Versão Jonas
Acordo abraçado ao corpo nú de Selly
em sua cama. Mesmo que ela ficasse irresistível, dormindo nua no tapete da
sala, preferi trazê-la para seu quarto. A sua amiguinha chata poderia chegar e
não seria nada agradável. Escorrego minha mão pelas suas costas nua, olhando
seu corpo nú coberto do traseiro para baixo. Nossa, acho que nunca irei me
cansar de ver essa imagem dela, nua em meus braços. Olho o redor do quarto
totalmente na penumbra, parando meus olhos na única luz dentro do recinto. Olho
o visor do despertador e vejo que são 5hr30 da manhã. Merda! Tenho que levantar
se não, me atrasarei para a reunião que me aguarda em Nova York. Suspiro em
exasperação e volto a fitar o rosto de Selly. Como ela é linda dormindo. Desço
meu olhar pelo seu corpo, sentindo minha ereção crescer a vez que seu aroma
delicioso entra pelas minhas narinas, dominando completamente meus sentidos.
Que vontade de acordá-la e fodê-la até cair desmaiado. Mas ela está tão
tranquila em seu sono, que me sinto incapaz de acordá-la. Sacudo a cabeça para
espantar esses pensamentos e, mesmo sem vontade, tiro seus braços que estão a
minha volta e saio da cama lentamente para não acordá-la.
Assim
que fico de pé, olho para ela, que resmungando um pouco, agarra o travesseiro
no qual eu estava deitado, sem que o edredom se mova do lugar, deixando toda
sua costa à vista ainda. Seus seios estão pressionados no colchão, mas posso
ver a lateral deles. Praguejo mentalmente e esfrego meu rosto com as duas mão.
Inferno! Como ela fica sexy desse jeito. Respiro fundo e com determinação, pego
meu BlackBerry e sigo para o banheiro. Mando uma mensagem para Taylor, pedindo
que traga roupas e meu café. Em seguida, entro no box e tomo meu banho
rapidamente. Me lavo com seu sabonete, shampoo e condicionador de baunilha,
sorrindo ao pensar como os executivos, que encontrarei em Nova Iorque, vão
estranhar meu cheiro. Se já achavam que eu era gay, o que irão dizer agora. Em
outros tempos, esse mero pensamento já me irritaria e muito, mas como se trata
de Selly, não consigo fazer outra coisa a não ser sorri.
Saio do
banho e me enxugo com a primeira toalha que encontro em seu banheiro,
enrolando-a em minha cintura em seguida. Saio do banheiro a tempo de ouvir o
interfone tocar. Merda! Não posso atender Taylor só de toalha. Rapidamente meus
olhos encontram o roupão rosa de Selly e, mesmo ficando um pouco pequeno, cubro
meu torso com ele. Saio do quarto e vou até o interfone atender. Libero a
entrada de Taylor e logo ele bate na porta. Assim que abro a porta, vejo-o
arregalar os olhos. Fecho o cenho para evitar um sorrisinho besta de sua parte
e ele se endireita assim que vê minha expressão.
– Sr. Jonas,
aqui está o que me pediu. - Ele me entrega uma bolsa e meu terno.
–
Obrigado. Ligue para Stephen e veja se já está tudo pronto para meu vôo. -
Ordeno e viro para ir para o quarto quando tenho uma súbita ideia. – Taylor,
dessa vez irei sozinho. Como não estarei na cidade, você ficará encarregado de
me informar tudo sobre os passos de Selly. - Ele assente de cabeça.
Viro e
volto para o quarto. Ultimamente, não tenho vigiado seus passos. E depois de
nossas brigas, resolvi baixar a guarda, mesmo não aguentando ficar sem saber
dela o dia inteiro. E agora que eu estarei fora, preciso saber de cada um de
seus passos. Visto minha roupa rápido, sem fazer barulho, para não acordá-la e
antes de voltar para a sala deixo uma trilha de beijos das costas nua de Selena
até sua nuca.
– Te
amo, baby! - Sussurro e beijo embaixo de sua orelha.
Ela se
remexe um pouco e resmunga algo ininteligível. Sorrio e saio do quarto.
– Estou
pronto. Vamos! - Digo a Taylor assim que chego na sala.
–
Senhor, seu café.
–
Tomarei no carro, Taylor.
Saímos
do apartamento e andamos à passos largos até o carro. Assim que entro no carro,
pego o que Taylor me trouxe de café da manhã e começo a comer. Minutos depois
chegamos ao Sea-Tac e Taylor para o carro na pista de pouso e decolagem, onde
meu jatinho me espera. Saio do carro com minha bolsa na mão e, depois que
reafirmo as ordem de vigilância com Taylor, sigo para meu jato.
– Bom
dia, senhor Jonas. - Stephen me cumprimenta assim que me aproximo.
– Bom
dia, Stephen. Tudo pronto ?
– Tudo,
senhor.
–
Então, vamos. - Digo e assim entramos no jato.
{...}
Depois
de 5hrs30 de vôo, aqui estou eu, seguindo para uma reunião chata, porém muito
vantajosa para a JEH. Mesmo sem ter vindo comigo, Taylor fez questão de
contratar um motorista para mim. Realmente preciso dar uma aumento à esse
homem. Ele sempre pensa em tudo. Sigo para o restaurante onde me esperam e lá
me perco horas e horar em fusões e aquisições.
{...}
Enfim,
chega a hora do almoço e resolvemos fazer uma pausa para comer. Enquanto minha
comida não chega, ligo para Taylor para saber como Selly está. Não faz nem uma
hora que mandei mensagem perguntando sobre ela. Aliás, passei a manhã inteira
arrumando um tempinho para saber como ela está. Por enquanto está tudo certo
com ela: Foi para o trabalho e desde então continua lá. Disco o número e no
segundo toque ele atende.
– Sim,
senhor Jonas.
–
Taylor, como está Selena?
– Ela..
- Ele pigarreia. – A senhorita Gomez está em uma lanchonete em frente a SIP,
senhor. - Sinto o tom nervoso de sua voz e algo em minha mente fica em estado
de alerta. Tem coisa errada aí.
– E
quem mais ?
– Uma
menina que saiu com ela do prédio. - Ele responde rapidamente.
– Só ?
- O telefone fica mudo de repente e sinto meus nervos se enrijecer. O que há de
errado com ele ? – Taylor, eu te fiz uma pergunta. - Rosno.
– Não,
senhor. - Ele faz uma pausa e quando estou prestes a explodir, ele completa. –
O senhor Timber está com ela.
– O QUÊ
? - Grito e todos os executivos da mesa se voltam para mim. – Já volto
senhores, houve um problema e preciso resolvê-lo agora. Com licença. - Digo aos
demais e levanto da mesa, me afastando em seguida. – Que merda você acaba
dizer, Taylor ? - Rosno ao telefone. – Como ... como assim ? Tem certeza que é
ele ? - Pergunto com a raiva emanando de minha voz.
– Tenho
sim, senhor. - Fecho meu punho e me assusto com o barulho dos meus dentes
trincado.
–
Obrigado, Taylor. Isso é tudo. Fique de olho e me mantenha informado. - Digo e
desligo.
Rapidamente
disco o número de Selena e ela logo atende.
– Oi. -
Sua voz soa doce e risonha como sempre.
– QUE
DIABOS VOCÊ ESTÁ FAZENDO COM ESSE FILHO DA PUTA ? - Grito. Estou tão puto da
vida que ela esteja na companhia daquele imbecil. Espero que ela diga algo, mas
o telefone fica mudo. Quando estou prestes a gritar novamente, sua voz sai
pelos alto-falantes.
– Bom
almoço pra você também. - O sarcasmo em sua voz é evidente.
– Eu
não estou para brincadeiras, Selena. - Rosno. Se ela soube o quanto sinto
vontade de espancar seu bumbum até ficar totalmente vermelho, não falaria assim
comigo. Porra, Jonas! Não pense nessas merdas de novo. Já a perdeu por isso uma
vez. Me repreendo mentalmente.
– Com
licença. - Ouço ela dizer a alguém e instantes depois, volta a responder. –
Quer parar de gritar ? - Grita. Conto mentalmente, para esquecer essa merda que
me assombra e permaneço calado. – Baby, assim que você chegar na segunda nós
conversaremos, ok ? - Pede calmamente, mas continuo calado. Ah, mas é claro que
conversaremos! – Baby eu ..
– Tudo
bem, tchau. - Corto-a e desligo.
Aperto
o celular em minhas mãos, à ponto de explodir. Calma, Jonas! Você precisa
pensar agora e não dar um ataque no meio da rua. Você precisa voltar o quanto
antes para Seattle e resolver isso. Ligo para Andréia, minha secretária que se
encontra em meu escritório em Seattle, e rapidamente lhe ordeno que adiante
todas as reuniões possíveis até amanhã cedo. Respiro profundamente ao desligar
o celular, ajeito meu terno e volto para a mesa assim que consigo colocar minha
melhor máscara impassível. Me sento de volta a minha cadeira, com minha cara de
pôquer e almoço tranquilamente.
{...}
Depois
de passar a tarde toda em reuniões chatas e cansativas, vou para meu
apartamento que possuo aqui em Nova York. Tomo um longo banho para esfriar a
cabeça, senão acabarei enlouquecendo. Selly faz isso comigo.. me enlouquece
totalmente. Preciso voltar urgentemente para casa e dar um basta nessa história
dela com Linc. Desde quando que ela estivera vendo-o ? Será que essa não foi a
primeira vez ? Sinto o ódio crescer novamente em meu interior e soco a parede.
Inferno! Será que não posso ficar em paz com a minha garota ?
Saio do
banho e me jogo na cama, de toalha e tudo. Olho para o teto e logo os olhos de
Selena veem em minha mente. Instantaneamente me acalmo um pouco e meu celular
começa a tocar. Pego-o em cima da mesinha de cabeceira e vejo que é Selena me
ligando. Permaneço imóvel com o celular em mãos, enquanto o celular toca e
toca. Já sei o que ela vai falar e não quero brigar. Sei que vou me irritar e
preciso me manter calmo, pois ainda terei uma vídeo conferência, devido a sua
imprudência. O celular para de tocar e o visor marca que já uma mensagem de
voz. Tento resistir, mas é mais forte do que eu e logo a voz sonolenta de meu
amor invade meus ouvidos.
*Eu queria ouvir sua voz antes de dormir, mas pelo visto não vou conseguir
obter esse desejo. Sei que está com raiva de mim. Me desculpe, baby. Espero que
esteja bem.
Tenha uma boa noite de sono e não tenha pesadelos.
Não se esqueça que eu te amo.
Beijos, sua Selly.*
Tenha uma boa noite de sono e não tenha pesadelos.
Não se esqueça que eu te amo.
Beijos, sua Selly.*
Sinto
uma vontade imensa de retornar a ligação, mas ela parecia tão cansada que
resolvo não ligar. Respiro fundo e coloco uma roupa para começar minha sessão
de reuniões via internet.
{...}
Depois
de ter dormido péssimo, por causa dos pesadelos com Selly e Linc que me
assolaram, nas poucas horas que tive para dormir, devido as vídeo conferências
e passar a manhã inteira adiantando as reuniões que teria até segunda, aqui
estou eu em meu jato de volta para Seattle. Enfim, estou voltando para casa
para resolver um sério problema, mas o bom dessa história toda é que consegui
fechar negócio com várias empresários e verei minha Selly brevemente. Fecho meu
olhos e recosto mais em meu assento. Minha mente vagueia para Selly e logo fico
aflito. O que será que Linc quer com ela ? Será vingança por eu ter fodido com
sua mulher durante anos? Lógico! Com certeza é isso. Mas não vou deixar ele
colocar Selly nessa história. Se alguém errou nessa história fui eu e não é por
minha causa que Selly sofrerá nas mãos dele. Com esse determinado pensamento,
deixo o cansaço me levar para um sono confortável, com minha Selly.
{...}
Assim
que o avião pousa na grande Seattle, saio do mesmo e sou abraçado pela cidade
em seu total crepúsculo. Ligo para Taylor, mas só cai na caixa postal. Inferno!
Saio do aeroporto com meus pertences em mãos e sigo para o apartamento de Selly,
assim que entro no táxi.
Logo
que chego, vejo que o portão está aberto. Merda! Será que ninguém aqui se
preocupa com segurança ? Já é a segunda vez consecutiva que pego esse portão
aberto. Preciso dar um jeito nisso. Não posso deixar Selly tão exposta desse
jeito. Ainda mais agora com Linc a cercando. O que será que esse infeliz quer ?
Subo as
escadas correndo e quando chego em sua porta, paraliso totalmente. Meu corpo
gela ao encontrar a porta aberta e Taylor sentando em seu sofá, com os
cotovelos apoiados no joelho e a cabeça entre suas mãos.
– O que
está havendo, Taylor ? - Minha voz sai terrivelmente fria .
Rapidamente
ele levanta a cabeça ao meu encontro e vejo-o empalidecer em minha frente. Oh,
não! Isso não é bom. Taylor nunca ágil desse jeito, por mais difícil que fosse
conviver comigo.
–
Senhor Jonas. - Diz levemente assustado.
– Sim,
Taylor. Sou eu mesmo, não está vendo. Agora me diga, que merda esta acontecendo
aqui ? - Rosno e a cada segundo que se passa sinto a aflição me transbordar.
Ele pigarreia e tenta se manter mais profissional.
– Senhor,
houve um problema com a Selena.
– O quê
? - Arregalo meus olhos e tenho certeza que minha voz saiu em um fio. Ele me
olha por um momento e vejo a consternação emanar de seus olhos. Por fim,
respira profundamente e sinto que o que vai sair de sua boca é terrível.
–
Selena sofreu uma tentativa de abuso sexual, senhor. - Diz num sopro só.
– O QUÊ
? COMO ASSIM ? - Grito fora de mim. Com a minha Ana não, meu Deus!
– Eu
estava esperando-a na porta do prédio da SIP, depois que ela me ligou informando
que já estava saindo. Só que ela estava demorando demais e eu fui ver o que
estava acontecendo. Demorou um pouco até que eu achasse seu andar de trabalho e
quando o achei, ouvi um grito estridente vir de um lugar, que depois descobri
ser a escada. Selly estava encolhida no canto da parede, no patamar abaixo e só
tive tempo de descer as escadas correndo para socar o desgraçado que estava
numa briga com seu chefe, o senhor Hyde. Graças a ele, o infeliz não conseguiu
ir até o fim. - Vejo que está mortificado ao pronunciar a ultima frase, mas não
tenho reação alguma, tamanho é o meu choque. Como assim minha Selly sofreu
abuso? EU VOU MATAR O DESGRAÇADO!
– Onde
ela está ? - Pergunto assim que encontro minha voz.
– Já
faz um longo tempo que ela está lá dentro. - Responde e abaixa a cabeça.
A
passos largos, vou até seu quarto e ouço o barulho do chuveiro ligado. Entro
rapidamente no banheiro e pelo vidro do box, vejo Selly sentada no chão.
– Selly
- Chamo-a. Como resposta ela parece despertar de seu transe. Ela estava dormindo
? Ela desliza a porta do box e lentamente me aproximo dela. Meu coração para ao
ver sua fisionomia. Seu rosto está machucado, o lado direito levemente inchado
e a boca com um corte no canto. – Cristo! Selly. - O desespero em minha voz é
tão evidente que chega a me espantar. – Por que você está sentada aí? Taylor me
disse que faz mais de meia hora que você está aí...
– Acho
que eu dormi... - Ela olha ao meu redor, um pouco assustada talvez.
– Sai
daí...Vai ficar doente. - Digo, entrando no box e desligo o chuveiro. Volto meu
olhar para ela e reprimo uma lágrima. Como eu gostaria de tirar todo o seu
sofrimento, baby! – Vem! - Me abaixo e tento pegá-la, mas ela empurra minhas
mãos. Insisto e apesar de sua resistência, ela sede.
Abraço-a
e sento no chão, junto à ela e a aninho em meus braços. Nada e nem ninguém mais
fará mal a você. Inferno! Não era para isso ter acontecido. Eu jurei que iria
protegê-la e cá está ela, toda machucada e fodida em 50 tons. Embalo ela por
horas, até que seu choro se cala.
– Baby,
vamos sair daqui antes que você fique doente. - Espero sua resposta, mas ela
permanece calada.
Então
me levanto com ela em meu colo e a levo para o quarto, colocando-a de pé perto
de sua cama. Vou até seu closet e pego roupas e toalhas. Volto e enxugo cada
parte do seu corpo, parando a mão a cada vez que vejo uma mancha roxa. Eu juro
que esse desgraçado vai pagar muito caro por isso! Rosno em pensamento e
continuo a secá-la. Não posso deixar transparecer o quanto estou desesperado
com esse ocorrido. Selly precisa de conforto, amor e carinho, não de um babaca
raivoso ao seu lado.
Peço
para que se sente e começo a vesti-la. Ela permanece quieta e isso me faz
pensar que em outros tempos, eu teria gostado de vê-la assim. Ou não né Jonas!
Você a ama por ela ser o que é e não uma completa submissa à você! Meu
subconsciente rosna comigo.
Pego a
escova de cabelo em cima da cômoda e me sento atrás dela, para penteá-la. Ela
continua calada enquanto eu a penteio, mas o que mais me incomoda é a sua
distância. Não gosto da frieza que se instalou entre nós. Não quero que ela
fique com traumas e, muito menos, me rejeite. Isso não! Não posso permitir
isso! Não aguentaria perdê-la desse jeito! Abraço-a desesperadamente por trás e
ela enrijece o corpo instantaneamente.
– Não
me rejeite, baby. - Balbucio as palavras com certo desespero em seu ouvido.
–
Desculpe, eu ... eu ...
– Eu
sei... Shhhh... - Digo e acaricio seus braços, tentando lhe transmitir maior
conforto. Ouço-a respirar fundo e, logo seu corpo amolece em minhas mãos. –
Isso! Assim ... - Sussurro em seu ouvido.
Continuo
acariciando seus braços com minhas mãos, descendo-as até seu pulso e pelo canto
de olho, vejo sua careta de dor. Oh, não!
– Dói ?
– Um
pouco. - Responde baixinho.
– Você
tem marcas pelo corpo todo. - Digo com o coração doendo ao lembrar das marcas
que vi e ela assente de cabeça.
– Eu
imagino que esteja. - Fecho meus olhos, jurando matar o desgraçado que fez
isso.
–
Porque você não quis ir ao hospital com Taylor ? - Tento manter minha voz
tranquila, escondendo minha raiva com sua falta de atenção com sua saúde.
– Eu
estou bem. Daqui uns dias a dor acaba e as marcas saem.
– Selly!
E se você quebrou alguma coisa ? Vamos ao hospital agora! - Me movo para
levantar, mas ela pega minhas mãos entre as suas, fazendo-me parar de um
súbito.
– Eu
não quero que me vejam nesse estado. Eu já passei por isso uma vez e não quero
repetir esse episódio. Dá outra vez eu tive que passar por perícia, por
delegacia, julgamento, por tudo mais... Não quero isso para mim de novo, Nicholas.
Já basta ter que aguentar os olhares daqueles policiais hoje. - Sinto a frieza
emanar de sua voz e isso me quebra mais por dentro.
– Oh,
Selly - Beijo sua têmpora e a abraço mais. – Eu nunca vou me perdoar por isso
ter acontecido isso com você e eu não estava aqui. - Isso com certeza não irei
fazer!
– Você
não tem culpa, baby! - Ela leva uma mão em meu rosto para acariciar-me e
despejo um beijo na mesma. – Aliás, o que você está fazendo aqui ? Não era para
vir só na segunda ?
– Eu
adiantei todas minhas reuniões para o resto da tarde de ontem e hoje. Queria
vir o mais rápido possível. Assim que cheguei eu vim para cá e encontrei Taylor
na sala. Estranhei sua presença e então ele me contou tudo sobre o ocorrido.
– Foi
por isso que não atendeu minhas ligações ?
– Sim.
Eu ouvi sua mensagem de voz. - Merda! Agora mesmo que nunca vou me perdoar.
Deveria ter ligado para ela. Suspiro, na tentativa de esconder a raiva mais uma
vez. – Me perdoa por não ter lhe respondido, mas é que eram muitas reuniões e
eu também estava com raiva. Não queria brigar com você. - Meu arrependimento
não tem tamanho. Como eu sou um imbecil. Ela se vira um pouco de lado e me
olha.
– Não
faça isso de novo. Eu fiquei muito preocupada com você, baby. - Pede.
– Eu
sei.. me perdoa, por favor! - Imploro e beijo a ponta do seu nariz. – Eu sou um
imbecil. Deveria ter lhe dado satisfações. Me perdoa ? - Suplico.
– Tudo
bem, o que importa é que você está aqui comigo. São e salvo. - Diz, olhando em
meus e acaricia minha bochecha. – Desculpa por ter escondido de você... - Corto
o assunto ao colocar um dedo em seus lábios para silenciá-la ao perceber aonde
ela que chegar. Não é hora de falar desse babaca!
–
Falaremos disso outro dia. - Franzo a testa e ela assente de cabeça. – Agora
deite-se. Vou chamar minha mãe para te examinar. - Digo, deitando-a na cama.
– Nicholas,
não preci..
–
Shhhh.. isso você não irá me impedir de fazer, Selena. - Digo resignado.
Espero
até que ela se cubra com edredom e saio do quarto, com o celular em mãos. Disco
o número de minha mãe e logo ela atende.
– Oi
meu filho, como você está ? - Ela pergunta toda carinhosa, como sempre.
– Não
muito bem. Mãe, será que a senhora poderia vir até o apartamento da Selly, para
examiná-la ?
–
Cristo! O que houve com ela ? - Pergunta aflita. Respiro fundo e resolvo lhe
contar a verdade.
– Ela
sofreu uma tentativa de abuso no emprego e está um pouco machucada. Estou
preocupado que seja algo grave, mas ela se recusa a ir até o hospital. Não
quero forçá-la nesse momento.
– Meu
Deus! Eu vou sim, filho.
– E por
favor, não conte a ninguém do ocorrido, por enquanto.
– Tudo
bem, meu amor...
Depois
de lhe passar o endereço do apartamento, me despeço dela e desligo. Levanto a
cabeça e encontro Taylor me olhando, com uma expressão diferente.
–
Senhor Jonas, o senhor me deu uma ordem e eu não a cumpre como deveria, então
estou pondo meu cargo a disposição, para que encontre um outro profissional
mais capacitado. - Ele diz me olhando fixamente.
Sua
posição está rígida, mas seus olhos, pela primeira vez, transmite o que sente.
Está mortificado com o ocorrido. Levo minhas duas mãos nos cabelos e os
bagunço, tamanho é o meu nervoso. Merda! Taylor sempre foi um ótimo funcionário
e arrisco dizer que um bom companheiro. Mesmo que tenha falhado dessa vez, sei
de sua capacidade. Sei do ótimo profissional que é.
– Não
aceito sua demissão.
– Mas
senhor ...
–
Estamos conversados sobre isso ? - Interrompo-o. Ele me olha e assente de
cabeça, ao perceber que não irei aceitar tão fácil assim sua demissão. – Que
bom! Bem, quero que ligue para Stephen imediatamente e agilize o mais rápido
possível a vinda da mãe de Selly para cá. A senhora Gomez mora na Georgia.. bem
você já sabe! E agilize também a vinda do senhor Gomez, ok ? - Ele assente de
cabeça. – Agora me conte tudo o que houve novamente ?
Ele me
conta cada detalhe do que se passou e a cada um deles, fico mais revoltado.
Esse tal de Tony irá pagar muito caro. Olho para Taylor e sei que está
revoltado. Ele realmente gosta de Selly. Quem não gosta dela, né Jonas?
Estranhamente não me incomodo com essa constatação. Minutos depois o interfone
toca e já sei que é minha mãe. Libero sua entrada e logo ela bate na porta. Abro-a
e a levo até o quarto de Selly. Noto que Selly está inerte assim que entramos.
Minha mãe, como sempre, a cumprimenta amorosamente e lhe enche de carinhos.
Começa a examiná-la e permaneço no quarto, mesmo elas pedindo que eu saísse do
quarto. Me recuso a ficar longe de Selly nesse momento tão difícil. Já me sinto
culpado por tê-la abandonado aqui em Seattle e por conta disso, lhe aconteceu
novamente essa barbaridade. Deveria tê-la levado comigo para Nova York. Nada
disso teria acontecido se eu tivesse feito isso. Mas não! Depois que voltamos,
sempre deixei que Selly fizesse o que queria, mas já agora será diferente.
Chega dessa palhaçada de deixá-la fazer tudo o que dá na cabeça. Controlarei
todos os seus passos para que não haja mais incidentes como este. A protegerei
como sempre deveria ter feito desde o começo.
Momentos
depois, minha mãe termina de examiná-la e solto a respiração ao ouvi de sua
boca que Selly está bem, apesar dos machucados. Me entrega uma receita e logo
saio do quarto, indo ao encontro de Taylor.
–
Taylor, você pode ir em uma farmácia mais próxima e conseguir esses remédios
aqui ? - Lhe entrego a receita.
– Claro
senhor. É só isso ?
– E
traga também umas roupas para mim e algo para Selly comer.
– Ok,
senhor. - Ele diz e sai.
Volto
para o quarto e vejo minha mãe beijar a testa de Selly. Sei que isso a faz bem.
Selly precisa de todo amor para que fique bem e esqueça esse maldito dia.
Então, minha mãe me diz que contou ao meu pai do ocorrido e não estranho isso.
Ela nunca esconde nada dele. Não ligo muito para isso, pois iria recorrer as
suas habilidades em advocacia para fazer aquele desgraçado apodrecer em uma
cela. Denize se despede de nós, me fazendo prometer que cuidarei bem de Selly.
Reviro meus olhos para seu pedido. É lógico que cuidarei bem dela. Ela é minha
mulher, caramba! A mulher que eu amo! Como resposta minha mãe me repreende e
vejo um sorriso sincero se abrir nos lábios de minha namorada. Meu coração se
aperta todo com esse simples gesto de sua parte. Minha mãe, parece perceber o
mesmo que eu e se despede de nós novamente e vai embora.
– Está
melhor ? - Pergunto assim que sento ao seu lado e pego suas mãos entre as
minhas. Ela assente de cabeça, enquanto eu pego seu pulso enfaixado e distribuo
beijinhos pelo mesmo. – Que bom. Pedi a Taylor que trouxesse comida também. -
Paro e olho-a. Ela parece está um pouco melhor. Não quero pressioná-la e tocar
nesse assunto indesejado, mas é preciso. – Ele está revoltado. Nunca o vi assim
antes. - Digo com certo cuidado, temendo por sua reação.
–
Revoltado, porque ? - Pergunta levemente espantada.
– Está
com raiva por não ter subido antes.
– Ele
não tem culpa de nada.
– Bem..
- Me aproximo mais dela, sentando ao seu lado na cama e a abraço de lado. Ela
passo seus braços envolta de minha cintura e deita a cabeça em cima de meu
peito. Oh, como esse contanto é bom! – Agora o que importa é que você está aqui
e precisa descansar, baby! - Beijo sua testa carinhosamente e afago seu braço.
–
Obrigada. - Pelo quê ? Viro a cabeça rapidamente em sua direção. Do que ela
está agradecendo dessa vez ? Abro a boca para perguntar, mas ela completa
rapidamente. – Por tudo.
Oh,
baby! Não precisa agradecer. Por você eu faria isso e muuuito mais! Penso
várias maneiras de lhe falar, mas como nenhum som sai de minha boca, abro um
pequeno sorriso em resposta.
– Não
tem que agradecer, baby! - Beija sua têmpora. – Agora descanse, enquanto o
remédio e a comida não chega. - Ela sorri e beija minha bochecha.
– Ok,
senhor mandão. - Ela se aninha mais em mim, quando um barulho estrondoso ao
lado de fora do quarto me deixa em alerta.
Rapidamente
a porta do quarto se abre abruptamente e minha raiva cresce num piscar de
olhos, ao ver o imbecil do Lincoln entrar no recinto e se aproximar da cama, de
frente para ela.
– Selena,
você está bem ? - Pergunta ofegante.
– O QUE
VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI. - Rosno, já me levantando da cama.
Meus
membros ficam rígidos rapidamente e cerro meus punhos, juntamente com meu
maxilar. QUEM ESSE FILHO DA PUTA PENSA QUE É PRA ENTRAR AQUI DESSE JEITO? Como
ele se atreve ? Eu vou acabar com ele....
Creditos Angel
Amooor da minha vida, meu dia estava péssimo dai tu vem e posta um capitulo dessa historia maravilhosa e muda o meu dia em menos de dez minutos. Amo vc e a sua historia
ResponderExcluirBrigado gata, mas lembrando que a ficnão e minha, nossa musa e a Angel .
ResponderExcluirEspero que os demais capitulos lhe alegrem muito .