrou na hora da saída. – Precisamos conversar.

–– Pode falar. – tentei parecer fria.

–– Aqui não, vamos pra outro lugar.

–– Eu não vou para lugar nenhum com você.

–– A escola toda está olhando para nós. – ele estáva certo, cada um ali nos olhava com intensa curiosidade.

–– Vamos para um lugar publico então.

–– está com tanto medo de mim assim? – senti a dor nos olhos dele.

–– Não era pra ficar depois do que você tentou me fazer?

–– Eu de fato me odeio por isso. – ele abaixou a cabeça.

Comecei a andar para uma praça que tinha perto da escola,era mais calmo e mesmo assim ainda tinha gentepor lá. Sentei-me na grama mantendo certa distancia dele.

–– Pode falar. – eu olhava para as crianças que brincavam no parquinho.

–– Eu sei que desculpas não vão apagar o que eu te fiz, mas eu gostaria de pedir desculpas mesmo assim. Ontem uns amigos me chamaram pra sair e eu acabei fazendo o que eu quase nunca faço que é beber bebida alcoólica. E enquanto eu bebia fiquei pensando besteira e isso me fez pensar coisas erradas, por isso eu fui parar na sua casa daquele jeito. – ele tomou ar. – Por favor, Selly, você sabe que eu não sou assim, eu não sei o que me aconteceu... Me perdoa.

–– Você não sabe como eu me senti quando você entrou na minha casa daquele jeito e me tratou daquela maneira. – segurei para não chorar, eu não ia chorar.

–– Eu sei. Toda vez que eu fecho os olhos eu vejo o seu rosto, me sinto um imundo. – os olhos dele estávam marejados de lágrimas. – Vou entender se nunca mais quiser olha na minha cara.

–– Eu sei que você estáva fora de si, porque em sã consciência nunca olharia pra mim. – olha eu falando besteira. – Digo... – eu tinha que falar isso. – Nick, eu te perdoo, mas talvez você tenha razão, perdeu seu tempo comigo. – me levantei do chão, meu coração doía. – Acho que esse é o fim. Adeus
.


Creditos Dani



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