Samatha fez questão de vir comigo até em casa e eu até agradeci, pois Jack não estaria lá. Mas ela também queria ter certeza que eu não desistiria do plano, o que já estava quase acontecendo. Ela ficou no quarto assistindo TV, enquanto eu tomava um banho, passava uns cremes na pele e colocava a camisola. Olhei-me no espelho, soltei o cabelo, de fato, eu estava muito sensual, mesmo não sendo uma camisola tão sexy.
–– E aí? – ela entrou no banheiro. – Nossa, que gata. – ela brincou. – Você tem uma arma aí? Ele pode te atacar. – quando ela terminou de falar, me veio a imagem do sonho em minha mente. – O que foi?
–– É que... Esse é um jogo perigoso. – admiti.
–– Não se você souber jogar e eu te ensinei tudo. Seja uma boa aluna. – ela correu até a janela do quarto. – Ele chegou na hora certa, 23h00min. Vou dizer que você já estava indo dormir, e vou embora.
–– Se isso não sair como planejado, eu definitivamente te mato.
–– Okay, okay. – ela sorriu e pegou a bolsa. – Até amanhã.
Olhei-me no espelho novamente, eu precisava tirar aquela camisola antes que fosse tarde demais. Quando eu estava tirando a camisola, Nick bateu na porta do banheiro. Era tarde demais. Respirei fundo, repassei o que Ana tinha me falado, olhei mais uma vez para o espelho e fui abrir a porta do banheiro.
–– O-O qu-e... – a frase morreu na boca dele, ele me olhou de cima a baixo. Como combinado, me fiz de desentendida. “Como uma vitrine, era como uma vitrine”, relembrei a mim mesma. – O que é isso?
–– O quê? – olhei para trás, como se ele estivesse falando de algo atrás de mim. – Ah, deixei o secador ligado. Foi mal. – fui até a pia e desliguei o secador, ele estava no mesmo lugar parado me encarando. – Algo errado?
–– Não. – novamente ele aparentava estar calmo. – Pode sair? Quero tomar banho. Ou quer me ver banhar? – ele sempre revidava.
–– Não, obrigada, a TV é mais interessante. – passei por ele, fazendo-o virar-se para mim quando passei.
Assim que Nick fechou a porta do banheiro, eu entrei em pânico. Mandei uma mensagem para Samatha.
“Não deu certo. Ele tem muita calma.”
“Aposto que você o conhece tão bem quanto eu, ele sempre aparenta calma quando está perdendo o controle. ;D”
Desliguei o celular e joguei-o em cima do sofá do quarto. Fui até a TV e coloquei em um canal qualquer, sentei-me no sofá, mas depois achei melhor deitar e, como Ana disse, eu afastei meu cabelo deixando meu pescoço à mostra. Eu queria que ele pagasse, nem que fosse um pouquinho por ter uma amante.
Quando Nick saiu do banheiro, senti um perfume maravilhoso. Ele havia molhado o cabelo e estava o secando com a toalha quando saiu do banheiro, acho que esse jogo estava tendo um efeito reverso. Eu não podia vencer um mestre em seu próprio jogo, era loucura.
–– Afasta. – ele foi sentando, sem me deixar levantar.
–– Imbecil. – sentei-me no sofá. – Quer tudo para você! – olhei para a janela, não o encarando ao meu lado, eu senti os olhos dele sobre mim. Isso me deixou desconfortável e arrepiada ao mesmo tempo.
Para mim, já chega. Levantei-me do sofá e entrei no closet, eu iria colocar uma roupa bem folgada e dormir a noite toda. Eu sabia que eu não poderia vencê-lo no jogo dele. Acendi a luz e comecei a procurar algo folgado. De dentro do closet, eu podia escutar o barulho da TV, ele havia mudado o canal.
As luzes do closet se apagaram, fechei a gaveta e levantei-me rapidamente. De onde eu estava eu apenas via a luz do quarto e a da TV. Fui em direção a luz do closet, mas fui parada no caminho. Nick me impediu de acender a luz.
–– O que está fazendo, Nicholas? – tentei mudar o caminho, aquela penumbra me irritava.
–– Você, por acaso, está tentando me provocar? – ele impedia que eu saísse do closet.
–– Não. – minha voz não parecia nem um pouco firme. – Não posso mais usar camisola? Se quiser, eu posso colocar um roupão. – abri a porta de um dos guarda-roupas no escuro mesmo. Ele segurou em meu pulso, me impedindo de pegar um roupão.
–– Por mim, você poderia só usar isso. – eu não podia me desesperar ou eu estaria perdida.
–– Ah... – tentei acender a luz novamente, mas ele me barrou. – Será que posso acender a luz?
–– Melhor não. – ele me abraçou fortemente beijando meu pescoço, descendo para o meu ombro. – Você não pode brincar com fogo, Selly.
–– Me solta. – ele sorriu. Os lábios dele pressionaram os meus de forma urgente. “É como uma vitrine, você pode olhar, mas não pode tocar.”, as palavras de Samatha ecoaram em minha cabeça. Afastei-o com força, minha respiração estava ofegante e eu sentia meus lábios arderem. – Por que você não pede isso à sua amante?
–– Ela não pode hoje. – ele disse cinicamente. Antes que eu pudesse me controlar, minha mão tingiu a cara dele de vermelho com um tapa. – Qual o problema? Você disse que eu não teria nada de você, o nosso acordo é casamento por dois anos, não fidelidade.
–– Como você é estúpido. – eu sentia raiva, mas, dessa vez, eu não ia chorar. – Não me interessa se você tem um milhão de amantes, só seja discreto. Eu não quero ser uma idiota na frente de todos. A escola já me bastou. – eu suspirei. – E nunca mais me toque, acho que você tem o suficiente lá fora.
(...)
Comentem Gatonas, Beijinhos.
Creditos Danny
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ResponderExcluirO Nick ainda disse tem amante devia ter vergonha na cara, mas quando acabar o casamento a Selena tenha um namorado e que o Nick fique com ciumes, ele só vai dar valor quando perder a Selena.
ResponderExcluirPosta logo
Beijokas