sexta-feira, 11 de abril de 2014

Capitulo - 30 II Temporada

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Alcancei a base das ruínas logo depois de Nick. Assim que nos abrigamos, um raio caiu a uns quinhentos metros me fazendo pular de susto. Parte das ruínas estava coberta com um telhado velho, que aparentava estar a ponto de cair, a outra parte estava exposta à chuva que caia e escorria por uma parte do chão velho. 

Havia grandes buracos do que já havia sido janelas, o vento entrava pela ruína como se nem houvesse paredes e faziam barulhos altos como se um tornado estivesse chegando.

Todo o meu corpo tremia de frio, eu não conseguia fazer meu queixo parar de tremer. Minha blusa branca estava transparente e mostrava o meu sutiã preto, cruzei os braços me protegendo do frio e cobrindo a parte da frente de minha blusa.

Nick estava quase no mesmo estado que eu, mas parecia não estar com muito frio. Ele sacudiu o cabelo respigando em mim. Sem nem mesmo me olhar, colocou a mala que pegara em cima de uma mesa velha que estava em um canto, abriu-a e pegou um cobertor e deixou em cima da mesma.

Eu me sentia totalmente invisível, ele devia ter ficado com raiva do que eu disse ou, talvez, o meu ódio fosse recíproco. Nick tirou a camisa molhada e tirou o excesso de água. Confesso que, mais uma vez, fiquei fascinada de como ele era lindo, mas logo me virei de costas para ele.

–– Vai morrer de frio assim. – ele disse secamente.

–– Espero que eu morra mesmo. – Nick veio até mim e me entregou o cobertor.

–– Não vai adiantar nada se ficar com a roupa molhada.

–– Como assim? – olhei-o confusa.

–– Se enrola com isso e tira essa roupa molhada. – eu fiz cara de “lógico que não vou fazer isso”. – Você é quem sabe. Se quiser morrer de hipotermia...

Nick tinha razão, o meu corpo já começava doer de frio, e a tempestade parecia que não acabaria tão cedo.

–– Vira de costas. – ele revirou os olhos e se virou de costas para mim.

Cobri-me com o cobertor e comecei a tirar a roupa molhada, colocando em cima de uma pequena mureta. Tirei o meu sapato, que estava encharcado de lama, e fiquei descalça, no chão frio. Quando meus pés tocaram o chão frio, senti um frio incontrolável subir por meu corpo, não pude controlar o tremor.

–– Terminou? – ele parecia impaciente.

–– Sim. – eu estava enrolada com o cobertor, e, mesmo assim, eu sentia uma enorme vergonha por não usar nada por baixo.

Nick pegou algumas roupas, jogou no chão e logo depois, tocou fogo nas mesmas com um isqueiro. As chamas esquentaram mais o ambiente. Agradeci mentalmente pelo calor.

(...)

Haviam se passado algumas horas e a tempestade não diminuía, pelo contrário, parecia se intensificar a cada hora que passava. Apesar do fogo, meu corpo parecia um bloco de gelo, meus dedos já não tremiam tanto, estavam duros de frio.

Aproximei-me do fogo em busca de mais calor. Consequentemente, eu acabei indo para perto de Nick, que estava sentado perto do fogo, ele o encarava como se fosse uma TV. Ele parecia não sofrer tanto com o frio, estava enrolado em outro cobertor.

–– Selena, senta aqui. – era mais uma ordem do que um pedido. Sentei-me ao lado dele, encarando a fogueira, assim como ele fazia. Nick me puxou para perto dele e me abraçou, encarei-o. – Estou tentando te aquecer.

–– N-Não precisa. – eu gaguejei.

–– Você está com início de hipotermia. – ele olhou para os meus lábios. – Seus lábios estão roxos. – ele me abraçou mais forte.

Toquei meus lábios, como se eu quisesse comprovar se o que ele dizia era verdade. Estes estavam frios como uma pedra de gelo. Nick segurou minha mão e a tirou de cima dos meus lábios, em seguida, ele aproximou o rosto e tocou os lábios nos meus. Aquilo me deu uma sensação de calor que amenizou o frio, permaneci quieta deixando que ele me beijasse.

Os lábios dele sugavam os meus como se fossem mel, o toque dele estava me aquecendo, mais até do que o fogo ao nosso lado. Ele separou nossos lábios e me encarou firmemente.

–– Melhorou? – ele pousou a mão no meu rosto.

–– S-Sim. – eu ainda tremia, mas agora nem tanto pelo frio.

Nick me abraçou mais intensamente fazendo o frio desaparecer, era bom não sentir tanto frio. O tremor pelo meu corpo foi se acalmando e meus olhos começaram a pesar. Antes que eu percebesse, eu estava dormindo profundamente nos braços dele.



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Creditos Danny

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