sexta-feira, 24 de outubro de 2014

XL - Amor Obscuro

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Versão Jonas

Acordo abraçado ao corpo nú de Selly em sua cama. Mesmo que ela ficasse irresistível, dormindo nua no tapete da sala, preferi trazê-la para seu quarto. A sua amiguinha chata poderia chegar e não seria nada agradável. Escorrego minha mão pelas suas costas nua, olhando seu corpo nú coberto do traseiro para baixo. Nossa, acho que nunca irei me cansar de ver essa imagem dela, nua em meus braços. Olho o redor do quarto totalmente na penumbra, parando meus olhos na única luz dentro do recinto. Olho o visor do despertador e vejo que são 5hr30 da manhã. Merda! Tenho que levantar se não, me atrasarei para a reunião que me aguarda em Nova York. Suspiro em exasperação e volto a fitar o rosto de Selly. Como ela é linda dormindo. Desço meu olhar pelo seu corpo, sentindo minha ereção crescer a vez que seu aroma delicioso entra pelas minhas narinas, dominando completamente meus sentidos. Que vontade de acordá-la e fodê-la até cair desmaiado. Mas ela está tão tranquila em seu sono, que me sinto incapaz de acordá-la. Sacudo a cabeça para espantar esses pensamentos e, mesmo sem vontade, tiro seus braços que estão a minha volta e saio da cama lentamente para não acordá-la.
Assim que fico de pé, olho para ela, que resmungando um pouco, agarra o travesseiro no qual eu estava deitado, sem que o edredom se mova do lugar, deixando toda sua costa à vista ainda. Seus seios estão pressionados no colchão, mas posso ver a lateral deles. Praguejo mentalmente e esfrego meu rosto com as duas mão. Inferno! Como ela fica sexy desse jeito. Respiro fundo e com determinação, pego meu BlackBerry e sigo para o banheiro. Mando uma mensagem para Taylor, pedindo que traga roupas e meu café. Em seguida, entro no box e tomo meu banho rapidamente. Me lavo com seu sabonete, shampoo e condicionador de baunilha, sorrindo ao pensar como os executivos, que encontrarei em Nova Iorque, vão estranhar meu cheiro. Se já achavam que eu era gay, o que irão dizer agora. Em outros tempos, esse mero pensamento já me irritaria e muito, mas como se trata de Selly, não consigo fazer outra coisa a não ser sorri.
Saio do banho e me enxugo com a primeira toalha que encontro em seu banheiro, enrolando-a em minha cintura em seguida. Saio do banheiro a tempo de ouvir o interfone tocar. Merda! Não posso atender Taylor só de toalha. Rapidamente meus olhos encontram o roupão rosa de Selly e, mesmo ficando um pouco pequeno, cubro meu torso com ele. Saio do quarto e vou até o interfone atender. Libero a entrada de Taylor e logo ele bate na porta. Assim que abro a porta, vejo-o arregalar os olhos. Fecho o cenho para evitar um sorrisinho besta de sua parte e ele se endireita assim que vê minha expressão.
– Sr. Jonas, aqui está o que me pediu. - Ele me entrega uma bolsa e meu terno.
– Obrigado. Ligue para Stephen e veja se já está tudo pronto para meu vôo. - Ordeno e viro para ir para o quarto quando tenho uma súbita ideia. – Taylor, dessa vez irei sozinho. Como não estarei na cidade, você ficará encarregado de me informar tudo sobre os passos de Selly. - Ele assente de cabeça.
Viro e volto para o quarto. Ultimamente, não tenho vigiado seus passos. E depois de nossas brigas, resolvi baixar a guarda, mesmo não aguentando ficar sem saber dela o dia inteiro. E agora que eu estarei fora, preciso saber de cada um de seus passos. Visto minha roupa rápido, sem fazer barulho, para não acordá-la e antes de voltar para a sala deixo uma trilha de beijos das costas nua de Selena até sua nuca.
– Te amo, baby! - Sussurro e beijo embaixo de sua orelha.
Ela se remexe um pouco e resmunga algo ininteligível. Sorrio e saio do quarto.
– Estou pronto. Vamos! - Digo a Taylor assim que chego na sala.
– Senhor, seu café.
– Tomarei no carro, Taylor.
Saímos do apartamento e andamos à passos largos até o carro. Assim que entro no carro, pego o que Taylor me trouxe de café da manhã e começo a comer. Minutos depois chegamos ao Sea-Tac e Taylor para o carro na pista de pouso e decolagem, onde meu jatinho me espera. Saio do carro com minha bolsa na mão e, depois que reafirmo as ordem de vigilância com Taylor, sigo para meu jato.
– Bom dia, senhor Jonas. - Stephen me cumprimenta assim que me aproximo.
– Bom dia, Stephen. Tudo pronto ?
– Tudo, senhor.
– Então, vamos. - Digo e assim entramos no jato.

{...} 

Depois de 5hrs30 de vôo, aqui estou eu, seguindo para uma reunião chata, porém muito vantajosa para a JEH. Mesmo sem ter vindo comigo, Taylor fez questão de contratar um motorista para mim. Realmente preciso dar uma aumento à esse homem. Ele sempre pensa em tudo. Sigo para o restaurante onde me esperam e lá me perco horas e horar em fusões e aquisições.
{...}


Enfim, chega a hora do almoço e resolvemos fazer uma pausa para comer. Enquanto minha comida não chega, ligo para Taylor para saber como Selly está. Não faz nem uma hora que mandei mensagem perguntando sobre ela. Aliás, passei a manhã inteira arrumando um tempinho para saber como ela está. Por enquanto está tudo certo com ela: Foi para o trabalho e desde então continua lá. Disco o número e no segundo toque ele atende.
– Sim, senhor Jonas.
– Taylor, como está Selena?
– Ela.. - Ele pigarreia. – A senhorita Gomez está em uma lanchonete em frente a SIP, senhor. - Sinto o tom nervoso de sua voz e algo em minha mente fica em estado de alerta. Tem coisa errada aí.
– E quem mais ?
– Uma menina que saiu com ela do prédio. - Ele responde rapidamente.
– Só ? - O telefone fica mudo de repente e sinto meus nervos se enrijecer. O que há de errado com ele ? – Taylor, eu te fiz uma pergunta. - Rosno.
– Não, senhor. - Ele faz uma pausa e quando estou prestes a explodir, ele completa. – O senhor Timber está com ela.
– O QUÊ ? - Grito e todos os executivos da mesa se voltam para mim. – Já volto senhores, houve um problema e preciso resolvê-lo agora. Com licença. - Digo aos demais e levanto da mesa, me afastando em seguida. – Que merda você acaba dizer, Taylor ? - Rosno ao telefone. – Como ... como assim ? Tem certeza que é ele ? - Pergunto com a raiva emanando de minha voz.
– Tenho sim, senhor. - Fecho meu punho e me assusto com o barulho dos meus dentes trincado.
– Obrigado, Taylor. Isso é tudo. Fique de olho e me mantenha informado. - Digo e desligo.
Rapidamente disco o número de Selena e ela logo atende.
– Oi. - Sua voz soa doce e risonha como sempre.
– QUE DIABOS VOCÊ ESTÁ FAZENDO COM ESSE FILHO DA PUTA ? - Grito. Estou tão puto da vida que ela esteja na companhia daquele imbecil. Espero que ela diga algo, mas o telefone fica mudo. Quando estou prestes a gritar novamente, sua voz sai pelos alto-falantes.
– Bom almoço pra você também. - O sarcasmo em sua voz é evidente.
– Eu não estou para brincadeiras, Selena. - Rosno. Se ela soube o quanto sinto vontade de espancar seu bumbum até ficar totalmente vermelho, não falaria assim comigo. Porra, Jonas! Não pense nessas merdas de novo. Já a perdeu por isso uma vez. Me repreendo mentalmente.
– Com licença. - Ouço ela dizer a alguém e instantes depois, volta a responder. – Quer parar de gritar ? - Grita. Conto mentalmente, para esquecer essa merda que me assombra e permaneço calado. – Baby, assim que você chegar na segunda nós conversaremos, ok ? - Pede calmamente, mas continuo calado. Ah, mas é claro que conversaremos! – Baby eu ..
– Tudo bem, tchau. - Corto-a e desligo.
Aperto o celular em minhas mãos, à ponto de explodir. Calma, Jonas! Você precisa pensar agora e não dar um ataque no meio da rua. Você precisa voltar o quanto antes para Seattle e resolver isso. Ligo para Andréia, minha secretária que se encontra em meu escritório em Seattle, e rapidamente lhe ordeno que adiante todas as reuniões possíveis até amanhã cedo. Respiro profundamente ao desligar o celular, ajeito meu terno e volto para a mesa assim que consigo colocar minha melhor máscara impassível. Me sento de volta a minha cadeira, com minha cara de pôquer e almoço tranquilamente. 

{...}
Depois de passar a tarde toda em reuniões chatas e cansativas, vou para meu apartamento que possuo aqui em Nova York. Tomo um longo banho para esfriar a cabeça, senão acabarei enlouquecendo. Selly faz isso comigo.. me enlouquece totalmente. Preciso voltar urgentemente para casa e dar um basta nessa história dela com Linc. Desde quando que ela estivera vendo-o ? Será que essa não foi a primeira vez ? Sinto o ódio crescer novamente em meu interior e soco a parede. Inferno! Será que não posso ficar em paz com a minha garota ?
Saio do banho e me jogo na cama, de toalha e tudo. Olho para o teto e logo os olhos de Selena veem em minha mente. Instantaneamente me acalmo um pouco e meu celular começa a tocar. Pego-o em cima da mesinha de cabeceira e vejo que é Selena me ligando. Permaneço imóvel com o celular em mãos, enquanto o celular toca e toca. Já sei o que ela vai falar e não quero brigar. Sei que vou me irritar e preciso me manter calmo, pois ainda terei uma vídeo conferência, devido a sua imprudência. O celular para de tocar e o visor marca que já uma mensagem de voz. Tento resistir, mas é mais forte do que eu e logo a voz sonolenta de meu amor invade meus ouvidos.

*Eu queria ouvir sua voz antes de dormir, mas pelo visto não vou conseguir obter esse desejo. Sei que está com raiva de mim. Me desculpe, baby. Espero que esteja bem.
Tenha uma boa noite de sono e não tenha pesadelos.
Não se esqueça que eu te amo.
Beijos, sua Selly.*


Sinto uma vontade imensa de retornar a ligação, mas ela parecia tão cansada que resolvo não ligar. Respiro fundo e coloco uma roupa para começar minha sessão de reuniões via internet.

{...}



Depois de ter dormido péssimo, por causa dos pesadelos com Selly e Linc que me assolaram, nas poucas horas que tive para dormir, devido as vídeo conferências e passar a manhã inteira adiantando as reuniões que teria até segunda, aqui estou eu em meu jato de volta para Seattle. Enfim, estou voltando para casa para resolver um sério problema, mas o bom dessa história toda é que consegui fechar negócio com várias empresários e verei minha Selly brevemente. Fecho meu olhos e recosto mais em meu assento. Minha mente vagueia para Selly e logo fico aflito. O que será que Linc quer com ela ? Será vingança por eu ter fodido com sua mulher durante anos? Lógico! Com certeza é isso. Mas não vou deixar ele colocar Selly nessa história. Se alguém errou nessa história fui eu e não é por minha causa que Selly sofrerá nas mãos dele. Com esse determinado pensamento, deixo o cansaço me levar para um sono confortável, com minha Selly.
{...}


Assim que o avião pousa na grande Seattle, saio do mesmo e sou abraçado pela cidade em seu total crepúsculo. Ligo para Taylor, mas só cai na caixa postal. Inferno! Saio do aeroporto com meus pertences em mãos e sigo para o apartamento de Selly, assim que entro no táxi.
Logo que chego, vejo que o portão está aberto. Merda! Será que ninguém aqui se preocupa com segurança ? Já é a segunda vez consecutiva que pego esse portão aberto. Preciso dar um jeito nisso. Não posso deixar Selly tão exposta desse jeito. Ainda mais agora com Linc a cercando. O que será que esse infeliz quer ?
Subo as escadas correndo e quando chego em sua porta, paraliso totalmente. Meu corpo gela ao encontrar a porta aberta e Taylor sentando em seu sofá, com os cotovelos apoiados no joelho e a cabeça entre suas mãos.
– O que está havendo, Taylor ? - Minha voz sai terrivelmente fria .
Rapidamente ele levanta a cabeça ao meu encontro e vejo-o empalidecer em minha frente. Oh, não! Isso não é bom. Taylor nunca ágil desse jeito, por mais difícil que fosse conviver comigo.
– Senhor Jonas. - Diz levemente assustado.
– Sim, Taylor. Sou eu mesmo, não está vendo. Agora me diga, que merda esta acontecendo aqui ? - Rosno e a cada segundo que se passa sinto a aflição me transbordar. Ele pigarreia e tenta se manter mais profissional.
– Senhor, houve um problema com a Selena.
– O quê ? - Arregalo meus olhos e tenho certeza que minha voz saiu em um fio. Ele me olha por um momento e vejo a consternação emanar de seus olhos. Por fim, respira profundamente e sinto que o que vai sair de sua boca é terrível.
– Selena sofreu uma tentativa de abuso sexual, senhor. - Diz num sopro só.
– O QUÊ ? COMO ASSIM ? - Grito fora de mim. Com a minha Ana não, meu Deus!
– Eu estava esperando-a na porta do prédio da SIP, depois que ela me ligou informando que já estava saindo. Só que ela estava demorando demais e eu fui ver o que estava acontecendo. Demorou um pouco até que eu achasse seu andar de trabalho e quando o achei, ouvi um grito estridente vir de um lugar, que depois descobri ser a escada. Selly estava encolhida no canto da parede, no patamar abaixo e só tive tempo de descer as escadas correndo para socar o desgraçado que estava numa briga com seu chefe, o senhor Hyde. Graças a ele, o infeliz não conseguiu ir até o fim. - Vejo que está mortificado ao pronunciar a ultima frase, mas não tenho reação alguma, tamanho é o meu choque. Como assim minha Selly sofreu abuso? EU VOU MATAR O DESGRAÇADO!
– Onde ela está ? - Pergunto assim que encontro minha voz.
– Já faz um longo tempo que ela está lá dentro. - Responde e abaixa a cabeça.
A passos largos, vou até seu quarto e ouço o barulho do chuveiro ligado. Entro rapidamente no banheiro e pelo vidro do box, vejo Selly sentada no chão.
– Selly - Chamo-a. Como resposta ela parece despertar de seu transe. Ela estava dormindo ? Ela desliza a porta do box e lentamente me aproximo dela. Meu coração para ao ver sua fisionomia. Seu rosto está machucado, o lado direito levemente inchado e a boca com um corte no canto. – Cristo! Selly. - O desespero em minha voz é tão evidente que chega a me espantar. – Por que você está sentada aí? Taylor me disse que faz mais de meia hora que você está aí...
– Acho que eu dormi... - Ela olha ao meu redor, um pouco assustada talvez.
– Sai daí...Vai ficar doente. - Digo, entrando no box e desligo o chuveiro. Volto meu olhar para ela e reprimo uma lágrima. Como eu gostaria de tirar todo o seu sofrimento, baby! – Vem! - Me abaixo e tento pegá-la, mas ela empurra minhas mãos. Insisto e apesar de sua resistência, ela sede.
Abraço-a e sento no chão, junto à ela e a aninho em meus braços. Nada e nem ninguém mais fará mal a você. Inferno! Não era para isso ter acontecido. Eu jurei que iria protegê-la e cá está ela, toda machucada e fodida em 50 tons. Embalo ela por horas, até que seu choro se cala.
– Baby, vamos sair daqui antes que você fique doente. - Espero sua resposta, mas ela permanece calada.
Então me levanto com ela em meu colo e a levo para o quarto, colocando-a de pé perto de sua cama. Vou até seu closet e pego roupas e toalhas. Volto e enxugo cada parte do seu corpo, parando a mão a cada vez que vejo uma mancha roxa. Eu juro que esse desgraçado vai pagar muito caro por isso! Rosno em pensamento e continuo a secá-la. Não posso deixar transparecer o quanto estou desesperado com esse ocorrido. Selly precisa de conforto, amor e carinho, não de um babaca raivoso ao seu lado.
Peço para que se sente e começo a vesti-la. Ela permanece quieta e isso me faz pensar que em outros tempos, eu teria gostado de vê-la assim. Ou não né Jonas! Você a ama por ela ser o que é e não uma completa submissa à você! Meu subconsciente rosna comigo.
Pego a escova de cabelo em cima da cômoda e me sento atrás dela, para penteá-la. Ela continua calada enquanto eu a penteio, mas o que mais me incomoda é a sua distância. Não gosto da frieza que se instalou entre nós. Não quero que ela fique com traumas e, muito menos, me rejeite. Isso não! Não posso permitir isso! Não aguentaria perdê-la desse jeito! Abraço-a desesperadamente por trás e ela enrijece o corpo instantaneamente.
– Não me rejeite, baby. - Balbucio as palavras com certo desespero em seu ouvido.
– Desculpe, eu ... eu ...
– Eu sei... Shhhh... - Digo e acaricio seus braços, tentando lhe transmitir maior conforto. Ouço-a respirar fundo e, logo seu corpo amolece em minhas mãos. – Isso! Assim ... - Sussurro em seu ouvido.
Continuo acariciando seus braços com minhas mãos, descendo-as até seu pulso e pelo canto de olho, vejo sua careta de dor. Oh, não!
– Dói ?
– Um pouco. - Responde baixinho.
– Você tem marcas pelo corpo todo. - Digo com o coração doendo ao lembrar das marcas que vi e ela assente de cabeça.
– Eu imagino que esteja. - Fecho meus olhos, jurando matar o desgraçado que fez isso.
– Porque você não quis ir ao hospital com Taylor ? - Tento manter minha voz tranquila, escondendo minha raiva com sua falta de atenção com sua saúde.
– Eu estou bem. Daqui uns dias a dor acaba e as marcas saem.
– Selly! E se você quebrou alguma coisa ? Vamos ao hospital agora! - Me movo para levantar, mas ela pega minhas mãos entre as suas, fazendo-me parar de um súbito.
– Eu não quero que me vejam nesse estado. Eu já passei por isso uma vez e não quero repetir esse episódio. Dá outra vez eu tive que passar por perícia, por delegacia, julgamento, por tudo mais... Não quero isso para mim de novo, Nicholas. Já basta ter que aguentar os olhares daqueles policiais hoje. - Sinto a frieza emanar de sua voz e isso me quebra mais por dentro.
– Oh, Selly - Beijo sua têmpora e a abraço mais. – Eu nunca vou me perdoar por isso ter acontecido isso com você e eu não estava aqui. - Isso com certeza não irei fazer!
– Você não tem culpa, baby! - Ela leva uma mão em meu rosto para acariciar-me e despejo um beijo na mesma. – Aliás, o que você está fazendo aqui ? Não era para vir só na segunda ?
– Eu adiantei todas minhas reuniões para o resto da tarde de ontem e hoje. Queria vir o mais rápido possível. Assim que cheguei eu vim para cá e encontrei Taylor na sala. Estranhei sua presença e então ele me contou tudo sobre o ocorrido.
– Foi por isso que não atendeu minhas ligações ?
– Sim. Eu ouvi sua mensagem de voz. - Merda! Agora mesmo que nunca vou me perdoar. Deveria ter ligado para ela. Suspiro, na tentativa de esconder a raiva mais uma vez. – Me perdoa por não ter lhe respondido, mas é que eram muitas reuniões e eu também estava com raiva. Não queria brigar com você. - Meu arrependimento não tem tamanho. Como eu sou um imbecil. Ela se vira um pouco de lado e me olha.
– Não faça isso de novo. Eu fiquei muito preocupada com você, baby. - Pede.
– Eu sei.. me perdoa, por favor! - Imploro e beijo a ponta do seu nariz. – Eu sou um imbecil. Deveria ter lhe dado satisfações. Me perdoa ? - Suplico.
– Tudo bem, o que importa é que você está aqui comigo. São e salvo. - Diz, olhando em meus e acaricia minha bochecha. – Desculpa por ter escondido de você... - Corto o assunto ao colocar um dedo em seus lábios para silenciá-la ao perceber aonde ela que chegar. Não é hora de falar desse babaca!
– Falaremos disso outro dia. - Franzo a testa e ela assente de cabeça. – Agora deite-se. Vou chamar minha mãe para te examinar. - Digo, deitando-a na cama.
– Nicholas, não preci..
– Shhhh.. isso você não irá me impedir de fazer, Selena. - Digo resignado.
Espero até que ela se cubra com edredom e saio do quarto, com o celular em mãos. Disco o número de minha mãe e logo ela atende.
– Oi meu filho, como você está ? - Ela pergunta toda carinhosa, como sempre.
– Não muito bem. Mãe, será que a senhora poderia vir até o apartamento da Selly, para examiná-la ?
– Cristo! O que houve com ela ? - Pergunta aflita. Respiro fundo e resolvo lhe contar a verdade.
– Ela sofreu uma tentativa de abuso no emprego e está um pouco machucada. Estou preocupado que seja algo grave, mas ela se recusa a ir até o hospital. Não quero forçá-la nesse momento.
– Meu Deus! Eu vou sim, filho.
– E por favor, não conte a ninguém do ocorrido, por enquanto.
– Tudo bem, meu amor...
Depois de lhe passar o endereço do apartamento, me despeço dela e desligo. Levanto a cabeça e encontro Taylor me olhando, com uma expressão diferente.
– Senhor Jonas, o senhor me deu uma ordem e eu não a cumpre como deveria, então estou pondo meu cargo a disposição, para que encontre um outro profissional mais capacitado. - Ele diz me olhando fixamente.
Sua posição está rígida, mas seus olhos, pela primeira vez, transmite o que sente. Está mortificado com o ocorrido. Levo minhas duas mãos nos cabelos e os bagunço, tamanho é o meu nervoso. Merda! Taylor sempre foi um ótimo funcionário e arrisco dizer que um bom companheiro. Mesmo que tenha falhado dessa vez, sei de sua capacidade. Sei do ótimo profissional que é.
– Não aceito sua demissão.
– Mas senhor ...
– Estamos conversados sobre isso ? - Interrompo-o. Ele me olha e assente de cabeça, ao perceber que não irei aceitar tão fácil assim sua demissão. – Que bom! Bem, quero que ligue para Stephen imediatamente e agilize o mais rápido possível a vinda da mãe de Selly para cá. A senhora Gomez mora na Georgia.. bem você já sabe! E agilize também a vinda do senhor Gomez, ok ? - Ele assente de cabeça. – Agora me conte tudo o que houve novamente ?
Ele me conta cada detalhe do que se passou e a cada um deles, fico mais revoltado. Esse tal de Tony irá pagar muito caro. Olho para Taylor e sei que está revoltado. Ele realmente gosta de Selly. Quem não gosta dela, né Jonas? Estranhamente não me incomodo com essa constatação. Minutos depois o interfone toca e já sei que é minha mãe. Libero sua entrada e logo ela bate na porta. Abro-a e a levo até o quarto de Selly. Noto que Selly está inerte assim que entramos. Minha mãe, como sempre, a cumprimenta amorosamente e lhe enche de carinhos. Começa a examiná-la e permaneço no quarto, mesmo elas pedindo que eu saísse do quarto. Me recuso a ficar longe de Selly nesse momento tão difícil. Já me sinto culpado por tê-la abandonado aqui em Seattle e por conta disso, lhe aconteceu novamente essa barbaridade. Deveria tê-la levado comigo para Nova York. Nada disso teria acontecido se eu tivesse feito isso. Mas não! Depois que voltamos, sempre deixei que Selly fizesse o que queria, mas já agora será diferente. Chega dessa palhaçada de deixá-la fazer tudo o que dá na cabeça. Controlarei todos os seus passos para que não haja mais incidentes como este. A protegerei como sempre deveria ter feito desde o começo.
Momentos depois, minha mãe termina de examiná-la e solto a respiração ao ouvi de sua boca que Selly está bem, apesar dos machucados. Me entrega uma receita e logo saio do quarto, indo ao encontro de Taylor.
– Taylor, você pode ir em uma farmácia mais próxima e conseguir esses remédios aqui ? - Lhe entrego a receita.
– Claro senhor. É só isso ?
– E traga também umas roupas para mim e algo para Selly comer.
– Ok, senhor. - Ele diz e sai.
Volto para o quarto e vejo minha mãe beijar a testa de Selly. Sei que isso a faz bem. Selly precisa de todo amor para que fique bem e esqueça esse maldito dia. Então, minha mãe me diz que contou ao meu pai do ocorrido e não estranho isso. Ela nunca esconde nada dele. Não ligo muito para isso, pois iria recorrer as suas habilidades em advocacia para fazer aquele desgraçado apodrecer em uma cela. Denize se despede de nós, me fazendo prometer que cuidarei bem de Selly. Reviro meus olhos para seu pedido. É lógico que cuidarei bem dela. Ela é minha mulher, caramba! A mulher que eu amo! Como resposta minha mãe me repreende e vejo um sorriso sincero se abrir nos lábios de minha namorada. Meu coração se aperta todo com esse simples gesto de sua parte. Minha mãe, parece perceber o mesmo que eu e se despede de nós novamente e vai embora.
– Está melhor ? - Pergunto assim que sento ao seu lado e pego suas mãos entre as minhas. Ela assente de cabeça, enquanto eu pego seu pulso enfaixado e distribuo beijinhos pelo mesmo. – Que bom. Pedi a Taylor que trouxesse comida também. - Paro e olho-a. Ela parece está um pouco melhor. Não quero pressioná-la e tocar nesse assunto indesejado, mas é preciso. – Ele está revoltado. Nunca o vi assim antes. - Digo com certo cuidado, temendo por sua reação.
– Revoltado, porque ? - Pergunta levemente espantada.
– Está com raiva por não ter subido antes.
– Ele não tem culpa de nada.
– Bem.. - Me aproximo mais dela, sentando ao seu lado na cama e a abraço de lado. Ela passo seus braços envolta de minha cintura e deita a cabeça em cima de meu peito. Oh, como esse contanto é bom! – Agora o que importa é que você está aqui e precisa descansar, baby! - Beijo sua testa carinhosamente e afago seu braço.
– Obrigada. - Pelo quê ? Viro a cabeça rapidamente em sua direção. Do que ela está agradecendo dessa vez ? Abro a boca para perguntar, mas ela completa rapidamente. – Por tudo.
Oh, baby! Não precisa agradecer. Por você eu faria isso e muuuito mais! Penso várias maneiras de lhe falar, mas como nenhum som sai de minha boca, abro um pequeno sorriso em resposta.
– Não tem que agradecer, baby! - Beija sua têmpora. – Agora descanse, enquanto o remédio e a comida não chega. - Ela sorri e beija minha bochecha.
– Ok, senhor mandão. - Ela se aninha mais em mim, quando um barulho estrondoso ao lado de fora do quarto me deixa em alerta.
Rapidamente a porta do quarto se abre abruptamente e minha raiva cresce num piscar de olhos, ao ver o imbecil do Lincoln entrar no recinto e se aproximar da cama, de frente para ela.
– Selena, você está bem ? - Pergunta ofegante.
– O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI. - Rosno, já me levantando da cama.
Meus membros ficam rígidos rapidamente e cerro meus punhos, juntamente com meu maxilar. QUEM ESSE FILHO DA PUTA PENSA QUE É PRA ENTRAR AQUI DESSE JEITO? Como ele se atreve ? Eu vou acabar com ele.... 



 Comentários... :)

Creditos Angel 

2 comentários:

  1. Amooor da minha vida, meu dia estava péssimo dai tu vem e posta um capitulo dessa historia maravilhosa e muda o meu dia em menos de dez minutos. Amo vc e a sua historia

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  2. Brigado gata, mas lembrando que a ficnão e minha, nossa musa e a Angel .
    Espero que os demais capitulos lhe alegrem muito .

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